DIÁRIOS, CANADÁ

SÃO PAULO (de volta) – Buenas, macacada. Não, não esqueci. Domingo tem GP do Canadá. Então, textinho antigo dos meus Diários de Viagem, 2003, creio. Saindo de Montreal para ir a Indianápolis, uma escapada pelas estradas do meio-oeste americano, uma pequena descoberta.

Este texto está em “O Boto do Reno”, meu único livro publicado, que minha editora Alessandra Alves negocia com alegria pelo e-mail [email protected].

BRAZIL, INDIANA

Quando era mais jovem, alimentava um desejo juvenil de cruzar a Route 66. Tinha lido um livro de Jack Kerouac, o ícone da geração beat, e aquela história de encontros e desencontros e loucuras pelas estradas americanas me seduziu o bastante para tomar a decisão inapelável: quando eu crescer, vou alugar um Bel Air conversível e cruzar a Route 66 tomando Jack Daniels. Até hoje não sei onde fica a Route 66, vagamente suponho que saia de Chicago em direção ao oeste, Los Angeles ou San Francisco, já ouvi dizer também que foi desativada, mas estou com o mapa aqui ao lado e não localizo o diabo da estrada, achei a 61 e a 67, mas da 66, nada. O mapa é limitado, coitado, tem um pedaço de Illinois, um de Missouri, um de Indiana, uma ponta de Michigan e quase todo o Wisconsin. Foi o que me deram na locadora. Por isso, se a 66 ficar em algum outro canto, não vai aparecer no mapa. Mas é algo que já não me interessa. E, de qualquer forma, não sei se alugam Bel Airs conversíveis por aí.

No fundo, ainda bem que não levei a cabo a idéia besta de brincar de Kerouac. Afinal, não estamos nos anos 50 ou 60. Eu ficaria aborrecido depois de dez ou quinze quilômetros, como vinha sendo profundamente aborrecido o trajeto de Chicago a algum lugar que eu não sabia direito onde seria, por ter chegado à noite de Montreal e decidido pegar um carro e sair sem destino. Uma aventura e tanto, imaginei, rasgar as estradas da América para parar onde me desse na telha.

Estanquei numa cidade cujo nome desconheço, sei apenas que já era em Indiana, comi um sanduíche com gosto de isopor e me enfiei num desses milhares de hotéis de beira de estrada que terminam em Inn, vocábulo que quer dizer exatamente isso, estalagem de beira de estrada. Estava cansado e com sono e com o saco cheio. A perspectiva de esbarrar em algum sítio minimamente interessante a caminho de Indianápolis era remota. Notei logo de cara, ao parar num posto de gasolina para comprar cigarros. Tomei de um mapa mais amplo e detalhado, que levei ao caixa, abri diante do gordo de plantão e perguntei se havia algo para ver pelas redondezas. O rapaz me disse que não sabia, porque nunca tinha saído de Chicago na vida, mas se prontificou a me apontar points of interest no mapa, assinalados com quadradinhos magenta, esta indefinível cor que é magenta mesmo, e eu retorqui que eles, americanos, achavam qualquer merda interessante, por isso carecia de credibilidade aquela sucessão de quadradinhos magenta entre Chicago e Indianápolis. Ele concordou por concordar, interessou-se mais pelo meu relógio, decepcionando-se quando informei que era falso. Péssima idéia, porque paguei a conta com uma nota de cem dólares imediata e justificadamente colocada sob suspeita, dados meus antecedentes recém-revelados.

Devolvi o mapa, não sem antes notar que ele vinha acompanhado de uma bússola, instrumento deveras útil nos Estados Unidos, muito engenhoso mesmo, já que se existe um lugar no mundo onde se leva a sério o norte, o sul, o leste e o oeste, é aqui. Deixei a bússola e o mapa com o gordo, aquele arremedo que me deram na locadora era o suficiente, e voltei ao meu Toyota cuja placa esclarece que Illinois é a terra de Lincoln. As placas de carro nos Estados Unidos são verdadeiras aulas de história e geografia, lendo-as o motorista atento nem precisa ir à escola, porque saberá onde nasceu Lincoln e que em Minnesota há dez mil lagos.

Os americanos têm uma vida bastante idiota e por isso se apegam nessas pequenas porcarias, que se vêem por todos os lados. Slogans, palavras de ordem, necessidade de conferir importância a fatos, eventos, habilidades e exclusividades cuja relevância no mundo dos vivos é zero. Tudo é único, maior, original, melhor ou predileto. Quando desci no aeroporto de Chicago, que deve ser o maior do mundo em alguma coisa, talvez em metros quadrados de carpete, a primeira coisa que descobri foi que o cartão Diners ganhou o Freddie Awards de programas de milhagem. E pelo sexto ano! Quem me informava, num cartaz luminoso enorme, era Steve não-sei-de-quê, arquiteto de campos de golfe, sorridente com seu Diners na mão. Será que alguém decide usar cartão Diners ao saber que ele ganhou o Freddie Awards seis vezes seguidas? Só porque Steve, o arquiteto, recomenda? Eu jamais usaria nada recomendado por um arquiteto de campos de golfe, cuja maior qualidade é espalhar buracos pela grama. E quem é esse Freddie do prêmio, afinal?

E é assim por onde se passa, na gloriosa América. Chega-se às raias do exagero, como a loja de carros usados de Walt Evans em Rensselaer, uma cidade do tamanho de um cu por onde passei, que se orgulha de ser “The home of the $2,195 car”, slogan devidamente registrado em âmbito nacional, ninguém mais nesta América de Deus pode se intitular o rei dos carros de 2.195 dólares, que Walt Evans mete-lhe um processo nos cornos. Tudo registered, tudo trade mark. Um verdadeiro pé-no-saco. E é por isso que meu semblante normalmente neutro e anônimo se revela francamente hostil a todos já quando entro no avião, transformando-me num terrorista em potencial quando começo a responder às perguntas do pessoal da imigração. Como não tenho visto de imprensa, porque o meu de turista vale até 2008 e não vou entrar na fila para pedir outro nem fodendo, quero que se dane, digo simplesmente que estou entrando na sagrada terra apenas para assistir a uma corrida, o que de pronto leva os agentes ao pânico ou, no mínimo, à suspeita pura e simples de que estou fazendo algo errado. O desta vez perguntou como é que eu fazia para pagar tantas viagens, é só nisso que eles pensam, em dinheiro, e eu ia responder que casei com uma mulher rica, mas preferi abreviar a conversa dizendo que era só uma vez por ano, apesar da profusão de carimbos no passaporte que denunciam, a quem sabe ler letras e números, que saio do Brasil uma vez a cada 15 dias. O cara encasquetou com o visto do Líbano. O que você foi fazer no Oriente Médio, acusou-me, e eu ia preparar outro discurso, mas falei apenas que passei por lá, e ele se deu por satisfeito e meteu mais um carimbo na minha fuça. E aqui estou.

Saí da autoestrada, ou highway, estamos na América, e decidi me livrar daquela paisagem medíocre de oásis com lanchonetes, hotéis e shoppings a cada entroncamento, todos iguais, absolutamente idênticos e calóricos, para pegar uma estrada menor, de número 231, direção sul, e tudo que passei a ver foi milho. Não sei se é assim no país todo, mas o fato é que o horizonte por estas bandas é amplo, e a gente vê nuvens negras por todos os lados, raios, a qualquer momento pode vir um tornado. A vantagem dessas estradas sem curvas e de horizontes largos é que você vê a merda em que está se metendo de longe. Sendo rápido e esperto, dá para fazer meia-volta e fugir da cagada que deve ser se enfiar no meio de um tornado. Nunca me enfiei num, enfim, e por isso estou apenas especulando. Pode ser que não dê tempo de escapar.

Cruzei cidades que não se parecem com nada, horrorosas e pobres, Hebron, North Demotte e Remington, esta última cuja principal atividade econômica me pareceu ser cortar grama, embora eu sempre tenha achado que era a fabricação de máquinas de escrever, de onde se conclui que o nome da cidade não faz o monge. Segui desinteressado rumo ao sul, já conformado em topar com a emocionante Indianápolis dois dias antes do tempo quando fui salvo pelo mapa. Descobri o Brazil.

Um pouco mais abaixo e à esquerda, falo sob a perspectiva cartográfica, encontrei Brazil. Uma cidade em Indiana com tal nome, perdida no meio-oeste desta América abençoada, a mim emergiu como uma dádiva. Brazil sempre esteve lá, eu que nunca tinha notado. E à surpresa e à excitação por ter feito uma senhora descoberta, que certamente me renderia um Prêmio Esso, seguiu-se uma vergonha solitária, alertado que fui por meu bom-senso, que anda meio em desuso, de que um Brazil nos Estados Unidos só devia ser novidade para mim mesmo, essa coincidência de nomes já deve ter sido assunto para reportagens em todos os jornais do Brasil com S, se bobear o Fantástico lá esteve com repórter, editor, produtor e câmera para registrar aquele pedacinho de Brazil bem antes. Não descobri o Brazil, asseverou-me o bom-senso.

Mesmo assim, decidi ir a Brazil, já que estava perto e minhas outras opções eram pouco promissoras, apesar de uma Paris do outro lado da fronteira, em Illinois, só que a Paris famosa fica no Texas, essa deve ser fajuta. Mesmo a particularidade de ter sido batizada com o nome de um país distante não chegava a ser algo ímpar, em Brazil. Em Indiana, por razões insondáveis, há uma Peru, uma Morocco, uma Lebanon e outras mais com referências a rincões longínquos, como Frankfort e Alexandria. Brazil era apenas mais uma dessas.

Insisti, pois, em valorizar a passagem inesperada. À primeira placa indicando Indianápolis à esquerda e Brazil à direita, estacionei o carro no acostamento, junto da entrada de uma casa aprazível, e obtive um retrato. No mesmo instante chegava ao lar a gorda dona da casa aprazível com sua filha pequena. Passou ao meu lado temerosa e parou bem adiante. Não abriu a porta de sua van enquanto eu não entrei no carro depois de cumprida minha missão jornalística de fotografar a placa. Sabe-se lá, a América é cheia de loucos e eu podia estar com um rifle pronto a abater mulheres gordas com filhas pequenas. Este mundo é muito perigoso e a gorda deve ter comentado o esquisito episódio que afetou sua rotina estúpida com seu marido gordo de noite, à mesa.

Cheguei rápido a Brazil e procurei com afinco alguma referência ao Brasil que não fosse o nome da cidade. O que chegou mais próximo foi um restaurante mexicano. Mas não me dou por vencido assim rápido, estacionei novamente o automóvel ao passar diante de um pequeno museu para tentar descobrir ao menos o por quê do nome, vai ver a cidade foi fundada por algum egrégio conterrâneo, mas o museu estava fechado. Por sorte, ficava em frente à prefeitura. Àquela altura, ninguém me impediria. Entrei para falar com o prefeito. Que para minha surpresa estava lá dando expediente.

Claro que nem em Brazil vai-se entrando na prefeitura e falando com o prefeito assim, sem mais nem menos. Passei por uma secretária que ficou sinceramente espantada ao se deparar com alguém do Brasil em Brazil. E ela chamou o prefeito, um rapazola mal passado dos 30 anos, de bigode e sem gravata, que atende por Thomas Arthur e me deu seu cartão. Foi simpático e solícito, mas não soube dizer porque Brazil se chama Brazil. Um tremendo mistério. Quis saber se ele já tinha estado no Brasil e Tom lamentou tal lacuna em sua vivência internacional, a mim deu a impressão de que o mais distante que já se afastou de Brazil foi Terre Haute, a 15 milhas dali, o que não o condena, afinal é prefeito de Brazil e nada mais, mas assegurou não ser um total ignorante nas coisas da América do Sul, já que sua mulher tem uma amiga na Argentina. Oh, admirei-me. Mas não tem nada do Brasil aqui, uma árvore, uma bandeira, um brasileiro, argüi, e ele me apontou orgulhoso uma foto na ante-sala de seu gabinete, uma fonte que foi presenteada pelo governo do Brasil na década de 50. Oh, disse eu, ainda mais admirado. Fui procurar a fonte, Tom me indicou o caminho.

Fica no conhecidíssimo Forest Park, defronte à sede local da American Legion. Gentileza de JK, doada em 1950, finalmente inaugurada em 26 de maio de 1956, e é uma réplica fiel do Chafariz dos Contos de Ouro Preto, Fountain of Tales, a original erguida entre 1745 e 1760 nas Minas Gerais, é o que diz a placa, mas suponho que há algum erro aí, nem no Brasil levam 15 anos para fazer uma fonte. Mas que seja. Em Brazil há um Chafariz dos Contos e nele está pregado o nosso brasão, a estrela de cinco pontas com o Cruzeiro do Sul no centro.

É claro que Tom, antes de me encaminhar ao chafariz, presenteou-me com um folheto bastante elucidativo sobre Brazil o qual muito apreciei, por informar que 97,4% de sua população é formada por brancos, 52,7% de mulheres, 47,3% de homens, idade média de 35,9 anos, taxa de desemprego de 5,2%, 88 dias sem nuvens por ano, 8.142 habitantes em 2000 e 8.188 em 2001, o que me levou a concluir que os brazileiros trepam pouco, sendo, assim, o que mais me chamou a atenção em Brazil, mais ainda que a fonte.

Não sei para onde vou amanhã, é ainda um dia livre, e faça-se justiça, esse amargor com a digníssima América deve-se mais ao presente que ao passado, em algum momento de minha vida rasgar as highways foi doce, onze anos atrás eu e ela saímos da Grande Maçã rumo ao norte igualmente sem roteiro, e foi tudo muito bom e lindo e ingênuo como éramos. Diz uma música, bela: “Eu ando pelo mundo/divertindo gente, chorando ao telefone/minha alegria, meu cansaço…/meu amor, cadê você?/eu acordei, não tem ninguém/ao lado.”

Sinto muito a falta dela ao meu lado e fico amargo pelo tempo que estamos perdendo, que há de voltar.

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Durvaldisko
Durvaldisko
13 anos atrás

Quer dizer que naquele BRAZIL,brazileiro,não tinha nenhum “mulato inzoneiro”? Sequer como confirmação estatística?

Luciano
Luciano
13 anos atrás

“parecidos”

Luciano
Luciano
13 anos atrás

É, pelo jeito o Brazil dos EUA tem alguns problemas parecico com o nosso Brasil:

“http://www.youtube.com/watch?v=IJ7MxVZRx2k”

Carlos
Carlos
13 anos atrás

Flávio,

Já enviei dois emails a sua editora e ela não me retornou. Estou louco para comprar seu livro depois que li o texto que dá o nome a ele (boto do reno) e de preferência autografado por você, ilustre escriba. Vou enviar mais um, mas peça pra ela entrar em contato se possível. [email protected] ou [email protected]

Ferrara
Ferrara
13 anos atrás

Não se se assistiram na Band ontem a noite, a loirinha, acho que se chama Luize alguma coisa, sei lá, fez uma reportagem lá.
Até achou uma brasileira de Porto Alegre.

Eusébio Sachser
Eusébio Sachser
13 anos atrás

E eu já fiz o pedido do seu livro autografado e devo receber em alguns dias, segundo a Alessandra. Muito obrigado e sucesso!

Sérgio Santana
Sérgio Santana
13 anos atrás

Mas que ktso, não é que quando cheguei em casa, estava passando uma reportagem sobre esta cidade, no Videonews, da Bandeirantes (Band, pra vc)!!!!

Maurício Stork
Maurício Stork
13 anos atrás

Flávio quem nasce no Brazil é o que?????? Brazileiro?????? hahahahah abs

Douglas
13 anos atrás

Olha isso: http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/100609/mundo/mundo_eua_obesa_recorde
Americano me dá nojo. Estilo de vida medíocre. A mulher quer pesar 450kg pra entrar no Guinness. Vidas vazias onde o culto à celebridade e aos 15 minutos de fama sobrepõem a todo o resto.
Mais babacas ainda são os caras que pagam pra ver a bizarrice alheia pelo site dela, “assistindo vídeos dela comendo ou tentando andar”. Putz!
Curiosidade: o sobrenome dela é Simpson ehehhehehe

Rodrigo Oliveira
Rodrigo Oliveira
Reply to  Douglas
13 anos atrás

“Vidas vazias onde o culto à celebridade e aos 15 minutos de fama sobrepõem a todo o resto.”

Vivemos em um país que faz da Geisi Arruda uma celebridade, bonitão…

Você acha mesmo que só nos EUA existem essas coisas ou você é só mais um dos inúmeros puxa-sacos do dono do blog?

Marcio Ferreira
Marcio Ferreira
13 anos atrás

Em 2005 eu QUASE arrumei um trabalho em TERRE HAUTE, em uma empresa alemã, cujo CFO é um Brasileiro de Araras, no interior Paulistano. Ele iria comandar a unidade TERRE HAUTE a partir de uma outra unidade na Carolina do Norte e queria um Brazuca lá que fosse da confiança dele. No final não deu certo, é complicado arrumar visto de trabalho nos EUA se você é Sul Americano. Mas tá aí, quase que fui ser vizinho do Brazil…

Rafael Prete
Rafael Prete
13 anos atrás

fg,
cade aquele diario de viagem que escreveu quando visitou os antigos campos de concentração?
abs

Neto Guido
13 anos atrás

Flávio, ótimo texto novamente, valeu cada minuto na frete da tela.
Mais divertido mesmo são os comentários dos seus seguidores…

O melhor foi a diferença entre ignorantes X idiotas…

e tem de tudo em todos os cantos do planeta, pode ter certeza.

marcio
marcio
13 anos atrás

Sr Black qualquer coisa, não cuspi no prato que comi.Fui trabalhar, tinha minha propria firma, só fiquei ilegal porque mudaram a legislação de imigração durante minha estada .Tirei todos os documentos possiveis, inclusive meu cartão de IMPOSTOS, paguei tudo que era devido, mas negaram meu pedido de temporario.Fui lesado em $ 48.000 por uma firma de picaretas americanos, fui paraa justiça, ganhei a causa e nunca recebi.Feche sua matraca antes de falar bosta sobre os comentarios dos outros.

Anarquista
Anarquista
Reply to  marcio
13 anos atrás

Marcio, não me leve a mal não cara, mas quem diz ter morado lá por 6 anos e ter achado “tudo” uma merda durante este tempo pode mesmo ter uma tendência ao masoquismo. Como eu disse antes, não basta só “morar”, tem que “viver” também.
Lamento vc. ter tomado um capote de uns picaretas, mas daí a dizer que tudo lá é uma merda é uma generalização muito inocente. Ademais, só pagar impostos e ter carteira de motorista nunca qualificaram ninguém a obter vistos ou se candidatar ao green-card. Sobre os impostos: vc. deve saber que fez um bom negócio tê-los pagos por lá (reciprocidade fiscal). Se tivesse deixado para pagá-los aqui a tunga seria muito pior.
Outra coisa: se vc. não quer que outros colegas comentem seus comentários, guarde-os para si. Vá lá que um ou outro seja mais duro, por vezes até ofensivo, mas é do jogo. Acho que a melhor alternativa é ignorá-los. Se este, p. ex., te ofendeu, nem se incomode em respondê-lo e nem deixe que ele te estrague o dia. Simples, né?
Um abraço.

RMTA
RMTA
13 anos atrás

Você, irmão, falou tudo o que eu tava pensando. Concordo plenamente. Os caipiras, com vidas sem sentido, somos nós.

ALEX B.
ALEX B.
13 anos atrás

Mas ééé? Pensei que somente “blogarias” a Jabulani, os Bafana, os Dunguinhas… ;)

SergioCJr.
SergioCJr.
13 anos atrás

Engraçado como alguns não conseguem ir além de seus umbigos.

Os americanos nada mais são do que brasileiros com dinheiro.

Se por um lado os taxamos de ignorantes, por outro, seu modo de vida é o que nós e boa parte do mundo seguimos.

Não podemos negar que em publicidade, ninguém os supera. Eles vendem sua cultura e nós a compramos sem perceber.

Vá a um evento esportivo qualquer e, ainda que seja uma corrida de minhoca, estará lotado e patrocinado.

Renan
Renan
13 anos atrás

http://esporte.ig.com.br/grandepremio/colunas/diariosdeviagem/veja_mais/noticias.html?ini=0

pra quem gosta dos diarios de viagem tem um monte aqui no site do grande premio

JCMATTIOLI
JCMATTIOLI
Reply to  Renan
13 anos atrás

Compre O boto do Reno´ … dá para passar uma noite inteira lendo. Muito mais gostoso que ler na internet. Além disso é barato e vem autografado pelo FGomes. Contacte a Alessandra Alves (letra Delta Editora). Salve engano o e-mail dela é [email protected].

Flavio Gomes
Flavio Gomes
Reply to  JCMATTIOLI
13 anos atrás

[email protected]. Não é porque ela nasceu em 1977. Acho que foi bem depois. Mas é porque é corintiana.

rafael
rafael
13 anos atrás

Morte a EUA!

thiago
thiago
13 anos atrás

quem era ‘ela’?

Nilton
Nilton
Reply to  thiago
13 anos atrás

É a Sra. Gomes.

Douglas
Reply to  thiago
13 anos atrás

Mas o FG fala que sente a falta ‘dela’…

Nilton
Nilton
Reply to  thiago
13 anos atrás

Dããâ, ele estava lá e ela estava no Brasil com os Gominhos.

Leo santos
Leo santos
13 anos atrás

Adoro seus textos desde, sempre1
Fazem me lembrar q não sou só eu q sou ranzinza!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ri pacas da “qualidade do arquiteto de campos de golfe”

João Vitor
João Vitor
13 anos atrás

Que bacana a volta do GP do Canadá, uma pista bacana, um visual lindo lá na ilhota, uma pista tradicionalíssima, os fãs da F1 têm muito a comemorar.

Tive uma experiência no canadá, na província de Alberta, que conheci por intermédio dos tios da minha esposa que moram lá e nos deram toda a estrutura para conhecer, arrumar emprego e ajeitar a documentação, e nós ficamos um tempinho e, por medo, culpa e burrice minha, voltamos… Coisas da vida. Hoje isso ainda é recente e ainda bate forte a saudade quando vejo fotos como as que estão postadas. Lindo país, tremenda qualidade de vida, poderia estar viajando a Montreal nesse final de semana…

Tomara que a corrida seja boa, aquelas retas todas vão ficar vermelhas e azuis…

Boa corrida para nós.
Ps. Bom texto Mestre dos Magos, como sempre.

João Vitor
João Vitor
Reply to  João Vitor
13 anos atrás

Cara, o “american way of life” não te atrai mais como antes não é? Rasguei umas “Canadian Highways” por muitas vezes, normalmente em direção às montanhas rochosas, e eram lindas… Comíamos um hamburguer, eu e ela (também tenho uma “ela”), ou qualquer outra coisa nos milhares de fast foods que engordam a galera por lá, as estradas em linha reta, dava pra ver as montanhas de longe, a 100 km de distância.

FG, você diz no final, tempos que ainda vão voltar, eu tenho essa impressão também, logo eu e ela estaremos de volta por lá, dirigindo pelas estradas.

Caio Pastl
Caio Pastl
13 anos atrás

E essa fonte?!? Tem uma dessas mesmo em Ouro Preto?!? Quando viajei de carro por lá não vi… Será que perdi?!?

rafael
rafael
13 anos atrás

Finalmente voltaram a falar em 3 carros por equipe na F1!Sempre defendi essa ideia aliada a possibilidade de equipes pequenas com a penas 1 carro!Seria ideal equipes grandes com 3 carros, ou seja mais pilotos com carros competitivos e equipes pequena com apenas 1 carro que poderiam desenvolver com menos dinheiro!O que vc acha Flávio!??

Flavio Maciel
Flavio Maciel
13 anos atrás

Interessante !!! Meio Azedo…mas vindo de vc nao me surpreende ..hahaha.
Mas e alguma aventura no Canada ? Montreal e uma cidade bem legal e “ferve” nos finais de semana de GP.

Abraçao

Marcelo Sousa - Montreal QC
Marcelo Sousa - Montreal QC
Reply to  Flavio Maciel
13 anos atrás

Tambem achei….aliaso titulo deveria ser mudado, pois do Canada, edmuito menos de Montreal, nada foi dito.

rafael
rafael
13 anos atrás

Não sei porque, mas eu gosto d e ler o que vc escreve Fláviohehe!!Dediquei alguns minutos de minha preciosa existencia a leitura de seu texto e não me arrependi!!Quanto a idéia de que os americanos são idiotas eu até concordo, porém não acho que nós brasileiros estejamos em situação de atribuir a alcunha de idiota a alguma nacionalidade senão a nós mesmos!Julgo desnecessário descrever os motivos, pois são públics e notórios!!

Frank
Frank
13 anos atrás

Que texto ridiculo!!!!! perdi tempo ao ler e ainda prejudiquei minha saude!!!! Voce deveria lavar sua boca quando fala dos Estados Unidos Da América!

mario aquino
mario aquino
Reply to  Frank
13 anos atrás

Mas que estes “Americanos” tem uma vida idiota, isto tem mesmo, e só verificar o seu gosto por automobilismo, festejado com leite.

Só com vômito.

Bye, Bye, Baby.

Fabricio
Fabricio
Reply to  Frank
13 anos atrás

Falou pouco desse país ignorante, soberbo, que se acha superior, metido a besta com mania de grandeza.

Luciano Martinelli
Luciano Martinelli
13 anos atrás

Não acho que os “Brazileiros” metem menos lá, é que quando crescem eles se mandam dessa merda de cidade.

Rafael Wuthrich
Rafael Wuthrich
13 anos atrás

Por isso eu digo, se quer fazer turismo no exterior, vá à Argentina, ao Japão ou à Europa. EUA, fora comprar em NY, são um saco.

Renan
Renan
13 anos atrás

é Flavio
Sobre o Final do Texto lembrei de outra musica bela, do genial Renato Russo

“Todos os dias quando acordo/Não tenho mais/O tempo que passou/Mas tenho muito tempo/Temos todo o tempo do mundo…”

Aliandro Miranda
13 anos atrás

Que coisa, há poucos anos se usava mapa para viajar!

Poucos anos mesmo.

Geraldo
Geraldo
13 anos atrás

As estradas interioranas são iguais em todo lugar …. É só pegar a BR 101 após Niteroi e seguir até Campos de Goytacazes … não tem absolutamente nada … até posto de gasolina é escasso … as estradas do interior de São Paulo também são tediosas … é cana de açucar, laranja, café … dependendo da região .. além de algumas não terem uma curva sequer … só subida e descida (com radares) … quem viaja de carro sabe muito bem disso …

Rodrigo
Rodrigo
Reply to  Zeno
13 anos atrás

A casa aprazível também está lá

Douglas
Reply to  Zeno
13 anos atrás

É. A casinha, o carro também rsrs. Faltou a balofa.

Ângelo Mello
Ângelo Mello
13 anos atrás

Não conheço os EUA, mas tenho vontade. Pelo menos Nova York, Boston e São Francisco eu gostaria de conhecer. O interior dos EUA é atrasado e tacanho, mas o é o país que mais produz ciência no mundo e o que mais ganha prêmios Nobel, atraindo cientistas do mundo inteiro. Grandes escritores, grandes cineastas (pésimos cinestas tb, é verdade). É um país de contrastes como é o Brasil, talvez por serem muito grandes, os EUA ainda mais, e muito heterogêneos. Mas uma coisa que eu não tenho é o tal do anti-americanismo.

Guilherme Paulino
Guilherme Paulino
13 anos atrás

PQP !!! C… !!!! PQP de novo !!! não acredito que achei o e-mail da sua editora depois de tanto te pedir no Twitter !! fui até chamado de mala !!!!, mas mesmo assim vou comprar !
abraço

Carlos Carrato
Carlos Carrato
Reply to  Guilherme Paulino
13 anos atrás

Mala é o Flávio Gomes, mas como escreve bem o FDP!

Anarquista
Anarquista
13 anos atrás

“Os americanos têm uma vida bastante idiota e por isso se apegam nessas pequenas porcarias, que se vêem por todos os lados. Slogans, palavras de ordem, necessidade de conferir importância a fatos, eventos, habilidades e exclusividades cuja relevância no mundo dos vivos é zero.”

Troquem “americanos” por qualquer outro gentílico e podem manter o restante da frase, visto pelos olhos de um forasteiro.
Engraçado o sentido que muita gente dá à expressão “morei no país tal por x anos (ou y meses)”. Geralmente é onde noto a diferença entre morar e viver: quem só “morou” provavelmente achou tudo (ou quase tudo) uma merda. Já ouvi muita bobagem para justificar estas opiniões. Já quem realmente viveu, fez amizades, se relacionou com os nativos, etc. geralmente aproveitou melhor e aprendeu alguma coisa que preste. No mínimo a respeitar o minimalismo alheio.
Mias um exemplo:
Antes de mais nada, nascido e criado em Sampa, sou um amante do interior de meu estado (SP) e seus habitantes. Quanto menor a cidade mais ela me atrai. Se a muita gente os caipiras americanos (ou, sei lá, os vinhateiros da Borgonha) parecem ser, ahh…, muito provincianos, experimentem, cidadãos do mundo, inverter o sinal e imaginar como classificar os nossos interioranos e sua “vasta” visão de mundo.
Afinal de contas, preconceituosos sempre são os outros…

Lucio SP
Lucio SP
Reply to  Anarquista
13 anos atrás

Muito bom.

EDU H@RMEL
EDU H@RMEL
13 anos atrás

BRAZIL – INDIANA era matéria de uma lição do curso de inglês da rede C.C.A.A. na década de 80… acredite: na lição existiam duas fotos idênticas às do texto (uma placa de trânsito e esta mesma plaquinha da foto do meio!)

Bons tempos da escolinha de inglês, não dava nem para cogitar em ter um carro de corrida$, mas a vida era bem mais simples..

Leonardo
Leonardo
13 anos atrás

BOm, legal, mas sobre o Canadá mesmo não tem absolutamente nada.

Rodrigo Moraes
Rodrigo Moraes
13 anos atrás

Esse eu já conhecia, mas li de novo, com prazer! Compartilho dessa antipatia com os EUA, embora minhas experiências por lá tenham sido mais engraçadas do que emputecedoras. Como você mesmo concluiu, é tudo uma questão de estado de espírito.

Raphael Mendes
Raphael Mendes
13 anos atrás

Puta merda Fávio, confesso que dei boas risadas com esse texto..Estive nos EUA 2 meses atrás, no interior do Colorado…a minha sensação foi exatamente foi exatamente igual às suas palavras…tudo igual, sem sal, vida estúpida e chata..valeu pelo texto!

Abraços.

Luis Albertyn
13 anos atrás

Putz, Flavio, passei uma noite em Brazil, Indiana, 11 anos atrás! Morei um tempo em um pedaço do nada chamado Chillicothe, estado de Ohio, e em um final de semana de folga dos estudos, resolvi ir a St. Louis assistir a uma etapa do campeonato americano de Supercross. Convenci um incauto amigo, pouco afeito a esportes a motor, e lá fomos nós, a bordo de um banheirão 6 cilindros chamado Dodge Intrepid (os carros baratos da locadora haviam acabado e ganhamos um upgrade…).

A ideia era sair da corrida e pegar a estrada direto até Cleveland – uma ideia de jerico, já que rodaríamos mais de 500 milhas madrugada adentro, cruzando quase todo o Missouri, Indiana inteiro e boa parte de Ohio. Resumindo: o sono bateu forte justamente quando vimos a placa de “Brazil” e paramos pra pernoitar. Não esqueço do sorriso da recepcionista gordinha do hotel quando leu o “Brasil” com “S” na ficha de hospedagem. “Sim, somos de lá!”

Realmente o meio-oeste americano é meio tedioso paisagisticamente falando, mas fiz duas viagens de moto, uma de Seattle a San Francisco e outra de Las Vegas a Denver (pegando um trecho da 66…) e ambas foram espetaculares.

Quanto às placas de carro, a que dava mais raiva era justamente a do estado de Ohio, onde se lia: “BIRTHPLACE OF AVIATION”. “Birthplace my ass!” e já emendava uma longa dissertação sobre Santos Dumont e seus feitos, para o espanto dos “red necks” locais, partidários dos irmãos Wright (que são de Dayton, pertinho de onde morei). “Santos who?” perguntavam os sem-noção. Pode?

Abs!
LA

ton
ton
13 anos atrás

Sonhos..Route 66, Easy Rider, Jack Kerouak..

Véio, acho que boa parte dos seus leitores já compartilharam o AMERIAN WAY OF LIFE, só que dos anos românticos…

Abraço

bullittkowalski
bullittkowalski
13 anos atrás

Há um exagero em contar que todo americano interiorano é idiota. Será que o interior do nordeste brasileiro é menos idiota então?

Rodrigo
Rodrigo
Reply to  bullittkowalski
13 anos atrás

Só do interior não! para mim, quase todos!! ” Quase Todos”

Valdner
Valdner
Reply to  bullittkowalski
13 anos atrás

Existe diferença entre idiota e ignorante. Por exemplo, você é idiota, o povo que é iletrado lá é ignorante. Entendeu ou quer que eu desenhe?

Vládesk
Vládesk
Reply to  bullittkowalski
13 anos atrás

Que comentários preconceituosos do ca#$$% são esses? Muito me adimira Flávio vc ter deixado passar. Porq só o interior do nordeste é idiota? Vc quer dizer oq com isso? Pior ainda o outro que completa dizendo que todo o interior é idiota… vida simples e idiotice são duas coisas diferentes.

Rodrigo
Rodrigo
13 anos atrás

Boa noite! Flávio 69, que belas Histórias as suas. Parabéns!!
Você sempre enriquecendo os nossos dias.
Acho que o tempo perdido é justamente esse que as pessoas levam correndo atrás do bem material. Esquecem a família, o prazer de estar com amigos, curtir a vida! Qdo se dão conta correram atrás de um futuro que nem sabe se terão. Pior é que não faz diferença na hora da morte, ter um milhão ou 10 reais; ter 10 blusas ou 1 só, a diferença está em quem aproveitou e quem apenas a vida passou! Claro que depende do que cada um acha que é aproveitar a vida! Saúde! os Gringos são materialistas Flávio…

Carlos Carrato
Carlos Carrato
13 anos atrás

Sobre as estatúpidas (estatísticas estúpidas, segundo Paulo Bonfá) americanas, Sacha Cohen, como Borat satirizava sempre, pois era o segundo maior reporter do Cazaquistão, sua irmã era a prostituta sei lá que número do pais, e por aí vai. Êta povo idiota.

rosemeyer
rosemeyer
Reply to  Carlos Carrato
13 anos atrás

Povo em qualquer lugar do mundo,tem tendencia a se idiotizar.As formas e resultados e’ que diferem.

marcio
marcio
13 anos atrás

Morei 6 anos naquela merda.Só quem viveu como imigrante, ilegal quase todo tempo, tendo como documento a carteira de habilitação, vulgo driver licence, alias o unico documento importante, e uma carteira do IRS, o cpf deles, para pagar os impostos.Um mes depois que cheguei, comprei meu primeiro carro, alias um Voyage brasuca, vulgo Fox, e fui andar numa rodovia em Mariland, a 498.Andei uma horae meia, sai no mesmo lugar e descobri que era um quase rodoanel.Demorei meses para andar por la. Tudo é igual, casas, esquinas, igrejas, escolas, comercio.Voce não tem ponto de referencia. Uma merda.

Blackbird
Blackbird
Reply to  marcio
13 anos atrás

1- Vc era ilegal. Deve achar bonito…
2- Cospe no prato q comeu, ingrato
3- se é uma merda, pq foi pra lá?

Orlando Salomone
Orlando Salomone
13 anos atrás

Algo de que gosto muito nos seus textos, é que compartilho de sua frequente vontade de mandar tudo à merda. Abraço.

Carlos Carrato
Carlos Carrato
13 anos atrás

Se vc me desbloquear do seu twitter eu compro seu livro! Repense! (da próxima vez peço por favor)

Ricardo Senise
13 anos atrás

Digo, pra Rádio Camanducaia!

Ricardo Senise
13 anos atrás

“Minha editora Alessandra Alves negocia com alegria” é anúncio pronto pra Rádio Camanducaia!

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
13 anos atrás

O texto chega a beira do engraçado quando voce anda a desdenhar da “pobreza” deles.

O texto no fim é bem bonito… tomara que tenha conseguido recuperar o tempo perdido.

abraços

Imperador