VOLTA MESMO?

SÃO PAULO (pois é…) – Ludimar de Menezes mandou a notícia. Estão falando na volta da gloriosa VeloSolex ao Brasil. Para quem não lembra, é a bicicleta motorizada que fez um estrondoso sucesso na Europa nos anos 50 e 60. Chegou ao Brasil, e aqui foi montada entre 1968 e 1975. Na França, a produção se encerrou em 1988 depois de sucessivos equívocos mercadológicos, e voltou em 2003 com uma nova constituição acionária. O site acima conta a história direitinho e é uma delícia de ler e ver.

Bicicleta motorizada é um meio de transporte simpaticíssimo, a VeloSolex lembra nossas mobiletes, puchs e garellis (assim mesmo, em minúsculas, as marcas acabaram se incorporando ao léxico), e eu teria uma dessas fácil.

Ocorre que quem promete trazer de volta é o mesmo pessoal que por anos a fio prometeu colocar no mercado o Obvio ! ,lembram? Um minicarro projetado pelo Anísio Campos, que chegou a ter um protótipo apresentado nos EUA, uma história meio mal-contada que não deu em nada.

Mandei um e-mail para o SAC anunciado no site da VeloSolex brasileira, mas recebi uma resposta automática. Não me consta que esteja à venda em lugar algum. Se alguém souber de algo, que conte.

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Andre Perdigão
Andre Perdigão
6 anos atrás

Eu tive uma garelli 3 marchas
o época maravilhoza. Ainda vou achar uma para eu comprar. e deixar meu bebê. Kawasaki ninja zx12 1992 na garagem para poder andar de garelli
Isso mesmo. So gosto de motoca velha rrrsss

Ari Fiadi
Ari Fiadi
10 anos atrás

Se alguém quiser “falar” sobre motos, atenderei com o maior prazer, pois em 1970,eu trouxe para o Brasil a Yamaha,na Motosport e depois em 72 quando os japoneses,me passaram uma rasteira,fui então para oJapão e trouxe Suzuki e,quando os japs ameaçram vir para o Brasil,fui aos States e consegui de representação exclusiva e linha de montagem da Harley.Hoje faço partde do BMW Moto Clube do Brasil e BMW io Motoclube,e tenho feito llongas viagens: Buenos Aires,Punta Arenas,Ushuwaia e tantos outras.Abs.do Ari Fiadi

Ari Fiadi
Ari Fiadi
10 anos atrás

A Motovi ,de Manaus,aonde eu montava também,no final a Harley (1975) importei minhares de Puch, na época o melhor c iclomotor domundo,pois nem as motos japonesas tinham oclindro revestido de durocromo e, se usassem a mustura ga/óleo (2T) eram para durar a vida toda,(maneira de falar).Com dessas Puch o Zezinho filho Diego,San Diego,ganhou todas provas que participou ,tanto em Interlagos,com em outras cidades.Se alguém quisr ver essa Puch,está naSand diego,na Pompeia, na rua Ministro Ferreira Alves,abs. a todos como eu motociclistas e motoqueiros.Do Ari Fiadi

Sérgio Werneck de Figueiredo
Sérgio Werneck de Figueiredo
13 anos atrás

Fazer protótipo e inventar traquitanas é muito fácil. Arrisque-se quem quiser…
Agora, fazer um projeto premiado nos quatro cantos do mundo, inclusive no Brasil, e montar uma fábrica de carros, principalmente no Brasil, só mesmo sendo idealista, muito persistente e confiante em si próprio.
Por isso, deixo aqui minha homenagem ao grande empresário Ricardo Machado, pelo seu esforço hercúleo no comando da ÓBVIO! e a toda a sua equipe. Também ao fantástico Anísio Campos, pela sua gana de continuar criando e vibrando com os automóveis, sorrindo como um garoto de 78 anos.
Acreditar e apoiar homens como esses, que ainda acreditam em si e em seu país é o que nos falta.
Sinceramente, torço para que a ÓBVIO! e a Velosolex ainda façam parte da paisagem de nossas estradas e ruas, por mais esburacadas e desacreditadas que estejam.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
Reply to  Sérgio Werneck de Figueiredo
13 anos atrás

Concordo e assino embaixo, Sergio.
Insisto que leiam o cadernode Negócios do jornal “O Estado de São Paulo” de 02 de agosto de 2010.
Um reportagem enorme conta a verdadeira história da Óbvio!, fruto do empreendedorismo visionário de Ricardo Machado, junto de Anísio Campos e outros profissionais tão ousados quanto.
Como já disse, não há inverdades ali.
Uma nova janela de oportunidades de abre ao Brasil, para que haja – finalmente e de fato – uma indústria fabricante de carros brasileiros, num país que é o quarto consumidor mundial e possui um parque de fornecedores vasto, experiente e completamente engajado na qualidade e custos mundiais.
Estranhamente, importamos até da China hoje… E fabricamos aviões!
A massa crítica permanece, porém jamais houve vontade política de fato, o velho DNA tapuia do “complexo de Vira Latas”.
De novo, “chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor…”

Alexandre Zamariolli
Alexandre Zamariolli
13 anos atrás

O que mata essas maquininhas no Brasil não são as condições de uso ou problemas de qualidade. O problema é uma legislação IDIOTA que insiste em considerar qualquer ciclomotor tão difícil de dirigir quanto uma Hayabusa. Tanto é que as ACC´s (Autorizações para Conduzir Ciclomotor) DEIXARAM DE SER EMITIDAS porque o procedimento teórico e prático para obtê-las É O MESMO DA HABILITAÇÃO PARA MOTOCICLETAS, da categoria A. (Escrevo em maiúsculas para enfatizar o absurdo da coisa).
E aí, a pergunta que não quer calar: a quem isso interessa?
Resposta no Centro de Formação de Condutores mais próximo.

claude bes
claude bes
13 anos atrás

tive uma quando morava na frança,1949 faz100 km com 1 litro, náo tem acelerador e sim desacelerador(uma alavanca no punho direito que acionada ate o fim abre uma valvula p/descomprimir e facilitar p/arrancar, uma pedalada e oops ja esta andando a ate 50kmh,se qizer menospressione a alavanca

Marcelo dos Santos
13 anos atrás

Pra mim, bicicleta motorizada não é um veículo “meio moto/meio bicicleta”. É “meio NÃO moto/meio NÃO bicicleta”.

Gennaro di Felice
Gennaro di Felice
13 anos atrás

Peça ao Kibe para deixar andar com as dita cujas na faixa exclusiva dos onibus, assim não enche muito o saco no trânsito já caótico….os motoboys vão passar por cima.

Orlando Salomone
Orlando Salomone
13 anos atrás

Minha primeira motocicleta foi uma Garelli T-50. Não andava nada, mas p’ra mim era o máximo. Depois dela, nunca mais fiquei sem motocicleta. Vou andar até o dia em que não conseguir mais montar. E da Moto Graziela, alguém se lembra?

Paulo Franco
Paulo Franco
Reply to  Orlando Salomone
13 anos atrás

Claro!
Tinha umas de cor verde, guidões muito estranhos, com o banco tipo bicicleta, imenso e branco!
Era algo horrívelzinho mesmo!
Mas, para nós, que eramos a molecada, andou,… tá valendo!

Luftwaffe
Luftwaffe
13 anos atrás

No começo é só alegria porque é novo, depois é só tristeza na oficina! Quando tive oficina de moto não pegava mobilete nem a pau para não passar raiva(só louco para pegar, o dono fica no seu pé o resto da vida, não entende que o fim dela chegou). Bicicleta a motor no Brasil não vai longe, as ruas são esburacadas, tem muito aclive que força muito o motorzinho da bike, fora que brasileiro é muito cavalo, usa e esquece de fazer a manutenção, ou não faz para não gastar! Fora o sentimento de cachorro vira lata: “Meu vizinho anda de moto e carro, não vou andar de bicicleta a motor, muito humilhante”… rs

Leandro
Leandro
13 anos atrás

Flavio, moro nos EUA e bicicletas motorizadas (Moped) são comuns por aqui, eu mesmo tenho uma de 80cc, só que o motor vai montado no quadro com um Sproke (acho que se chama coroa em portugues) extra na roda traseira, assim pode funcionar com ou sem motor. Acho que não funcionaria no Brasil pois seria necessário habilitação para dirigir. Abraços.

www.blog-do-tiozao.blogspot.com
13 anos atrás

FG, a notícia é velha e parece que não vai decolar mesmo. No site diz que o governo do Rio aprovou em 2005 o negócio e até agora nada.

É mais fácil fazer como o Robson, que já restaurou duas. Dá uma olhada
http://robsonvelosolex.blogspot.com/

guest
guest
13 anos atrás

Com perdão do trocadilho, é “Óbvio” que não var dar em nada…

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
Reply to  guest
13 anos atrás

Pelo jeito vou repicar esse meu comentário várias vezes:
Acabo de enviar ao FG reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, caderno de Negócios de 02 de Agosto passado.
Peço aos amigos que se informem antes de emitir juízo de valor.

Não há uma única inverdade ali, tanto na chamada de primeira página, como na capa do citado caderno ou na reportagem de página inteira.

Sugiro que leiam.

O. Guilherme Decanini
O. Guilherme Decanini
13 anos atrás

Flávio, ouvi dizer que o no caso do Óbvio, o carro não foi adiante pois o investidor principal do Projeto, faleceu.

Paulo F.
Paulo F.
13 anos atrás

A Air France tinha uma para fazer o trajeto entre o hangar e a sala de tráfego em Cumbica. Há muiiito tempo…….

Geraldo
Geraldo
13 anos atrás

De estranho, só a tração “dianteira” … como esta bicicleta (e não bike, como se fala hoje) se comportaria em curva ????

AlvaroMegamix
13 anos atrás

Flavio , esta da foto não sei , mas aqui em minhas cidades, União da Vitória – Pr e Porto União – Sc, cidades gemeas, existem varias bicicletas motorizadas. Se quizer ma manda um mail que vou descobrir de onde elas vem .

abraço

Fernando Carvalho
Fernando Carvalho
13 anos atrás

1968… Colégio Dois de Dezembro, Méier-RJ !!!! Ao lado tinha uma!!!!! e eu só olhava….PQP !!!!

Luis Wagner
Luis Wagner
Reply to  Fernando Carvalho
7 anos atrás

Estudei lá também em 1968. Depois no Cairu.

Paulo Franco
Paulo Franco
13 anos atrás

Agora, não vejo muita graça nas Velo Solex, não!
Distribuição de peso ruim, não dá para empinar, no primeiro salto esse quadro racha.
Coisinha sem graça!

Patrick Ferreira Vaz
Patrick Ferreira Vaz
13 anos atrás

Eu vi hoje na rua uma dessas.
Tenho certeza.
Na hora fiquei pensando que bicho era aquilo com o motor pendurado no guidão…
Se não era igual essa da foto era algo muito parecido.

West
West
Reply to  Patrick Ferreira Vaz
13 anos atrás

Somos dois. Vi uma dessa no Itaim hoje, na Rua Itacema, agora há pouco. Subindo a rua, lógico (na contramão, lógico, é uma bike!).

Telo
Telo
13 anos atrás

FG,

Parece que as VeloSolex foram relançadas na Europa em 2008 pela Societé Mopex France S/A
O site é esse: http://www.blacknroll.com/menu_principal_ANG.htm

Abraços,

Paulo R. Filomeno
Paulo R. Filomeno
13 anos atrás

Mobilette é fácil de lembrar, Garelli forçando um pouco também dá, mas PUCH… arrancou aqui de um cantinho do cérebro uma lembrança!

sergio castro
sergio castro
Reply to  Paulo R. Filomeno
13 anos atrás

Paulo, é isso aí, a puch era uma tipo mobilete, só que austríaca, depois nacionalizada virou “maxi motovi”, esta vc provavelmente também não ouviu falar, mas pode apostar que fez um grande sucesso entre a molecada nos anos 70.

Paulo Franco
Paulo Franco
Reply to  Paulo R. Filomeno
13 anos atrás

As Puch austríacas eram aquelas pragas que sempre davam pau na minha Itália1 (da antiga fábrica de motoserras Alpina, de Caxias do Sul) quando a minha turminha de ensandecidos adolescentes percorria as ruas internas do parque do Ibirapuera à noite, com a cara enfiada nos faróis, no que davam aqueles motorzinhos!
Eu quase passava reto nas freadas, me pendurava nas curvas e nas retas… as Puch iam passando uma, depois a outra…
Eu ficava puto da vida!
Mas, elas andavam muito!
E, como dava para fuçar naqueles bichinhos!
Mas, durante o dia a gente ia rachar na terra, na pista de Cooper do Ibira mesmo e aí os pneus 2:50/16 e as suspensões da minha Itália1 faziam a diferença!
Eram os pneus, as suspa e eu.
Porque se fosse pra depender daquele motorzeco Minarelli capenga da Itália1… tomava pau de novo!
Por conta dessas e de muitas outras, que eu me viciei perdidamente nas duas rodas!

Dú
13 anos atrás

Não bota minhoca na cabeça do Anísio que ele acaba brigando c/ o pessoal da Controlar…
No interior o que se vende de bicicleta com os motores de patinete, e até aqui na Lapa tinha motor de Mobilete por 500 reais…. A maior foi de um vizinho que colocou uma furadeira na bicicleta, tipo a roldana da Velo e roda a 25 KM/h e anda 40 minutos. Aquelas Bosch que vendem no Extra…

Paulo R. Filomeno
Paulo R. Filomeno
Reply to 
13 anos atrás

Du, fiquei curioso… é uma furadeira comum Bosch? Saberia que tipo de adaptação ele fez pra funcionar o motor? Abraços.

Rodrigo Moraes
Rodrigo Moraes
Reply to 
13 anos atrás

Seriam aquelas parafusadeiras a bateria? Com a bateria original não sei se dura muito tempo, mas se comprar as de 12V e usar uma bateria de carro, acho que o negócio funciona!

Eu tive várias mobiletes, mas o sonho era uma Garelli 3, que tinha câmbio de 3 marchas, na mão como as vespas. MInhas mobiletes tinham escapamento dimensionado (um barulho dos infernos), rodavam com álcool e usavam a coroa de Puch pra alongar a relação. O veneno no motor era self-service, cortava a saia do pistão com alicate e depois “lixava” as rebarbas na guia da calçada. E o pior é que funcionava! 2 strokes rules!

Edilson Vieira
Edilson Vieira
13 anos atrás

Ai ai ai… é mais uma etapa do processo de ” indianização” do nosso trânsito. Não sei aí pelo sul, mas cá, pelas bandas do norte, assistimos estupefatos uma enxurrada de motonetas chinesas a ganhar as ruas tal um tsunami ensandecido. Qualquer pobre pode ter uma dessas vendida até em supermercados em 235 prestações. A Velo Solex pode até evocar uma aura romântica do passado, mas vai ficar perdida no meio do trânsito cada vez mais infernal das capitais.

André, o Amaral
André, o Amaral
13 anos atrás

Nem sabia que isso existiu, mas…
Volta? Com os mesmos caras do Obvio!?
Como dizem algumas crianças sacadas por aí: Ô…

sergio castro
sergio castro
13 anos atrás

Tive uma puch 72 austríaca, que pra mim com onze anos, era o máximo.

Italo Drago
Italo Drago
13 anos atrás

FG, na oficina mecanica do meu pai em São Borja, tem uma dessas (cor branca) atirada la pelos cantos… ele ganhou ela de um amigo pois esse não conseguia em lugar algum pneu pra ela, que eram aro 19, só achava ou 18 ou 20… e faltam algumas peças do motor se não estou enganado…
Algum tempo depois ele ganhou de outro amigo uma amarela dessas, em melhor estado que a branca, mas daí um tempo depois o pai vendeu ela pra um viajante da Serra… se estiver interessado, te passo o contato do meu pai, hehehe