DUAS BOAS NOVAS
SÃO PAULO (verão, isso aqui?) – A Ford doou um Landau para o Museu do Automóvel de Brasília, mantido pelo advogado-jornalista-batalhador Roberto Nasser. Duas boas notícias, pois: o acervo que ganha uma peça importante e o museu que não foi desalojado do galpão onde se encontra. Sim, porque a coisa estava feia no ano passado e o Ministério dos Transportes queria tomar o local para guardar papéis velhos.
Pelo jeito, não tomou. Quem tiver mais detalhes, Nasser inclusive, pode contar aqui em que pé está a situação.
Quanto ao carro, informações da Ford:
A Ford entregou um Galaxie Landau 1981 para o Museu do Automóvel de Brasília, que mantém um acervo de veículos de várias épocas. “O Galaxie foi o primeiro automóvel Ford fabricado no Brasil e ficou conhecido por introduzir novidades como ar-condicionado, transmissão automática e direção hidráulica. Pelo seu requinte, durante muitos anos foi o ‘Carro do Presidente'”, destaca Rogelio Golfarb, diretor de Assuntos Corporativos da Ford.
O Ford Galaxie Landau foi entregue ao jornalista e curador do museu, Roberto Nasser, durante um evento com a presença de jornalistas do Brasil e da Argentina. O carro junta-se a outros modelos Ford expostos no local, que exibe ainda outro Landau histórico em seu acervo: o último utilizado pela Presidência da República, que serviu a vários presidentes e com 70.000 km rodados.
O Landau doado foi usado, até 2009, no Laboratório de Emissões do Campo de Provas da Ford em Tatuí, SP, para calibração de dinamômetros. Durante 28 anos, seu motor V8 5.0 foi acionado diariamente para aquecer os rolamentos e permitir o cálculo de atrito do equipamento. “Quando trocamos os dinamômetros hidráulicos por outros elétricos, para atender os novos padrões de emissões, o carro deixou de ser usado para esse fim e foi aposentado. É uma relíquia e sempre foi muito apreciado, tanto pelo nosso time como pelos visitantes”, explica Astor Vieira da Silva Filho, supervisor do Laboratório de Emissões da Ford.
Bela relíquia.
Parabéns à Ford e ao incansável Nasser! Enfim, uma grande contribuição à história da industria automobilística do Brasil. Devemos, e muito, ao nosso grande e insubstituível Galaxie.
Aos chatos de plantão: Que diferença faz se o carro é um Galaxie, Landau, LTD ou que diabo seja? Provavelmente o redator do texto, um publicitário nascido na década de 90, nunca viu um destes ao vivo e não conhece os detalhes que diferenciam os modelos como alguns entusiastas.
E tem sempre um com uma teoria da conspiração que a Ford só estava querendo se livrar de um carro velho. No mundo, principalmente na Europa, as fábricas mantém museus com seus modelos do passado. Se ainda não temos um assim, pelo menos que um carro tão emblemático vá para alguém que vá cuidar dele com carinho.
Parabéns a Ford pela atitude e ao Roberto Nasser que conseguiu manter o museu ativo.
Se não for pedir demais que a Ford ceda uma unidade dos modelos que deixam a produção para o Museu (o próximo é o EcoSport, outro carro importantíssimo na história recente da fábrica) e que ela leve os funcionários do Color/Trim para conhecer o Galaxie e ver o que é um padrão de tecido descente, e não estes rabo de rato que vem atualmente nos carros.
Espero que o Ministério dos Transportes, com tanto apego aos seus papéis velhos, transfira seus arquivos para as catacumbas da Rodoferroviária de Brasília, este sim um prédio semi-abandonado.
Cristian – do Niva, seguinte:
Não cabe discussão a respeito dos chatos de plantão, certo!!
A História é exata, não aceita meias verdades ou aproximações!
E se o cara não sabia, que pesquisasse, ora bolas!!
Aliás é o que todo bom profissional faz, em qualquer área, antes de escrever aquilo que acha que está certo!!
Ou será que você se contentaria com alguma coisa que fosse parecida, mas não exatamente aquela que houvesse comprado ou encomendado?
Zé Maria
Zé Maria, como vc perde tempo com alguém que escreve “descente”?
Como bom chato de platao, vou comentar.
Na verdade nao importa se o modelo do carro esta correto ou nao, o que importa é que quem foi pioneiro no ar condicionado no Brasil foi a Willys
(ja puxei a sardinha :)
… e parabens ao Nasser!!! Fico extremamente feliz de saber que o museu continua la. Parabens a Ford tambem pela iniciativa
Eu vi esse carro em ação em 1988, quando fui visitar as instalações do Campo de Provas de Tatuí, e na verdade não é um Landau, mas sim um LTD, era uma ferramenta de aferição dos dinamômetros e tinha dois macacos hidráulicos colocados um pouco à frente das rodas traseiras que se erguiam pra deixar os rolos girando e medir a folga entre eles. Legal é que esse carro nunca rodou na rua, foi feito exatamente com esse propósito e agora está no seu devido lugar, o Museu de Brasília, junto a outras raridades…
Naquela época ele não tinha nem as placas, uma pena que eu não pude tirar uma foto dele naquele dia…
Parabéns a Ford e longa vida ao Museu ! Viva o Nasser !
Muito bacana a iniciativa da Ford!
Merecem pelo menos um “muito obrigado” não?
Não tenho certeza, mas acho que o primeiro carro nacional equipado com transmissão automártica foi o Dodge Polara, não?
ola amigos tudo bem?
tambem notei isto mas porem tem que reparar se na plaqueta da porta
tem a letra (s), se tiver pode ter sido modificado conforme a vontade do cliente….
ABRAÇO.
Caro Luiz,
Infelizmente nao. O primeiro foi o Ford LTD 69/70, alias como ja foi bem dito por outros aqui no blog LTD, e nao esta baboseira de “Galaxie Landau”. Alias nem na Chrysler ele foi o primeiro, pois o Dodge Charger RT 1975 ja era disponivel com o equipamento.
Abraco!
Valeu, Alvaro. Obrigado pelo esclarecimento.
LTD 1969.
Caro Luiz Guimarães,
O Polara foi o primeiro carro equipado com câmbio automático dentre os carros do segmento dele. Isso em 79!
Só carros como o Ford Galaxie, o Dodge Charger, o Dodge Dart e, se não me engano, o Opala que já tinham câmbio automático na época.
Passe na seção Carros do Passado, do Bestcars Website, que as informações acima estão lá.
Abraço.
Olhando a foto por mais tempo reparei q não se trata de um Landau e sim um LTD. Vidro traseiro grande, sem a grade do parachoque e sem a tradicional mira q caracteriza os Landaus. Prá variar a FORD brasileira passando vergonha com sua própria história, mas só de ter colocado o auto na mão do Nasser tá bom demais.
e sem o borrachão do parachoque, so teve um ano assim eu axo!!!!
Dino, faço das suas palavras as minhas…
Trata-se de um último sim, mas provavelmente o último LTD de 1981 haja vista os detalhes já descritos por outros conhecedores.
Em 1981 foi o ano derradeiro do LTD onde o mesmo era desprovido do borrachão do para choques dianteiro, seus frisos laterais eram apenas entre eixos, neste ano também sua grande maioria foi de câmbio mecânico numa suposta “desova” das caixas de três marchas que daquele ano em diante não seriam mais aplicadas nos Landaus, nunca possuiu mira no capô a partir de 1976. Espero ter dado uma mínima contribuição nos esclarecimentos das dúvidas que pairam sobre este carro.
Isto é um Galaxie LTD, não um Landau.
Opa, uma boa notícia. O duro é advinhar até quando os políticos de BSB vão deixar o Museu funcionar e o Nasser continuar seu brilhante trabalho à frente do Museu.
Desculpe pelo pessimismo, Flávio, mas vejo isso mais como um ato isolado, algo do tipo “vamos nos livrar dessa lata-velha, entreguem lá naquele museu de Brasília”. Poderia haver um apoio maior e mais concreto por parte das montadoras. Algo que com certeza não iria fazer enm “cécegas” nos orçamentos anuais, mas contribuiria um pouco (ou bastante) pela imagem das marcas.
Digo: “não iria fazer nem cócegas”…#fail.
O ser humano é algo insaciável, não se trata de lata velha, o meu filho é engenheiro da Ford, é um garoto tem 25 anos, e o maior desejo que ele tinha na vida é que a Ford lhe vendesse este carro, pois o mesmo é impecável sob todos os pontos de vista, e aparece alguém com toda ignorância do mundo para falar besteira desta forma.
Noto que seu senso de percepção é “aguçadíssimo” ! Eu não disse que o carro “é” uma lata-velha (não é minha opinião, muito pelo contrário…) mas sim tentei apontar um possível ponto de vista interno da própria fábrica, como justificativa para a doação ao museu.
Precisa que eu desenhe ?
Parabéns para os envolvidos, mas o carro em questão é um LTD, não um Landau. E o primeiro brasileiro com ar condicionado foi o Itamaraty Executivo, não o Galaxie. As grandes corporações brasileiras precisam cuidar melhor dos seus press-releases.
Muito bem postado, Luis Augusto.
O problema é que eles pensam que TODOS os brasileiros tem a memória curta, então “fabricam” a notícia, muitas vezes repleta de incorreções ou até mesmo inverdades, na certeza de que vai “colar”. . .
Pena que nem sempre dá certo. . .
Zé Maria
Obrigado. O problema é que erros assim tiram o brilho da notícia principal, a doação do LTD ao Museu do Nasser.
Excelente notícia. Com o Nasser o Landau estará em ótimas mãos. Ruim é a FORD chamar o modelo de Galaxie Landau. Pouts…
Um gesto simbólico de uma grande multinacional. Quem sabe o nosso intrépido governo olhe com mais carinho a memória nacional. Não só do museu mantido pelo Sr. Nasser mas de outras iniciativas de preservação.