MOTOLAND
SÃO PAULO (as mine) – Olha aí o Vettel numa Scott Flying Squirrel 1938 em matéria para o “Red Bulletin” de novembro. O alemãozinho fala de sua paixão pelas duas rodas e lamenta que os jovens de hoje não gostem tanto de motos como no passado. A sensação de liberdade, ele diz, é inigualável.
Concordo. Tenho essa visão romântica das motos, também, embora no Brasil isso não faça o menor sentido. Motociclistas têm sido mortos como moscas por assaltantes nas estradas, avenidas e ruas das grandes e pequenas cidades. Outros, os que não são mortos, matam. Saem com suas motocicletas velocíssimas fazendo merda em cima de merda nas estradas, tirando racha, se divertindo a 300 km/h e postando no YouTube, diante da omissão das autoridades policiais.
No Brasil, em resumo, é preciso muito esforço para encarar carro ou moto de um jeito lúdico.
Vettel, nesta foto está com um ar de Peter Fonda (filho do lendário Henry Fonda) quando fez o filme Easy Rider com título em português “Sem Destino”
Putz! Concordo totalmente!
Até dá pra andar de moto, a passeio, e se divertir. Eu moro em Campinas e minha moto é pra terra e asfalto. Saio daqui e vou pros lados da Serra da Mantiqueira, quase tudo por terra, num sossego só. Tá feio pra quem tem moto de Jaspion ou essas best-sellers, porque tem muito espírito de porco que compra peça usada (também conhecida como roubada). Mas, tendo uma moto diferente do padrão e preferindo estradinhas vicinais, ainda é uma curtição!
Aí, ó, chefia: tanto o Rodrigo Moraes quanto o Fernando Duarte aí embaixo são exemplos do que significa paixão pelas duas rodas. O mundo tá ficando louco e violento, mas ainda tem gente que em nome da paixão ainda arruma um jeito de fazer aquilo que ama. Meus parabéns e minha admiração. Let’s keep riding.
Além do cultural de não se preservar história, no Brasil tanto nas motos, como carros, o sistema de habilitação / fiscalização é culpado por 80% dos acidentes e mortes no trânsito. E o Lobby das Escolas e Centros CFC é grande…
Tive 11 motos, dentre as quais duas Javas, uma 175cc e outra 250cc. A minha última moto eu vendi em 1993, quando nasceu minha filha. Naquela época a coisa já começara a degringolar. E degringolou. Andar de moto hoje é o mesmo que ter um alvo nas costas. Não me arrependo, mas tenho saudades.
Abs.
Infelizmente no Brasil quase nada mais faz sentido. Nem andar de moto, nem de carro, nem a pé. A extrema ignorância do mentecaptos portadores de CNHs, ruas e estradas entupidas e intransitáveis além da bandidagem com salvo conduto inviabilizam o ir e vir. Olhar esta foto do Vettel “curtindo a liberdade” em algum continente civilizado colabora para aumentar ainda mais minha depressão. Para o bonde que eu quero descer.
Prezado FG,
eh verdade, esta dificil….ando de moto ha 37 anos (tenho 47) e sou do tempo em que os motoqueiros se cumprimentavam quando se cruzavam, com uma buzinadinha.
Esta dificil sim mas me parece que nao podemos nos entregar…como disse o colega acima, tambem gosto de trilha e, sempre que posso, ponho minha DR400 2002 pra sujar….apos 3 anos sem moto, por causa do nascimento das minhas filhas, realizei um sonho e comprei uma BMW 650….por onde moro e trabalho, nao vejo muita merda com moto mas nada eh impossivel….temos que ter fe, acho que eh isso….mas nao da pra abdicar do sonho…
Vai LUSA !!!
abracos
Semana passada troquei minha XT660 por um Jeep Willys 1960, todo dia ligar a TV e ver neguinho levando tiro mesmo entregando a moto sem reagir me fez decidir, 2 rodas infelizmente só scooterzinho, vou esperar o Brasil melhorar…vã esperança!
Nao vai ter moto nunca mais… Esperar o Brasil melhora?!?!?!?…
A tedescada usou muito essa bikes na segundo guerra..são quase panzers!
Nem de carro eu tenho vontade de andar mais. Desanima você pegar o carro em um fim de semana para passear com a família e ter que lidar com o instinto assassino e mal educado dos brasileiros em qualquer estrada.
a minha paixão por moto…é moto no mato suja de barro…..mas com a alma lavada
Concordo com tudo que você escreveu!
Tive que vender a minha CBR 450 SR em 1995 para comprar um carro semi novo e só agora, depois desses anos todos, que eu pude retomar o sonho de possuir uma nova motocicleta.
Mas hoje eu presencio uma nova realidade, onde possuir algo como uma motocicleta, seja ela cara ou barata, nova ou velha, representa um risco de vida em um mundo onde se mata por absolutamente nada, mesmo não havendo reação, mesmo se entregando o bem ao bandido.
Nâo desistí das duas rodas mas por surgir uma oportunidade única, acabei realizando um sonho de adolescente e comprei com o dinheiro da moto um Puma P-018.
É o país das banalidades. Aqui não dá mais para sonhar, o Brasil não vai ser civilizado
enquanto não for domesticado!
Também tenho o mesmo pensamento, não andam mais de moto como antigamente,
você tem razão FG é muito arriscado, ser morto por conta disso, ser atropelado por algum stressado;
Andar numa classica não corremos o risco de ser assaltado, de ser atropelado sim.
linda moto do Tião Vettel.
Pode ser dificil aqui, mas continuo a curtir enquanto puder
abraço