NO BAR, HEIN?

SÃO PAULO (sou um gênio) – A julgar por aquilo que a Red Bull fez até agora nos testes de pré-temporada, se conseguir tempo na casa dos 107% para largar na Austrália, já estará bom. O dia #1 dos treinos barenitas, hoje, voltou a mostrar a fragilidade das unidades de força Renault diante dos Mercedes.

(Quero ver quando vou mandar essas unidades de força à merda para falar apenas motor. Não vai demorar muito.)

Na tabela de tempos, três alemães entre os quatro mais rápidos: o Mercedes da Force India de Hülkenberg em primeiro, o Mercedes da Mercedes de Hamilton em terceiro e o Mercedes da McLaren de Magnussen em quarto. O segundo foi Alonso, da Ferrari, e desconfio que ele pediu um motor Mercedes emprestado.

O único Mercedes que não foi bem foi o da Williams. Massa completou apenas cinco voltas e teve algum problema que não sei ainda qual foi. Ops, acabo de ler o release do time, e o defeito foi no sistema de alimentação. Sabe como é, comeram mal, estômago vazio, rango esquisito das arábias, umas esfihas estranhas, e quando o sistema de alimentação não vai, ninguém trabalha direito.

Brincadeirinha, deve ter sido alguma coisa na bomba de combustível, ou na injeção, ou gasolina batizada.

Felipe passou, pois, por suas primeiras agruras na equipe. Em tempos de testes tão escassos, perder um dia inteiro é um desastre. No final da tarde, desolado, o brasileiro cruzou com Vettel, que deu 14 voltas e quebrou, e combinaram de encher a cara de noite. “No bar, hein?”, propôs Sebastian, que já jogou a toalha. Vai beber o ano inteiro e a equipe chamará Webber de volta. “Chama seu engenheiro pra conversar”, sugeriu Massa, ao que Seb respondeu: “Nada, ele só pede rum”.

A coisa está tão feia no time campeão do mundo, tetracampeão, sei lá, que o alemão, desolado, admitiu: tinha problema de Jerez, parece que arrumaram, mas quando arruma um, aparece outro.

A Red Bull está com síndrome de Ferrari.

A Lotus também mal andou. O carro de Grosejan teve “problemas de armazenamento de energia”. É uma forma tucana de dizer “arriou a bateria”. É Renault, também, como a Red Bull. E como a Toro Rosso, que conseguiu dar cinco voltas com Kvyat.

A Renault está em crise. Nem quis me ajudar com meu Twingo. Bem feito.

E vocês acham que a Force India vai entrar na briga por conta da Mercedes? “É cedo”, disse Hülkenberg. A assessora cochichou no seu ouvido que já passavam das seis da tarde. “É cedo na Califórnia”, corrigiu Nico, sem que as pessoas compreendessem direito. Eu não acho. Mas vai brigar por posições legais lá na frente, a dupla de pilotos é interessante.

A Sauber foi quem mais andou, 82 voltas com Sutil. E depois falo do resto que estão me chamando.

ATUALIZANDO…

Não faltou muito. Ferrari e Mercedes, talvez. Alonso gostou de tudo. Achou bom andar num clima mais parecido com o que será encontrado nas corridas. “A cada volta a gente aprende algo novo”, falou, depois de aprender, portanto, 64 coisas novas hoje. Na Mercedes, Paddy Lowe, o controlador do tempo, destacou que “terminamos ligeiramente antes do horário previsto por causa de um problema no freio”. Parece que, por conta disso, algo em torno de 17 segundos de treino foram desperdiçados. “Vamos estudar como repor isso”, disse.

A Marussia andou pouquinho com Bianchi. O time informou que houve um problema de TI. E a gente sabe que, em qualquer firma, quando tem problema de TI o cara de TI está sempre almoçando, e quando chega, vem com os dedos sujos de maionese. A Caterham conseguiu fazer 68 voltas com o reserva-meio-titular Frijns, nome impronunciável com consoantes demais. Por conta do espantoso número de voltas, o time está pleiteando ser equipe oficial da Renault. Parece que estão estudando o assunto.