MEU AMIGÃO

a320

RIO (parabéns, amigo velho) – Vinte anos atrás, fui buscar esse moço aí na Senna Import, na Lapa. Alemão nato, fabricado em Ingolstadt em abril daquele ano, veio na primeira leva de A3 para o Brasil. Eu tinha vendido meu Twingo (que já busquei de volta) e seria o primeiro carro caro da minha vida. Lembro que um dia o Cleber Machado apareceu com um A4 num restaurante que a gente ia de vez em quando e eu falei para ele: se você tem um Audi, eu vou ter também! Piada que perdura até hoje.

O fato é que eu tinha umas economias e depois de pensar nas alternativas fui ver um Vectra. Custava 37 mil reais, algo assim, e um amigo que se dizia brother do dono de uma revenda no Butantã me garantiu que iria conseguir um baita desconto, e quando fui ver o carro o desconto era de 3%. Achei uma merda de desconto e desisti.

[bannergoogle]Naquele ano, o dólar e o real estavam praticamente iguais, a cotação era de um para um. Não lembro bem qual foi a mágica. Então soube, lendo algum jornal ou revista, que o A3 seria vendido no Brasil ao preço de 40 mil dólares. Dava um pouco mais que o diabo do Vectra. Quer saber?, falei para mim mesmo. Vou comprar um desses.

E liguei para o Bira, o cara que tocava os negócios da Senna Import — a representante da Audi no Brasil. Encomendei direto com eles. O primeiro lote do modelo de entrada da Audi veio da Alemanha numa configuração padrão: teto solar, duas portas, airbag, ar-condicionado, vidro elétrico, bancos de couro, toca-fitas, as coisas de sempre. Só dava para escolher entre turbo e aspirado. Comprei o aspirado, porque o outro era muito caro e minha grana estava contadinha.

Demorou um pouco para chegar, até que me ligaram para marcar a entrega. E foi num dia 16 de julho de 1997 que sentei num Audi pela primeira vez na vida. Fui buscá-lo num galpão na Lapa. A primeira coisa que fiz foi colar uma estrela do PT no para-brisa. Está lá até hoje, intacta.

Nessas duas décadas, nunca nos envolvemos em acidentes, nem tivemos problemas mecânicos sérios. Uma vez peguei uma guia para desviar de uma senhorinha que atravessou a rua sem olhar, depois de uma curva. Arrebentei uma roda e a suspensão dianteira esquerda, mas o seguro pagou. Fiz o reparo numa concessionária, porque com esse tipo de coisa não dá para brincar. Já trocamos a embreagem umas duas vezes, pneus e bateria, claro, e uns dois anos atrás enfrentamos um problema num fusível maluco que não permitia que a ventoinha fosse acionada.

Fora isso, nada.

Do ponto de vista estético, tive de pintar os para-choques algumas vezes e o capô. Além de comprar uma grade nova, porque roubaram duas vezes a dita cuja. Perdi uma placa dianteira numa enchente no Guarujá, também. A atual está meio amassada, já é hora de trocar de novo. A traseira é do modelo antigo, ainda.

Ah, e trocamos a forração do teto, também, porque depois de uns 12 anos de labuta o tecido descolou do teto — temperaturas altas no Brasil, sabe como é. Tive de fazer a nova com tecido não original, mas um dia ainda vou encontrar esse teto no padrão antigo. Ô, se vou. No mais, nunca colocamos nada ali que não tivesse as quatro argolas — a disqueteira, para seis CDs, comprei numa revenda na Alemanha, perto de Nürburgring. Ou teria sido perto de Hockenheim? Não lembro. Mas foi lá.

Em 2003, visitei a fábrica da Audi em Ingolstadt. Conheci a linha de produção com seus incríveis robôs, a área de pintura, as prensas, a estamparia, o local onde costuravam os tecidos, acompanhei os detalhes da montagem, conversei com operários. Cada um desses, me disse um deles apontando para a fila de carros passando sobre nossas cabeças, tem uma pastinha na qual tudo que foi feito na sua produção está anotado, como o nome de quem instalou uma lâmpada, de quem experimentou o rádio, de quem checou a calibragem dos pneus, de quem tocou a buzina primeiro. Se você tiver o número do chassi do seu carro, prosseguiu, posso mostrar para você.

[bannergoogle]Não tinha o número do chassi do meu carro na cabeça, obviamente, mas foi reconfortante saber que as primeiras horas de vida do meu carro estavam registradas numa pasta devidamente arquivada naquele local quase sagrado para mim — para quem não sabe, a Audi era Auto Union, e a Auto Union fazia DKW. Fritz ligou o motor pela primeira vez. Hans acendeu o farol baixo e o farol alto. Michael checou o funcionamento do acendedor. Frida colocou o tapete no porta-malas. Berta passou um paninho no painel.

Vinte anos amanhã.

Quando o estacionei na nova garagem, hoje, ele marcava curiosos 144.444 km no hodômetro. O display digital que fica no centro do painel já tem algumas pequenas falhas nas luzinhas e um dia me disseram que isso é comum nos Audis daqueles tempos distantes do final do século passado. Não me importo muito com esses pequenos defeitinhos. São dele. Ele não é mais uma criança.

Foi nesse carro que meus dois moleques saíram da maternidade. Foi nele que vivi muitas de minhas alegrias, angústias, tristezas, paixões, amores, desamores, idas, vindas, encontros, despedidas. Nele escutei minhas músicas, ouvi as notícias, fiquei em silêncio, falei sozinho. Quantas horas passei dentro desse carro? Quantas vezes acionei o botãozinho da chave para destrancar e trancar a porta? Quanto da minha vida está lá dentro?

São vinte anos, não vinte dias. Sou amigo dos meus carros. Trouxe esse velho companheiro para o Rio, viemos de madrugada pela Dutra ensimesmados, pensando no que esta nova vida nos reserva, em território estranho e quase desconhecido.

Mas temos um ao outro. Por isso, seguiremos juntos, para sempre.

Danke, companheiro.

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Zé Zanine
Zé Zanine
6 anos atrás

Boas caro FG
Voltastes ao Rio, do Geneal e de outras coisas boas..
vai trocar a tarjeta das placas de SP para Rio de Janeiro – RJ?
Abço

Carlos Tavares - Campinas
Carlos Tavares - Campinas
6 anos atrás

Flavinho,

Eu lembro bem desse carro. Foi com ele que você esteve conosco em Americana, participando do programa de TV com o Antonio Edson e o Rogério Assis.

Artur
Artur
6 anos atrás

Um dos poucos arrependimentos da minha vida é ter vendido meu primeiro carro zero, um Golf sportiline 2009 vermelho. Adoraria ter ele na minha garagem. Pena que hoje já deve ter sido muito judiado por algum mano.

Ricardo Sandri
Ricardo Sandri
Reply to  Artur
6 anos atrás

As vezes não, Artur…. Cheque no site do sinesp cidadão as placas e descubra em que estado e cidade o carro está.

Se quiser saber endereço essas coisas entra em sites como o historycar, pois sai até o nome do atual proprietário e endereço.

Boa sorte

Paulo F.
Paulo F.
6 anos atrás

Que tremenda saudade do meu SP2!

Jader
Jader
6 anos atrás

Ainda tá muito bonito o possante. Esse modelo é mais bonito do que o atual.

neto
neto
6 anos atrás

Fiquei até arrepiado com esse texto… 20 dias não sã0 20 anos com certeza!

Francisco Carlos Grisolia
Francisco Carlos Grisolia
6 anos atrás

Tenho um A4 tip 1997 com 133.000km zerado e não tem preço dos alemães semelhantes q tive uma bmw 325 e tb uma c280 Merc ele é o maioral, o melhor

victor freire
victor freire
6 anos atrás

como era de se esperar, o texto atraiu um monte de trolls. mas até onde me consta, você comprou com seu trabalho. como naquela época eu imagino que você era assalariado, ainda por cima comprou com os caraminguás que lhe sobraram depois que os patrões comeram a mais valia, e foram juntados com diligência durante algum tempo. nada mais que justo e que se danem os haters.

Rafael
Rafael
6 anos atrás

Carro lindo, design de linhas limpas, muito mais bonito que carros atuais que querem se mostrar fortes, agressivos, pelas linhas entruncadas.

E bela história!

Felipe Araujo
6 anos atrás

Flavinho, um cisco caiu nos meus olhos ao final do texto…

Carros tem alma! Carros são extensões nossas…

Tenho meu Siena há 5 anos, sou feliz com ele, uma troca de peça aqui, outra ali.. uma mão de tinta acolá… e não troco por nada..

As vezes penso nessas coisas que você escreveu aí… quanto da minha história não tá nesse carro? Quantas vezes, sozinho, não meditei, pensei, tomei uma decisão importante… Quantos passeios em família e com amigos.. Quantas alegrias e tristezas que só eu e meu “Charlie Brown” (meu amigo! rs) sabemos…

Que meus cinco anos cheguem nos seus vinte…

leandro pacheco
leandro pacheco
6 anos atrás

É o seu carro mais novo em termos de ano de fabricação?

Daniel Grillo
Daniel Grillo
6 anos atrás

Caro Gomes, “carros têm alma”. Foi você quem escreveu isso aqui no blog, não? Parabéns.

Simão
Simão
6 anos atrás

FG aí a cozinhada pira. Como pode um petista, comunista, vermelho andar num Audi. Em pleno 1997, governo tucano!!! Petista tem se ser pobre, empregado, ferrado por natureza. Só vc mesmo!!!! Vc como aquele barbudinho, ex metalúrgico são os caras!!!!

ANDRE LUIS SANTOS
ANDRE LUIS SANTOS
6 anos atrás

GRANDE viagem no tempo!
Entrei pela primeira vez num Audi em 1997 na Audi Rio, em Botafogo. Eles queriam dar uma miséria no meu Golf na troca. Mas não desisti.
3.anos depois comprei o meu, 150cv – turbo. Ano 2000. Tenho o até hoje….meu carro de uso, o.melhor que já tive.
Como vc, vivi muitos momentos com ele
Meu companheirao. Trato bem dele com seus mais de 190.000km, só de gasolina Podium….e óleo trocado a cada 6 meses. 5w-40 – sintético.
Abracao…..e poderíamos montar um.grupo…..

Ricardo Sandri
Ricardo Sandri
6 anos atrás

Parabéns pelo texto e pelo carro também. Sou apaixonado pela audi desde que começaram as vendas aqui no Brasil.

Por falar em carro “arregaçado” no Bairro do Paraíso em SP também tive a FIAT Panorama que era a paixão de meu avô (e que após o seu falecimento ficou comigo) roubada na Rua Afonso de Freitas.

FG, está morando no RJ agora? Não o verei mais às segundas feiras naquele restaurante arabe no Paraíso?

Falando em localizar carros, meu primeiro carro zero foi um corsa wind preto 1998 (placas COL-5458/SP) estou louco para encontrá-lo e quem sabe trazer de volta para minha garagem.

abraços

Ed
Ed
Reply to  Ricardo Sandri
6 anos atrás

Pelo aplicativo do Sinesp, seu carro tá em Osasco.

Czar
Czar
6 anos atrás

O sujeito pode ser racional, ateu, cético e chato a ponto de bater escanteio curto.

Mas só vai atingir a maturidade quando finalmente aceitar que: carro também é gente.

Gabriel Cunha
Gabriel Cunha
6 anos atrás

É como se olhar nossos brinquedos nos levassem diretamente para determinado dia, revivendo emoções.
Meu primeiro carro foi um Palio EX 2002 Azul Oceano – como constava no manual – duas portas e de opcional somente vidros elétricos. Fiquei 10 anos com ele e rodei por rodovias, vielas, praias, bocadas e um sem fim de aventuras. Dentre elas destacaria uma viagem pelo oeste do Paraná, muito perto da Argentina. O plano era chegar no meu destino às 18:00 para evitar o frio invernal e as estradas sem sinalização, postos de gasolina e policiamento mas, por uma série de infortúnios, me atrasei em Curitiba e às 10 da noite me vi perdido na estrada sem placas, sofrendo com temperatura beirando 0 graus. Era só eu, ele e algum CD do Dylan rolando (provável que nem fosse o Dylan, mas a história fica melhor assim). Cheguei ao destino, finalmente, e não havia ninguém nas ruas para nos recepcionar. Palmas é puro gelo no inverno.
No total foram 10 anos, 197.000km rodados, 2 acidentes sem feridos, 1 atropelamento de cachorro e 1 embreagem reparada. Nada mais. Fiel, robusto e charmoso. Ainda o vejo por aí, de vez em quando.

Fernando Vieira
6 anos atrás

Flavio, bem vindo ao Rio. A cidade não está tão acolhedora quanto já foi. Eu achei que o clima olímpico melhoraria, mas foi só durante os jogos mesmo.

Uma pergunta: A coleção vai continuar no galpão secreto de SP ou vai vir para um galpão secreto no RJ? Gostaria de ver uns DKWs ou Ladas circulando aqui pelo centro do Rio…

murilo medeiros
murilo medeiros
6 anos atrás

Flávio você está intimado a criar a seção “Histórias sobre carros”.

Ricardo Sandri
Ricardo Sandri
6 anos atrás

Que história fantástica. Isso me faz entrar todos os dias em seu blog aqui. Sou apaixonado pela audi, parabéns por manter esse joia em perfeitas condições por mais de 20 anos.

Nas ruas do paraíso em São Paulo também tive um baque, roubaram a Fiat Panaorama bege que era a paixão do meu avô (quando ele faleceu eu estava aprendendo a dirigir e ela ficou comigo).

Meu primeiro carro zero foi um corsa wind preto 1998 que vendi (e me arrependi) em 2004, mas estou na luta para acha-lo e trazer de volta à minha garagem. (placas COL-5458/SP).

FG, mudou para o RJ? Não o verei mais as segundas-feiras naquele restaurante árabe maravilhoso no Paraíso.

abraços e boa sorte na nova morada.

Felipe Casa
Felipe Casa
6 anos atrás

oi, Flavio. nao te conheço pessoalmente, so pelos textos e pela tv.
e te conhecendo por esses meios, jamais imaginei que vc compraria um vectra, ou pensasse em comprar. qnd vc deu abertura pros leitores te mandarem perguntas, a minha seria essa, que acabei nao mandando, “se vc ja teve um carro mais ‘burocratico’ e qual foi?”.

bela historia!

abraço

David Felipe
David Felipe
6 anos atrás

Bela historia, e belo carro!

José Roberto Mota
José Roberto Mota
6 anos atrás

Tem um sedã audi abandonado, a quase um ano, aqui perto de casa. Preto, coisa mais linda de se ver. Ano 2007,Íntegro por fora. Procurei saber o motivo do abandono, e me disseram que é problemas no câmbio automático. Passo duas vezes por dia por ele, e olha, é de cortar o coração. Mas falando sobre carros que nos marcaram, sinto saudades do meu Corsa 2008. Companheiro de viagens, com ele aprendi a pegar estrada, me ajudou em duas mudanças de casa (lotei o bichinho de quinquilharias), enfim, um companheiro de muitas paradas (e boas histórias). Passei um Fiesta 2005 para minha mãe, estava até um pouco chateado com os problemas que ele dá, mas é o que você disse. Ele não é mais novo. Esses defeitinhos são dele. Como não amar carros depois de ler um texto como o seu? E desculpe pelas lágrimas, é que eu tenho o péssimo hábito de cortar cebolas pela manhã…rs…

Grande abraço.

FRANCISCO AZEVEDO
FRANCISCO AZEVEDO
6 anos atrás

Flávio, muito bom texto, como de hábito. Tenho enorme respeito por você, por não desviar de suas convicções, por ser um jornalista que fala sempre com o conhecimento necessário para sustentar seus argumentos. Enfim, diariamente, procuro ler o que você tem pra nos dizer. E sempre tem histórias interessantes como essa. Parabéns

Gus
Gus
6 anos atrás

Belo carrinho! O primeiro Audi que dirigi – não que foram muitos depois – também era assim, e o que chamou-me a atenção de imediato era a ergonomia perfeita, o “pesinho” dos comandos denotando coisa feita para andar forte, com dinâmica firme e afiada. O acabamento também era, literalmente, de outro mundo – tudo bem encaixadinho e prático, muitas luzinhas no painel, um desenho de interior que não lembrava em nada um “carro de acesso”…
Parabéns e continue cuidando muito bem dele!

Fábio
Fábio
6 anos atrás

20 aninhos!! é um garotão ainda! Parabéns, belo carro.

Fernando
6 anos atrás

Andei neste teu Audi quando vc me deu uma carona para sair do estacionamento de Interlagos. Acho q meu carro estava estacionado do lado de fora. Lembro de ter notado a estrela do PT.

hamzi barakat
hamzi barakat
6 anos atrás

muito legal!!

João Paiva
João Paiva
6 anos atrás

Oi Flávio!

Antes de mais nada, muito legal a sua história e a do Hélio Rosas aqui em cima. Arrisco que todo mundo têm alguma história e acho que deveríamos publicar como você e o Hélio fizeram. São deliciosas! O Facebook, por exemplo, ficaria muito mais legal e eu pararia de bloquear pessoas que eu amo mas fazem comentários semelhante ao dos dois babacas aí em cima.

Aproveitoi também para te mandar esse link do youtube: https://www.youtube.com/watch?v=zvDXlDxMnb4 .

Imagino que você conheça essa história mas na hora em que recebi lembrei de você. Não consegui checar a veracidade (nem tentei, na verdade), recebi de um tio whatsapp hoje com o seguinte texto explicativo:

Em agosto de 1978, portanto há 39 anos, o cineasta francês Claude
Lelouch adaptou uma câmera giroscopicamente estabilizada na frente de
um Ferrari 275 GTB e convidou um amigo, piloto profissional de Fórmula
1, para fazer um trajeto no coração de Paris, na maior velocidade que
ele pudesse.

A hora seria logo que o dia clareasse.

O filme só dava para 10 minutos e o trajeto seria de Porte Dauphine,
através do Louvre até a basílica de SacreCoeur.

Lelouch não conseguiu permissão para interditar nenhuma rua no
perigoso trajeto a ser percorrido.

O piloto completou o circuito em 9 minutos, chegando a 260 km por hora
em certos momentos. O filme mostra-o furando sinais vermelhos, quase
atropelando pedestres, espantando pombos entrando em ruas de sentido
único. O sol nem havia raiado ainda.

O piloto, teria sido René Arnoux, ou Jean-Pierre Jarier ?

Quando mostrou o filme em público pela primeira vez, Claude Lelouch
foi preso. Mas ele nunca revelou o nome do piloto de fórmula 1 que
pilotou a máquina e o filme foi proibido, passando a circular só no
underground.

Se você não viu ainda o clássico, prenda a respiração e clique no link abaixo.

Vale a pena curtir a emoção de passear em Paris como se estivesse a
bordo de um Ferrari 275 GTB.

Bom, já de cara quem postou no youtube diz que o vídeo foi filmado em 76, uma contradição. Enfim, se você já conhecia, mais uma oportunidade de assistir um curta muito legal. Se não conhecia, bom divertimento!

Abraços

Decio
Decio
Reply to  João Paiva
6 anos atrás

Na verdade o carro utilizado foi um Mercedes 450 SEL https://www.youtube.com/watch?v=LDXFvtVlYcM

João Paiva
João Paiva
Reply to  Decio
6 anos atrás

Muito legal esse Também Décio! Acho que deve haver mais furos nessa história mas os vídeos são muito bons!!

Paulo F.
Paulo F.
Reply to  Decio
6 anos atrás

Tem muita controvérsia:

Ver: https://pt.wikipedia.org/wiki/C%27%C3%A9tait_un_rendez-vous

https://fr.wikipedia.org/wiki/C'%C3%A9tait_un_rendez-vous

https://en.wikipedia.org/wiki/C'%C3%A9tait_un_rendez-vous

Quanto ao piloto durante muito tempo o mais cotado era o Ickx.
Agora que é muito bom isso é!

Guilherme Pinheiro
Guilherme Pinheiro
6 anos atrás

Linda história, Flavio. Parabéns pelo alemãozinho de 20 anos.
Agora conta aí, pq voce mudou para o RJ?

Abraço!

Victor Serrão
Victor Serrão
6 anos atrás

Aceite uma dica de um fluminense niteroiense muito habituado com o trânsito do Rio, e dê algum refresco ao DKW durante a semana, pelo menos. Nossas ruas tem estado péssimas nesses tempos de estado falido e municípios inoperantes. De repente um Niva cairia bem por essas bandas.

No mais, boa sorte na cidade-desespero. Precisando, estamos aí.

LUCIANO RIZZI
LUCIANO RIZZI
6 anos atrás

É por este tipo de estória e a maneira como escreve que leio o seu blog, desde 2004, Flávio.

Ricardo
Ricardo
6 anos atrás

Como sempre, parabéns pelo texto, sensível sem ser meloso, emotivo sem ser chavão. Quando chegou no Brasil era meu sonho de consumo também, mas as economias disponíveis não me permtiram alcançar um.
Tenho essa vontade de encontrar o “carro definitivo”, aquele que posso ter por companheiro por décadas como você. Quem sabe um bem cuidado, hoje ainda há como acha-los.
Parabéns, pelo texto, pela historia e pela escolha de companheiro. E que a estrela brilhe, renovada, madura e engrandecida após tantas turbulências.

Gilmar Pereira
Gilmar Pereira
6 anos atrás

Flavio,
Sempre bom ler suas crônicas, seja sobre o que for. E quando fala de seus carros, parece que o texto fica ainda melhor.
Lembro que alguns dias atrás você sondou no Twitter sobre a possibilidade de escrever um livro. Sou um dos que estou aguardando.
Ah! Faltou o nome do garoto aí no texto. Tem?
Abraços

André Souza
André Souza
6 anos atrás

Parabéns pelo excelente texto. Nos brindou com uma rápida viagem no tempo e algo que… poucos fazem, ou melhor somente os apaixonados por seus carros conseguem, que é demonstrar um sentimento de respeito e amor por seu carro. Afinal ele vivenciou boa parte de nossas histórias… Ai que saudade de meu Unozinho, carinhosamente chamado de minha pequena Minardi…
Com todo o respeito, você escreve bem para caramba!! Parabéns!!!
Nos brinde com outros textos deliciosos como este.

Sérgio
Sérgio
6 anos atrás

Bonitão esse alemão prateado. Meu sonho era um XR3. Comprei em 93 um 89 grafite, usado claro. Sonho é sonho. Tem que realizar e curtir. Agora tô com um astra 2011 e gostaria de ficar com ele por 20 anos também.

Thiago Azevedo
Thiago Azevedo
6 anos atrás

Lembro dele aqui em Londrina. Tem que guardar e cuidar bem, mesmo!

Élcio
Élcio
6 anos atrás

Crônica brilhante!!!20 anos não são 20 dias!!!Que bela história!!!Leio seu Blog todos os dias!!! e o carro é belíssimo!!!!!!Parabéns!!!!!

Élcio
Élcio
6 anos atrás

Que crônica BRILHANTE!!! 20 ANOS não são vinte dias!!!! Parabéns pela história e pelo blog!!! Leio TODOS os dias!!!! E o belo é belíssimo!!!!

Emerson
Emerson
6 anos atrás

Em termos de conforto, estetica, da pau em qqer carro 2017 vendido aqyi no brasil, mesmo apos 20 anos. Nao evoluimosnpor aqui flavio?

Jose Brabham
Jose Brabham
6 anos atrás

Palmas!! Bela história!

Wagner
Wagner
6 anos atrás

Meu sonho de adolescente era um desses, so que azul né? Ninguem merce carro prata, brincadeira é um Audi, um Audi pode ser prata.
Lindo parabéns pelo seu amigo.

Carlos Tavares
6 anos atrás

Grandes companheiros, os carros. Eles sabem de tudo. Parabéns ao A3!

murilo medeiros
murilo medeiros
6 anos atrás

Se é pra falar de carros deixe-me falar dos que me marcaram. Na infância, sem dúvidas a Brasília 80 cinza granito que meu pai teve por 15 anos, e que eu costumava viajar deitado sobre o motor traseiro. Acho que rodou mais de 200mil km, e lembro do meu pai trocando o assoalho inteiro pois estava tudo podre. Depois um simpático Escort Hobby comprado zero em 95 ou 96 pela minha mãe. Aprendi a dirigir nele, e fiz minhas primeiras besteiras ao volante – ainda sem carteira. Dos 18 aos 23 anos de idade, período que estive na faculdade, ter um carro era financeiramente inviável, e me distanciei do mundo automotor. Ao me formar e iniciar minha vida profissional, fui presenteado pelo meu pai com um Palio Economy 1.0 Cinza, zero km, coisa mais linda. Fiquei com ele por 6 anos até vendê-lo com míseros 40mil km rodados para comprar um carro melhor. Quem comprou levou pra casa um carrinho novinho, muito bem cuidado, basicamente só ia e volta do trabalho com ele… A Brasília do meu pai, já se sabe que deu perda total em Sobradinho-BA. O Escort Hobby consta como licenciado na cidade de ArcoVerde-PE, já o Pálio consta como licenciado em Recife, quem sabe um dia vou atrás dele.

valter rodrigues
valter rodrigues
6 anos atrás

Quer vender??

Carlos Eduardo
Carlos Eduardo
6 anos atrás

Que história bacana Flávio! Sou seu fã e acompanho seu site todos os dias! Sucesso sempre! Um grande abraço!

Ron
Ron
6 anos atrás

Belo carro.
E bela estória também.

Yeshua
Yeshua
6 anos atrás

Flávio, o A3 é um belíssimo carro. Na década de 90 tive dois Golf, um GL e depois, um GLX. Um dia, apareceu a oportunidade de comprar um Audi A3 turbo, de um tio. Estava com cerca de 30 mil km e estado de zero. Comprei. No dia que peguei chegaram a sair lágrimas dos olhos, Depois de um tempo vieram os problemas: sensor PMS, sensor de pressão de admissão, módulo do ABS, display do painel (que você comentou), coxins, etc. Nada disto me desanimou. Depois de um tempo o valor do seguro disparou e não valia mais a pena. Troquei num Fiat Stilo. Me arrependo até hoje. A3 era muuuiiito mais carro.

Luciano
Luciano
6 anos atrás

Muito legal, bro. 5584 Vou jogar essa milhar no bicho. haha

Edu
Edu
6 anos atrás

É por ai! Sinto falta do meu Fusquinha 1970, foram 19 anos, tive que vender com uma dor no peito, e lá se vão 19 anos, a dor é a mesma…. parabéns pelo Audi