ALPHATAURI AT03
SÃO PAULO (diferentão) – Eu fico zoando esses lançamentos de carros novos, mas um ou outro chama a atenção, sim. Esse bicho aí (em imagens de computador também) da AlphaTauri tem, pelo menos, um detalhe muito interessante. Coloquem em formato maior a terceira foto, essa que tem o carro bem de lado. O túnel que vai da entrada de ar no alto do cockpit, ali na altura do Halo, até a rabeta do carro é bem diferente do que se viu até agora. É um túnel mesmo, que joga o ar lá na base do assoalho. Tipo um tobogã. O Tsunoda, se precisar, entra ali, escorrega e sai do outro lado.
Ele está mais azul do que branco. Um azul que quando a AlphaTauri nasceu, da costela da Toro Rosso, eu achava que era preto, de tão escuro. De novo recorrerei aos universitários para saber que cor é essa no Pantone — já que o branco é branco, mesmo, infelizmente sem sobrenome.
Como na Red Bull, o nome da Honda foi reduzido a um pequeno decalque da HRC lá atrás, perto da suspensão traseira. Espero que ande bem. Ano passado andou. A filial de Faenza da matriz energética terminou o Mundial em sexto com 142 pontos, apenas 13 atrás da Alpine.
Em 2008 e 2019, como Toro Rosso, também conseguiu tal classificação. É o papel do time: ficar ali na meiúca, pontuar bastante, beliscar um pódio às vezes, não dar vexame. O bom é que a estante para troféus não precisa ser muito grande, na fábrica. Tem três da Toro Rosso (Vettel em Monza/2008, vencedor; Kvyat na Alemanha/2019, terceiro; e Gasly no Brasil/2019, segundo) e mais dois já como AlphaTauri — a vitória de 2020 na Itália e o terceiro lugar no Azerbaijão no ano passado, ambas de Gasly. Qualquer marceneiro faz um movelzinho simpático para colocar os prêmios.
O francês foi responsável por 110 dos 142 pontos do time no ano passado e é um piloto muito bom, embora de vez em quando se mostre emburrado por não ter um lugar na Red Bull, que o rebaixou para a AlphaTauri em 2019. Tsunoda não é grande coisa, ganhou a vaga por causa da Honda, começou bem mas, depois, se atrapalhou todo. Mudou-se para perto da fábrica, na Itália, e parece que colocou a cabecinha no lugar. A ver.
Uma coisa que se notou no ano passado foi que o carro era melhor nos treinos do que nas corridas. A posição média de Gasly nos grids foi 7,2. A posição de chegada média, 9,3 (fiz uma conta meio besta, considerando a posição em que ele estava nos quatro abandonos das 22 etapas; foi só para justificar o raciocínio).
Daí veio o nome do carro, AT03: [Só] Anda em Treino [principalmente no TL] 3.
Só uma correçãozinha: Gasly foi segundo no Brasil/2019, não 2020.
Carro bonito não ganha corrida. É legal, é memorável mas, no fundo, o importante é o carro ser vencedor. Bonito vem depois.
Só que isso não vale pra Alpha Tauri. É uma marca de roupas, assim como a Benetton, também italiana, era. Tem que dar o mesmo salto de qualidade um dia. O fez com Schumacher, claramente um excelente desenvolvedor de carros.
Será que Gasly consegue?
Essas apresentações não têm nada. Talvez apenas a Aston Martin tenha mostrado um caro de fato. O resto é só imagem de computador. Ninguém quer mostrar nada antes da hora para não entregar as soluções adotadas.
Gosto muito dessa Equipe. Que se divirtam muito em 2022
Essa Brabham ficou bonita mesmo.
A aleta da asa dianteira é tão grande que poderiam colocar um telão e alternar o patrocinador, como ocorre com a publicidade estática de parte dos estádios de futebol.
Autor Talentoso!
Assertivos Termos!
Analogia Tenaz!
Astucioso Texto!
Adorei Tudo…
Senti falta das calotas pintadas de branco, igual as rodas do ano passado. Porque todo mundo tem que ter calotas iguais? Se o regulamento não permite mexer nelas, ao menos que pintem de cores diferentes!
Só uma correção, em 2018 a Toro Rosso terminou em 9º, foi o ano que a equipe foi usada de cobaia de testes para evolução do motor Honda.
Uma coisa é fato: desde 2005, os carros nunca estiveram tão bonitos. À mim, realmente parecem carros de corrida, agora. Meu único receio, é os americanos da Liberty Media um dia acabarem padronizando os carros, assim como é na Indy.