TESTING, TESTING (1)

SÃO PAULO (vai, Lusa!) – Terei de ser muito rápido, porque daqui a pouco tem Portuguesa x XV no Canindé e já estou de saída. Na próxima postagem coloco o “Fórmula Gomes” de hoje aprofundando as análises — sem cagar regra — do primeiro dia da pré-temporada de 2022.

Foram 16 pilotos de todas as equipes na pista. Problemas, apenas com a Alfa Romeo e a Haas. Câmbio nas duas. Andaram pouco, mas acontece, teste é para isso mesmo. Só que com regras e carros totalmente novos, perder tempo em treino atrapalha muito.

As principais equipes andaram bastante, sem relatar defeitos mecânicos em seus carros. Verstappen foi quem passou mais tempo no cockpit, 147 voltas. A Red Bull finalmente mostrou seu carro, já que a apresentação do RB18 foi fake, com um modelo de computador, mockup para deixar em exibição em posto de gasolina.

O carro de verdade tem uma lateral bem diferentona, asa traseira também, soluções bem distintas das adotadas por Ferrari e Mercedes, por exemplo. A montagem abaixo, com alguns dos carros novos fotografados hoje pelo mesmo ângulo mostra como os times seguiram caminhos bem desiguais para projetar seus modelos novos.

Aí em cima estão faltando Alfa Romeo, Williams e Haas. Para vocês não ficarem sem imagens, seguem um pouco mais abaixo. O carro da Williams, na foto, está todo emporcalhado com “flow-vis”, corruptela para “visualização de fluxo”, uma tinta que os caras espalham no automóvel para que os fluxos de ar mostrem seus caminhos — uma forma de checar se os estudos em túnel de vento e computador batem com a realidade.

A Haas também revelou seu carro de verdade pela primeira vez, totalmente diferente do modelo mostrado no lançamento virtual, há alguns dias. Já a Alfa só vai apresentar sua pintura definitiva no domingo, dia 27. Por isso, pilotos e carro estavam camuflados.

A foto da Haas mostra como será a asa-móvel neste ano, nesses aerofólios futuristas de duas lâminas. Ficou muito claro, em todos os projetos, que os engenheiros procuraram, como sempre, otimizar os fluxos de ar. Que, neste ano, devem ser dirigidos ao assoalho, acelerando sua passagem para a criação do efeito-solo. As asas, tanto na frente quanto atrás, perderam importância na geração de “downforce” justamente para não deixar o ar atrás dos carros muito turbulento. Assim, eles poderão andar mais perto uns dos outros.

O melhor do dia foi Hamilton disfarçado de espião dos tempos da Guerra Fria passeando pelo paddock com sobretudo, gorro e máscara. Parou um tempinho diante dos boxes da Red Bull para ver o que a concorrência estava aprontando. No fim do dia, deu entrevista dizendo que quem pode estar um pouco na frente no desenvolvimento do carro novo é a Ferrari, que no ano passado largou o modelo de 2021 para pensar só em 2022. Faz algum sentido, mas não quer dizer que isso vai resultar em algum tipo de domínio.

Lando Norris fez o melhor tempo do dia: 1min19s568, com pneus macios. A pole do ano passado, de Hamilton, foi obtida em 1min16s741. Os tempos vão cair bastante, ainda. Teoricamente, os carros deste ano são um pouco mais lentos. Mas a gente sabe como é a F-1. No fim, ficam mais rápidos. Sempre.

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Daniel
Daniel
2 anos atrás

carros feios demais! Parece carros da Formula indy!

CHAGAS
CHAGAS
2 anos atrás

Alfa Romeo um atraso só. Onde você foi ancorar seu barco Vartão?????? Lamentável.

murilo
murilo
2 anos atrás

No quesito beleza, a Ferrari está na frente, não só pelo belíssimo tom do vermelho contrastando com asas pretas, mas também pela delgada e singela silhueta.

Marco
Marco
2 anos atrás

Vai LUSAAAAAAAA….