GIRA MONDO, GIRA

SÃO PAULO (Brasil, 2022) – A Volkswagen colocou no ar uma campanha publicitária do Polo com um casal gay como protagonista.

Foi o bastante para a marca ser atacada nas redes sociais por hordas de homofóbicos. Que em outros tempos exercitariam seu ódio babando, espumando, arrancando os pelos do cu e dando chilique em casa, dentro do banheiro, escondidos.

Outros tempos não muito distantes, em que pessoas assim teriam vergonha de mostrar como são escrotos em público. Mas no Brasil do saco de merda, se sentem à vontade para declarar sua homofobia para milhões de outras pessoas. E recebem aplausos e apoio e curtidas. Como o dono de uma academia de crossfit na Paraíba — me mandaram um vídeo, não vou fazer propaganda dele aqui — que deveria ser preso pelo que disse.

O Brasil apodreceu muito rápido.

Em tempo: parabéns, Volkswagen.

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MARIOHP
MARIOHP
1 ano atrás

Podem esperar muitas outras propagandas dirigidas as minorias. E a VW saiu na frente. Está certíssima como empresa, na minha opinião. A inclusão e o combate ao preconceito é fundamental no brasil hoje, com tantos fiscais do cu alheio. E é importantíssimo que as grandes empresas e a imprensa participem dessa que é uma verdadeira luta. Tenho um Polo igualzinho o da propaganda e não senti minha opção sexual ser alterada em qualquer dimensão. Sou hetero, e não vai ser a opinião alheia que vai mudar alguma coisa nisso. Além do mais vou te falar, o Polo é um carro excepcional, o melhor disparado do segmento e vou trocar o meu por outro, se Deus quiser, um GTS. O burro que deixar de comprar qquer coisa, de qquer valor por preconceito é um grande idiota, que infelizmente o brasil tá lotado.

Antonio José
Antonio José
1 ano atrás

Eu não gostei da propaganda, não é porque tem um casal gay, vejo com outra visão, que tinha que ser analisada pelo Marketing da VW. Gosto muito da VW, não deixarei de comprar por causa de um erro de estratégia, mas o erro foi não ter colocado todos os segmentos de opções sexuais, como foi feito dias depois com uma propaganda muito bem feita. O erro foi rotular um produto de alto valor, As vendas do Polo podem até aumentar momentaneamente porém e a revenda do produto, tem a desvalorização por não ser bem aceito. Estamos falando de mercado, Lei da Procura e Oferta ninguém gosta de perder não é? Por mais que queiram essa lei não tem opção sexual.

Gabriel Medina, o Outro
Gabriel Medina, o Outro
1 ano atrás

A exatos 4 anos atrás, eu estava indo passar um desses gloriosos feriados de abril/maio na casa de campo da família da minha então namorada. Como namorávamos a pouco tempo – menos de um ano – eu mal conhecia a família dela e tb nunca tinha pisado na região, exatamente a divisa entre o oeste de SP e o norte do Paraná. Ano eleitoral, todo a tempestade que vinha desde 2013, e tinha feito tão mal ao país, somados ao ventos de trump e brexit davam um ar de incerteza, mas eu tinha ainda a ilusão que nada resistiria a velha malandragem, desfaçatez e canalhice da política brasileira, no final das contas, o pior que poderia acontecer era aguentarmos uns 4 anos de PSDB depois do Temer. Ruim? Sim, mas nada de incontornável, tiraríamos de letra.
Foram 4 dias de espanto total regados ao insuportável sertanejo universitário, cervejas “premium” fajutas e carnes igualmente premium e ainda mais duvidosas. Ali tive contato com um Brasil que eu desconhecia, racista, homofóbico, incapaz de diferenciar representação de endosso, abissalmente burro e olimpicamente hipócrita, toda uma casta de pessoas com até certo grau de qualificação profissional, mas incapaz de fugir do pensamento binário. O “intelectual” da família era um molecão com cara de vagal e especialista em “filmes” de super herói e tutorias diversos, mas igualmente preconceituoso e hipócrita. O pior de tudo, esse povo todo – brega, mal informado e preguiçoso – tinha um novo herói, um deputadozinho asqueroso, um personagem que só o Rio poderia parir, um sacana que defendia valores celestiais, a partir desse momento eu percebi que não conhecia o Brasil profundo e que, sim, estávamos fodidos, muito fodidos.

Bruno A.
Bruno A.
Reply to  Gabriel Medina, o Outro
1 ano atrás

Hahaha o cara fala de hipocrisia, preconceito, etc e no mesmo texto é preconceituoso com a população do Rio de Janeiro… vai entender né?

Gabriel Medina, O outro
Gabriel Medina, O outro
Reply to  Bruno A.
1 ano atrás

Eu sou carioca, Einstein. E sim, bolsonalha é produto típico da política carioca, a milícia que o diga.

murilo
murilo
Reply to  Bruno A.
1 ano atrás

Vai a merda Bruno.

Bruno A.
Bruno A.
Reply to  murilo
1 ano atrás

Oxe eu te conheço? Não dá pra argumentar alguma coisa do que simplesmente mandar alguém à merda não? O cara foi preconceituoso com cariocas, foi preconceituoso com gente que gosta de música sertaneja, foi preconceituoso com gente que somente toma uma marca de cerveja que ele não toma, e vem vomitar um monte de regra sem pé nem cabeça. Se isso não for hipocrisia, eu não sei o que é. Como sempre digo, cuidado com o telhado de vidro galera.

Gabriel Medina, O outro
Gabriel Medina, O outro
Reply to  Bruno A.
1 ano atrás

Vc não sabe a diferença entre crítica e preconceito, fera.

Bruno A.
Bruno A.
Reply to  Gabriel Medina, O outro
1 ano atrás

Sei sim, crítica é quando você fala. Preconceito é quando outra pessoa fala.

Barreto
Barreto
1 ano atrás

Umberto Eco: a internet deu voz aos imbecis.
Renato Aragão: quem se preocupa demais com a homossexualidade dos outros: ou é, ou foi ou será.

Paulo McCoy Lava (ILHA)
Paulo McCoy Lava (ILHA)
1 ano atrás

Que o ‘reclame’ gerou polêmicas e opiniões diversas, todos estamos de acordo. E – igualmente de acordo estamos –, sua produção teve custo. So what? Daí que me impressiona constatar que esta ‘ação’ promocional foi aprovada pela diretoria e, penso, ninguém reclamou de falta de verba. Algo que certamente aconteceria se a empresa recebesse – como recebeu, num passado não muito recente… – proposta de um trabalho sério de pesquisa sobre a empresa no melhor esporte do planeta (Automobilismo) e suas incontáveis conquistas – em pista de asfalto e pista de terra. Alias, lembram daquele modelo Gol Rally? Nunca entendi o ‘medo’ de completar o press release com artigo e dados estatísticos sobre este veículo em competições.

(Texto edit: sim, eu entendo a atitude dos gestores: para eles, deve ser um ‘big’ pecado remunerar o trabalho sério de pesquisa por parte de um Jornalista que enxerga o Automobilismo como a coisa mais importante da vida, fora guardar dólares! Ironicamente falando… ‘O quê? Pagar uma pessoa para ela fazer o que mais gosta na vida? Prestigiar o Automobilismo? Resgatar a vitoriosa história de nossos produtos para as novas gerações? Não: vamos gastar dinheiro em um comercial e receber críticas da sociedade!’).

Edu Zeiro
Edu Zeiro
1 ano atrás

O que eu sempre me pergunto, mas não encontro resposta, é: em que a vida das pessoas LGBTetc afeta a das demais, por que elas se sentem tão agredidas? A felicidade, o amor e a sexualidade, em todas as suas formas (desde que praticadas consensualmente, entre pessoas conscientes) são direitos de todxs!

murilo
murilo
Reply to  Edu Zeiro
1 ano atrás

São fiscais de cu. Atividade oriunda das doutrinas religiosas que impõem uma única forma correta de ser, seja ela qual for.

Alfredo
Alfredo
1 ano atrás

Teve um sujeito numa dessas redes que postou: Agora mesmo é que não compro o Polo.
Eu perguntei pra ele se era algum medo de assumir a sexualidade se comprasse o carro.
Me bloqueou.

Paulo Dantas Fonseca
Paulo Dantas Fonseca
1 ano atrás

Prezado F&G : Em pleno século XXI,os machões brasileiros quando comentam e fazem críticas homofóbicas ,a propaganda do produto VW POLO, demonstram amplamente que têm a inteligência de amebas. Parabéns para VW que consegue fazer a leitura de um mundo real em que vivemos.

Edison
Edison
1 ano atrás

Brasil…. país sem futuro.
Quem puder que se mande daqui, os vermes saíram do esgoto, não sei se ainda dá para reverter isso.

Coisinha
Coisinha
1 ano atrás

Não é só o Brasil que está apodrecendo…vários países estão andando pra trás desde que o nojento presidente Laranja se elegeu nos EUA…..

Alexandre
Alexandre
1 ano atrás

O silêncio dos comentários fala muito

Marcus
Marcus
Reply to  Alexandre
1 ano atrás

Concordo.

Edgard
Edgard
1 ano atrás

Não surpreende, Flavio.

É o que diz a pesquisa que saiu ontem sobre “o que pensa o homem brasileiro”.

Quantidade significativa de homens “pró-virgindade” da mulher, que não apoiam o feminismo, acreditam que aborto tem que ser criminalizado, tem LGTBfobia e outras coisas mais.

É o que somos como país. Um cesto de lixo.

Fabio Amparo
Fabio Amparo
1 ano atrás

A internet criou uma legião de corajosos. Muitos desses aí, como você bem disse, são belos hipócritas! Quem ainda tem esse pensamento homofóbico não merece conviver em sociedade.

murilo
murilo
1 ano atrás

Nunca foi tão fácil identificar os escrotos que nos rodeiam. E isso é triste. Recebi trocentos memes homofóbicos sobre o tema.

Carlos Pereira
Carlos Pereira
1 ano atrás

Isso só mostra como as pessoas tem vidas medíocres. Perdem tempo cuidando da vida dos outros, e não vivem a própria. Amor, onde for, como for.

Evandro
Evandro
1 ano atrás

Santa masculinidade frágil que de destrói por causa de um comercial de carro..
Como sabiamente disse Ronnie Von: significa!

Peixe
Peixe
1 ano atrás

Ações assim são ótimas para que a gente possa filtrar as pessoas da nossa vida.
Quando vejo alguém que conheço falando merda sobre esse tipo de comercial, facilita a detectar os homofóbicos.

Bom que já serve de aquecimento para ajudar na limpeza das pessoas que vai acontecer no decorrer do ano.

Carlos Washington
Carlos Washington
1 ano atrás

Uma das principais funções(98%) das redes sociais no Brasil é ser um grande imã para gente retardadas, outros 2% é usado como ferramenta de comunicação por pessoas maduras.

Megas Alexandros
Megas Alexandros
Reply to  Carlos Washington
1 ano atrás

Em época de eleição esses 2% viram 0,02%

Klaus
Klaus
1 ano atrás

Mas é justamente por não sair de casa ou de um pequeno círculo de pessoas que esse (e outros ainda piores) preconceito dava a impressão de não existir. Ledo engano, caro escriba. Sempre existiu aqui no bananastão e no mundo civilizado também. E era bem mais forte que hoje. Só que agora todo mundo fica sabendo. Como tudo tem dois lados, agora a tolerância está bem maior que décadas atrás porque o atividades anti preconceito também atinge a todo mundo .

YPVS
YPVS
1 ano atrás

Não apodreceu rápido não. Sempre foi assim. Só expôs o playground por conta dos celulares.
Tenho 43 anos. Aos 13, ou 30 atrás, vi 2 meninos serem humilhados por serem gays numa festa de playground. Mas muita humilhação. Algo impensável. Muito jovem que era, achei até que eram marginais. Meu pai teve que me.explicar muito pq eu lembro de chegar chocado em casa tamanha violência.
Tô com o Simas. Admirar as brasilidades que são incríveis. O Brasil é um lixo.