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Vandoorne: bi para a Mercedes

SÃO PAULO (em alta) – Terminou ontem a oitava temporada da Fórmula E, com uma rodada dupla em Seul. O campeonato marcou a despedida da segunda geração de carros da categoria. E da Mercedes, que depois de quatro anos resolveu deixar os carros elétricos — sua estrutura física foi adquirida pela McLaren, que estreia no ano que vem.

Os alemães saíram por cima. Com o segundo lugar na segunda prova na Coreia do Sul, Stoffel Vandoorne conquistou o título com 213 pontos, 30 à frente de Mitch Evans, da Jaguar. Consistência foi a chave para o belga se tornar campeão. Ele fez pontos em 15 das 16 etapas e subiu ao pódio oito vezes. Ganhou apenas uma corrida, contra quatro de Evans. Mas a regularidade compensou.

A Mercedes já havia sido campeã no ano passado com Nyck de Vries. E também havia conquistado o título entre as equipes, o que repetiu agora — 319 pontos, 24 à frente da monegasca Venturi, que também usou o trem de força da montadora alemã. Em quatro temporadas na F-E, a Mercedes venceu sete corridas, fez 23 pódios e levou quatro taças. Não dá para reclamar.

A vice-campeã Venturi também muda de nome no próximo Mundial, com sua estrutura sendo assumida pela Maserati. Um de seus pilotos, o brasileiro Lucas di Grassi, foi dispensado e correrá pela indiana Mahindra em 2023. Di Grassi disputou ontem a 100ª corrida da história da F-E. É o único piloto que participou de todas as etapas realizadas desde a temporada de estreia, em 2014/2015. Mais uma mudança de casa foi anunciada no fim de semana: António Félix da Costa, campeão de 2020, deixa a DS Techeetah, parceira da Citroën, para defender a Porsche no lugar do veterano Andre Lotterer. Sébastien Buemi, depois de oito anos na e.dams (quatro como Renault, outros quatro como Nissan, marca do mesmo grupo), deixa o time e deve correr pela Envision. O suíço conquistou um título, em 2015/2016, e foi vice três vezes.

Para o ano que vem, a Fórmula E agendou uma etapa em São Paulo, no dia 25 de março. Será a primeira visita da categoria ao país.

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CHAGAS
CHAGAS
1 ano atrás

A Formula-E que começou renovando idéias, com motores “limpos” com rivalidade antiga entre Piquet e Di Grassi, e depois com Di Grassi e Buemi, algo novo, até tinha emoção. Era divertido.
A imprensa tratou como futuro do esporte à motor em reposta aos motores à combustão, que a maioria das montadoras enxergavam isso, que todos estavam investindo na categoria, que era o futuro dos carros de rua, que a F1………. iria sucumbir.
O que começou ideal, correto e promissor, agora é uma categoria para refugos da F1 e outras competições maiores.
Os campeões de lá são os pilotos medianos de cá. As emoções com os primeiros campeonatos diminuíram. Infelizmente a categoria, assim como o som de seus motores, é discreta.
Ninguém quer correr a categoria do “futuro”. É a quarta ou quinta opção daqueles que procuram um lugar pra competir.
O campeão teve como adversários Mortara, Evans, Da Costa, Di Grassi, Vergne, Werhlein, Buemi, Lotterer, Giovinazzi e De Vries.
O mais engraçado de tudo, em se tratando de uma competição de corridas, em que a obra prima é você ser o mais rápido possível para vencer seus rivais, no momento mais crucial da prova que são as últimas voltas, o piloto tem que administrar a bateria para poder completar a prova. Que idéia brilhante não?
A ideia era boa mas infelizmente a Formula-E ainda não tem brilho.  
No mais parabéns a Vandorne pelo título, diga-se, outro piloto médio.