SOBRE DOMINGO DE MANHÃ
A IMAGEM DA CORRIDA
SÃO PAULO (dá tempo, ainda) – Aconteceu tanta coisa ontem e hoje na F-1 que a gente mal lembra do GP da Hungria. Mas nosso rescaldão nunca falha. Como imagem do domingo, fico com a desolação de Leclerc, que continua até agora sem entender por que a Ferrari colocou pneus duros em seu carro no segundo pit stop. A equipe foi a grande derrotada do fim de semana. E virou motivo de chacota…
O gráfico abaixo mostra as posições de pista de cada um ao longo da movimentadíssima corrida magiar. Acompanhem as linhas de Leclerc. Notem como ele liderava numa posição quase confortável até a segunda parada. Depois, foi um desastre.
HUNGRIA BY MASILI
Nosso cartunista oficial Marcelo Masili finalmente desvendou como a equipe italiana define suas estratégias de corrida. Genial.
“Foi problema mais de ritmo do que de estratégia”, defendeu-se o chefe Mattia Binotto. “A estratégia do Carlos foi a mesma que a do Hamilton e não funcionou. O carro é que não funcionou.” OK, é uma explicação. De fato, a Ferrari não andou bem, o frio dificultou o aquecimento de seus pneus, o favoritismo evaporou no asfalto gelado de Hungaroring num fim de semana em que só fez calor mesmo na sexta-feira. Depois, o caos: chuva no último treino livre, temperaturas baixas até o domingo.
Mas o que ninguém entende é a falta de confiança no seu principal piloto. Leclerc foi assertivo: “Eu disse que os pneus médios aguentavam mais, a gente não precisava parar naquela hora”, contou. “Não sei qual foi a lógica que eles seguiram.”
Até agora, nenhuma cabeça rolou em Maranello.
O NÚMERO DA HUNGRIA
10º
…lugar a posição no grid de Verstappen, que venceu a prova. De suas 28 vitórias, foi aquela em que largou mais atrás. Antes, sua pior posição de largada em corridas que venceu havia sido um quarto lugar. Isso aconteceu quatro vezes: na Espanha/2016, na Áustria/2018, no GP do 70º Aniversário em Silverstone/2020 e na Arábia Saudita/2022. Largar em décimo e vencer não é fácil em momento algum da história. Os últimos que conseguiram, antes de Verstappen: Ricciardo (Azerbaijão/2017), Gasly (Itália/2020) e Hamilton (Brasil/2021).
Detalhe que passou despercebido em meio à festa do holandês: ele correu sério risco de não terminar a corrida, se não tivesse tido um problema no… sábado! Na última volta de classificação, Max perdeu potência e nem conseguiu fazer tempo — o que explica sua décima posição no grid. Christian Horner, o chefe da Red Bull, revelou que o motor de sábado, pelos cálculos da equipe, quebraria se rodasse mais 12 km. Por isso, componentes foram trocados de um dia para o outro — dentro do limite que evitasse punições.
Decisões rápidas e precisas foram a chave para a oitava vitória de Verstappen no ano. Uma delas, a de largar com pneus macios. A ideia inicial era ir de duros, estratégia clássica para quem larga a trás e estica o primeiro stint. Eram os macios que estavam calçados nos dois carros do time quando eles foram para o grid. Ambos disseram que a aderência era baixíssima. Se com os macios estava daquele jeito, com os duros seria uma tragédia. Mudaram tudo que haviam pensado e foram com os mais aderentes, mesmo.
Nem precisa dizer que acertaram na mosca.
A FRASE DE BUDAPESTE
“Se não fosse o problema da asa móvel no sábado, eu teria largado na primeira fila. E lutaria pela vitória. Nosso último stint foi muito especial.”
Lewis Hamilton
Parece bem claro que a Mercedes já não é aquela coisa claudicante e complicada das primeiras corridas do ano. Hamilton foi o segundo colocado e Russell terminou em terceiro. George fez a pole, a primeira de sua carreira. Nas últimas seis etapas, os prateados somaram 170 pontos, contra 135 da Ferrari. Em pódios, 11 para os alemães, dez para os italianos. Lewis levou um troféu para casa nas últimas cinco provas.
Os números estão aí embaixo. Alguém duvida que os mercêdicos ultrapassarão os ferraristas na reta final do campeonato?
A Red Bull não precisa se preocupar com nenhuma das duas e vai para as últimas nove provas do Mundial com a tabela debaixo do braço e fazendo contas. As prioridades agora são outras. Nesta terça-feira, a equipe informou que estendeu o acordo de assistência técnica que tem com a Honda até o final de 2025. Os japoneses, inexplicavelmente, resolveram deixar a F-1 no fim do ano passado. Cederam seus motores ao time austríaco e, através de sua subsidiária HRC (Honda Racing Corporation), se comprometeram a tocar produção e manutenção por dois anos, 2022 e 2023. Afinal, a Red Bull não tem experiência ou tecnologia para fabricar motores. Foram alocados equipamentos e funcionários junto ao time para que o parceiro não ficasse na mão.
Com esse novo acordo, é bem provável que a marca Honda volte a aparecer com algum destaque nos carros da Red Bull e da AlphaTauri nos próximos três anos. Hoje, há apenas um discreto adesivo da HRC no capô. A partir de 2026, já está certo um acordo entre a Red Bull e a Porsche para quando passar a valer o novo regulamento de motores da categoria. Até lá, pode ser que a Honda decida fornecer suas unidades de potência para quem se interessar.
GOSTAMOS & NÃO GOSTAMOS
GOSTAMOS muito, demais mesmo, de ver Nicholas Latifi liderando a folha de tempos num treino oficial. Foi na terceira sessão livre, sábado de manhã, com chuva. E o cara enfiou 0s661 no segundo colocado, Charles Leclerc! É para imprimir, emoldurar e pendurar na parede. Mas…
NÃO GOSTAMOS de vê-lo em último grid algumas horas depois. A vida é muito cruel nessa tal de Fórmula 1.
Exemplo na prática que a F1 é um esporte de equipe.
Flávio, só pra citar, eu acho que teve corridas em que M SCHUMACHER bateu ou foi tocado, pneu furado tambem…., na primeira volta, foi aos boxes e ainda venceu as corridas, não seria isso mais notável do que largar na ultima fila????? pois o prejuizo de tempo é muito maior né…… o que nos diz?
MAX MAX MAX
Supremacia total
Essa Vitória do Holândes Voador foi um show de performance de Verstappen o problema é que o Campeonato ficou sem sentido, mas as corridas em si serão interessantes, dá pra dizer que todas elas tiveram pelo menos um pouco de emoção nesses dois últimos anos, melhorou muito em relação a anos anteriores.
E tá ficando ridículo, vexatório a ponto do Binottão ficar arranjando e explicações estapafurdias, Claro qque o fiasco maior foi da dupla Lecler e Sanz, mas o Gerorge também tomou na cabeça pois ser pole, suportar as vermelhonas, perder pro The Best MAX isso tudo é show de bola, mas perder pro companheiro de equipe que largou só em sétimo??? Aí o cara perde o rebolado ESSA O JORJÃO SENTIU..… E VAMOS PRA BÉLGICA !!!
Palpite:
McLaren vai pagar uma multa pra ter Piastri e outra pra rescindir com Ricciardo. Este, por sua vez, vai de “graça” pra Alpine. #F1 #PiastriGate
Prezado FG: A Ferrari pediu até pra Mãe “Dina “, e para o velho Zuza , ajuda dos universitários , das cartas, dos dados . Nem para consultar o Homem do tempo ( Celso Vernízio ), Cacilda a temperatura ambiente era menos 23 graus, para pneus duros não iria funcionar mesmo a FERRARI bate cabeça, a Mercedes- Benz e pura Ilusão tomando quase o,4 por volta . créditos para MAX e sua Equipe Red Bull, tem um currículo melhor que a Lotus , efetivamente é a grande rival da Mercedes- Benz e a FERRARI fica na sobra .
Rindo até agora do cartunista. Sensacional.
Gostei, ao menos é o que parece, que a Honda pretende se manter na F1. Sim, oficialmente a Honda não está mais lá, apenas existe a tal da parceria técnica com a Red Bull com o discreto logotipo “HRC” na carenagem dos carros da equipe. Quem sabe os japoneses, entusiasmados com a performance da Red Bull, não resolvam retornar oficialmente à categoria. “Ah, mas a Red Bull vai de Porsche em 2026!” E daí? Não poderia a Honda continuar com a Alfa Tauri e/ou fornecer motores para algum outro time? Claro que sim.
Explicação um tanto mambembe da Ferrari. Ainda que o ritmo estivesse abaixo do esperado, uma parada para colocar pneus tão mais lentos não poderia ajudar. Claramente era melhor esticar o stint de médios e colocar macios no final. Outro fator interessante é que a Ferrari deveria separar seus dois pilotos nas estratégias de corrida. Leclerc, no geral, tem conseguido ritmos de corrida melhores que Sainz. Não é exatamente uma apologia ao favorecimento de Leclerc. Sainz é muito bom piloto. Contudo, fica a impressão de que Leclerc consegue forçar um pouco mais na corrida. A Ferrari pode tirar mais daquilo que sua boa dupla de pilotos tem pra oferecer. O Verstappen erra pouquíssimo e é um talento assombroso. A Mercedez tem a melhor dupla de pilotos do grid. Sem cometer erros grosseiros já são adversários suficientemente duros.
Latifi cravando o primeiro setor e sendo o último colocado no Q1 foi tragicômico.
Interessante observar o tempo médio de volta para Verstappen, Hamilton e Leclerc; Se desprezarmos as voltas com VSC e as voltas de entrada e saída dos boxes após as paradas temos os seguintes resultado:
Verstappen : 1m23,545s
Hamilton : 1m23,639s
Leclerc : 1m23,477s
O piloto monegasco tinha o carro mais rápido. Mas que falta fez um jogo de pneus macios novos. Leclerc tinha apenas jogos de pneus macios usados a disposição no domingo.Depois que calcou pneus macios foi consistentemente mais rápido fazendo voltas na casa de 1m21,4 e m22,4s O que se entende é que a estratégia da Ferrari começou errada no sexta, continou torta no sábado e no dominto desandou de vez.
Hamilton teve um problema no DRS que o tirou de uma posição de largada melhor e, após a corrida afirmou que se tivesse feito uma opção diferente para os pneus na largada teria a possibilidade de lutar com Verstappen pela vitória. Mercedes que chegou bem descrente quanto á corrida na Hungria mas fez um podio duplo. E principalmente o rtimo de corrida muito bem proximo de Red Bull e Ferrari.
Vertappen soube aproveitar as oportunidades, com rodada e tudo, e tem 80 pontos de vantagem para Leclerc. Talento e uma eventual dose de sorte não fazem mal a ninguém.
Nos bastidores mais uma história mal contada., O acordo de confidencialidade e sigilo entre Masi e FIA, após o australiano ser defenestrado pela entidade. Tem coisa, e não muito boa, por ai.
Não é chute, é análise.
Hamilton termina em 2º esse campeonato.
(Mentira, é chute sim)
Em segundo, não sei. Mas que ele e Russell vencerão corridas, vencerão.
Só como curiosidade, o Mansell saiu de 12o para vencer na Hungria em 1989.
E de Ferrari!
Bingo.
Na Hungria é um grande feito mesmo, pela dificuldade de ultrapassagem. Mas ainda ninguém bate John Watson, que de McLaren (companheiro do Lauda) venceu o GP dos EUA de 1983 saindo da 22ª colocação.
Rubens Barrichello (vejam só) teve logo sua primeira vitória saindo do 18º lugar, na Alemanha em 2000. Michael Schumacher já venceu saindo de 16º (Bélgica 1995) e ainda ficou 20s na frente do segundo, Räikkönen venceu saindo de 17º (Japão 2005) e o Panis venceu em Mônaco (1996) saindo de 14º, sua única vitória inclusive.
E Lauda que largou em 23º chegou em 2º.
Ambos arrebentaram naquela corrida. Aliás as raras vezes que Watson ganhou, dava um show.
Muito bem lembrado, o John Watson em Long Beach. Citei o Mansell por ter sido na Hungria, mas o Watson tem essa marca única, provavelmente.