PARQUE DO BETO (3)

Largada em Melbourne: apenas a primeira de três…

SÃO PAULO (bom dia!) – Foram quase três horas de corrida até que Max Verstappen pudesse comemorar sua segunda vitória no ano, 37ª na carreira. O GP da Austrália, na madrugada de hoje em Melbourne, teve três bandeiras vermelhas e o final decretado numa volta fake atrás do safety-car só para cumprir o regulamento. Lewis Hamilton foi o segundo e Fernando Alonso fechou o pódio. Stroll, Pérez, Norris, Hülkenberg, Piastri, Zhou e Tsunoda completaram a lista dos dez primeiros. Apenas 12 carros viram a bandeira quadriculada.

E como foi que se chegou a isso? Vai ser preciso ler com atenção o relato da corrida, cujo resultado até pode ser considerado normal, levando-se em conta as posições de largada e a relação de forças da F-1 neste momento. Mas que teve um andamento, para dizer o mínimo, incomum. Sobretudo nas últimas voltas.

Aos fatos, pois!

Primeiro abandono do dia: Leclerc, na primeira volta

Num domingo de sol e temperatura agradável, na casa dos 17°C, os pneus médios foram a escolha da maioria dos pilotos para a largada. Gasly, Ocon, Zhou e Bottas partiram com macios; De Vries, Pérez e Sargeant optaram pelos duros.

O início foi faiscante. Cercado de Mercedes por todos os lados, Verstappen não sabia direito para onde olhar quando as luzes vermelhas se apagaram. Russell foi para o embate corpo a corpo, trazendo Hamilton com ele. Nenhum dos dois tinha muito a perder. George mergulhou por dentro na primeira curva e foi embora. Lewis veio na sequência, deu um chega-pra-lá no holandês e levou também. Resultado: Max em terceiro nos primeiros metros.

Mas já na primeira volta o safety-car foi acionado porque Leclerc, pobre Leclerc, foi parar na brita após tocar em Stroll. Abandonou, para enriquecer a lista de infortúnios da Ferrari neste século. Uma lástima. Alguns pilotos aproveitaram para ir aos boxes e colocar pneus duros, que poderiam ser usados até o fim da corrida.

A relargada aconteceu na volta 4. Russell, Hamilton, Verstappen, Sainz e Alonso eram os cinco primeiros. Em sexto aparecia Albon. Max babava na gravata. “Ele me jogou pra fora!”, reclamou pelo rádio enquanto o safety-car estava na pista. “Ele” era Hamilton.

Albon bate e corrida é interrompida: bandeira vermelha

Assim que a direção de prova autorizou o uso da asa móvel, na volta 6, os três primeiros começaram a ensaiar o que fazer para atacar e/ou se defender de quem estivesse por perto. Mas nem deu tempo de elaborar grandes estratégias. Na sétima volta, Albon bateu. Estava boa demais para ser verdade, sua posição… O sonho de uma tarde de outono para a Williams acabou no muro. Safety-car de novo. Russell, então, parou e colocou pneus duros. Sainz fez o mesmo. Lewis assumiu a liderança.

E também não deu tempo de saber quem se daria bem ou não nessa hora. Porque a prova foi interrompida com bandeira vermelha para a retirada do carro do tailandês e, também, limpeza da pista. Aí ficou fácil saber quem saiu no lucro: os que não haviam parado para trocar pneus, porque sob bandeira vermelha as trocas são livres. Russell, que caiu para sétimo, ficou no prejuízo. Sainz, que despencou para 11º, da mesma forma. Hamilton, Verstappen, Alonso, Stroll, Gasly e Hülkenberg, os seis primeiros, se pudessem sairiam de seus carros saltitando e dançando poropopó-pó-pó-pó-pó abraçados. Todos ganharam um pit stop de graça.

“Me fodi”, disse Russell pelo rádio. Não com essas palavras, posto que George é moço educado e de boa família. “Creio que diante destas circunstâncias talvez minha situação não seja tão confortável agora nesta competição”, foi o que disse de verdade. “Sim, acho que você se fodeu”, respondeu o chefe Toto Wolff, um pouco menos polido.

Nova largada, com Hamilton na frente: até aí, tudo normal

Pérez, que havia largado dos boxes depois de enfrentar problemas de freio na classificação, aparecia em 14º quando a corrida foi para sua segunda largada, com todos paradinhos no grid. E quase todo mundo com pneus duros, para ir até o final – De Vries e Sargeant eram os únicos com médios.

Na nova largada, décima volta para todos os efeitos, Hamilton manteve a ponta com Verstappen em segundo e Alonso em terceiro. Russell ganhou duas posições e pulou para quinto. Houve uma certa confusão no alinhamento, que a direção de prova prometeu investigar numa CPI em algum momento nesta temporada.

Ver a Mercedes em primeiro não deixava de ser surpreendente. Tanto era que duas voltas depois Max nem tomou conhecimento do carro preto #44 e passou Hamilton com facilidade. Em uma volta, abriu 2s5 de vantagem. Russell, um pouco mais atrás, apressava-se para recuperar o que perdera no pit stop fora de hora e assumia a quarta posição ao passar Gasly. Sainz, outro que trocara pneus sob o safety-car, também acelerava sem dó. Na volta 15, já era o sexto.

Max se aprumava na liderança quando o carro de Russell, na volta 18, passou pela reta dos boxes lançando labaredas pelo rabo. O desafortunado inglês abandonou, mas não foi preciso chamar o safety-car. Com delicadeza e elegância, o britânico estacionou a viatura perto de comissários munidos de extintores de incêndio e, gentilmente, solicitou que extinguissem as chamas. Um final triste para quem esperava tanto da corrida, largando em segundo e liderando a prova até a primeira interrupção. Voltou a pé aos boxes e agradeceu a todos pelos bons, embora parcos, momentos vividos. “Hoje você se fodeu de canudinho”, falou Toto Wolff, consolando-o com sua habitual fineza. Infelizmente a transmissão da TV não registrou o momento, mas me contaram que foi assim mesmo.

Russell abandona: motor em chamas

Na volta 22, Pérez entrou na zona de pontuação pela primeira vez ao ultrapassar o nativo Oscar Piastri. A briga boa, porém, acontecia na frente com Sainz perseguindo o valente Gasly, quarto colocado. O francês, que é menino e veste rosa, vejam como são as coisas, se segurava como podia. Mas na volta 25 não resistiu e a Ferrari #55 passou.

Enquanto isso, em segundo, Hamilton entabulava colóquios radiofônicos repletos de tensão com sua equipe. “Alonso está muito rápido”, falou, primeiro. “Estamos vendo, Lewis.” “Estes pneus não vão aguentar até o fim, não”, seguiu. “Pode ser que aguentem, Lewis.” “Não sei se coloquei ração para o Roscoe”, continuou. “Ele já comeu e está dormindo, Lewis.”

Com metade da prova, 29 voltas, Verstappen, Hamilton, Alonso, Sainz, Gasly, Stroll, Hülkenberg, Norris, Pérez e Ocon eram os dez primeiros. Sainz, depois de passar Gasly, não conseguia se distanciar do Alpine. Mais adiante, Alonso ensaiava uma aproximação para cima de Hamilton. “A Angela está com meu relógio?”, perguntou o inglês, preocupado com um monte de coisa ao mesmo tempo. “A senhorita Cullen não trabalha mais conosco, Lewis.” “Tem uns caras muito rápidos atrás de mim, amigo”, mudou de assunto, ao olhar pelo retrovisor. “É uma corrida de automóveis, Lewis. Nesse tipo de competição, os competidores costumam andar rápido.”

A prova havia caído num longo e enfadonho marasmo. Na volta 43, Pérez finalmente chegou em Norris e conquistou oitavo lugar. Duas voltas depois, passou Hülkenberg e foi para sétimo. Ao saber que Roscoe estava alimentado, até Hamilton parou de falar no rádio. De repente, a 11 voltas do final, Verstappen teve um problema. Com mais de 10s de vantagem sobre Lewis, travou as rodas dianteiras numa freada, foi na grama e perdeu bastante tempo. A diferença caiu para 7s5. Resmungou qualquer coisa, recuperou o foco e fez a melhor volta da corrida.

Mas, na volta 54, ocorreu um imprevisto que complicaria o desfecho da prova, que parecia tão tranquila. Kevin Magnussen deu uma lambida no muro e perdeu um pneu, que ficou deitado no meio da pista. O safety-car foi acionado para que alguém recolhesse o dito cujo, até para evitar problemas com dengue e chikungunya, essas coisas desagradáveis que agentes de saúde felizmente se encarregam de prevenir com sua atuação diligente e laboriosa.

Bem, e agora? Junta todo mundo, limpa a pista, relarga em movimento se houver tempo e acaba? Poxa, faltam só duas voltas…

Que nada.

A Liberty, dona da F-1, curte uma emoção meio sem pé nem cabeça. Meteram uma bandeira vermelha na 56ª das 58 voltas da corrida. Segunda interrupção da prova, todos nos boxes, pneus macios sendo retirados das profundezas do inferno para que os meninos pudessem usufruir de sua proverbial aderência.

Caos na terceira largada: Sainz causou acidente múltiplo

É um troço meio circense? Sim. O safety-car resolveria a parada tranquilamente, só que a corrida provavelmente terminaria sob bandeira amarela, o que é, reconheçamos, anticlimático. Mas necessário, às vezes. Em 2021, a sanha por finais eletrizantes deu no que deu – um título tirado de Hamilton na mão grande graças à inépcia do diretor de prova de então, Michael Masi. Estamos falando de um esporte caro e perigoso. Uma terceira largada para duas voltas com todo mundo de pneus macios? Sério? O potencial de dar alguma merda era gigantesco.

E deu. Verstappen, Hamilton, Alonso, Sainz, Gasly, Stroll, Pérez, Norris, Hülkenberg e Ocon formavam as cinco primeiras filas do novo grid. A terceira largada foi patética. Com exceção de Verstappen e Hamilton, que partiram assertivos e determinados, os demais pareciam pilotos de kart em prova de fim de ano da firma na Granja Viana. Sainz deu em Alonso, que rodou e ficou puto – mas não bateu em nada. Gasly tentou desviar, foi na brita, voltou à pista e espatifou-se junto com seu companheiro Ocon no muro. Sargeant acertou a traseira de De Vries. Pérez fugiu para a área de escape para escapar da carnificina. A bandeira vermelha foi acionada de novo. Os sobreviventes voltaram aos boxes sem saber o que seria feito para terminar a corrida. Na TV, o contador anotava: volta 58 de 58 previstas.

A direção de prova demorou bastante, mais de meia hora, para decidir que o GP da Austrália seria encerrado com uma nova largada, desta vez em movimento atrás do safety-car, com os carros na ordem do grid anterior, porque a primeira volta da terceira largada não chegou a ser completada. Não haveria disputa. Assim que o safety-car deixasse a pista, a quadriculada seria mostrada. Os maiores prejudicados, claro, foram os pilotos da Alpine. Ambos estavam nos pontos. Acabaram arrebentados no muro. Uma patuscada. Tudo porque, oh!, a Liberty não admite que uma corrida termine com bandeira amarela. Deu tempo para punir Sainz também, que tomou 5s por ter batido em Alonso. O espanhol da Ferrari não se conformou.

Alonso volta ao carro para o final: desfecho desnecessário

Às 4h33 da manhã de domingo pelo horário de Brasília, 17h33 em Melbourne, o safety-car foi para a pista liderando o pelotão com Verstappen, Hamilton, Alonso, Sainz, Stroll, Pérez, Norris, Hülkenberg, Piastri, Zhou, Tsunoda e Bottas. Eram os 12 que restavam. Com a punição, o ferrarista caiu para 12º e todos os demais subiram uma posição. O ponto extra da melhor volta ficou com Pérez.

O público não teve do que reclamar, porém. Pagou um ingresso e viu três largadas. A propósito, registre-se: as arquibancadas e gramados de Albert Park viram 444. 631 pessoas passeando por seu perímetro nos três dias do evento, um recorde.

Max ampliou sua liderança no Mundial e tem agora 69 pontos contra 54 de Pérez. Alonso (45), Hamilton (38), Sainz (20), Stroll (20) e Russell (18) vêm na sequência.

Corrida, agora, só no fim do mês em Baku. Com a primeira Sprint do ano.

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Fernando
Fernando
1 ano atrás

Muito bom. Obrigado pelo texto extremamente explicativo.

PVitor
PVitor
1 ano atrás

Ninguém lê seu blog, mas é bom!
Só que a direção da F1 de hoje é patética!!!! Pelo que faz e pelo que não faz. Bandeiras vermelhas desnecessárias, punição para o infeliz do Sainz quando o que ocasionou todo o caos da terceira largada foi a incompetência da direção de prova! A pista estava bem fria e muitos pilotos reclamaram da velocidade do safety car na volta para alinhar: ou seja, largaram com pneus frios, sem aderência nenhuma, receita para dar berda na primeira freada! Foi o que deu!

Julio Santos
Julio Santos
1 ano atrás

Por aqui confundem um circo de espectaculo degradante e artificial com uma grande corrida.
A liberty vos dá a Banana do show condicionado e vocês engolem-na toda e nem reclamam.
Uma nota final:parece que Alonso continua a perder para Hamilton, anda nisso desde 2007 e nunca acaba ahahah.

Jorge Luis
Jorge Luis
1 ano atrás

As suas transcrições de radio das equipes é demais ….
Vale toda a leitura Flavio …. kkkk
E o Roscoe ? kkk

Last edited 1 ano atrás by Jorge Luis
Jader
Jader
1 ano atrás

Fiz bem em ver a corrida no domingo de manhã, no VT. As bandeiras vermelhas não deixaram a corrida melhor. Esse negócio de ‘gerar emoção’ a qualquer custo acabou com a corrida de hoje. É melhor a FIA rever os critérios da bandeira vermelha, nunca em mais de 1000 corridas, como disse o Fabio Seixas, houve 3 bandeiras vermelhas em um só corrida…

Tony Mietto
1 ano atrás
  1. este é o comentário #53. se considerarmos que um percentual relativamente baixo de leitores comentam, significa que desfaz-se em névoas a teoria de que “ninguém lê o meu blog”…
  2. impagáveis as transcrições dos diálogos grampeados nos rádios da Mercedes Benz Fórmula 1 Equipe Team!!
  3. quase nenhuma pessoa no conjunto intersecção entre comentadores do blog e frequentadores do chat das lives.
Carlos André
Carlos André
1 ano atrás

Excelente resumo da corrida e uma ironia muito fina!

Hilton Vaz Pezzoni
Hilton Vaz Pezzoni
1 ano atrás

Corrida chata. Texto ótimo ! pra não variar…..Corrida deveria ter acabado antes (volta 56) por falta de condições da pista e ainda com 100% dos pontos, sem F…er as Alpines e Sainz. Não gosto de corridas em “pista” de rua, nem da de Monaco.

RODRIGO BARRETO FEITOZA
RODRIGO BARRETO FEITOZA
1 ano atrás

Valeu a pena ficar acordado, foi interessante a corrida.

Bruno Laporta
Bruno Laporta
1 ano atrás

Nesse caso da relargada na última volta ou terminar em bandeira amarela, sou daqueles que defendem decisões novas e mirabolantes para resolver a questão. Lá vai; -Todas as corridas terão no miolo da pista 20 marcações para uma relargada com risco controlado. Essa distância pode variar, ainda não decidi, quando for vice presidente do mundo eu decido. Ai, acontece um acréscimo de 2 voltas, previstas no regulamento, além das já pré estabelecidas. Todos alinham nas suas respectivas posições de antes da interrupção e um alarme sonoro indica a largada.

Alvaro Armbrust
Alvaro Armbrust
1 ano atrás

Baita texto, rindo muito das conversas no rádio do Russel e do Hamilton!!!

Paulo Dantas Fonseca
Paulo Dantas Fonseca
1 ano atrás

Prezado FG: Circuito de Albert Park, corrida atípica 03(três) bandeiras vermelhas , uma dúzia de carros finalizando a prova, foi muito ruim para uma torcida australiana magnífica. MAX VERTAPEN foi soberano e escondeu todo o real potencial e superioridade do carro da Red Bull ( estratégia da equipe, uns dos segredos e o sucesso da asa móvel ), a equipe não tem nenhum concorrente efetivamente para fazer uma real disputa. L.HAMILTON, fez a diferença no braço para chegar ao podium ( palpite dado por Fernando Alonso no cercadinho “(sic) fiz de tudo para tirar a concentração de Lewis que guiou maravilhosamente bem”), EL FODÓN novamente no podium é um piloto extraordinário e consistente, caso ocorrer uma falha absurda pela equipe Red Bull, será dele o topo do podium. STROLL tem a última oportunidade na vida para ter um coach particular da equipe Aston Martin ( Fernando Alonso), pois desperdiçou aulas dadas no passado por S. Vettel. SÉRGIO PEREZ, fez a lição de casa. LANDO NORRIS, tirou a Mclaren do zero, as quatro melhores equipes devem buscar uma boa proposta para seduzir LANDO NORRIS, a trocar de equipe e, ter efetivamente a melhor oportunidade de disputar e talvez conquistar um título na F-1.N. HULKENBERG, presenteou a equipe HASS, com pontos. PIASTRI, não decepcionou seus torcedores e de sobra ajudou a fracassada Mclaren com pontos na tábua de classificação. ZHOU entregou merecidos pontos aos seus patrocinadores. TSUNODA faz o registro de pontos , mais provavelmente será sua última temporada na F-1, para temporada de 2024 a mudança no grid terá boas novidades. DESTAQUE da corrida Max Verstappen fez um passeio nesse G.P., O QUE EU GOSTEI: simplesmente da consistência de EL FODÓN, no podium . O QUE EU NÃO GOSTEI ; a equipe FERRARI mais uma vez decepcionou.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Paulo Dantas Fonseca
1 ano atrás

Cansou do apelido, sullivan? Infelizmente, você não consegue disfarçar sua identidade, seus gritos desnecessários lhe entregam.

Kl'rt o Super Skrull
1 ano atrás

Que texto sensacional! Quem dera Russell, Toto e Hamilton fossem exatamente assim. A Liberty, de tanto tentar fazer a corrida não acabar em bandeira amarela, fez a corrida terminar em… Bandeira amarela!

OBS: Corridaça, a da Indy, e terminou amarela.

Simão
Simão
1 ano atrás

FG
duas cositas rapiditas.

A F1 já começou a palhaçada pra evitar mais vitórias e título precoce pro holandês. Bandeira vermelha por causa da batida do Magnussen foi uma piada.

Não tenho dó não! O Lecrerc é mais um daquelas promessas que não dá em nada.

Abraço

Celio Ferreira
Celio Ferreira
1 ano atrás

Acompanho a F1 desde 1973 , e eu nunca vi tanta pataquada , dos diretores
da F1 , quanto ao contrôle das corridas esse ano , e na Australia foi o máximo
da incompetência ….

Johnnatan
Johnnatan
1 ano atrás

E a parte de não ter a galera da Mercedez para recepcionar o Hamilton???
Será que todos já estão pistola com o cara.?

Ricardo
Ricardo
1 ano atrás

Segundo o Flavio, o Russell”se fudeu de canudimho.” Hehehehe

Sandro
Sandro
1 ano atrás

Que pataquada da FIA da mãe e da (falta) de Liberty!
A Alpine ficou no preju. Os patrocinadores da Alpine incorformados. Pilotos e equipe idem.
Precisava mesmo da bandeira vermelha na panca do Albon? Não podia ser safety car?
Com o abandono do Magnum é que a coisa complicou! Safety-car na pista mas… faltavam duas voltas! Uma bandeira vermelha para aumentar as emoções!
O desfecho foi um festival de batidas, rodadas, saída de pista! A Liberty queria que a corrida se encerrasse sem safety-car. Genial! Só que não!
O GP australo teve 3 (re)largadas.
Acredito que a FIA e a Liberty vão se reunir e ter mais ideias geniais para “aumentar as emoções da corrida”. Aguardemos.
Serginho ficou no lucro. E com um pontinho da volta voadora.
E como fica os gastos extras para os carros danificados no fim da prova? Depois da pataquada da FIA e da Liberty?
FIA e Liberty: “E quem disse que isso é problema meu? As equipes que se virem! Corta o cafezinho. Corta o almoço. Os funcionários das equipes façam jejum…”
Essa corrida terminou de qualquer jeito (“nas coxas”).
Vida que segue.

Lairto
Lairto
1 ano atrás

Que felicidade ler um texto desses :)

Leonisio Barroso
Leonisio Barroso
1 ano atrás

Será que a Mercedes vai se iludir com esse resultado e não mudar o conceito do carro ?

Diogenes
Diogenes
1 ano atrás

“Não sei se coloquei ração para o Roscoe”
Rachei o bico kkkkkkk XD

Fernando
Fernando
1 ano atrás

Excelente como sempre

Rafael
Rafael
1 ano atrás

Muito bom, me peguei rindo enquanto lia…

Todo mundo adora uma corrida caótica, e ao longo dos anos tivemos muitas inesquecíveis (incluindo uma na australia msm, em 2002, quando metade do grid foi embora na primeira curva…)

Mas esse caos de ontem foi um caos de tabaté, sem pé na cabeça. Essa liberty vai cagar na muito na f1 ainda.

Marcus
Marcus
Reply to  Rafael
1 ano atrás

É estranho, porque americanos (a Liberty incluída) sempre espetacularizam as coisas de uma forma a tratar o público como se ele fosse muito cretino, e é sempre cafona, muito cafona – os GPs de Miami, Austin e Las Vegas são provas disso. A Drive to Survive também, além de ser involuntariamente hilária. Mas fato é que fica legal, quem assiste curte. Pelo menos não está tediosa como nos últimos tempos do tio Bernie.

lagerbeer
lagerbeer
1 ano atrás

El Fodon de la 3.a posicion está pilotando o fino !! Muito bom vê-lo sorrindo!

Sandro
Sandro
Reply to  lagerbeer
1 ano atrás

Alonso El Piloto della Tercera Posicion!
3 corridas e 3 terceiros lugares!
Regularidade impressionante!
Se manter a média: mais um terceiro lugar em Baku! 🥉

Foc
Foc
1 ano atrás

Muito bom o relato!
Me esbaldei de rir com o rádio do Russel.
Bem ver você inspirado.

Marcus
Marcus
1 ano atrás

Não teremos um campeonato. O Perez parecia um avião de caça contra o Russell num 1.0. Será que a RBR vai ganhar todas as corridas?

Felipe Gomes
Felipe Gomes
1 ano atrás

Boaaaa Flávio Gomes: “ O francês, que é menino e veste rosa, vejam como são as coisas” foi a melhor frase da bela explanação pós corrida! Parabéns!

André
André
1 ano atrás

No fim, a corrida terminou como a Liberty não queria: sem graça.

Natan
Natan
1 ano atrás

Adoro seus textos Flavinho

Plinio
Plinio
1 ano atrás

Seria o espírito Nascar da liberty? Estadunidenses adoram um bate-bate pra fazer as corridas demorarem uma semana e meia. Ironias a parte, prefiro as tentativas de mudança dá liberty que a inércia anterior. Mas achar o equilíbrio da emoção conservando a tradição da categoria não é tão simples.

Emerson Mossolin
Emerson Mossolin
1 ano atrás

Flávio, não assisti a corrida, e hoje cedo quando acordei tomei um susto ao ver que o HAM chegou a 0,1 do VER… Ainda bem que corri pra ler seu relato no Blog e entender o porquê… Tá vendo como ainda vale a pena escrever aqui !!! (sem contar que só vc possui um infiltrado na Mercedes para capturar as falas durante a corrida, he, he…)

Adriano Reis
Adriano Reis
1 ano atrás

Bandeira vermelha: vale a classificação da volta anterior e ninguém mexe no carro… assim eu aprendi outrora, assim deveria voltar a ser…

Sandro
Sandro
Reply to  Adriano Reis
1 ano atrás

Mas pneu pode trocar.
Justo? Injusto?
Está no regulamento.
Quem estava com pneus detonados e colocou pneus novos saiu no lucro.
Mas quem foi poupando pneu enquanto o piloto rival foi detonando o pneu saiu no prejuízo.
Fazer o que?
Pode isso, Arnaldo?
A regra é clara mas é complicada! 🤔

Pedro Leonardo
Pedro Leonardo
1 ano atrás

Em determinado momento, após a confusão da terceira largada, achei que o bravo Hülkenberg conquistaria seu primeiro pódio, pois Sainz certamente seria punido.

Mas, na sequência, o próprio Alonso já me explicou o regulamento pelo seu rádio. Entretenimento bom é isso: o próprio piloto já tira a dúvida do telespectador na hora rs. Brincadeiras à parte, seria uma pena Alonso ficar fora do pódio. E Hülkenberg foi premiado pela bela corrida que fez, garantindo uns bons pontos para a alegria do simpático Günther.

Marcus
Marcus
Reply to  Pedro Leonardo
1 ano atrás

Na vida, há algumas certezas, como a morte, o imposto de renda e Hulkenberg não chegar ao pódio.

Sandro
Sandro
Reply to  Marcus
1 ano atrás

Espero que o Incrivel Hulkenberg consiga o inédito pódio! Mas provavelmente isso só vai acontecer por milagre divino ou obra do acaso!

Last edited 1 ano atrás by Sandro
Sergio Trancoso
Sergio Trancoso
1 ano atrás

Fui dormir as 5:00, acordei agora pra ler este blog. Valeu a pena. Corrida bem movimentada. Feliz em saber que o Roscoe dormiu bem e estava bem alimentado.

Grasi
Grasi
1 ano atrás

Obrigada, Flávio, amo o jeito que tu escreve!

Chupez Alonso
Chupez Alonso
1 ano atrás

O pódio moral foi:

1- Versttapen
2- Al Caponso
3- Stroll

Hamilton não ser punido quando deliberadamente jogou seu carro em cima do de Versttapen na 1ª largada é mais uma prova inconteste que a F-1 virou F-UM: Unidos da Mercedes.

A estratégia dada pelo Lobo Canino era clara: vamos jogar nossos dois carros pra cima de Max na largada, para que um bata e o outro ganhe a corrida.

Era a única chance.

Estratégia semelhante foi aplicada na largada do GP da Hungria de 2021, quando Bottas num premeditado strike, tirou na mesma curva, Pérez e Versttapen da corrida. Depois Hamilton venceu a corrida e tirou 25 pontos da vantagem de Max.

Na Inglaterra, o próprio Hamilton mandou Max pro hospital, venceu a corrida, diminuiu 50 pontos de desvantagem e em dois GPs a estratégia uivante deu certo.

Max venceria aquele campeonato no meio do ano, se os protegidos da F-UM recebessem punições adequadas.

Não receberam punições àquela época e nem hoje. Sainz recebeu. Na mesma curva na última largada.

Parabéns Al Caponso por mais um pódio. Agora só faltam 29…

Italo
Italo
Reply to  Chupez Alonso
1 ano atrás

Hungria 2021 foi ocon que venceu. Hamilton foi P2 Graças à punição que Vettel sofreu, já que, se não fosse esse infortúnio, seria P3

Chupez Alonso
Chupez Alonso
Reply to  Italo
1 ano atrás

Então descontou 20 pontos húngaros e 25 pontos britânicos, num total de 45, só com a estratégia das Mercedes baterem nas RBs.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Chupez Alonso
1 ano atrás

Putz, esse papagaio não parou até hoje: Silverstone, Silverstone, Silverstone… É torcedor de viseira.

Marco
Marco
Reply to  Chupez Alonso
1 ano atrás

Ahhh cara, tem dó, aqui não é blog de gado não… motorsport do uol é em outro lugar, vai lá desfilar teu clubismo … em 2021 o boca de tilápia cansou de fazer issso … se entendesse alguma coisa de F1, saberia q agora o tilápia é a caça, só tem a perder .. e outra: alonso é um dos maiores de todos os tempos, pilotar no ritmo q está pilotando aos 42 anos é impressionante

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Chupez Alonso
1 ano atrás

O chá que esse sujeito toma é batizado há muito tempo…

Chupez Alonso
Chupez Alonso
Reply to  Edu Zeiro
1 ano atrás

Vc precisa deixar de ser Zueiro e estudar mais.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Chupez Alonso
1 ano atrás

Hahahahahahahahaha, o coitado se acha, e professor, ainda por cima.

Last edited 1 ano atrás by Edu Zeiro
Edison
Edison
Reply to  Chupez Alonso
1 ano atrás

Poser

Barreto
Barreto
1 ano atrás

Estas relargadas com pilotos e carros bem desgastados na F1, só para não terminar em SC, vão acabar dando m…

Antonio Santos Jr
Antonio Santos Jr
1 ano atrás

Grande escriba!!! Obrigado pelo texto Flávio, fez minha manhã feliz!

Gustavo
Gustavo
1 ano atrás

Grande corrida. Ótimo relato. O Hulkenberg esteve às portas do seu primeiro pódium (estava em 4° quando da última paralisação e com o então potencial punido Sainz em 3°). Apenas umas observação: diferentemente do que prega o senso comum, “posto que” tem significado de “embora”.

Luciano Brito
Luciano Brito
1 ano atrás

Ótima a transcrição dos rádios! Só faltou mencionar o bocejo(s)? do pessoal da Band, haha

CHAGAS
CHAGAS
1 ano atrás

Achei acertada a bandeira vermelha no fim da corrida com largada parada. Todo mundo coloca a melhor borracha e fim de corrida digno dos melhores filmes da atualidade. A F1 não tem culpa das tolices cometidas pelos pilotos.
Sainz errou e pagou por isso. Agora não se pode culpar o espanhol pelos erros isolados dos demais incidentes.
O juvenil Sargeant enfim deu as caras, piloto que na F2 errava corrida sim, corrida também demorou pra começar as barbeiragens.
E o que dizer de Gasly? Fazia uma corrida brilhante e comete uma patacoada com o próprio companheiro de equipe. Pendurado, corre o risco de ser suspenso da próxima prova.

Paulo Antônio Rickli
Paulo Antônio Rickli
1 ano atrás

O textão ficou melhor que a corrida !

Paulo E T Vasconcellos
Paulo E T Vasconcellos
Reply to  Paulo Antônio Rickli
1 ano atrás

concordo totalmente

confessando, tenho preconceito com estratégias midiáticas, me dão asco

achei uma merda o fim ,a Alpine pergunta quem paga o prejuízo…

Marcus
Marcus
Reply to  Paulo Antônio Rickli
1 ano atrás

Não me lembro de uma grande corrida em Melbourne. Mas em Adelaide sim: 1986, 1989, 1990 e 1994. Até 1985 foi legal, o Senna destruindo a Lotus e insistindo em não abandonar.

Luiz Gustavo
Luiz Gustavo
1 ano atrás

Divertido de ler. Assistir tudo isso madrugada a fora, já não tenho certeza. Obrigado!

Jean Carlo Andrioli
Jean Carlo Andrioli
1 ano atrás

Excelente análise!!!!

Sérgio Lima
Sérgio Lima
1 ano atrás

A corrida só não foi meia boca, por conta dos safets cars. Do contrário seria uma procissão.
Legal a batalha particular de Lewis e Alonso.
Max reclamando da disputa com Lewis na largada, chega a ser patético.
No momento, disputa apenas entre Mercedes, Aston Martin e Ferrari pela segunda colocação. A Red Bull só tem disputa com a confiabilidade do carro.
Para mim, pelo que vi na última temporada do DTS, estou a acompanhar com atenção a disputa interna na McLaren e Alpha Tauri. Torço especialmente para o Tsunoda ter um ano de afirmação.

Marcos Bassi
Marcos Bassi
1 ano atrás

A Fórmula 1 desse momento, pela diferença absurda da Red Bull para as outras, é isso. Uma corrida chata que tem seus momentos pelas batidas e relargadas. Tirando os que conseguiram passar, tipo Sainz sobre Gasly e depois não conseguir mais nada, todo mundo se acomodou lá na frente. Tirando Perez que fez o que devia, mas tal qual a corrida que foi chata mas teve seus momentos, fez o que devia mas não fez. Se fosse Verstappen no lugar dele, teria no mínimo chegado ao pódio. Vai ter gente por aqui exaltando a importante briga Zhou x Tsunoda, Bottas x vento atrás dele…mas…