BUS STOP
SÃO PAULO (que ódio…) – Revoltante a matéria do meu amigo Douglas Nascimento na “Folha”. Ele conta que a SPTrans, empresa que cuida do transporte público sobre rodas na cidade de São Paulo — mas não tem um ônibus sequer; está tudo privatizado –, quer proibir o rapaz que é dono desse Mercedão aí em cima de usar a pintura da CMTC. A marca pertence à SPTrans, alega a empresa municipal de capital misto. Ocorre que ela, a CMTC, foi extinta em 1995.
O argumento da SPTrans é de que as pessoas, ao virem passar este ônibus na rua, podem se confundir e achar que é um coletivo em atividade.
Primeiro: as pessoas não são burras. Se os “SPTransers” são, problema deles. Segundo: se alguém confundir, e daí? Qual o prejuízo? Esticar o dedo e fazer sinal?
São Paulo é uma cidade administrada por um beócio bolsonarista obscuro e irrelevante, que nada fez de importante para a população da maior metrópole da América do Sul. Aliás, pouca gente sabe seu nome. No tocante ao transporte público (quem sabe ao ler “tocante a” se interessa pelo tema) e à SPTrans, havia um museu maravilhoso dedicado ao assunto ali na avenida Cruzeiro do Sul, perto da Portuguesa. Fechou na pandemia. Não reabriu, porque a gestão municipal, provavelmente, nem sabe de sua existência.
Em resumo, São Paulo é uma merda. Quanto à réplica do busão da CMTC, se é meu não mexo em nada. A SPTrans que se foda.
(Nossa, quanto palavrão! Bem, queridos e queridas… Com certo tipo de gente, só assim funcionam os recados.)
Meu pai – João José Alves dos Santos – foi condutor na CMTC.
Frequentei muito as piscinas do CMTC Clube e o Museu no fim dos anos 1980.
Bons tempos.
Assino embaixo Flávio. Puta falta do que fazer. Ou melhor, não cuida do que importa (transporte público) para pegar no pé de colecionador/entusiasta.
PS: não é esse prefeito que foi acusado de agredir a esposa?
No final dos anos 60 meu pai, Hilton, foi diretor da CMTC e aos sábados, as vezes, me levava no JK da empresa pra visitar as garagens. Eu adorava ! Meu pai está bem aos 88, e de vez em quando eu o levo para andar na Alfa 2300.
Voltou afiado do descanso!
Excelente matéria e infelizmente a estupidez bolsonarista não para por aí…
Flávio, salvo engano, você morou uns tempos em Campinas. Se lembra dos ônibus vermelhos e amarelos da CCTC?
Eu me lembro! CCTC (Companhia Campineira de Transportes Coletivos), que era do mesmo grupo da Viação Cometa! Até hoje me lembro dos seus Ciferal Tocantins Scania, que eram reencarroçados de ônibus mais velhos da Cometa. Ela tinha também monoblocos O-364 urbanos e Caio Amélia, também MBB.
(Nossa, quanto palavrão! Bem, queridos e queridas… Com certo tipo de gente, só assim funcionam os recados.)
è só assim mesmo …..
Eu concordo com suas palavras. Uma duvida que me ficou: Lembro-me da pintura branca e vermelha da CMTC. Nao lembrava desta combinacao azuk e branco.
Além da pintura vermelho e creme, houve também uma azul escuro e creme antes dessa moderna em tons de azul e branco.
A qualidade do transporte em SP dever estar excelente para que “burrocratas ” do meio se preocupem com um ônibus antigo com uma pintura que deixou de ser utilizada na década de 80.
vc está certo em tudo que escreveu, só errou na parte : “as pessoas não são burras”.
As pessoas são burras sim.
Ao invés de ser homenageado pela restauração do buzão e mantê-lo ainda ativo, o cara é recriminado ao rodar com o seu veículo histórico. Há coisas muito difíceis de se entender.
O que esperar de um prefeito omisso e bolsonarista?
Putz, o 0364 sempre foi o meu favorito; o cara só está tentando manter a história viva.
SPTransers foi ótimo.
Achei que não voltaria…sei que pensou nisso mesmo. Bem vindo (e Laene também) ao mundo de advogados com cara de Mephisto, hacker da festa estranha com gente esquisita, centrão, Diniz, Portuguesa, avião da Leila e assassinatos impunes…e que bom que voltou com a língua queimando que é pra não deixar nada barato…
Cada coisa “importante” que certos órgãos e desfuncionais pubricos se preocupam … realmente falta vida inteligente nesse planeta.