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SÃO PAULO (de pé) – Carlos Sainz, o pai, é uma lenda. Aos 61 anos, o cara ontem ganhou o Dakar pela quarta vez. Bicampeão mundial de rali, parece interminável. Quando chegar o dia do Juízo Final e na portaria eletrônica do céu os dois tiverem de se identificar, a inteligência artificial vai perguntar: pai ou filho? O pai será recebido com as honras celestiais. O filho terá de se contentar com uma pulseirinha fora da área VIP.

Abaixo, relato preciso do pessoal de comunicação da Audi, com um ou outro corte, para vocês entenderem o tamanho dessa vitória. O ineditismo vem da tração elétrica integral. Anotem: esses caras não vêm para brincar na F-1. E eles têm paciência.

Gernot Döllner, presidente do conselho de administração da Audi AG, celebrou a vitória no Dakar. “Vencer o rali no deserto mais difícil do mundo com uma condução eletrificada é uma experiência ‘Vorsprung durch Technik’ visível e aponta o caminho para o nosso futuro elétrico”, disse. O Audi RS Q e-tron possui tração integral elétrica. O fornecimento de energia é assegurado por uma bateria de alta tensão e um conversor de energia que funciona com combustível residual reFuel, poupando assim 60% das emissões de CO2 em comparação com os combustíveis convencionais.

“Com a nossa revolucionária propulsão eletrificada, superamos um dos maiores desafios do automobilismo somente três anos após entrarmos na competição”. Damos assim continuidade a uma longa série de conquistas pioneiras que sempre caracterizaram a Audi em quatro décadas de automobilismo”, afirmou Oliver Hoffmann, membro do conselho de administração. No Dakar, a Audi enfrentou as marcas Toyota e Ford, bem como os adversários experientes da Prodrive, grupo britânico de engenharia automotiva, que provaram ser adversários difíceis.

Carlos Sainz e Lucas Cruz garantiram a grande vantagem depois de liderarem ininterruptamente desde a sexta etapa. Para os dois espanhóis, que terminaram em primeiro lugar em 2010, 2018 e 2020, esta é a quarta vitória em marcas diferentes e a segunda dentro do Grupo Volkswagen. “Foi um desempenho impressionante da equipe”, disse o chefe da Audi Motorsport, Rolf Michl.

O Dakar 2024 contou com trajetos de aproximadamente 400 km em média por dia, duas etapas com serviço limitado ou até sem opção de serviço, sendo 4.600 km cronometrados e 7.883 km no total. Estradas de pedra, terreno arenoso e diversas dunas formam o Bairro Vazio da Península Arábica e uma navegação muitas vezes difícil exige tudo das equipes.

As outras duas equipes da Audi também tiveram um excelente desempenho desde o início. Os suecos Mattias Ekström e Emil Bergkvist venceram o prólogo no início e alcançaram o segundo lugar atrás de Sainz e Cruz no dia de descanso após seis etapas. Porém, um defeito no eixo traseiro na sétima etapa custou a possibilidade de título. Stéphane Peterhansel, recordista com 14 vitórias no Dakar, ficou em sexto lugar pouco antes da metade da prova, após a sua 50ª vitória com carros e a 83ª na geral. Um defeito no sistema hidráulico fez com que ele e seu compatriota francês Edouard Boulanger voltassem ao 22º lugar na sexta etapa.

A Audi Sport alcançou um incrível resultado com a vitória do altamente eficiente Audi RS Q e-tron em apenas três anos. Para Leonardo Pascali, “a Audi Sport estabeleceu um marco histórico” com a tração inovadora: depois que a tração integral quattro mudou para sempre os ralis na década de 1980 e posteriormente conquistou vitórias e títulos em abundância no circuito, a Audi demonstrou grande inovação e força em Le Mans. A eficiente tração TFSI, a tração integral eletrificada e-tron quattro e tecnologias individuais, como a luz matricial LED e a luz laser Audi, representam um alto nível de inovação e “Vorsprung durch Technik”. O primeiro carro de corrida totalmente elétrico da Audi fez sua estreia na Fórmula E, antes de a marca enfrentar os desafios extremos do Dakar e ser o primeiro fabricante com propulsão elétrica a concluí-lo com sucesso.

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Tales Bonato
Tales Bonato
3 meses atrás

Sainz Senior é o cara. Daquela galeria de multicampeões raros.

Sobre a super máquina eletrificada da Audi: importante apontar que foi a última participação deste projeto. Não voltarão para o PD 2025. Agora é concentração total na F1.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
3 meses atrás

Esse cara é bom, não reclama da vida sabendo perder e ganhar como poucos. Aos 61 anos de idade e 4 Dakkar conquistados pode ser considerado como sinonimo de resiliencia e foco na competição. Minus crying and more competitiveness.

Enrique
Enrique
3 meses atrás

O cara é f… ganhar uma rali desses na sua idade demostra um talento natural acima da media,coisa que o filho nao herdou,na minha opiniao,um dos melhores pilotos dos ultimos 30 anos

Wagner Ribeiro
Wagner Ribeiro
3 meses atrás

O Sainz pai é tetracampeão do Dakar aos 61 anos. Nós, os velhinhos, ainda iremos dominar o mundo e a IA.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Reply to  Wagner Ribeiro
3 meses atrás

Já estamos… hahaha

Antonio Seabra
Antonio Seabra
3 meses atrás

O que deixa mais curioso nessa vitoria da Audi foi a previsão feita pelo também multi-campeão Nasser Al Attiyah, logo no inicio do Dakar: “Audi? Eu dou para eles apenas três dias e eles irão para casa, vimos isso no Marrocos e em Aragão depois de cem quilômetros”, disse Nasser em entrevista à Autosport.
A Audi venceu….
E quem caiu lá pra trás foi justamente ele !!!!

O crítico
O crítico
3 meses atrás

Pois é, agora é trabalhar para baratear o processo.