SOBRE DOMINGO À TARDE
A IMAGEM DA CORRIDA
SÃO PAULO (não fui eu que dei o nome) – Antes de mais nada, uma explicação. Os leitores mais atentos, dois ou três, já devem ter percebido que na série “Sobre ontem…”, que traz o rescaldão de cada GP, algo que também poderia ser chamado de “day after” (mas ninguém mais lembra daquele filme do fim do mundo, não se usa mais “day after”), uso nas tarjas as cores das bandeiras dos países onde acontecem as corridas.
Nossas tarjas hoje deveriam, pois, ser verde-amarelas, talvez com o uso discreto de branco e azul anil aqui e ali, nas cores das letras, por exemplo. Mas serão todas vermelhas. Por quê? Porque não falaremos do GP do Brasil, essa coisa antiga que não existe mais. Falaremos do GP de São Paulo, denominação escolhida em 16 de dezembro de 2020, quando a cidade renovou seu contrato com a Liberty até 2025 sem saber sequer se o mundo continuaria a existir no ano seguinte. Não teve corrida em 2020, todos nos lembramos. Foi o ano em que explodiu a pandemia de covid, chamada de “gripezinha” pelo energúmeno que, no ano anterior, garantiu que a Fórmula 1, a MotoGP, a Indy, a America’s Cup e os lançamentos de foguetes da Nasa teriam como sede, naquele ano mesmo, 2019, o autódromo de Deodoro, no Rio de Janeiro.
Em 2021, um ano depois da mudança de nome, a prova era realizada em Interlagos pela primeira vez como GP de São Paulo, porque o então governador da locomotiva da nação, João Doria, e o prefeito da capital paulista, Bruno Covas, decidiram dar uma resposta ao abestado que não queria que ninguém se vacinasse com medo de presidir um país habitado por jacarés. Doria, faça-se justiça aqui — e não vou entrar na discussão sobre suas intenções ou motivações –, lutou muito para que as vacinas fossem produzidas e distribuídas o mais rápido possível. Salvou vidas. O estulto de alcunha “mito” ajudou a matar muitos dos 700 mil brasileiros que sucumbiram à doença.
Assim, o GP do Brasil virou GP de São Paulo, e como São Paulo, a capital paulista, tem uma bandeira, são suas cores que usarei hoje. Para quem não conhece bem a aprazível capital paulista, da qual nos orgulhamos e fazemos questão de levar ao pé da letra seu lema “Non ducor, duco” (quando eu era pequeno via isso escrito aqui e ali e achava que tinha a ver com os drops Dulcora), seguem algumas fotos de suas belezas e, claro, da bandeira que tem o vermelho como cor dominante — que não é muito conhecida alhures.
Dito isso, porque gosto muito, sempre, de contextualizar as coisas, voltemos à imagem lá do alto, escolhida como a mais representativa da prova vencida por Max Verstappen. Optei por essa porque é a imagem da corrida, e não do evento. Se fosse do evento, teria dificuldade em selecionar alguma das dezenas de fotos de filas, brigas, descaso, revolta e bagunça do lado de fora do autódromo.
A organização neste ano foi um fiasco. E não teve nada a ver com a chuva. Teve a ver com o despreparo, a burrice, a ganância, a falta de respeito com o público. Nem sei direito quem é que tem de ser cobrado. Prefeitura, sem dúvida, pelo esquema de trânsito inexistente. Agentes da CET não fizeram nada nos três dias além de colocar uns cones para a faixa dos carros credenciados que foi invadida por vans e carros não credenciados. O resto — semáforos, controle de fluxo, rotas alternativas, repressão ao estacionamento proibido e flanelinhas –, picas. Picas.
Que se cobre também a organização do GP, porque a corrida tem dono. Merece nota zero. Estão se lambuzando no mel dos camarotes e áreas VIP, enchendo o miolo do circuito de gente que tem como objetivo de vida postar fotos no Instagram. Esquecem-se que têm de colocar roletas em número suficiente, funcionários para fazer revista, seguranças educados, pessoal para organizar filas do lado de fora e orientar o público que tem 200 setores para procurar, bilheteiros para entregar os ingressos físicos, além de numerar os lugares pelo menos nas tribunas com cadeiras, algo prometido quando se vende a entrada, mas que não passa de ficção. Aquela área da Heineken, uma boa ideia, virou um lamaçal e quem pagou 4 mil mangos para ver a corrida dali não tinha sequer onde se abrigar quando começou a chover. Mas dava para fazer uma selfie com o Senna tomando cerveja.
Isso para não falar no recapeamento horroroso que deixou pilotos com dores nas costas, das montanhas de escombros e materiais de construção por conta de obras em andamento e do desmonte esculhambado de estruturas de outros eventos. Sujeira, entulho, bagunça. Um horror.
Mas a corrida foi muito boa, e a já distante imagem lá do alto foi a que escolhi porque nada ilustra melhor este fim de temporada do que o momento em que foi feito o clique: Norris errando e Verstappen brilhando. Nesse momento, o holandês assumiu a liderança ao ultrapassar Esteban Ocon quando a prova foi reiniciada após a bandeira vermelha provocada pelo acidente de Colapinto. Lando não conseguiu frear no S do Senna e foi parar na área de escape.
Ali o campeonato acabou.
Acabou porque a diferença entre Verstappen e Norris subiu para 62 pontos faltando três etapas para o final do campeonato — uma delas com Sprint. Era de 44 no sábado, depois da vitória do inglês na minicorrida paulistana. Vitória dada de presente por seu companheiro Piastri, diga-se. E Verstappen, terceiro, foi punido e caiu para quarto. Voltou para o hotel, naquela noite, mordido. Muito mordido.
No domingo, Norris fez a pole. Max foi prejudicado na classificação porque demoraram a dar uma bandeira vermelha quando Stroll bateu. Dois pilotos superaram seu tempo e ele não pôde completar a volta rápida. Ficou em 12º e não passou ao Q3. Para piorar seu humor, perderia cinco posições no grid e largaria em 17º. Um cenário com vitória de Norris e Verstappen zerado não era nada improvável. Isso faria com que a diferença entre eles na tabela caísse para 19 pontos. Ou 18, se o piloto da McLaren fizesse a melhor volta da corrida. Se isso acontecesse, eu não relutaria em afirmar que o título ficaria com ele.
Verstappen ganhou, fez a melhor volta, Norris terminou em sexto mais de meio minuto atrás e Max pode ser tetracampeão na próxima etapa, em Las Vegas.
A FRASE DE INTERLAGOS
“Não é talento, é sorte.”
Lando Norris
Bem… Entendo a frustração. De cabeça quente, a gente fala umas bobagens. Eu diria que a sorte de Norris foi justamente a bandeira vermelha. Assim, Verstappen não precisou ultrapassá-lo, o que seria humilhante. Piastri disse que o único piloto que parecia capaz de fazer ultrapassagens domingo era o holandês. Foi mais honesto.
A McLaren minimizou tudo. Disse que chamou Norris na hora certa e muita gente trocou pneu sob safety-car virtual (verdade). Hoje seus dirigentes jogaram a toalha de seu piloto e deram entrevistas dizendo que a prioridade “sempre foi o título de Construtores”. Então tá bom.
HISTÓRICO – Foi apenas a quinta vez em 1.122 GPs disputados na F-1 que um piloto venceu largando de 17º ou mais atrás no grid. Esse dado mostra o caráter histórico da vitória de Verstappen em Interlagos. As outras foram com John Watson duas vezes de McLaren, em Detroit/1982 partindo de 17º e em Long Beach/1983, saindo de 22º; Kimi Raikkonen, também de McLaren, venceu em Suzuka/2005 largando em 17º; e Rubens Barrichello, de Ferrari, ganhou seu primeiro GP na Alemanha/2000 a partir da 18ª colocação no grid.
MERCADO – Franco Colapinto é mesmo a bola da vez, e a situação é a seguinte: a Red Bull está negociando com os patrocinadores do argentino (Mercado Livre, Globant e YPF) um valor de US$ 20 milhões, que é o que a Williams pede para liberá-lo de seu contrato. Não é missão das mais árduas, porque dinheiro há. O segundo passo será encontrar uma forma de dispensar Sergio Pérez sem que o cartel de Tijuana exploda a fábrica de energéticos na Áustria. Ele tem contrato até o fim de 2026, mas não dá mais. Sua temporada é um desastre. Não venceu nenhum GP, não sobe ao pódio há 16 corridas (desde o GP da China) e é o maior responsável pela perda do título de Construtores da Red Bull. Marcou apenas 28% dos pontos da equipe, contra 72% de Verstappen. Na McLaren, essa proporção é de 56% para Norris e 44% para Piastri. Na Ferrari, 55% de Leclerc e 44% de Sainz (Bearman também pontuou). Na Mercedes, Russell e Hamilton dividem os pontos meio a meio. A Red Bull é uma equipe de um piloto só.
RECORDE – De acordo com os organizadores, o GP de São Paulo teve um público acumulado nos três dias de evento de 291.717 pessoas. Muitos fizeram questão de ir para ver isso aí em cima: Lewis Hamilton com a McLaren MP4/5B do título de Ayrton Senna em 1990. Quem nunca tinha escutado um V10 aspirado deve ter gostado. E foi emocionante, sim, ver esse carro andando de novo. “Um carro de corrida de verdade”, como disse Hamilton, fã declarado do tricampeão mundial morto em 1994. Na TV, a Bandeirantes teve média de 6 pontos de audiência no Kantar/Ibope, com pico de 6,9. Foi seu melhor resultado no ano.
O NÚMERO DE SÃO PAULO
14
…voltas da corrida de Interlagos foram lideradas por Esteban Ocon, que tem mais voltas na liderança este ano do que Pérez — apenas uma, em Monza. O líder do ranking na temporada é Verstappen, com 503. Norris liderou 213.
Merece algumas palavras, também, o companheiro de Ocon. Pierre Gasly terminou em terceiro depois de largar em 15º. Fez um corridão. “E fiquei muito feliz pelo Esteban, também”, falou o piloto, que disputou seu 150º GP. “Nós temos nossa história. Uma história única e bonita. Começamos a correr de kart no mesmo lugar quando éramos crianças, e é incrível que os dois tenham chegado à F-1, e mais incrível ainda a gente dividir um pódio pela mesma equipe. É inacreditável.” “Foi como nos velhos tempos”, resumiu Ocon. Esses velhos tempos da primeira foto aí embaixo.
Hoje eles não se bicam muito. Ocon está saindo da Alpine, para correr na Haas. Quem sabe esse domingo de Interlagos não mude as coisas e eles voltem a ser crianças.
Amizade de criança é sagrada. Adultos não podem estragá-las. Nem se os adultos forem aquelas mesmas crianças. Todo adulto deve respeito à criança que já foi.
GOSTAMOS & NÃO GOSTAMOS
GOSTAMOS muito da Alpine, claro, melhor equipe do fim de semana: 35 pontos, somando Sprint e GP. Isso fez com que o time francês pulasse da penúltima para a sexta colocação no Mundial de Construtores. A equipe não colocava dois pilotos juntos no pódio desde o GP do Japão de 2006, quando Alonso venceu e Fisichella terminou em terceiro. Na época ainda era Renault, faça-se a ressalva. O nome Alpine foi adotado em 2021.
NÃO GOSTAMOS da Ferrari, que vinha de duas vitórias seguidas e terminou a corrida apenas em quinto com Leclerc. Sainz abandonou. No total, contando a Sprint, o time vermelho marcou apenas 20 pontos em Interlagos. A McLaren fez 27 e a Red Bull, 32. A vantagem dos papaias, líderes, para os italianos, em segundo, passou de 29 para 36 pontos. Mas a disputa ainda está aberta. Tem bastante água para rolar em três etapas.
Oi Flavio, legal teu texto, sempre tens detalhes, deixa eu falar (acho que no post anterior eu fiquei confido) mas o resumo da corrida em Interlagos é UAUH !!! Que show do n°1 !!! Lembrei me que em 2021 o Max chegou em Interlagos com vantagem mas teve uma corrida desfavorável e só se consagrou campeão no final do último gp e com maestria diga se de passagem e este ano foi o inverso, chegou aqui um tanto quanto ‘embaixa’ mas simplesmente moeu !!! E praticamente se consagrou campeão mundial de G1 pela quarta vez consecutiva e só gigantes fazem isso! VERstappen colocou McLaren e seus abóbrinhas selvagens, Ferrarinhas e Mercedinhas num liquidificador e com um pouco de “redbull” e ligou!!! Depois tomou , fez ahhh! e disse: Vim, Vi, Venci…
Que coisa né!!! Obrigado a todos pelo espetáculo, os demais também deram duro pra conseguir alguma coisa e isso é reconhecível, e obrigado a ti FLA GOMES, sempre trazendo alguma informação. E por coincidência na semana seguinte pude cumprimentar pessoalmente (no aeroporto e no voo partindo de Cascavel -pr)os Srs Christian Fittipaldi e Vilson Meira, grandes pilotos de padrão mundial, e notei que são excelentes pessoas , muito legais mesmo! E ainda cumprimentei o pessoal da banda de rock “Ira!”, o Edgar…ao qual digo que é “o homem que envelheceu na cidade” e comentamos sobre meu amigo Humberto!, o ex Engenheiro ,Flavio muito obrigado pelo seu blog existir.
Eu sei q vc não gosta desse tipo de reverência…, porém é um ABSURDO como vc escreve bem.
Obrigado!
Eu não gosto do Verstappen, muito pela “sujeira” com que defende posição, mas essa é uma discussão sem fim e não vem ao caso, Schumacher também fazia o mesmo. Mas o cara é muito, mas muito, mas muuuuuito melhor que o restante do Grid nestes últimos anos. Com El Fodón de Alguma Coisa e Comandante Hamilton bem longe do auge e com carros pouco competitivos Verstappen nada de braçadas. Torcia para o Orlando, que não é mau piloto, mas a diferença entre os dois *pilotos* é tão grande que beiraria o ridículo se ele fosse campeão.
Ô Flávio, fala alguma coisa da Portuguesa aí pra nós, sai ou não sai essa super SAF??
Flavio, Leandro e demais amigos daqui desse blog, Olá como estão vcs?Orlando? Só na Florida ! Brincadeirinha…
O Norris me parece meio vacilão e talvez tenha aprendido muito em Interlagos esse ano, se a lição serviu não foi exatamente uma derrota pra ele. Ano que vem há muita coisa a se compar: VERxNOR & cia ltda… Alonso ainda competitivo numa Aston… Ham será competitivo numa Ferrari? Pois não é fácil um “cavalinho rampante”… como ele enfrentara LeClerc numa mesma equipe? Conseguirá fazer algo próximo aos feitos de SCHUMACHER, KIMI, VETTEL, AL e mesmo o que nosso Felipe Massa fez na Scuderia? E as equipes? Ainda há algumas possibilidades matemáticas e tudo pode acontecer. Vamos VER vamos VER !!? Desculpa me o trocadilho. Abraços ao Flavio e todos(as).
Que resenha! Obrigado, Flavio!
Um adendo de questão técnica: a volta do Max não poderia valer (aquela que “tiraram dele” ao final do Q2). Stroll bate na curva do sol, a bandeira amarela é acionada e o Max passa em seguida. Ele até teve a primeira parcial bem prejudicada, acho que não viraria o tempo necessário. A direção de prova esperou todos que estavam com a volta limpa concluírem as mesmas e acionou a vermelha. Não era um acidente de extrema gravidade para gerar uma paralização imediata. Fui concluir isso ao ver o VT pela F1TV e acompanhar o mapa com o deslocamento dos carros.
Melhor assim, pois como você bem disse, Max construiu uma obra prima.
Então o Bortoleto foi contratado pela Sauber. Grande notícia para a gente que curte F1. Agora, é entender que será numa equipe em transição, e que não dá para esperar grandes coisas. Que a pachecada se contenha minimamente.
Essa não é só a imagem da corrida, mas do campeonato!
Excelente texto como sempre. Dava pra ver pelas imagens na TV como o autódromo está mal cuidado. E ótimas fotos, que mostram como está abandonada a nossa cidade. Faz tempo!
Eu não consegui entender muito foi a diferença de ritmo de Ocon antes e depois do último safety car.
No penúltimo, ele conseguiu colocar – com certa facilidade e em poucas voltas – mais de 3 segundos em Verstappen. Depois que foi ultrapassado ficou parecendo que estava muito contente com o 2º lugar e que poderia ter brigado se quisesse.
Fiquei sem entender, também, o comportamento de Gasly na saída do último safety car. Parece que nessas horas somente Max Verstappen é capaz de grudar no carro da frente. Gasly poderia ter feito o mesmo movimento. Aliás, seria até natural, uma vez que o primeiro colocado era um piloto da sua própria equipe.
Parece que a Alpine não fez questão de brigar e quis minimizar as chances de estragar as chances de um final de semana surreal.
Verstappen é geracional e nem seria bom para o esporte ter uma hegemonia desse nível quebrada por Norris.
Schumacher teve a sua quebrada por Alonso. Ficou em excelentes mãos.
A (pequena) sequência de Alonso foi quebrada por Kimi. Ficou em boas mãos.
A sequência do excelente Vettel foi quebrada pelo geracional Hamilton.
A sequência do “fora de série” Hamilton foi quebrada pelo também “fora de série” e “geracional” Verstappen. (Ok. Teve o título de Rosberg lá no meio da sequência de Hamilton).
Sair das mãos de Verstappen para um Norris seria uma desfeita muito grande. Até mesmo para aqueles que não gostam e/ou não apreciam o holandês, acredito eu.
“Todo adulto deve respeito à criança que já foi”. Você diz algo assim no começo do seu livro Ímola 1994, se referindo a si mesmo. Lembro que adorei essa passagem do livro.
Por que não vejo ninguém falando das chances matemáticas da Ferrari vencer o campeonato de construtores e Leclerc conseguir o vice campeonato? São realmente chances apenas matemáticas?
E o monstro voltou, nós EUA. Os democratas pagaram caro pelo apoio incondicional e escancarado a Israel para o massacre genocida dos palestinos. Eu acho é pouco.
Não se iluda, o apoio de Trump vai ser ainda maior e irrestrito. Trump não tem qualquer respeito ou apreço por vidas.
Tanto a vitória desse lixo aqui, como a dos trastes nas eleições municipais pelo Brasil, deveriam acender uma luz vermelha nos setores de esquerda global. Não adianta culpar o povo que vota. Eles votam no que lhes é apresentado e não no que algumas pessoas querem que eles gostem.
Não foi só isso. É sempre a economia. Não adianta haver desemprego quase zero se o povo não percebe queda nos preços. As pessoas querem comer, ter teto, algum conforto, mais do que ideais ou envolvimento em conflitos em lugares que nem sabem onde ficam.
E, além disso, Kamala Harris não faz ninguém suspirar. Joe Biden decrépito e os Clintons também não.
Trump reeleito é um enorme presta atenção para o Brasil em 2026, como as eleições municipais foram há pouco.
As negativações de todos os comentários sobre essa nova sandice lá do povo do norte também são um alerta de como o mundo está doentio.
“Amizade de criança é sagrada. Adultos não podem estragá-las. Nem se os adultos forem aquelas mesmas crianças. Todo adulto deve respeito à criança que já foi.”
Hoje eu pensando em tudo sobre os 40 e poucos anos e vc me vem com essa frase.
Legal demais passar por aqui. Obrigado. tudo de bom!
Ale Natal RN.
Doria não era santo, mas fez o que era precisava fazer: governou
Não ficou “mitando” (versão bostonarista de lacrando)
Excelente texto, absolutamente excelente
Se eu fosse a RedBull, contratava o Sainz e deixava o Colapinto na Williams, todo mundo ia ficar feliz.
Contratar o Colapinto depois da corrida de domingo seria muito estranho mesmo.
Sem teorias da conspiração, mas o cara que consegue fazer o que ele fez durante um safety car só poderia ter emprego em um lugar: naquela equipe que foi mais beneficiada.
Cara novo, muita hype e o que ele fez domingo não se vê toda hora.
Tenho a sensação de que parece um “oba-oba” pela nacionalidade, pois se aqui temos a pachecada, quiçá na Argentina.
Vejo, inclusive, mais boa vontade com ele do que com o próprio Bortoletto, o qual faz, sim, por merecer.
Concordo com você. Albon teve alguns contratempos e ainda não deu pra ver a real diferença entre os 2. O que parece é que essa Williams não era tudo isso de ruim e o Seargent passava essa impressão por ser extremamente medíocre como piloto.
Qualquer outro piloto que tivesse se estabanado no muro num safety car estaria sendo crucificado agora.
O portenho nem é ruim. Mas tá longe de ser essa Coca-Cola toda.
FG, você dimensiona o que escreve? “Todo adulto deve respeito à criança que já foi”. Isso é uma das coisas mais bonitas que já li.
Se você tem F1 TV…
… e quer ver uma coisa espetacular, assista as 10 primeiras voltas pela câmera do Verstappen. É impressionante como ele consegue guiar com uma precisão incrível enquanto os outros estão pisando em ovos – dá pra ver direitinho como ele conseguia usar mais zebra que os outros, coisas assim.
… e quer ver uma coisa ridícula, assista a meia volta de apresentação pela câmera do Stroll. É pelo menos bastante engraçado ouvir o pobre do engenheiro tentando entender o que está acontecendo. Stroll nem desculpas pede, depois dos mecânicos terem se esforçado pra arrumar o carro dele pra corrida.
Stroll é tão ridículo que nem na caixa do “não gostamos” o cara conseguiu ser mencionado.
Sobre o Stroll, na transmissão da F1 TV (não sei se foi mostrado na TV aberta) mostraram ele tranquilo e sereno na garagem da AM conversando com uma pessoa da equipe. Acredito que se fosse outro piloto estaria no mínimo com cara de preocupação querendo saber o que o levou a sair da pista, ou puto da vida por ter feito a cagada de atolar o carro na brita.
O tetra de Verstappen ganha uma das fotos mais memoráveis de um campeão. Que coisa linda ver a história da F-1 acontecendo, outra vez em Interlagos. Se em 2021, chorei e gritei com os feitos daquele fim de semana de Lewis, domingo foi dia aplaudir e contemplar outra grande!
PS: espero também que as crianças francesas se olhem como no passado, foi bonito o pódio dos dois.
“Amizade de criança é sagrada. Adultos não podem estragá-las. Nem se os adultos forem aquelas mesmas crianças. Todo adulto deve respeito à criança que já foi.”
A melhor frase do ano desse blog.
O começo desse post, é exatamente que eu penso
Foi um descaso com o publico raíz de corrida. Pq esse pessoal de Lounge ou coisa parecida, estam lá pra fazerem de tudo ,menos assistir corrida. Agora, o que fazer do asfalto novo ? De novo ? De quem é a culpa , para quem acompanha corridas, foram poucas vezes na história que Interlagos teve asfalto decente
.
Bom dia!!! Perfeito!!!
Esta estória de sorte parece mais uma jogada deste tempo de redes anti sociais para camuflar o desempenho pífio na corrida, tanto é que uma boa parte dos comentários se restringem a dizer que Verstappen só ganhou por causa da bandeira vermelha.
O mais engraçado nesse GP São Paulo que passou despercebida pela transmissão foi rádio entre Leclerc e Ferrari
LECLERC:” What is the fastest lap?”
(Qual é a volta mais rápida?)
FERRARI: “ Charles, Don’t ask”
(Charles, não pergunte”)
Detalhe:
(VERSTAPPEN 1.20,472)
(LECLERC 1.21,631)
Cheguei a conclusão que a Bandeira vermelha foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para o Norris. Seria absurdamente humilhante para ele ser ultrapassado na pista pelo Verstappen que vinha voando com sangue escorrendo pelos olhos! Se não tivesse bandeira vermelha seria um golpe fatal no Norris (e não foi?!) Aliás 17 melhores voltas consecutivas não é pra qualquer um! O Vespa já está entre os 3 melhores de todos os tempos!
Como é fraquinho e inocente esse Norris, aliás essa geração só destoa o Vespa! Piastri (o mais superestimado, piloto extremamente fraco, toma 0.400, 0.300 do Norris toda classificação), Norris, Sainz ( vai bem numa corrida e em 10 não) Leclerc (abusa dos erros juvenis), Albon (já teve sua chance), Stroll (não precisa nem falar), Gasly (já teve sua chance), Ocon (piloto comum, fraco), Bottas (já teve sua chance), Zhou (fraco), Tsunoda (muito fraco)… muitos pilotos superestimados! Deem um carro decente pra Alonso e Hamilton, pq assim vai ficar sem graça!a REDBULL hj é a quarta força e mesmo assim Verstappen (o coisa ruim) vai lá e tira todo mundo pra nada!QUE PILOTO! deve ter um pacto com o DEMO!
Colapinto chegou ontem e já tá botando a maioria desses superestimados no bolso! A F1 precisa de uma renovação urgente!
Aliás, a transmissão precisa de uma renovação. O Sérgio Maurício até começou bem nos anos anteriores, mas depois virou um mala, uma mistura de Faustão com Galvão Bueno que não deixam ninguém falar, a transmissão da band é muito atrapalhada, o Elia Júnior o pior, que cara chato e mala! Não deixava ninguém falar! Não deu nem pra escutar o motor da McLaren do Senna! Outra coisa, AQUARELA DO BRASIL???? quem djabo teve essa ideia???? Meu Deus!!! Fora que eles falam assuntos aleatórios a todo momento na transmissão… O Reginaldo Leme com todo o respeito, já não tem mais condições… O Max Wilson e o Sérgio Maurício não deixam ninguém falar nada, principalmente na ante sala dos pilotos, quando todo mundo quer ouvir as tretas! (antes de receberem os troféus). Só continuaria na transmissão com Giaffonne e Mari Becker… o resto era rua!
Imagina um time Everaldo Marques , Flávio Gomes, Burti, Giaffonne e Mari Becker! Aí sim hein!?
Amigo, nossas coincidências não param no nome.
Uma pena Alonso não ter um carro competitivo – ano passado estava guiando muito e já vinha bem na Alpine.
Lewis não sabemos o que está acontecendo, mas creio que se tiver um carro bom na Ferrari ele voltará a ser o bom e velho Lewis.
Resumindo: estamos perdendo a chance de assistir Max em grandes duelos.
Aliás, com a saída de Alonso e Lewis, não haverá piloto do nível de Verstappen a curto / médio prazo. Talvez nem mesmo a longo prazo.
Discordo qto ao Ocon e Gasly: entendo que sao hj em dia otimos pilotos, amadurecidos e que com carros bons à disposiçao, podem fazer melhor que os Piastris, Sainz e Russels da vida
Bortoleto will make Brazil Great Again in F1
Tendo em vista que Max destruiu completamente todos os seus companheiros de equipe de 2019 para cá, eu teria cautela até em colocar o Alonso de 2001 ou o Hamilton de 2007 para correr ao seu lado no ano que vem, por medo de queimá-los. Franco Colapinto e Liam Lawson me parecem muito verdes para assumir a posição. Talvez devessem contratar Valtteri Bottas, que está sem equipe para o ano que vem e é bem acostumado com a função de escudeiro. O finlandês não vai surtar, quando perceber que o holandês é muito melhor do que ele.
Em relação ao argentino, deve ter pesado o fato de ele apresentar bom desempenho frente ao Albon, piloto que a Red Bull conhece bem. Acho que também é uma tentativa de repetir o que tinham com Daniel Ricciardo: ter um piloto que entrega resultados dentro e fora da pista, já que Franco é bastante carismático e espontâneo em sua interação com os veículos de mídia – fora os patrocínios e a torcida fanática que tem.
Se Colapinto tiver a oportunidade de ganhar experiência na Racing Bulls, enfrentado Tsunoda, que já aposentou de Vries e Ricciardo, pode sonhar em ter uma carreira na Fórmula 1; se for lançado de cara no tanque de tubarões que é a equipe principal, tendo que guiar um carro difícil de domar, ao lado de um piloto monstruoso e, além do mais, sujeito às críticas públicas de Helmut Marko, corre o risco de sucumbir antes da metade da temporada – e isso se aplica a Lawson também.
A história dessa equipe é complexa, mas a Lotus preta teve 3 pódios duplos com Raikkonen e Grosjean em 2013
Aqui não pode!!!!!, aAchei o máximo essa expressão e deveria ser não pode para organização das filas devido ao caos de poucas catraca a não ser para o setor da Heinekken onde assiti pela primeira vez nesse ano.
Aqui não pode para o asfalto ondulado novo e sem drenagem.
Aqui não pode para o excesso de placas publicitárias que tiram de Interlagos o título de umas das únicas pista do mundo onde se via a maior parte da pista. Acabaram com a. Isso em setores como o A e o G.
Já assisti desde 1996 a maioria dos GP do Brasil e prometi a mim que não irei mais.
Aqui, comigo não pode!!!!
Estamos em 2024 e o inominável já não é presidente há praticamente 2 anos. Não entendo essa fixação no cara, o que ele tem a ver com a corrida?
O inominável norte-americano voltou. Vamos deixar o nosso voltar também?
Se for da vontade da maior parte da população, sim, deixaremos. A isso se dá nome de democracia.