TCHÊ
SÃO PAULO – Morreu na madrugada de ontem Lucio Pascoal Gascon, o Tchê, preparador dos karts de Ayrton Senna no início da carreira do piloto. Espanhol, Tchê chegou ao Brasil em 1960. Conheceu Ayrton, então apenas “Beco”, em 1974.
Os dois se falavam com frequência, mesmo depois de Ayrton chegar à F-1. Era uma lenda do kartismo nacional.
Só para somar aos comentários do João Pedro e Razor.
Tchê, pessoa super educada, simples e generoso. Mal o conhecia no início dos anos 80, quando estava iniciando-me na mecanica, e recorrí a ele para tirar umas dúvidas, me recebeu com toda a presteza e paciência. Tempos depois de vez em quando, batíamos um macarrão com frango lá no Rhinos.
Tudebão Tchê!!
Fico triste de saber que a morte de uma lenda do kart nacional rendeu umas 4 linhas no blog do FG. E mais uns quatro comentários de quem teve algum contato com ele. É muito pouco pro quanto ele significou para o kartismo brasileiro. E é por essas e outras que o automobilismo nacional está morto.
O Grande Prêmio deu o devido destaque.
A proposta do DU em mudar o nome do kartodromo de Interlagos para o nome ou apelido ´do nosso querido preparador e admiravel Todos apoiamos.Vamos trabalhar para que aconteca.
Kartódromo Lucio Pascual Gascòn.
Imponente heim….
Comecei a escrever memórias do Tchê mas lamentavelmente isso ficou resumido a um post pois não tive mais condições de dar continuidade ao blog. Não sou jornalista mas posso afirmar que gravar um depoimento do Tchê é uma esperiencia deliciosa. Como eu dizia, ele falava com os olhos. Perdi um amigo muito legal.
Conheci o Tchê e convivi com seus filhos por um tempo entre 1997 e 2002. Pessoas muito corretas e que não colocam o dinheiro acima de tudo.
Uma coisa que é interessante, é que o Sr. Tchê era engenheiro. Isso deve ter sido muito importante para a formação do Senna e de muitos pilotos que tiveram contato direto com ele.
Engenheiros que trabalham como preparador de kart são raros, conheço apenas 2 atualmente, e esse é um GAP preocupante no meu entender.
Que a família tenha forças nesse momento e que o Sr. Tchê possa descansar em paz.
10 de março de 2015. No Velocult, e chega o TCHÊ. Lembrei das vezes que o ajudava a subir as escadas do estacionamento de Interlagos com sua bengala. Nessa dia ele estava Feliz, contando histórias e a Jackie e o Barba preocupados como iria voltar para casa, dai o Fabio Farias e um Amigo o levaram, Assim se foi o Tchê em sua última homenagem em vida, O Kartódromo de Interlagos deveria mudar de nome.
Vida que segue. Missão cumprida. Valeu por tudo, Tchê.
Em 1991, comprei um kart usado e o motor havia sido preparado pelo Tchê. Quando precisava de uma manutenção, passava na oficina sua oficina, na época na rua Tabajáras, Mooca. Apesar de ser um amador sem pretensão alguma, um “roda-presa”, ele sempre me tratou com total respeito, carinho e educação. Isso é ser humano. Tratava a todos da mesma forma. Que descanse em paz!
Tenho o mesmo depoimento sobre o Tchê, João Pedro!
Sou jovem ha mais tempo, minhas estripulias no kart são de 1972 a 1974, meus ‘colegas” de pista eram o Chico Serra, o Maurizio Sandro Sala e depois o Ayrton.
E sempre vi o Tchê tratando todo mundo muito bem, com muita gentileza. Aluguei com outro piloto um motor preparado por ele uma vez, mas claro que não andava nada! “Este já cansó!” disse ele, o pistão e os anéis precisavam ser trocados e o cabeçote de um passe, mas o motor não era meu então ele convenceu outro piloto a me emprestar um melhorzinho. Quem se importaria com isso hoje em dia?
Em tempo, o Ayrton entre nós sempre foi Ayrton, essa coisa de Beco era só entre a família dele e ele não se misturava com nós outros moleques. Ele não era o cara mais sociável que você podia encontrar no kartódromo.