BREVES NOTINHAS
SÃO PAULO (atualizando) – Por motivos de “não tive muito tempo nos últimos dias”, deixamos de registrar algumas breves notícias aqui que não vão mudar a cotação do dólar, mas merecem algumas considerações. Como já está todo mundo em Sóchi pronto para o GP da Rússia, é um bom momento para passar a régua. Vamos lá:
HAMILTON – Disse que Verstappen parece um pouco ansioso, já que disputa um título pela primeira vez. “Sei como é, já aconteceu comigo, mas ele precisa entender que nem tudo se resolve numa única curva”. Recusou-se a admitir que exista uma “guerra psicológica” com o adversário. Falou que já passou dessa fase, com a experiência que tem na F-1, e que no fim das contas tudo se resolve na pista, mesmo. “O importante é que numa disputa todos sobrevivam com segurança.”
VERSTAPPEN – “Ah, sim, estou muito nervoso, não consigo nem dormir”, rebateu o holandês com ironia. “Se Lewis disse isso, mostrou mais uma vez que não me conhece.” Depois, chamou de “hipócritas” os que criticaram sua indiferença ao passar pelo carro de Hamilton, sob o seu, em Monza. “Vi que ele estava tentando sair de ré. Depois, foi para os EUA participar de um evento de moda. Se fez tudo isso, é porque estava bem.” Assunto aparentemente encerrado. Sobre a perda de três posições no grid do GP da Rússia, “não tenho de concordar com a punição, mas não é o fim do mundo”. Assunto encerrado também. A Red Bull vai esperar o resultado da classificação, sábado, para decidir se troca o motor do holandês, pagando o pênalti de largar no fundo do grid.
METEOROLOGIA – A decisão sobre a troca do motor depende também das condições climáticas. Tem chovido bastante na região de Sóchi nesta semana e se o clima se mantiver assim, a Red Bull pode mudar de ideia.
ASTON MARTIN – A equipe confirmou a manutenção da dupla Sebastian Vettel/Lance Stroll para 2022. Nenhuma novidade. O alemão chegou neste ano e veio basicamente para ajudar a estruturar o time com o conhecimento que traz de anos de Red Bull e Ferrari. No ano que vem, a Aston Martin espera inaugurar sua fábrica nova, que está sendo construída onde sempre esteve, em frente aos portões de Silverstone, desde os tempos em que se chamava Jordan. Os planos são ambiciosos.
HAAS – Também fez o anúncio oficial sobre seus pilotos para o próximo Mundial, e da mesma forma não houve surpresa alguma. Ficam Nikita Mazepin e Mick Schumacher. O primeiro porque o pai banca a equipe com dinheiro russo. O segundo por fazer parte da academia de jovens talentos da Ferrari, que fornece os motores ao time americano.
ALFA ROMEO – Guanyu Zhou, chinês que faz um bom campeonato na F-2 (é o atual vice-líder) e é membro da turma de jovens talentos da Alpine, ganhou força nas últimas semanas como candidato a uma vaga no time ítalo-suíço, que já confirmou Bottas para 2022 e a saída de Raikkonen. Briga com ele, neste momento, apenas o atual titular Antonio Giovinazzi. Mas as coisas estão pendendo para o piloto da China — que além de talentoso traz dinheiro de patrocinadores de seu país e abre um mercado cobiçadíssimo por todos na F-1. Em Sóchi, Raikkonen volta ao time, recuperado da Covid. Disse que não viu pela TV as duas corridas que perdeu.
MIAMI – 8 de maio. Esta é a data anunciada para o GP de Miami, que entra no calendário do ano que vem. A pista será montada em volta do Hard Rock Stadium. A lista das 23 etapas de 2022 com suas datas ainda não foi divulgada.
ÍMOLA – O prefeito da cidade e os administradores do autódromo andam dizendo por aí que o circuito será incluído no Mundial de 2022 a 2025. Nada confirmado, porém.
LECLERC – O monegasco terá na Rússia a mais nova versão do motor da Ferrari — segundo consta com alguns cavalinhos, não muitos, a mais. Por isso, terá de largar da última fila. O motor trocado faz parte do programa de desenvolvimento da equipe para 2022. Hora de começar a testar algumas coisas.
SAINZ – Foi vítima das milícias digitais brasileiras porque teria dito “não quero ser um Barrichello na Ferrari”. Não foi o que disse, literalmente; perguntaram, na imprensa espanhola, se ele preferia ter sido Schumacher ou Barrichello na história da Ferrari, e ele obviamente respondeu “Schumacher”. Foi o bastante para os chatos das redes sociais atacarem o espanhol. “Tenho muito respeito por Rubens. Quantas corridas ele ganhou? 11. Eu não ganhei nenhuma. Então, não sou ninguém perto dele. O que eu disse foi outra coisa, mas como sempre os ‘feeds’ de notícias vão distorcendo tudo.” Explicado, com toda educação e respeito do mundo.
11 de novembro de 2018, autódromo José Carlos Pace. início da volta 44, Verstappen liderava a corrida com uma vantagem relativamente confortável de 2,8 s para o segundo colocado, Lewis Hamilton. Ocon, piloto então da Force India tenta tirar uma volta de atraso em relação ao líder. E eis que o francês e o holandês colidem, e uma vitória que parecia certa, se perde. Na ante-sala do pódio, Hamilton alertou o piloto holandês. Ele, Verstappen liderava, e tinha muito a perder.
12 de setembro, circuito de Monza. Verstappen, após um pit-stop muito longo e ruim, encontra Hamilton saindo dos boxes. Na variante del Retiffilo, sem ter mais espaço, com o carro totalmente fora da pista, perde o controle e abalroa a Mercedes de Hamilton. Final de prova para ambos. Masi uma vez, o que poderia ser uma vitória, torna-se nesse caso um abandono. Na corrida, o piloto holandês tinha uma vantagem momentânea. Pneus aquecidos, contra um Hamilton ainda aquecendo a borracha. No campeonato uma vantagem, mínima é verdade, mas ainda assim uma vantagem.
O que mudou entre uma e outra situação?
Aparentemente nada. Mesmo agora, com um carro melhor que o da Mercedes (o que parecia impossível há alguns meses) não conseguiu transformar essa superioridade em uma vantagem numérica expressiva no campeonato.
O tricampeão Jackie Stewart foi preciso ao afirmar que Verstappen tem muito a aprender e que está demorando para amadurecer.
Poder até ser campeão esse ano. Mas vai ficar aquela pecha de arrogante.
Sobre seu talento não há qualquer dúvida, herança provável de sua mãe. Assim como a arrogância, herdada certamente de seu pai. E para piorar, o ambiente da diferentona Red Bull também não colabora.
Quem ele ouvirá? perguntou Stewart.
Boa, Sainz.
No mundo insuportável atual é claro todos iriam distorcer o comentário do Sainz. Rubinho era muito bom mas não era Schumacher. E sempre aceitou ser segundo piloto, por contrato. Ponto.
Se o remilton tivesse um mínimo de noção da realidade, se afastaria do discurso de bom moço politicamente correto e pediria escusas ao Verstappinho.
Raikkonen não assistiu as corridas em que ele não esteve? Nunca me senti menos surpreso na vida.
https://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/carlos-sainz-titulo-mundial-formula-1-como-meta-nao-ficaria-feliz-em-ser-um-rubens-barrichello/amp/
Pode me xingar, mas no próprio Grande Prêmio foi replicada a fala a partir de outro site com outra conotação.
Eu gosto do Rubinho, mas até ele queria ser o alemão naquela equipe. Ele os os outros 18 do grid.
A tal das redes sociais, todo mundo comentando sem tomar o devido cuidado. Sem saber em que contexto foi dada a resposta. Sainz está entristecido com a repercussão. Mas o espanhol poderia muito bem ter mandado o jornalista que fez a pergunta procurar outra atividade, que tipo de jornalista faz uma pergunta dessas?
Jornalismo acabou faz tempo, cada dia que passa fica mais fácil entender porque o blogueiro tem se afastado disso. Hoje (salvo algumas exceções) estamos a mercê de um bando de amadores sensacionalistas no lugar de profissionais que davam orientações, caminhos, direções, para os que não tem uma opinião formada sobre qualquer assunto.
Tristemente a culpa não é só dos imbecis atrás de um teclado. Aliás é bem provável que são crias desses supostos “profissionais”.
Essa lorota de que o Sainz disse “não quero ser um Barrichello” devia entrar nos manuais de redação de todos os jornalistas. Hoje em dia só o que importa é a manchete, mesmo que no texto a desminta. Por isso estamos nessa merda.
Caprichou no layout…todo colorido