Culto à personalidade (do #96)
SÃO PAULO (dna respeitável) – Adoro os e-mails de Mestre Joa. Como este, que reproduzo com o título original e, claro, a foto:
Uma foto da estréia do Casari A-1, Bob Sharp/Milton Amaral, Mil km de Brasilia, 1970, aquele mesmo da confusão. Madrugada alta, há um rapazinho curioso de camisa branca e Rolleiflex ao pescoço, à esquerda da foto. Eu, aos 16 anos…
Ah, juventude, coisa tão séria para ser desperdiçada com os jovens…
minha estréia nas pistas com a equipe Casari tambem foi nessa prova e,o que me lembro tinha mais motor do que suspenção e tivemos que trocar embreagem multidisco por uma de caminhão. Bob Sharp lembra disso e Amaral tambem lembraria claro.Grandes amigos.Passo Fundo mantem esta história viva e eu tambem.M.P
Joaquim
Por isso que quando te vi achei que já o conhecia de algum lugar.
Essa foi muito boa, mais uma das coincidências do blig do Gomes.
Me lembro bem que no meio daquela confusão toda que foi a desorganização desta corrida, numa das vezes que o Lorena parou aí pra abastecer o famoso Cardoso “Neguinho”de estórias impagáveis, estava em cima do andaime que havíamos levado pra colocar a gasolina do alto, como havíamos feito nos 1000 Kms do Rio. Nisso um dos pseudos fiscais de box, se arrogando de uma autoridade que não tinha, bradou: – Vou desclassificar este carro, cinco tocaram nele e só pode ser quatro!
Cardoso que estava em cima do andaime de uns dois metros, gritou : – O quê?
Deu um pulo no chão, agarrou o cara por trás, deu-lhe uma gravata tipo sossega leão, chamou-o de cego, xingou a mãe dele de tudo, dizendo que o mataria.
O cara ficou sem ação, pediu desculpas e o caso ficou por isso mesmo.
Caceta, Joaquim.
Essa foi demais.
A quem procura saber do paradeiro do Carcará, eis aí sua primeira encarnação, com motor Ford Y-block 292 (272?) , 4 Weber 48 IDA e câmbio de DKW
Rapazes, atentem para as “instalações” dos boxes: divisão por uma corrente e a cobertura uma simples lona jogada por cima de uma armação de ripas.
O sistema de reabastecimento contava somente com tambores de 200 litros, galões e o imprescindível funil.
Ao fundo, um jovial Bob Sharp aguarda o momento de largar. Ao lado, aparecendo só um pedacinho da traseira da Berlineta Interlagos do piloto brasiliense Paulo César Lopes, equipada com motor Corcel Bino de 1440 cc e 90 HP.
A moça, lamento mas não lembro o nome, endereço ou telefone…
Uau! Mestre Joa tinha cabelo!!!
Essa foto é um documento histórico, pelo Autódromo, pelo carro, pela famosa prova, pela época dura, pelas pessoas citadas, e pela presença importante da “nossa” testemunha ocular da história.
E tambem sou obrigado a acreditar que esse #96 tem “alguma coisa”…
Joaquim,
Um dia destes falei para o meu irmão Marcio que mora em São Paulo que já o conhecia a muito tempo, pois, com certeza, já nos cruzamos pelos boxes das provas dos mil quilômetros de Brasília e me lembro bem de ter passado por lá neste dia e fiquei abobalhado olhando para esta máquina por algum tempo, como fazia nos dias de treinos. Lembro-me que nesta prova de 70 um amigo do meu irmão preparou um Ford 29 para correr uma prova extra que teria, mas foi cancelada em função da chuva e da desorganização que houve.
Jovino
Bom, muito bom Mestre Joa.
Perfeito para aqueles com menos de 40 Campeonatos Mundiais de F1 saberem que:
– Existiram máquinas fotográficas com filme em película.
– Mestre Joa já teve cabelo, assim como 16 aninhos.
– Esse #96 é cabalístico mesmo. Estava escrito nas estrelas.
Êpa, êpa, ôba ôba…
Deixa eu explicar primeiro, antes quem me acusem de tola vaidade.
Esta foto me foi enviada muito gentilmente, a meu pedido esclareça-se, pelo blogueiro e pesquisador Ricardo Cunha para ilustrar uma pesquisa que estou realizando sobre automobilismo brasileiro. Ao me reconhecer retratado, mandei para o FG meio a título de gozação por causa do #96, não esperava a veiculação aqui no blog. Mas já que está aí, vamos falar do carro e da corrida que eram muito mais interessantes do que a minha simplória figura.