Culto à personalidade (do #96)

SÃO PAULO (dna respeitável) – Adoro os e-mails de Mestre Joa. Como este, que reproduzo com o título original e, claro, a foto:

Uma foto da estréia do Casari A-1, Bob Sharp/Milton Amaral, Mil km de Brasilia, 1970, aquele mesmo da confusão. Madrugada alta, há um rapazinho curioso de camisa branca e Rolleiflex ao pescoço, à esquerda da foto. Eu, aos 16 anos…

Ah, juventude, coisa tão séria para ser desperdiçada com os jovens…

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manuel oliveira/manu
manuel oliveira/manu
16 anos atrás

minha estréia nas pistas com a equipe Casari tambem foi nessa prova e,o que me lembro tinha mais motor do que suspenção e tivemos que trocar embreagem multidisco por uma de caminhão. Bob Sharp lembra disso e Amaral tambem lembraria claro.Grandes amigos.Passo Fundo mantem esta história viva e eu tambem.M.P

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
17 anos atrás

Joaquim
Por isso que quando te vi achei que já o conhecia de algum lugar.
Essa foi muito boa, mais uma das coincidências do blig do Gomes.
Me lembro bem que no meio daquela confusão toda que foi a desorganização desta corrida, numa das vezes que o Lorena parou aí pra abastecer o famoso Cardoso “Neguinho”de estórias impagáveis, estava em cima do andaime que havíamos levado pra colocar a gasolina do alto, como havíamos feito nos 1000 Kms do Rio. Nisso um dos pseudos fiscais de box, se arrogando de uma autoridade que não tinha, bradou: – Vou desclassificar este carro, cinco tocaram nele e só pode ser quatro!
Cardoso que estava em cima do andaime de uns dois metros, gritou : – O quê?
Deu um pulo no chão, agarrou o cara por trás, deu-lhe uma gravata tipo sossega leão, chamou-o de cego, xingou a mãe dele de tudo, dizendo que o mataria.
O cara ficou sem ação, pediu desculpas e o caso ficou por isso mesmo.

Tohmé
Tohmé
17 anos atrás

Caceta, Joaquim.
Essa foi demais.

carretera
carretera
17 anos atrás

A quem procura saber do paradeiro do Carcará, eis aí sua primeira encarnação, com motor Ford Y-block 292 (272?) , 4 Weber 48 IDA e câmbio de DKW

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Rapazes, atentem para as “instalações” dos boxes: divisão por uma corrente e a cobertura uma simples lona jogada por cima de uma armação de ripas.
O sistema de reabastecimento contava somente com tambores de 200 litros, galões e o imprescindível funil.
Ao fundo, um jovial Bob Sharp aguarda o momento de largar. Ao lado, aparecendo só um pedacinho da traseira da Berlineta Interlagos do piloto brasiliense Paulo César Lopes, equipada com motor Corcel Bino de 1440 cc e 90 HP.
A moça, lamento mas não lembro o nome, endereço ou telefone…

Romeu
Romeu
17 anos atrás

Uau! Mestre Joa tinha cabelo!!!
Essa foto é um documento histórico, pelo Autódromo, pelo carro, pela famosa prova, pela época dura, pelas pessoas citadas, e pela presença importante da “nossa” testemunha ocular da história.
E tambem sou obrigado a acreditar que esse #96 tem “alguma coisa”…

jovino
jovino
17 anos atrás

Joaquim,

Um dia destes falei para o meu irmão Marcio que mora em São Paulo que já o conhecia a muito tempo, pois, com certeza, já nos cruzamos pelos boxes das provas dos mil quilômetros de Brasília e me lembro bem de ter passado por lá neste dia e fiquei abobalhado olhando para esta máquina por algum tempo, como fazia nos dias de treinos. Lembro-me que nesta prova de 70 um amigo do meu irmão preparou um Ford 29 para correr uma prova extra que teria, mas foi cancelada em função da chuva e da desorganização que houve.

Jovino

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Bom, muito bom Mestre Joa.
Perfeito para aqueles com menos de 40 Campeonatos Mundiais de F1 saberem que:
– Existiram máquinas fotográficas com filme em película.
– Mestre Joa já teve cabelo, assim como 16 aninhos.
– Esse #96 é cabalístico mesmo. Estava escrito nas estrelas.

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Êpa, êpa, ôba ôba…
Deixa eu explicar primeiro, antes quem me acusem de tola vaidade.
Esta foto me foi enviada muito gentilmente, a meu pedido esclareça-se, pelo blogueiro e pesquisador Ricardo Cunha para ilustrar uma pesquisa que estou realizando sobre automobilismo brasileiro. Ao me reconhecer retratado, mandei para o FG meio a título de gozação por causa do #96, não esperava a veiculação aqui no blog. Mas já que está aí, vamos falar do carro e da corrida que eram muito mais interessantes do que a minha simplória figura.