Le Mans, 1967
SÃO PAULO (mais um mordido pela mosca) – Cortesia de Nelson Biagio Jr. que, tenho certeza, todos vão curtir. Um vídeo sobre as 24 Horas de Le Mans de 1967, vitória de Dan Gurney e A.J. Foyt. Imagens raras, entre elas a da largada no estilo… Le Mans, evidentemente.
Me digam: esses caras largavam sem fechar o cinto de segurança?
ibsen, obrigado . os números de chassis são esses mesmos.
Os Mirage foram tres. O M10001 continua Mirage até hoje. O M10002 viroe GT40 1074 e o M10003 virou o GT40 1075 que ganhou Le Mans em 1968 e 1969. O GT40 1083 era o carro do Sydney Cardoso (Colégio Arte e Instrução – RJ) e depois vendido a equipe Grecco. Vendido aos Fittipaldi e depois vendido para os USA. Está reformado, lindo de morrer. Veja mais http://www.racingicons.com/gt/1083.htm
Venho aqui agradecer de antemão ao joaquim o envio das fotos…umas curiosidades do projeto do GT40…é que sempre foi prevista uma versão de rua…por isso em parte os monocoques eram em aço…e o Eric Broadley queria em alumínio…e nessas brigas de preferências e outras coisas…ele acabou saindo do projeto…
Bem lembrado Vitão , a Brabham é a BT39 , mas vc sabe se esse carro andava bem , tenho uma foto dele parado.Dizem que era uma adaptação do BT38 de F2, sei não!
Bem lembrado Armando. Antes que a gente vire posseiro do blog, ou crie o MSB (movimento do sem blog) , vale lembrar que várias desistências do P-68 foram causadas por problemas de cambio e eixos, provavelmente devido às caracteristicas do Cosworth DFV, que não tinha torque em baixa rotaçào, e derrepente despejava toda a potencia a partir dos 9.000 giros. Esta caracterisitca foi amansada do início dos anos 70, quando os Mirage da gulf correram, e foi um dos motivos que levou a Ford a apoiar inicialmente o motor Weslake V-12. Mas ai o sr. Weslake, em busca do mercado da F-1 fez um teste com a Brabham e desafiou a Ford e a sua queridinha , a Cosworth. O contrato foi encerrado e a briga a cabou nos tribunais. Se alguém quiser mais detalhe eu conto depois, pro post não ficar enorme.
Outro problema crônico do P-68 era o conjunto da transmissão. Apresentou inúmeras quebras desse conjunto.
De nada Jonny’o (+) , se quiser saber o part-numer da ribembela da parafuseta que acopla a piscina da grampola a gente te responde ! abraços. até dia 30.
‘Maravilha Vitão!
Esse P68 foi lindo mesmo ,da pra achar bastante fotos na internet ,mas a historia do carro é dificil.
Valeu!
Pro Johnny ‘o (+)
1- O p68 não tem nada a ver com o GT-40, tanto que usava motor de Coswoth 3 L; ele fo ifeito no regulamento dos prototipos, pelo Mann , mas depois a FISA mudou o limite de 3 para 5 litros (917 e 512 dizem alguma coisa pra você ?) e acabou com os planos da Ford. O carro era muito bonito, mas tinha um problema de instabilidade direcional por causa da aerdinamica; o carro pregava a frente e soltava a traseira. Tenho um material do P-68 que vou descarregar no GPTOTAL, se conseguir fazer a traduçào no fim de semana.
– Os mirage eram construídos pelo John Wyer , e tinham modifiacação no teto, fazendo ele ser mais estreito. Alguns mirages sofreram retrofit – chassis 1.083 e 1.084, sendo que o 1.084 ganhou Le Mans em 68 e 69.
Vou pedir poro Panda levar o livro em Interlagos , e mai ulagum material que tenho do GT-40 pra te mostrar.
Gomes, diz aí : TINHA CINTO DE SEGURANÇA ????
Que é lindo, ah…isso é….
O maravilhoso Ford P68 é uma evolução do GT40 ou não tem nada a ver?
O mirage MK I é uma copia do GT40 ou um GT40 modificado?
Bom, esse GT-40 MK.IV foi a realização do sonho do Henry Ford, que queria derrotar as Ferraris a qualquer custo.
A história da compra de Ferrari pela Ford é interessante. Por telefone, Ford já havia fechado negócio com o Comendador, e foi até a Itália para assinar a papelada. Acontece que o Enzo já vinha negociando com a Fiat, e acertou a venda de parte da Ferrari com a montadora italiana (por isso não concordo quando falam que a Ferrari é independente. Hoje ela é 100% Fiat).
Ford e Ferrari conbinaram um encontro em um restaurante, e depois de esperar por aproximadamente 1 hora, chegou um mensageiro da Ferrari e entregou um bilhete a Ford, que dizia “a Ferrari continua sendo italiana”. Ford, claro, ficou furioso e decidiu, alí, derrotar a Ferrari onde ela mais se destacava. Nas pistas.
O GT-40 só começou a funcionar direito depois que Carrol Shelby assumiu o programa, e promoveu diversas modificações no projeto original. Apesar de já ter vencido em Le Mans em 1966, promovendo uma verdadeira humilhação à Ferrari ao fazer 1-2-3 e com a chegada clássica, os três carros chegando juntos, Ford ainda não estava satisfeito, pois os GT-40 eram construídos na Inglaterra. Aí nasceu o GT-40 Mk.IV, com motor de 7 litros e totalmente construído nos EUA.
Nessa corrida, o MK.IV Nº 1 era destinado a quebrar, na tentativa de forçar a quebra das Ferraris. Como não quebrou, nessa prova a Ford bateu todos os recordes. E como era pilotado por uma dupla americana, Dan Gurney e AJ Foyt, Ford conseguiu finalmente realizar seu objetivo. Uma vitória totalmente americana contra as Ferraris.
A ironia maior é que o carro que estava destinado a ganhar teve um problema, soltou o capô do motor e o carro teve que dar uma volta inteira andando bem devagar, para chegar nos boxes e sofrer os reparos necessários. Depois de ter o capô remendado com fitas, voltou para a prova e a concluiu na quinta posição.
Depois dessa corrida, a FIA modificou o regulamento, proibindo os motores de 7 litros que equipavam o MK.IV. Dizem as más línguas que foi o único jeito para se livrarem daquele incômodo ianque.
Abraços, e desculpem o tamanho do texto.
Com o fracasso da negociaçào da Ferrari, a Frod comprou os desenhos da Lola Mark-6 e contratou o Eric Brodley, que depois de um ano nos USA vlotou para a Inglaterra, diszendo-se isatisfeito com a burocracia dorporativa. Na primeira semana ele foi apresentado a um calhamaço de mais de 500 p-aginas, com o programa e orçamento de Le Mans. Estavam previstas até as paradas para trocas de pastilhas de freio, antes mesmo do carro rodar na pista! Tem dezenas de histórias do carro, como o limpador de parabrisa do helicoptero Bell, do gurney amarando um engenheiro na marra para mostrar que a frente do carro levantava em Mulsanne (e o carro voltando para o box, o engenheiro com a cabeça pra fora da porta gritando todo borrado :ela levanta, ela levanta). Tenho um livro com toda a história do GT-40, J, MArk II, III, IV, que esta emprestado pro Panda. Fui comprar na casa do autor, o Kimberley que correu com o Emerson na F-3; a esposa dele era uma iraniana lindissima, com olhos verdes maravilhosos) . A lola mk6 teve uma história interessante, ela foi vendida a uma equipe americana, que trocou o motor Ford por Chevrolet, e correu até o final da década de 60. Esse carro foi recuperado e voltou para a Inglaterra. O Motor 427 era muito potente mas tinha uma ressonancia harmonica que forçava algumas bielas a buscarem o ar fresco do lado de fora do bloco (buraco maior só em Hiroshima, e tão feio quanto). Dia 30 a gente se fala mais. Histórias, histórias,
Vale lembrar que Eric Broadley quando projetou o Ford GT já tinha Um carro de sucesso na categoria, A Lola GT, se repararmos bem as portas do Ford GT são iguais as da Lola GT , até o recorte que avança pelo teto, e o design de carroceria é parecido.
Ao 1GT,
Entra em contato comigo via email que te mando as fotos do Ford J. Abs.
A vitória de 6 milhões de doletas…com o dono olhando o boi engordar..quem deu a largada foi o próprio Henry Ford II…foi um massacre pra Ferrari…q creio eu devolveu essa derrota ganhando em Sebring em 68 se não me engano…dos GT40 o mais obscuro é o carro J….com grande motor 7 litros da linha galaxie, com mais de 450cv, câmbio automático de 3 marchas pra aproveitar o toruqe monstruoso…construção do chassi em alumínio de aviação, aerodinâmica mais apurada…mas que infelizmente vitimou seu piloto durante os testes…tão obscuro que raramente acho fotos desse modelo…quem souber, jogue o link aqui que agradeço!
Jacky Ickx dizia q que era um carro pesado mas confiável…um grande carro com certeza…um dia monto uma réplica…
Caros amigos, boa noite.
Como é bom falar desses tempos e não de F1 atual.
O Jonny, Mefistófeles e Joaquim já mataram a cobra e mostraram o páu ( credo, vixe Maria ) apenas quero acrescentar como curiosidade, que nos dois primeiros anos a Ford correu com o motor 289 equipado com quadrijet, praticamente o mesmo motor do Mustang de rua, apenas com o comando mais bravo, apostando mais na resistência do que na potência.
Como não deu resultado, passaram então a usar motores maiores, mais bravos e carburados com os Webers e depois com a injeção direta, creio que a Lucas.
Não custa lembrar aos mais jovens que existe um filme de nome “24 Horas de Le Mans” onde se tem uma real visão daqueles tempos.
Comprem e guardem na DVDteca com o maior carinho, é histórico e antológico.
Seguramente já o assisti mais de 100 vezes e não enjoei.
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Eta matuzada boa!
Cheguei em casa à noite,abri o blog e vi a pergunta sobre o cinto,pensei esta eu sei!Qual o quê?Um monte de senhores com conhecimento vasto da história do esporte,está sempre de plantão e já mataram a pau!Acho que preciso de um laptop com wireless!
Abraços matuzas….
Segundo consta a lenda e tem ate esta passagem no filme feito sobre a Ferrari e seu fundador o Comendadori não queria vender a marca e sim fazer uma parceira com a Ford, mas quando viu o valor que poderia gastar para correr achou ridiculo e desistiu. Ainda bem pois se não hoje teriamos o motor Cosworth na Ferrari.
Jonni ´O,
No incio dos 60 (62 ou 63, por aí) a Ford tentou de todas as formas comprar a Ferrari, no que foi vetada pelo Commendatore Enzo Ferrari, Não satisfeita, encomendou a Eric Broadley, depois projetista e dono da Lola) a criação de um carro para disputar o Mundial de esporte protótipo e derrotar as Ferrari. Broadley sairia logo depois do projeto, pois considerava o carro “um projeto de comitê”, devido às constantes intervenções do staff da Ford. Daí em 63 criaria a Lola e o famoso T-70 Mark I. Começaria então a saga dos Mark I, II, Ford J, Mark IV e finalmente GT-40, que dominaria a cena em 68 e 69 devido à limitação dos motores a 5 litros por parte da FIA em 68, jogando para escanteio os monstros de 7 litros dos Ford J. Em 70, a cena se reverteria para os Porsches 917 e Ferrari 512, com as Lola T-70 somente de coadjuvantes. Desculpe ter me alongado, mas como diz o LucPeq, este é o “estilo Joaquim” de contar. Abs.
Aqui no Brasil, quando as largadas tipo Le Mans já estavam proibidas lá fora, nas Mil Milhas o piloto ficava dentro do carro afivelado, e o co-piloto corria e ligava a chave geral do carro que ficava na frente, junto a coluna e o parabrisas, e o piloto então dava partida e largava.
Algum tempo depois foram proibidas aqui tambem…
Não sabia desse detalhe Mefistófeles , a Ford colocou muita grana pra acabar com a Ferrari né!
Oi Jonny!!!
He, he,
Deixa comigo. Já tenho um em andamento: O 917 da Motoradio que o Wilsinho
Fittipaldi venceu a ultima Copa Brasil.
Logo logo ele estará pronto.
um abraçao!!!
Ricardo
Perfeito Ricardo bifulco,
Agora a gente fica esperando um 917 autorama seu!
Na corrida de 1967o AJ Foyt e Dan Gurney guiaram o carro Boi de Piranha, ou seja, andar com o pé no porão para forçar a quebra das Ferraris 330P , impondo ritmo alucinante, para elas quebrarem e os os outros Ford vencerem. Só que o carro resistiu . venceu e estabeleceu um Record de distância percorrida na prova que levou mais de 15 anos para ser batido
Oi Johny!!!!! Tudo bem?
Se me permitem um pequeno acrescimo, até 1969 a largada era da maneira como postei anteriormente. Já em 1970 os pilotos permaneciam dentro dos carros(como pode ser visto no filme Le Mans). A partir de 1971 a largada passou a ser lançada , a qual permanece nesta configuracao até hoje.
A porsche em 1969 vendeu à equipe John Woolfe Racing um modelo 917 no qual este mesmo piloto acabou encontrando a morte. Inclusive depois deste acidente, surgiram protestos que este modelo era muito inseguro e perigoso na mao de pilotos inexperientes(o que era verdade).
O apelidos do carro? “widow maker” e “The ulcer”, este ultimo se nao me engano, criado pelo Kurt Arhens.
Espero ter ajudado
um abraço!!
ricardo
Ao Ricardo Bifulco e Mefistófeles ,
Em 69 a Porsche fez 25 carros 917,porque o regulamento exigia esta quantidade para carros acima de 3 litros, o que deve estar fazendo confusão é o fato de em 1970 o 917 usava uma traseira estilo cauda de piano(nos Gulf).
Em épocas passadas, antes da paranóia de segurança que tomou conta do automobilismo após a morte do Senna, aconteciam essas coisas.
Ratificando, o acidente na primeira volta foi com Porsche 956 privado
Porsche 917 iniciou o reinado Porsche em Le Mans em 1970, Porsches 917 Privados demoraram alguns anos para aparecer
…
porquê não colocarmos um GT40 para dusputar a SuperClassic?
Abrass,
http://www.papelgrafite.zip.net
Largavam sem afivelar o cinto, até ter acidente fatal na 1a volta com Porsche 917 privado, creio que nos idos de 1982. Após isso, o Piloto ficava sentado no carro afivelado, o Co-Piloto corria até o carro e retirava etiqueta adesiva do carro e mostrava para os Fiscais. Muito tempo depois foi adotada a largada lançada
Oi pessoal!!!
Oi Flavio: Sim!!! varios pilotos costumavam largar sem afivelar o cinto para “nao perder tempo”. Para citar 2 casos, vamos a edicao de 1969. Jacky Ickx em protesto justamente a este tipo de largada, ao sinal, ao inves de correr em direcao ao seu carro, andou calmamente, entrou no carro, AFIVELOU O CINTO e..claro,, saiu em ultimo, quando os outros carros já estavam muito longe. Como é conhecido, ele ganhou a corrida mantendo a menor diferenca para o segundo colocado na historia de Le Mans. Posteriormente ele disse que se soubesse o que iria acontecer durante a corrida e o duelo final com o Porsche 908 do Hermann, teria largado sem afivelar o cinto…
Agora vamos ao outro caso na mesma corrida de 1969: O piloto independente John Wolfe largou em um dos modelos recem lancados do porsche 917, praticamente ingovernavel naquela primeira configuracao e o que consta na epoca é que ele nao afivelou o cinto. Nao lembro se foi na primeira volta mas ele sofreu um gravissimo acidente e o seu 917 explodiu. Bem, nao sei se ele estivesse com o cinto se teria ajudado, mas a lenda é verdadeira.
um abraço,
Ricardo
Patrão, se um dia (aquele dia!) o Déka chegar na frente vai faltar capô pra todo mundo!!!
Porque a ESPN Brasil não transmite a superclassic? Pra quem mora fora de São Paulo seria uma boa.
Acho que sou saudosista demais, pois como eram lindos estes carros e apesar de toda a tecnologia de hoje, não se conseguem fazer máquinas tão maiúsculas e com cara de carros de corridas como estes. Dá para compreender como eles são venerados e cultuados por tanta gente apaixonada pelo automobilismo daquela época.
Os pilotos quase todos de branco, pareciam uniformes, sem propagandas e a largadas estilo Le mans, era sensacional.
Vou rever as 24 horas de Le mans.
Jovino
Demais este video!Que belos duelos foram estes Ferrari x Ford !
Este ano de 67 a ford estreiava o Gt40 Mark IV , que já é bem diferente do Mark I que até hoje é facilmente conhecido ,por causa de seu desenho inconfundível , mas este de 67 já tinha aquele jeitão de prototipo de corrida.Na verdade a ford desenvolveu esta versão as presas depois que viu o desempenho da Ferrari 330P4.
Em 68 ganhou o Mark I da equipe Gulf ,mas a ford já não estava oficialmente no programa.
Legal do vídeo é ver esses pilotos que muitas vezes só conhecemos de ouvir falar, como Andretti, Dan Gurney, A. J. Foyt… E ver que os americanos já tiveram uma época áurea na Europa, como nessa corrida all american winning…
Voces na Superclassic podiam algum dia experimentar largar no estilo Le Mans, Flávio, só para ver no que dava! Ia ser o maior legal. Se bem que tem uns velhos na categoria que se tiverem que atravessar a pista correndo vão chegar no carro com a língua chegando no joelho…