Comendatore 2 x 0 Gomes

SÃO PAULO (faxina dá trabalho…) – Senhoras e senhores, o Comendatore acelera. Foi a conclusão a que cheguei depois de duas corridas, ontem em Itu.

Claro que ele vai escrever muito mais, afinal a história é a história dos vencedores.

Mas resumo nosso domingão de Itu, na Fórmula Speed.

Classificação, Comendatore na minha frente, absurdos 0s7. Ele em 11º no grid, eu em 12º, apenas mais um atrás da dupla. Viramos na casa de 57s baixo (ele) e 57s alto (eu). A pole foi em 52s alto.

Largamos, passei Ceregatti na primeira volta. Não abri quase nada, errei uma marcha e ele me passou com o adesivo “Tchau Flavio” na traseira, algumas voltas depois. Eu tinha um “Adio Cerega”. Ambos ele que mandou fazer, claro.

Na perseguição implacável ao meu oponente de vastos cabelos brancos, rodei bisonhamente e abandonei no meio da corrida. Comendatore terminou em quinto na geral, resultado excepcional. Nossos melhores tempos ficaram na casa de 57s.

Segunda bateria, Ceregatti em quinto no grid, eu em penúltimo. Na segunda volta já estávamos de novo disputando posição. Aproveitei uma bobeada dele e passei, chegando a abrir um pouco. Aí a bendita terceira marcha do meu F-Speed passou a falhar. É a marcha mais importante de todas, a usada nas entradas de curvas. Cerega-san, com sua paciência oriental, chegou, passou e foi embora. Pouco depois meu motor travou. Comendatore terminou em sétimo. Fez tempos de volta ruins, 57s9 a melhor, mas correu sozinho depois que eu parei. Eu virei 56s6 nessa bateria uma volta antes de quebrar.

Ceregatti pós-corrida era pura alegria, mas demonstrava a serenidade dos que já venceram e perderam na vida. Felicidade por dentro, se me entendem. Mas ele que conte.

Aos créditos, como em fim de filme: Lucca Furquim, Thomaz, Eduardo Monis, Davi, Laert, Anderson, Fernando, todos os pilotos, todos os preparadores, todo o pessoal do kartódromo da Schincariol, como sempre exagerados até na generosidade e atenção.

E até a próxima!

Ah, fotos! Claro, já tem uma galeria completíssima no site do Rodrigo Ruiz.

Ah, de novo… Signore Comendatore, auguri. Ha guidato molto bene. Facciamo un’altra.

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Pablo
Pablo
17 anos atrás

O único problema de termos a novela do Ceregatti é que parece que ele cansa de escrever, e não vemos mais seus comentários em mais nenhum post do blog por tempos…

Aliás, o volume já está com 50 páginas, Comendador… Já tá começando a ficar caro de imprimir…

Rodrigo Aguiar Ruiz
Rodrigo Aguiar Ruiz
17 anos atrás

Ah.. pra quem não estava presente e não sabe, junto com a Fórmula Speed também tem corrida de moto, que é muito legal.

Coloquei algumas fotos na galeria junto com as fotos da F. Speed.

Speed Arosi
Speed Arosi
17 anos atrás

Caros amigos, não tenho o que falar, a não ser que estou curtindo o automobilismo mais puro, desde que me conheço por gente, não vejo a hora do proximo farnel
Parabéns Ceregatti e Flavito

Rodrigo Aguiar Ruiz
Rodrigo Aguiar Ruiz
17 anos atrás

PS: Cerega, não sei se vc reparou, mas sabe qual a foto mais vista na galeria do meu site?
Dá uma olhada lá.. é só clicar em Mais Visualizadas…

Rodrigo Aguiar Ruiz
Rodrigo Aguiar Ruiz
17 anos atrás

MARAVILHOSO!!!!!

Acho que nós, pobres mortais da escrita e humildes leitores podemos dizer sobre sobre suas palavras.

Você é uma das poucas pessoas que tive o enorme prazer de conhecer que está sempre pra cima, exalando felicidade e passando isso pras pessoas que estão ao seu lado.

Além de um excelente amigo, excelente construtor de pontes, excelente contador de histórias, descobri neste final de semana que tb é um excelente piloto!!!

Valeu Cerega!!

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 20:

Passando a régua.

Ontem foi demais da conta, o aniversário da minha mãe. Todos lá, meu pai, minhas duas irmãs, meus 3 sobrinhos, namoradas, vizinhos antigos, cunhados, a cachorra…
Quase ninguem sabia dessas minhas travessuras, e a Dona Antonia alucinou. Mais do que quando andava de moto comigo.
Ao contrário da Vera, minha mulher que sempre teve medo, ela nunca teve o menor receio.
Por dois motivos:
O primeiro é que não tem a mínima noção do perigo.
O segundo é porque sempre me achou o melhor piloto do mundo… E o melhor filho, o mais inteligente, o mais lindo, o mais qualquer coisa que aparecesse…
Nem posso levá-la a um evento desses. Garanto que vai se comportar como uma mãe e fã tão desesperada que fará concorrencia até para a Luisa, filha do Lucca e sua maior fã (Essa menina ficava pelos boxes provocando todo mundo, sabiam? Rogou mais de uma praga para mais de um piloto, eu vi…).
De volta para o mundo real, uns detalhes que deixei passar:

– Na segunda bateria o Carlos Torres, do FS #46 produziu um milagre: Virou sua melhor volta em absurdos 52.220 na décima-quinta volta. Terminou em segundo lugar, mas não tenho a mínima idéia de como fez isso. Fantástico.

– Essa segunda bateria teve uma luta pela ponta de cinema. Quando me colocaram uma volta (por pouco não foram duas) vi a tocada dos tres ponteiros. Não dá para descrever o gás que eles vinham, como estavam juntos, como passaram rápido. Tanto é que apenas os tres primeiros terminaram na mesma volta.

– Mais uma coincidencia: O Glaucio Doretto, do FS #89 é do ABC, e já o conhecia de vista. Outra figuraça, assim como a turma da sua equipe. Acho que somos os mais pesados.

– O Preparador Roda é um cara com quem tive uma empatia instantânea. Tremenda história de vida, teve empresa metalúrgica e ferramentaria no passado, e trabalha com seus filhos – coisa maravilhosa e excepcional.
Um poço de experiencia, luz e conhecimento. Grande motociclista, já viajou esse mundão todo.

– O Carlos Torres, o Laert e outros que ainda não foram na SuperClassic babaram com o que descrevemos à eles.
Ambos sérios candidatos a montar dois Mavericks para andarmos juntos na futura Divisão 4 da categoria… na próxima estarão lá.

– Novamente vi, junto com o Flavio e o Rodrigo aquela cena estupenda nos boxes: O Eduardo Monis e seu filho Fernando trabalhando juntos entre a primeira e a segunda baterias. Trabalho, amizade, cumplicidade, parceria.
Lindo de ver. Tão fácil e bonito, mas muito raro.

– Não sei o que o Lucca definiu junto da turma da Motores Modernos, que fez toda a gravação para o próximo DVD.
O que sei é que zuei muito o Flavio no meu depoimento. Ouvi dizer que quem assistiu o dele achou até que fui bonzinho…
Achei demais da conta uma entrevista coletiva com os tres primeiros colocados. Pena que não ouvi o que disseram, estava completamente surdo. E tonto com tudo que aconteceu.

– o Zocca, aquele irresponsável que cometeu a atrocidade de me emprestar seu carro para minha primeira experiencia na prova passada estava lá e não correu. Não sei como ele e o Monis-Pai aguentam… Se pudesse, varava a noite acelerando um FS sem parar… Não sei porque, mas gosto muito de incursões noturnas e secretas… Quando é a próxima lua cheia?

– Tem um menino de 12 anos que corre de moto, e ouvi nos falantes que ele fez um quinto lugar no Campeonato Espanhol… Encontrei-o na lanchonete no sábado à noite… Conversei um pouco com ele. Me disse que gosta de moto, mas prefere kart… Ainda bem que é bem pequeno ainda… Mas quando tiver altura, acho que o bicho vai pegar…

– Nesse mesmo dia, encontrei na lanchonete o Luca Bassani, fotógrafo profissional de corridas, mais o seu irmão chefe da Equipe bassani Racing e o Luis, que corre de Stock Car na equipe… Adivinhem o que poderá acontecer…

– O Tide Dalécio e o Alfredo Guaraná Menezes estão ansiosos para testar… Falei com os dois ontem, lá na Auto Run de Santo André…

– No time feminino, em breve a Valeria Zoppello vai experimentar tambem. Quero trazer a Camilla Giordano Napolitano, irmã do Marcello (Cara do prost com o nariz do Massa) para a categoria… Uma ala feminina não seria nada má no meio daquele bando de machos cascateiros…

– No último farnel, o Fabio Sotto mayor tambem manifestou interesse… Já pensaram?

– Faltou o Spagnolo conosco. Essa figuraça ia ficar uma graça num FS Roxo-Berinjela cara-crachá-cara-crachá-cara-crachá… Com o espírito divertido que tem e seu corpinho, poderia entrar na categoria Extra GG comigo e com o Glaucio Doretto…

– Mal conversei com o Thomaz, preparador do Flavio e da turma da Westcores. Estava muito ocupado, e seus pilotos venceram brillhantemente…

– Pena que no fim da festa só estávamos eu, o Petrus, o Rodrigo, o Torres, o Lucca e o Laert vendo as milhares de fotos que o Rodrigo tirou.
Quem não estava lá perdeu as brincadeiras entre o Lucca e o laert sobre pintar um certo alvo no lugar do número 27 do Laert… As marcas de pneus na carenagem ficaram perfeitas…

– Por fim, muitíssimo obrigado a todos. Todos de lá, todos de cá e todos que leram. Novamente fico emocionado com suas palavras, Flavio.
Eu, que falo e escrevo pelos cotovelos (o direito machucado pelo cabeçote) nem tenho o que dizer. Melhor assim.
Prefiro ficar mudo e reviver cada emoção sentida nesse maravilhoso fim de semana.

Até o próximo !!! Luz e Paz.

Guilherme Decanini
Guilherme Decanini
17 anos atrás

Meus amigos,

E EU AQUI DE LONGE, VENDO AS FOTOS E LENDO OS TEXTOS DO CEREGATTI……SÓ FALTA ME ATIRAR DA JANELA!!!!!

Fiquei muito contente por todos Vocês e torcendo pelo pronto reestabelecimento do Campello. Ainda não sei dos detalhes do acidente mas sei que tudo está indo bem.

Saudades de Todos!!

Único alívio, ontem sentei no Monte Carlos Nascar “boneco” da equipe do Jack Daniels (O Whisky) na Fábrica de Nashville!!! Inveja!!!!!

O cara teve que tirar de dentro quase a tapas….rs.r.s.r.s.

Edison Guerra
Edison Guerra
17 anos atrás

Grande Cerega!!!
Parabéns pela narrativa exemplar.Nunca pilotei nada na vida,mas estou pasmo com o detalhamento do que ocorreu neste domingo.A sua felicidade em contar sua experiência,fez-me voltar até a prova dos 500 KM de Interlagos,quando peguei carona contigo no Celtinha 41,vindo do parque fechado até ao estacionamento e pude ver o quanto vc estava entusiasmado e depois relatou no blog.Continue assim,um menino de cabelos brancos com extrema alegria de viver e compartilhar com seus amigos.
Abraços também à sua amada mãe no dia de hoje.

Petrus Portilho
Petrus Portilho
17 anos atrás

E seu Ceregatti!!!Que beleza, espero que ter contato com você o resto da minha vida, você é um cara e tanto, cheio de vida e alegria sabe nos contagiar e passar para o papel, ou tela, essas alegrias, feliz sua mãe de ter um filho assim. Abração

Laert FS 27
Laert FS 27
17 anos atrás

CC. vc é um poeta com P maiúsculo. Lendo todos os capitulos abaixo, nem precisa ir para Itu, vc consegue traduzir tudo certinho tim tim por tim tim ,,,, e quem correu lá sabe o que estou dizendo, as vezes a gente quer falar para os outros como é lá, mas num sai nada mais que …é legal, que é emocionante, mas traduzir como vc faz…isso é coisa para 1º lugar no pódium.. parabéns por esse dom que vc tem… abraços . Laert

Gomes
Gomes
17 anos atrás

Aplausos ao nosso mestre. CC neste fim de semana me ensinou muito. Pode nem saber, mas dirigi 100 km de volta naquele domingo sereno e tranquilo absorvendo suas lições, de vida e pilotagem. Em doses iguais.
Boa, CC!

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 19:

Podium.
Disseram que foi por pouco, com um quinto e um sétimo…
Mas o regulamento tem um critério de desempate que considera a posição de largada da Superpole.
Desta forma, não fui pro podium.
Mas quem quer saber de podium?
Eu não, que só quero ser feliz, certo?
Errado.
Todo mundo quer, inclusive eu. Agora que acabou e vejo o podium sendo montado, o narrador, os cameras para a entrevista coletiva dos tres primeiros, os fotógrafos, os mecas, as famílias, os amigos…Pensei comigo se ficaria bem nas fotos…
Aí ofereço os charutos que trouxe para o Flavio. Um baiano e um outro dominicano.
Trouxe especialmente para esse momento, pra depois da festa que sabia que todo o grid faria com o “Tchau Flavio” e o “Adio Cerega”.
Pois não é que o FG não gosta de charutos?
Fui obrigado a fumar os dois, que pena…
Aí o narrador me chama. Quem, eu?
E recebo da organização uma enorme garrafa de 5 litros, com a logomarca “Formula Speed”…
Nem ouvi direito o motivo, melhor estreante, talvez.
Num acreditei…
Recebi com o maior prazer, pois era o símbolo de um fim de semana perfeito, que superou em muito os meus sonhos mais desvairados – e olha que sonho alto…
Assim como escrevi nos 500 Km de Interlagos, os troféus pertencem às mães.
Pediram para eu abrir, mas não o fiz.
Mesmo se tivesse lá no Podium, não abriria.
Minha mãe faz aniversário hoje, 19 de Setembro de 2006.
Nasceu em 1930, 76 anos hoje. Daqui a pouco vou pra casa dela, ela nem imagina o que rolou, vai ser uma surpresa daquelas…
É o meu presente de aniversário para ela.
Meu segundo troféu: A garrafa de champagne que ganhei na minha primeira prova de Formula Speed.
Abriremos juntos daqui a pouco, e toda a minha família vai beber.
A garrafa vazia ficará ao lado do troféu do terceiro lugar na prova de regularidade dos 500 Km de Interlagos, lá na estante da sala dela.
Dia perfeito, presente perfeito.
Já tô vendo a cara do meu cunhado…
E a alegria da minha mãe…

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 18:

Fim da festa, agora começa a cascata de novo. O Roda me chama, estão vendo o encosto do meu pedal do acelerador.
Não tem marca nenhuma do braço do pedal no encosto. Como pode ter prendido, então?
Seria o cabo, ou então a folga do olhal do encosto?
Não dá para saber, mas aprendemos mais lições… E está bom até demais, se não tivesse molhado no sábado pela manhã, teria testado mais e o problema se apresentaria… Ou não.
O fato é que a Formula Speed é um microcosmo perfeito de um fim de semana de corrida. Tudo o que ocorre pelo mundo, se reproduz aqui.
Exatamente igual. Assim como os sucessos, os fracassos, as alegrias, as tristezas, as decepções, as dúvidas.
É carro de corrida, e como todos proporciona todas essas emoções, toda essa mistura de sentimentos.
Os carros quebram porque são feitos no limite, os pilotos erram porque aceleram no limite, as emoções boas e ruins são extremas, porque são o limite.
Um fim de semana de corrida é sempre uma festa, e só há um vencedor – apenas um.
Embora o conceito de “vencer” seja subjetivo. No meu caso, venci a mim mesmo.
Tinha receio do cansaço, mas não é kart que mata o piloto. É um carro de corrida, sob medida e dócil – porém violento, até mesmo estúpido para quem pensa que é fácil.
Descobri esse fim de semana que a Formula Speed é muito mais do que havia visto e sentido quando do primeiro contato.
Agora vivi um fim de semana completo, e não experimentei apenas.
Todo mundo amigo, clima excelente de camaradagem, união e companheirismo. Perfeito.
Mas quando baixa a bandeira… Considero-me ainda mais felizardo por isso mesmo.
É competitiva, muito mais do que imaginava.
É rápida e proporciona sensações de um F1… E pilotar F1 é para quem sabe, não apenas para quem quer.
É acessível, mas não perdoa erros.
É gostosa, mas pode doer.
Sugiro aos apaixonados fazerem uma experiencia, um test-drive.
E aconselho a não tomar nenhuma decisão emocional, logo após um teste. Quando a gente senta a primeira vez, quase enlouquece. Fica-se tonto de tesão, o sorriso não sai da cara, as mãos não param de tremer.
Melhor amadurecer a experiencia por alguns dias, até os neuronios restabelecerem as suas ligações, até o ouvido parar de zunir, até os sonhos com as voltas que deu passarem.
Só depois andar de novo, e decidir com a razão.
Não tem jeito, quem senta nesse carro alucina. Andando sozinho.
Imaginem participar de uma prova, que reproduz tudo aquilo que sempre vemos na TV por anos e anos.
É demais da conta, fantástico.

Lucca Furquim
Lucca Furquim
17 anos atrás

Nossa quanta espectativa para o próximo capitulo do livro FS#41!!!!! Acredito que chegaremos até o vigéssimo, afinal, temos pódium, coletiva de imprensa, despedida e retorno ao mundo real!!!!
Amigo Ceregatti, suas palavras com requintes reais do mundo da FS, estão nos impressionando e aí reside o fato dos blogueiros estarem sumidos!!!!!!! Estamos todos maravilhados!!!!!! Isso é automobilismo como antigamente!!!! Alguém discorda?

Laert FS 27
Laert FS 27
17 anos atrás

…o ceregatti ja escreveu tanto sobre a formula speed que está repetindo o nº dos capitulos… vamos editar um livro ( que aliás é um escritor de mão cheia ) onde se ve 16 leia-se 17 … abraços

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 16:

Fim de prova, todos suados, felizes, cansados, satisfeitos.
Só ali sei da outra quebra do Lucca Furquim, realmente não era o dia dele…
Mas assisti a cena mais linda do dia:
Entra a Luisa, fila dele. Linda menina sorridente.
Beija o pai, que está triste.
Faz um afago. Põe a bataclava dele.
O Lucca a coloca sobre os ombros.
Saem os dois, o pai triste e menina juntos da pesagem final.
O Rodrigo fotografou.
Só publicou uma foto, mas tem várias outras.
Nada mais caro, belo e tocante que essa relação de pais e seus rebentos.
Sou pai, sei bem.
Quebrou? Sim, mas… E daí?
Fica para a próxima.
Mas a cena, o calor, o afago mudo entre os dois diz tudo.
E as fotos, para a posteridade.
Quando ela crescer e se tornar mãe, viverá emoções iguais.
E o Lucca certamente carregará seus netos nos ombros.
Avós são pais com açucar…

Anderson Muniz
Anderson Muniz
17 anos atrás

Olá amigos da Fórmula Speed, a correria está maior do que na pista…por isso nem vi todas as mensagens ainda….mas de qualquer forma passo por aqui pra agradecer a presença de todos por me proporcionar mais um fds super divertido. Tive quebras e muitas falhas no meu fórmula mas mesmo assim não ofusca minha alegria. Parabéns aos estreantes Ralph e Kiko pela excelente corrida que fizeram, Ceregati pela presença, comentários, bom humor inigualável e ops pela corrida também, sem falar na íncrivel disputa com Mister Gomes…rs….que também teve quebras…mais q com certeza terá mais sorte nas próximas. Ao Laert pelas disputas de quem falhava mais no cutuvelo antes da reta principal hehehee, ao Luca por mais uma bela organização com direito a coletiva no final, ao Flavio Gomes pela simpatia de sempre..há pela foto bonita do Fórmula Vermelho no blog hehehehe…falando em foto um alo também pro Rodrigo Ruiz…bela fotos..novamente… Enfim….valewwww GALERAAAAAA. Um abraço a todos.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 16:

Segunda Bateria.
Deu uma bela clareada no grid. Só quatro carros na mina frente, tudo fera, tudo piloto e o novato por ali, fazendo número.
Nas fotos é lindo de ver, e de dentro então… Só sentando, mesmo.
Estava ainda mais frio do que na primeira bateria.
Sabia bem dos meus limites, sabia os tempos de volta, ia ficar para trás normal e naturalmente.
Largamos.
Quer dizer, eles largaram.
Parece que larguei mal para quem está de fora.
Nada disso. Vim calibrando o acelerador na curva que antecede a reta, saí até forte, pensei que ia queimar a largada.
É que o povo todo já tem experiencia… Só o bôbo aqui preocupou-se com essa besteira simples de queimar a largada…
Todo mundo queima, passaram todos, só senti a ventania, mal vi.
Muito rápido, rápido demais.
Na primeira volta, no meio da reta depois de apenas duas curvas já estava no meu lugar de direito: Entre os ultimos.
Nem esquentei… Antes da largada pensava em não estragar a corrida de ninguem, com as freadas muitos metros antes do lugar certo, e do meu traçado, conservador e comportado demais para o nível da turma da frente.
Continuei em meu ritmo, e fiz algumas curvas, principalmente a do final da reta mais por fora. Funcionava legal.
Aí, bem no início da prova, penso que aconteceu a mais bela sequencia do pega FG x CC.
De meio pro fim da reta, pelo som crescendo rápido à direita vem um carro. É ele, o FG.
Põe do lado, disputaremos a freada forte no fim da reta.
No meio da turbulencia no capacete, os dois carros juntos na tomada.
Lado a lado, ele por dentro e eu por fora, freamos quase juntos.
Ele está no traçado certo. Mesmo assim não alivio, e contorno a curva de 180 graus por fora lado a lado com ele. Por erros anteriores, vi que dava, e a turma da ponta fazia isso, então…
Não deu outra.
Lado a lado, o FG foi limpo (foi não, é limpo) e não escorregou pra cima de mim. Poderia ter perfeitamente deixado escapar e esfregar as carenagens…Estaria certo, mas segurou o carro para não bater de lado.
Mas não o fêz. Então saímos juntos, para a sequencia de esses em subida.
Na primeira perna eu por dentro, ele por fora.
Como a outra curva era para a esquerda, pendurei no freio, fiz a tangencia mais por dentro e contornei na frente, escapando naturalmente na saída.
Pois tomei um X por dentro, ele espetou quarta na curva, quinta na mina cara e cravou, comigo embutido na traseira dele.
Delicioso. Maraviloso. Alucinante.
Foi embora de mim de novo, estava muito mais rápido do que eu.
Aí meu acelerador começou a prender, e precisa tirar o pé para trocar de marcas, senão não entra.
Comecei a perder um tempo precioso, e para não detonar de vez, passei a tocar com mais suavidade.
De repente, no fim da reta vejo o FG de frente pra mim.
Era o motor travado que o tirou da corrida…
Daí em diante corri só, com os tempos de volta variando muito devido ao acelerador.
Só queria terminar a corrida, e consegui.
Sétimo colocado.
Seria oitavo caso o FG não tivesse quebrado.
E o placar seria FG 1 x CC 1.
Novamente a sorte do principiante.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 15:

Subo na torre, quero ver os tempos volta a volta. Normalmente sou bem constante, e estava curioso para saber quanto tinha virado, achava que tinha baixado mais de 1 segundo, mas foi apenas 0.382.
Sequencia de voltas:
V1-1:04.590
V2-57.120 *
V3-58.048
V4-59.355
V5-57.789
V6-57.610
V7-57.060 *
V8-57.329
V9-57.763
V10-58.237
V11-57.356
V12-58.257
V13-58.223
V14-1:00.662
V15-56.902 *
V16-57.468
V17-57.859
V18-56.783 **
V19-57.988
V20-57.151
Peguei o impresso e gostei do que vi. Andei numa faixa de tempo de 56 alto a 58 baixo segundos por volta, fora os erros normais.
Até me surpreendi. Pensei que aquela curva de pé embaixo ia fazer uma diferença imensa… E significou quase nada.
A conclusão é que não é aqui ou ali que vou andar rápido.
Sem dúvida é o conjunto da obra. A turma dos ponteiros tem uma tocada muito mais agressiva…
Mas não muito mais eficiente… A melhor volta da primeira bateria foi do Ralph Annicchino com 53.120, média de 83.814 Km/h.
Ou seja, enfiou 3.522 no meu melhor tempo…
De onde vou extrair tres segundos e meio?
Ocorre que ele terminou em oitavo, atrás de mim com apenas 18 voltas completadas.
Minha velocidada média do Alessandro Valenzin que venceu a prova foi de 82.306 Km/hora…
Se na classificação minha melhor volta foi na velocidade média de 78.090 Km/hora de onde vou tirar esses mais 4 km/hora? Afinal são 5% de diferença…
Estamos longe, bem longe ainda de andar sequer no grupo intermediário…

Rodrigo Aguiar Ruiz
Rodrigo Aguiar Ruiz
17 anos atrás

É impressionante o que o Ceregatti consegue tirar da cabeça. Só quem estava lá pra saber que tudo o que ele está relatando foi exatamente como aconteceu. Cada palavra, cada linha.. tudo certinho!!!!

Acho que aquela “manta branca” que ele tem deve ser algum tipo de memória especial ou um HD ultra potente, que grava toda e qualquer informação.. hehehehe

Parabéns Cerega. Como sempre, belíssimas palavras!!

E pelo que estou vendo, teremos a segunda parte de um outro duelo na próxima etapa…. Lucca x Laert
Só que dessa vez quero ver as carenagens chegando limpinhas e sem marcas!!!

Cesar Costa
Cesar Costa
17 anos atrás

A vida fica muito melhor qdo a gente corre atrás dos sonhos e consegue realizá-los. Qto mais demorado melhor, né?
Parabéns Comendador. Tenha certeza que grande parte dos matuzas e neo-matuzas atingiram orgasmos múltiplos com a sua descrição da prova. Melhor até que aquelas que o Emerson fazia na Quatro Rodas!

Cesar Costa
Cesar Costa
17 anos atrás

A vida fica muito melhor qdo a gente corre atrás dos sonhos e consegue realizá-los. Qto mais demorado melhor, né?
Parabéns Comendador. Tenha certeza que grande parte dos matuzas e neo-matuzas atingiram orgasmos múltiplos com a sua descrição da prova. Melhor até que aquelas que o Emerson fazia na Quatro Rodas!

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 14:

Intervalo entre a primeira e segunda baterias. Todos conversam, todo mundo tem algo a dizer.
O Lucca está bravo, ficou na mão depois de uma corridaça, e bem no final. Parecia motor, era o cambio.
Pedi para verificar de novo o suporte do cabo de acelerador, tinha dado umas enroscadas.
Muitos me cumprimentam, desço até os boxes da turma do Thomaz e do Monis. Queria falar com Flavio. O Lucca desce tambem. Sua filha Luisa veste seu capacete. O Patrick fotografa tudo.
FG nos conta o que houve. Explica que depois de rodar, parou numa posição ingrata. Sua corrida acabou num erro simples. É sempre assim, pequenos erros, grandes transtornos. Falamos novamente da tal curva, que agora ambos fazemos em quinta. Algo melhorou.
Alguem me diz que agora vou andar com as feras. Previ que esta posição não duraria nem uma volta. Durou ainda menos.
Todos que largavam atrás de mim eram naturalmente mais rápidos, e muito mais experientes.
Adiantei que nem sequer tentaria disputar posição, ou defender o que quer que fosse.
Não se trata de conformismo. É apenas lógica.
Até avisei e disse ao FG que com certeza iríamos nos encontrar de novo na pista, e ia ser bem legal de novo.
Combinamos nos divertir, e fizemos isso novamente.
Pena que durou pouco, devido à quebra do motor do FG…
Na segunda ele estava mais rápido, acho que seria 1 x 1…

Laert FS 27
Laert FS 27
17 anos atrás

..NÉ LUCCA. POIS É … mas toquinhos sempre acontecem em corridas…mas albarruamento …batida na roda trrazeira… batida no 1/3 final do kart e pensar que está dividindo igualmente a curva….. rsrsrsrsr são coisas ( A ) normal da formula speed. abraços Lucca. as fotos não mentem ….. até a festa. e ja sabe o sitio está a disposição para o q quizer. .

Lucca Furquim
Lucca Furquim
17 anos atrás

Amigos depois desses relatos do Ceregatti em doses homeopáticas que lavam a alma dos amantes da velocidade, informo-lhes que hoje em reunião com a Produtora Motores Velozes decidimos a linha para a edição das imagens gravadas neste domingo. Não vi tudo porque é coisa pra caramba…mas garanto-lhes que teremos grandes revelações…afinal foi uma corrida fantástica, com disputas em todas as curvas e alguns toques polêmicos né Laert…r.sr.s.rs.r…vamos marcar um farnel no estilo dos amigos da Super Classic e nos divertir com o DVDFS#2. Abraço a todos

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 13:

Primeira Bateria.
Os mecas cumprimentam todos. Tapas no capacete. Mais piadas.
Fecho os olhos e por dois minutos medito. O coração bate mais devagar. A paz chega e toma posse de mim.
Não penso nada, não espero nada, não desejo nada, não peço nada.
Só os ouvidos zunem.
Empurram a barata.
Primeira volta aquecendo pneu. Cheiro forte de óleo 2 Tempos. O grid se desmancha.
Segunda volta e a tensão que me cerca aparece. Aceleram. Freiam. Estão todos com o coração a mil.
O meu não. Bate mais forte, estou tranquilo.
Como se pilotasse moto no transito. Cuidado com os outros, sempre. Tá todo mundo junto.
Largou.
O Flavio passa como um raio. Só tem um atrás de mim. Melhor assim, eu esquento devagar. Livre de pressão, fico ainda melhor.
Primeira curva à direita. Rápida. Chega em quinta de cano cheio. Patada no freio. Duas pra baixo.
Cheiro de pneu queimado. Fumaça azul.
Descemos a reta. A traseira escorrega mais do que devia na curva de 180 graus. Pneu frio.
Poeira levanta. Menos um.
Começa a sequencia de curvas em descida, aquela de quarta levantando o pé…
Curva da vitória, primeira volta. Dá pra ler bem “Adio, Cerega” na traseira do Flavio. Mas está distante ainda.
Pneus começam a esquentar, prega mais. Pelo espelho não vejo o último. Tranquilo.
Aperto mais um pouco, na frente do Flavio tem um veterano cometendo pilhas de erros.
Passa da zebra, vai na terra, balança o carro. Está com o coração a mil, adrenalina a dez mil. Vai errar feio, deixo um espaço esperando a panca.
O Flavio está bem próximo dele, bem agressivo. Mete por dentro e vai embora.
Aperto o pé, nem estudo o que fazer. Ele erra a quinta no meio da reta. De repente sua traseira cresceu duma vez na minha frente.
Ponho do lado, ele sobe à minha esquerda.
Igualzinho aquelas freadas da F1 com a camera no carro. Uma errada de marcha, tchau. Rapidíssimo, quase instantaneo.
Um abraço. Afundo a freada no fim da reta, vou lá fora na saída e parto em busca do #96.
Na sequencia de esses pela primeira vez ouso espetar a quinta antes, o Flavio começa a crescer.
Me aproximo, embuto nele. Gostoso demais.
Acompanho seu ritmo, anda forte, tocada e traçado parecido, exceto na curva de entrada da reta, ele vem mais dentro.
Vou lá fora na tomada, aperto o pé, chego muito perto na reta. Ele erra uma marcha. Passo num instante.
O Flavio embute em mim. Na sequencia de esses em subida chega perto, muito perto.
Desta vez, acerto bem a tomada da primeira perna, fruto da pressão. Ele me empurra.
Aí espeto a quarta em curva, meto quinta e enfio o pé.
Finalmente, aquela curva impossível torna-se possível. Quinta, cravado.
A frente balança, a curva leve na sequencia passa mais rápido do que nunca.
Chega tão forte antes da curva da vitória que a traseira escapa numa curva de raio bem longo. Delícia. Parece ser o limite. Quando tomo uma volta dos líderes descubro que não é bem assim…
O Flavio chega de novo. Contornou melhor a curva da vitória.
Trocamos de posição acho que mais uma ou duas vezes.
Pega gostoso.
Limpo, ninguem força onde não dá, um embutido no outro.
Às vezes mais espaço, outras menos. Nossas voltas não são constantes. Ainda.
Num momento que estou na frente dele, erro uma marcha e ele cresce no retrovisor. Duma vez.
Contornamos quase lado a lado a sequencia de esses em subida, lá vem a curva dos 90 graus que levanta a roda.
Ele afunda a freada, eu não. Freio bem no lugar de sempre, só ponho a traseira um pouquinho.
Ali não dava. O Petrus até pensou que houve um toque entre nós.
Não houve. Ele foi fundo demais, atrasou um pêlo e a traseira escapou.
Na saída da curva, novamente quarta marcha em curva, a traseira bem de lado, a descida começa, quinta socado e pé embaixo. Fez uma vez, faz sempre.
Na reta de chegada olho no retrovisor. Sumiu.
Quando chego lá de novo, está atravessado na pista, a frente detonada.
Nosso amigo que foi ultrapassado por nós dois vinha logo atrás da gente e… Bem, no site do Rodrigo tem fotos.
Mandei o pé, agora sózinho.
Totalmente focado na tocada, melhorando cada vez mais, apertando mas dentro da faixa de segurança.
Vejo alguma poeira, aqui e ali. Bandeiras amarelas agitadas, algumas vezes.
Bandeira azul. Os líderes me passam. Aponto na reta o lugar.
Tremenda turbulencia no capacete, é uma ventania forte.
Passam todos numa tocada agressiva. Coisa linda de ver.
Pena que passam tão rápido que a visão dura pouco… Andam muitísimo mais forte que eu e o Flavio, sem chance. Por enquanto.
Bandeirada.
No parque fechado, cameras de video, impressões ainda de capacete, bataclava suada.
Alguem me diz que sou o quinto colocado. Mérito de pilotagem? Nenhum.
Herdei posições dos que erraram por andar no limite.
Erro deles, sorte minha.
Disputei posição com apenas dois pilotos. Tive cabeça fria, como sempre faço.
Apenas isso.
Quem olha a folha de classificação só vê feras na minha frente. Tem a falsa impressão que corri muito.
Mentira. Corri bem, não corri muito.
Minha melhor volta foi a décima-oitava em 56.783.
Melhorei 0.382 meu tempo de largada. Acho bom por ser durante a prova, mas não muito. Poderia ser mais, mas não estou preparado ainda.
No parque fechado, festa, muito mais tapas no capacete, a conversa entre todos nós, as brincadeiras do meu peso.
Só ali vi a tristeza do Lucca. Quebrar na última volta é dose…
Se não fosse por isso, nossa equipe teria um sexto colocado (eu) e um terceiro (Lucca).
Bela estréia.
E agora, que largo em quinto no meio das feras?

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 12:

No parque fechado, antes da primeira bateria, o briefing do Diretor de Prova:
— Vou dar uma volta pelo oval externo, e larga na segunda volta.
— Não tentem ganhar a prova na primeira volta. Não adianta nada forçar, tem 21 voltas.
— Voces gostam de esfregar carenagens? Não precisa.
O Lucca pede a palavra, e recomenda:
— Pessoal, em caso de capotagem, mantenham os braços no volante, ou no meio das pernas. Essa semana o Campello se machucou só devido ao reflexo condicionado… Cabeça e boa corrida à todos…

Pois é.
É prazer. É amor. É tesão.
Mas é muito rápido.
Pé no fundo, mas com cabeça fria.
Competitivo, mas não agressivo. Ou burro.
Veloz, mas não alucinado.
Simples assim.
Lembrei do Ciro Cayres na hora. Como esquecer?

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 11:

No sábado treino 1 das 9:00 às 10:00 Hs
Depois treino 2 das 11:00 às 12:00 Hs
Depois treino 3 das 14:30 às 15:30 Hs
E por fim treino 4 das 16:30 às 17:00 Hs.
No domingo Warm-Up das 9:30 às 10:30 Hs.

Toda essa preparação para 10 minutos de adrenalina total.
Superpole. É agora.
Parque fechado. Cinto preso, liberam a pista.
Chegou a hora da verdade, de mostrar as armas, da cascata do piloto se transformar em tempo de volta.
Lá vou eu.

Volta 1 – 2:07.780
Volta 2 – 1:00.576
Volta 3 – 57.817
Volta 4 – 1:00.104
Volta 5 – 59.178
Volta 6 – 58.590
Volta 7 – 57.824
Volta 8 – 57.165 *

Acaba a classificação. Pesagem. Vamos pra torre.
O inacreditável acontece.
O recorde de Agosto do Monis de 53.003 é batido por dois pilotos.
O #46 Carlos Torres com incríveis 52.769 e o #74 do Alessandro Valenzim com 52.991.
Cerega em décimo-primeiro com 57.165
Flavio Gomes em décimo-segundo com 57.876
Henrique Rodrigues em décimo-terceiro com 58.670
Eu tomei 4.396 do pole, o Flavio 5.107.
Pus 0.711 no Flavio.
E daí?
Tô tão contente de estar ali, macacão abaixado no meio da pilotaida que se tivesse levado 5 segundos do último não ia mudar nem um milímetro a minha satisfação pessoal, a minha paz, o tamanho do meu sorriso.
Repito sempre que não faço questão alguma da posição que largo, da corrida que faço, dos acertos ou dos erros que cometo. São detalhes irrelevantes.
Não tenho esse espírito ultra-competitivo de querer vencer sempre, nunca tive.
Eu só quero ser feliz. E estou felicíssimo, transbordando.
Sentado num F1, macacão novo, barrigão saliente, luva nova, sapatilha de presente do dia dos pais, cabelos brancos, capacete AGV, cueca limpa, cercado de amigos, parceiros, conhecidos, muitos apaixonados naquele clima fantástico de amizade, companheirismo… Caramba…
Pra quem ralou muito joelho pulando muro, pra quem matava aula para andar a pé em Interlagos, pra quem dormiu atrás de guard-rail, pra quem esperou metade da vida pra dar vazão à essa paixão, tá bom demais.
Estou nos boxes, no meio deles. E agora não são “eles”. Somos “nós”.
Impossível parar de sorrir.
Ô alegria indizível. Ô prazer indescritível…

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
17 anos atrás

Grande Ceregatti
Tá muito boa sua descrição da corrida. Quem te conhece sabe da sua paixão por elas.
Parabéns!

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 10:

Fim de treino livre, o clima nos boxes é o mesmo de qualquer manhã de domingo, de qualquer categoria, de qualquer lugar do mundo…
Uns dizem que alguem virou 52 baixo (verdade), e que outro esconde o ouro (não sei), e que vai cair o recorde da pista do Monis de 53,003 de Agosto (na hora, mentira – depois do treino oficial, verdade), e por aí vai.
No box do Thomaz, pra variar, não tem café.
Só vão arrumar se eu contar a pressão dos pneus dianteiros.
Por um café, conto na hora. Naturalmente, menti.
E o café? Naturalmente estava frio.
Pilotos de macacão abaixado, eu inclusive.
Todo mundo se fala, todo mundo ri, todo mundo se diverte.
É o clima-padrão da Formula Speed.
Converso com o Flavio, trocamos idéias do S de pé embaixo…
Pra mim e para ele, impossível ainda.
Para os demais, muito além do pé socado.
O Torres, o Laert, o Lucca e mais alguns detonam de vez e nos contam o seguinte:
— Voce vem de pé embaixo, dá na zebra com um quarto ou um terço do carro apontando pra grama. Fica sossegado que não raspa embaixo porque ele decola e só toca de leve na grama… Quando o carro pousa de novo, já puxa pra traseira apontar para a tomada da curva que antecede a reta… (Verdade completa, tem fotos do Rodrigo provando o que parecia mais uma cascata de piloto)
As crinças brincam por ali. Chegam as vovós, as tias, os amigos dos amigos dos amigos.
Perguntamos como se virar em apenas 10 minutos de Superpole.
Resposta: — Espera um espaço e manda o pé, só isso…
E por aí vai…
Fui no banheiro umas tres vezes e não saiu nada. Limpei o capacete duas vezes. Tentei fechar o olho e me concentrar.
Sem chance. A hora da verdade vai chegar logo, logo.

Peso mínimo: 205 Kg com piloto equipado.
Meu peso: Apenas 234 Kg.
Adivinhem quem está entre os mais pesados…

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 9:

Warm-Up às 9:30 Hs.
Todos andam, meu acelerador prende de novo.
Preciso calibrar esse pé… É que o encosto no fim de curso é um parafuso, na medida do piloto anterior. Não dá pra puxar mais a regulagem, tem que ser suave.
Não consigo ser.
O Lucca põe pneus novos. A adrenalina dele é mais forte, tá cheio de vontade de ver o comportamento do carro de sapato novo.
Saímos juntos.
Na curva da entrada da reta, manda o pé, dá um 360 e sai andando de novo…
Pneu frio, primeira curva.
No fim do treino perguntei porque…
Resposta: Queima a borracha mais rápido…
Fiquei com aquela cara de tonto-padrão por um instante, boca aberta…
Depois sorri. Do jeito que esses pilotos andam era bem possível ser verdade…

1GT
1GT
17 anos atrás

Parabéns Comendattore.
Seria uma insanidade gigastesca demais um Fórmula Speed com motor maior ainda?
Pelo jeito descrito por você Comendatore, o carrinho é um F1 miniatura…seria uma ótima progressão pós Kart pra molecada…

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 8:

Domingo de manhã.
O Rodrigo chega. Traz de presente um poster do Celta #41 dos 500 Km…Tem a foto da foto em seu site.
Obrigado, Rodrigo. Pra variar, ficou lindo.
Me ajuda (ou melhor – eu o atrapalho) na colocação dos stickers.
Ficou horrível.
Pego os dois adesivos mais importantes, obra e idéia do Cezar (kartista e gerente de CPD) da Fabrica de Grampos Aço. Essa brincadeira topei na hora, mas a idéia não foi minha…
Tá tudo meia-boca, o que fica bem é o “Tchau, Flavio” atrás do meu FS, agora tambem número 41.
No do Flavio, “Adio, Cerega”.
A turma começa a chegar, os boxes enchem.
Todo mundo vê, todo mundo ri, todo mundo se diverte.
O pessoal da Motores Modernos, especializados em gravações de vídeo em Interlagos e outras pistas do Brasil tambem.
A turma põe pilha na rixa (inexistente) FG x CC.
Mostramos os dois carros. Chega o Flavio, meio triste com o desempenho (desempenho?) da Gloriosa Portuguesa de Desportos no dia anterior…
Imaginem as risadas quando viu a safadeza por escrito nos dois carros, a zona que a gente fez, a zueira dos mecas, o clima nos boxes. Gostoso demais.
Tá nublado, choveu de noite, não interessa. O que interessa é que chegou o dia. É hoje, é hoje!
Aí vem o Petrus, o Cassio, o filho.
Vai começar a festa. Ontem foi só aperitivo.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 7:

Acaba o dia. Vou pro Shopping comprar joelheiras e cotoveleiras.
De macacão e tudo.
Aproveito para dar uma passada numa Lan House, e escrever um pouco.
Lembro de comprar papel Contact azul na papelaria, para adesivar o carro amanhã de manhã.
Café expresso. Charuto. Hotel. Banho. Cama.
Dormi mal, mesmo cansado.
O traçado não sai da cabeça, transbordo de satisfação e felicidade.
Belo dia.
Só quando cheguei aos boxes no domingo é que reparei a falta das cotoveleiras e joelheiras…
Tô tão fora de centro que esqueci em algum lugar…
Custou bem caro pra mim: Quase perco a segunda bateria de domingo, em busca do tal equipamento perdido. Fez uma falta danada.
Doeu pacas, mas não é desculpa.
O tonto do velho alucinado sai específicamente pra comprar o equipamento e se perde todo…
Será a idade ou tesão encravado?

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 6:

Mais treino de tarde.
Agora ficou bem melhor.
Ouvidos limpinhos, mas surdo. Pelo menos o som do escape abafa o zumbido constante.
Cinto apertado. Agora com uma cobertura fina de espuma. Encaixo perfeitamente.
Puxam o cinto até doer os ombros. Quando dói, puxa mais um pouquinho.
Minha preocupação era com o carro virar e eu estar meio solto. Agora não, tudo bem.
O Campello, que capotou no treino livre do meio da semana trincou um osso devido justamente ao reflexo condicionado, de se proteger.
Tem que segurar no volante e aguardar a panca… Como se fosse simples, ou fácil…
O carro contorna as curvas tão mais rápido, que se apoiar na zebra ele vira…
Máquina simpática, não?
Tem que ter respeito. Anda muito. Desafiadora ao extremo.
Saio de novo, bem mais à vontade e inteiro.
Se fosse de kart, estaria morto de cansaço na metade do primeiro treino.
Começo a escorregar em uma curva ou outra, quase achando o ponto ideal de dosar o acelerador. É difícil.
Quando freia e aponta, tudo bem se não deixar o giro cair. Se cai, despeja duma vez e a traseira sai. A chave é dosar bem o pé direito, e manter o motor gritando alto, sem passar de giro.
É a parte mais difícil, esse “Ponto G” varia muito, e as voltas então… Nem se fala.
Escorrego mais e mais. Erro bastante, principalmente nas freadas. Chega rápido demais, difícil achar o ponto.
Chega o Lucca, vejo pelo espelho uma mancha trêmula e distante.
No instante seguinte, mete por dentro, não freia, a traseira ao meu lado já está toda torta e manda o pé. Evapora de mim numa reta.
Na mesma volta, sinaliza e o sigo.
Mas vai bem devagar pelo padrão dele. Mas muito rápido pra mim.
Acho uma nova tomada para o retão, muito mais aberta e agressiva.
Começo a fazer o S em descida em quarta quase cravado… Só espeto quinta depois de apontar bem pra curva que antecede a reta de chegada. O Lucca some de novo… Impressionante.
De repente, afundo só mais um pouquinho na curva dos 90 graus, lá em cima. Fui longe demais. Para não ir na zebra, puxo pra dentro, bem no traçado mas pouco além do que devia.
No lugar de escorregar, o carro contorna a curva pregado no chão, e bem na tangencia levanta as rodas internas. Bastante, talvez uns dois palmos, sei lá.
Quando aterrisa de novo, perco a frente (fora o susto) vou direto e rodo sózinho…
Pregou tanto no chão que levantou a parte de dentro…
Como, se escorrega direto nas outras?
Nos boxes, o Roda explica: Deixa rolar, não afunda demais a freada. Tá muito emborrachado lá. Entra mais lento, joga a traseira na tomada para entrar já bem de lado, cavoca o acelerador para não cair o giro, apóia na zebra e manda o pé…
Ahhhhh Bommmmmm…
Assustou. Bom, aprendi o que fazer.
Mas no maior respeito, ignorei.
Talvez dentro de uns dois ou tres anos de treino constante, quem sabe…

Laert FS 27
Laert FS 27
17 anos atrás

…rsrsrs pois é dr ceregatti..pois é … mas gostou né ? nós tbm gostamos de ter vc e o FG como amigos de pista … e depois de pizza. até a proxima…

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 5

Depois do primeiro treino, análise crítica.
Apertar mais o cinto em cima. Botinava demais o acelerador nas trocas de marcha e entortei o suporte do cabo… Pé pesado? Não, incompetencia mesmo.
O lado interno do joelho direito doía. Apóia na coluna de direção.
O lado externo do joelho esquerdo tambem. Apóia na estrutura tubular.
O cotovelo direito dá sinal de vida. Encosta no cabeçote.
Minha obturação caiu. Engoli e nem senti. Só soube na hora da água gelada.
E o pior…
Caso inédito…
Enquanto me adaptava e me encontrava, de repente fiquei meio surdo, primeiro do lado esquerdo, contrário ao motor. Logo depois, o direito tambem.
Desci, tirei o capacete e a bataclava…
Um meca perguntou se meu ouvido estava sangrando…
Não era sangue. Era cêra… Quase líquida, manchou a bataclava. Cheiro ruim.
E olha que sou limpinho…
Acreditem, não é piada, não é cena, há várias testemunhas: Derreteu a cêra dos meus ouvidos… E eu que sempre comento: “Falo tanto que derrete a cêra do ouvido”.
Desta vez quem falou alto foi o motor. Ouço um zumbido constante até agora.
Talvez a vibração, mais o calor, mais a adrenalina, mais o ruído, mais sei lá o que…
Em busca de cotonetes, só encontrei dessas pazinhas de plástico pra mexer café…
Quando achei o médico, ele tinha só meia dúzia… Quase não deu, tamanha nojeira…
E ainda brincaram que não era o médico adequado, que na próxima vão contratar um geriatra…

Bianchini
Bianchini
17 anos atrás

I miei congratulazione, Commendatore!
Caro Ceregatti, estou lendo seus comentários e já pensando na próxima edição do Boto do Lago de Interlagos (ou será que vai ser Boto do Lago da Schin?).
Mostrou aquela capinha BRG (British Racing Green) que fiz para tí pro Flávio?
Abração!
Alexandre Bianchini

Romeu
Romeu
17 anos atrás

Auguri Commendatore!
Imagino a sua cara de bambino com binquedo novo…
Nessa não pude ir, mas quem sabe na próxima .
Quero acompanhar de perto esse duelo Gomes X Commendatore Cerega…

Rodrigo Aguiar Ruiz
Rodrigo Aguiar Ruiz
17 anos atrás

Agora sim consigo comentar…

Vou começar com o sábado.

Chego na arena por volta das 14hs elogo de cara vejo uma “criança” de cabelos brancos feliz da vida com seu brinquedinho novo.
Falava sem parar (que novidade.. heheh) mas a alegria de sempre era muito mais empolgante, o olho brilhava, foi muito legal presenciar isso.
Fiquei imaginando o que se passava naquela cabeça, 25 anos depois…

Várias voltas depois, ele para e sai feliz da vida…

Domingo… chego e Cerega já está lá, parece que dormiu na pista.. hehehe
Estava adesivando o carro e ai fui ajudar. Pena que a falta de tempo impediu de fazer uma arte mais “bonitinha” no #41. Mas tudo bem. O que importava era estar ali.

Aplicamos o “Tchau Flávio” e o “Adio Cerega” e logo depois chega o Flávio. Conversamos um pouco e começa o warmup, depois classificação e ai vem a primeira surpresa. Cerega 0,7s a frente do Flávio. Uma grande disputa prometia.

Primeira bateria: os 2 alinham lado a lado e na largada, como o previsto, a disputa entre os 2 estava lá… FG passa na primeira volta e após um erro o “Tchau Flávio” pintou a frente do FG. Mais umas voltas depois e o FG rodae fim de corrida.
Cerega já garantiria um pódio com a 5ª posição. Excelente resultado!!!

Segunda bateria: Por uma bobeira, quase nosso amigo cinquentão perde a largada, mas chegou na hora. Largou mal e logo estava junto com o FG para mais uma disputa. FG passa e depois de um problema, perdeu posição e mais adiante o carro tb…
Cerega foi firme e forte até o final. 7ª na bateria. Excelente tb. Quase deu pódio na somatória.

No fim, como o FG disse, Ceregatti era só alegria. Veio, andou, fez bonito e gostou. Duvido que não volte na próxima!!!

Quanto ao pessoal, só alegria. Não tem o que falar, simpatia passeia por esse lugar. Ótimo estar ali.

PS: na galeria de fotos dá pra deixar recado.. por isso usem e abusem!!!

;)

Acarloz
Acarloz
17 anos atrás

Caro Commendatore!

Tens feito algumas incursões noturnas nessa pista?

Sabes porque estou te perguntando né?

Parabéns pela performance mas não fico surpreso, quem te conhece e já teve o prazer de conversar com você, ver o brilho dos teus olhos quando fala, e a empolgação das tuas palavras sabe que essa paixão só poderia se transformar em sucesso!

Flavito, vais ter que se concentrar para continuar na briga com o homem hein…

Grande abraço à todos!!

Rick Lucas
Rick Lucas
17 anos atrás

Ah, Comendatore…

Sentir inveja nessas horas é muito fácil.

Mas pela pessoa que você é, pela admiração que lhe reservo, e, porque não dizer, pela amizade conquistada, só posso sentir muito orgulho!!!

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 4:

Da primeira vez, alucinei de vez. Misturou neuronio, fiquei com tonteira, errei marcha, errei curva, errei tudo. Não foi uma experiencia, foi uma descarga de te.são.
Agora, não…
Baixei no Google Earth o circuito, entendi pra que lado era cada curva.
Me imaginei lá, mas de kart 13 HP.
Na minha imaginação, misturei o que vi do cockpit do FS e o que sei dos karts da Granja.
Embora soubesse que quando chegasse a hora, isso pouco ajudaria.
Mas ajudou, sim.
Saí na boa, ouvindo o Roda (preparador-chefe de equipe-mil anos de kart-dez mil de luz) mandar aquecer motor e pneu com calma.
Dei duas voltas, levando o motor no ouvido sem encher muito. Uns 12 mil RPM, talvez. Mas com certeza menos do que podia virar.
Fui achando – finalmente – as marchas certas.
O pneu aqueceu. Aprendi rápido a levantar o pé na troca de cada marcha.
Nas reduzidas, soca o pé no freio, dois toques na esquerda, pé direito com muito cuidado, e assim vai.
Depois de rodar bastante, uma dez ou quinze voltas, comecei a ficar mais à vontade.
Mas com respeito.
A faixa de uso vai de 10 a 14 mil RPM. Muito estreita.
Abaixo disso fica xôxo, mas quando abre… Parece o botão do hiperespaço dos filmes de ficção. Gruda no banco.
Precisa respeitar o acelerador. Se entrar na curva com uma marcha acima, se arrasta.
Se entrar com uma abaixo, encosta o pé no acelerador que vira do contrário.
Uma meia hora depois, melhor adaptado, me achei.
Todas as curvas com freio em terceira.
Dezesseis trocas de marchas por volta.
Numa volta de 57 segundos, média de uma troca a cada 3,5 segundos…
Circuito de 1.240 metros, velocidade média de 78 Km/hora…

kowalski
kowalski
17 anos atrás

O texto do Flavio e os relatórios do Ceregatti:
Isso é automobilismo.

Lucca Furquim
Lucca Furquim
17 anos atrás

A adrenalina ainda não baixou….que prova do cct!!!!!!!! Apesar de nada dar certo para meu FS10 que é sempre Dez e generoso comigo neste domingo me deixou na mão quando sustentava uma honrosa terceira colocação a mais de 1s do 4° colocado….acontece e aumenta a expectativa para a próxima etapa.
Foi maravilhoso receber os amigos Cláudio Ceregatti, Flávio Gomes, Rodrigo Ruiz, Petrus e outros tantos que nos honraram com suas presenças! Foi um dia de duelos, recordes quebrados e Ceregatti marcando 2 pontinhos em sua estréia na Fórmula Speed….realmente não tem preço!!!!!Abração á todos!!!!

Caio, o de Santos
Caio, o de Santos
17 anos atrás

Senhores,
é um prazer ler e imaginar a cara de cada um em cada comentário.

Obrigado.

Rodrigo Aguiar Ruiz
Rodrigo Aguiar Ruiz
17 anos atrás

Ae Galera… fotos no ar…

mais tarde comento….

Askjao
Askjao
17 anos atrás

Ceregatti, acho que vc conseguiu explicar e passar muito bem as sensações que sente quem anda de kart de verdade, e não nesses moedores de cana dos indoors. Mas me tira uma dúvida, o FS tem suspensão??? Abraço!

Henri Toivonen
Henri Toivonen
17 anos atrás

Bravo Claudio!!!!….cada vez que fala dessa máquina me dá vontade de correr….deve ser muito legal! E todos têm o direito de se achar sim…eu me acho o próprio Toivonen elevado ao cubo de Loeb multiplicado por Makkinen e somado ao Sainz….por que não ué?

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Relatório 3:

Sábado, sete e meia da manhã já estava em Itu. Abri a Arena Schincariol.
Nem tinha dormido direito, ansioso como um menino na véspera de Natal.
Em verdade, foi mesmo um presentaço de Natal antecipado, do Lucca e do Monis.
Macacão, luva, bataclava, capacete, sapatilha (presente de dias dos pais), protetor de costelas. Pareço piloto.
Ajustam os pedais. Esticam os cabos. Verificam as pastilhas. Calibram pneus.
Sento. O cinto tá folgado atrás, mas saio mesmo assim. Tenho pressa, não via a hora.
O motor grita, aperto a borboleta direita e… Nada.
Sai de giro, tento de novo. Nada acontece, quase morre.
Chego na reta, ainda em primeira. O que acontece, ca.ce.te?
Tento a borboleta tirando a mão do volante, tenho a outra e então a marcha entra.
Aperto de novo a esquerda. Sobe outra…
Pombas… Os cabos estão invertidos. O outro piloto dono do carro preferia assim…
Mifu.
Dei poucas voltas na outra prova, alucinei, nem dormi direito e o cambio invertido… Isso não vai dar certo. Paro ou continuo?
Paro no Box.
Sai a carenagem. Invertem os cabos. Experimentam com o carro parado. Deu certo. Agora vai.