Lauda, um herói
SÃO PAULO (e o bonezinho da Parmalat, alguém lembra?) – Tema da coluna Retrovisor de hoje, Niki Lauda é considerado por muita gente um dos cinco maiores pilotos de todos os tempos.
Mas o colunista Roberto Brandão lembra mais do que isso sua técnica, seu arrojo. Lembra, sim, do heroísmo do austríaco, que quase morreu e quase foi campeão no mesmo ano, em 1976.
Gostei da metáfora do Askão: um grid de todos os tempos.
Lauda tinha que ‘tar lá. Piloto arrojado, rápido, meio porralouca no começo, virou mestre de inteligência e estratégia. Foi campeão em 1984 por meio ponto!
A entrevista que ele deu para o Conexão Internacional do Roberto Dávila é maravilhosa: ele viu a morte de frente, falou com ela e voltou para as pistas, com a calma de quem posta um cometário nesse Blig.
No YouTube tem a imagem do momento em que Lauda desistiu do título em 1976, no ‘hairpin’ de Fuji.
É por isso que acho engraçado quando perguntam quem foi o melhor piloto de todos os tempos, Schumacher ou Senna. Antes do Senna tem o Lauda, o Prost, o Fangio, o Stewart, o Clark.
Schumacher é o melhor, claro. Mas Lauda é realmente a mais completa tradução de herói da Fórmula 1.
Maravilha Brandowisk, o Saloma colocou o texto no blog dele.
Sobre o texto, nunca tinha olhado para o Lauda dessa forma, primeiro porque não vi ele correr, segundo porque tudo o que tinha lido e ouvido é que ele era o professor e tinha ficado deformado só, mais uma vez aprendo com vocês e suas ricas historias, quando digo voces eu quero dizer com todos os bloggeiros Baús, Jonny, Joaquim, Brandão, Veloz e, claro, o Flavito, valeu pessoal, valeu Brandão, belo texto!
Uma das coiss que me lembro do Lauda era que tinha fulano em primeiro, sicrano em segundo, Lauda em sétimo… passava-se umas 7 voltas e de novo fulano em primeiro, sicrano em segundo, Lauda em quarto… mais tantas e já aparecia ele na telinha, na cola do primeiro e ganhava! Ele era MUITO bom!!!
sobre a admiração do Brandão ao Lauda eu fiquei sabendo em Interlagos. Mais precisamente olhando para o S do Senna.
Foi uma das primeiras que ele contou.
Como diria o filósofo Joaquim Lopes: “tem gente que conta a vida toda em 5 minutos, tem gente que tem uma vida inteira de histórias pra contar…”
Nós gostamos de gente do segundo time…
Mais uma coluna nota 10!
Um dos maiores, com certeza . Um grande acertador de carros. Passou tudo o que aprendeu na F-1 ao Prost, então vindo da Renault . De 84 a 86 , só deu McLaren .
Correção do post abaixo:
A Ferrari atual tem 6 anos consecutivos de domínio (de 1999 a 2004), diferente do que escrevi abaixo.
Como seria no caso de Lauda, com 4 anos seguidos de domínio.
Obrigado, pessoal!
O período de glória da MacLaren, iniciado com o campeonato de 84 do Lauda, e em 85 e 86 com Prost (este último graças à imbecilidade da Williams), prosseguindo de 88 a 91 com Senna e Prost, somam 7 anos de domínio da equipe inglesa, não consecutivos. A Ferrari atual, de Schumacher, atinge 6 anos de domínio, também não consecutivos.
À época de Lauda, não fosse o acidente e a impetuosidade da juventude, teriam caracterizado 4 anos de reinado, a terceira melhor sequência da história e a segunda melhor da Ferrari.
E ainda tem gente que acha que o cara é (ou foi) covarde.
Depois de ter virado churrasquinho, voltar a competir ainda remendado é o quê? Amarelão?
O cara é fantástico!
Linda coluna.
Parabens Brandão.
Emocionante …
Completando o post, Lauda ainda foi chamado de covarde pela imprensa neste ano, por não ter vencido o campeonato!
Este senhor Andreas Nikolaus Lauda é o responsável por eu ter me tornado im fanático torcedor da Scuderia Ferrari. A primeira temporada de F-1 que acompanhei foi a de 1975, e o domínio que esse senhor demonstrava do carro, mais a beleza da máquina em sí me fizeram torcer pela equipe. Some-se a isso as demonstrações de arrojo (ou seria loucura mesmo?) do Clay Regazzoni, e pronto: o coração e mente de um jovem foram conquistados para a torcida! Parabéns pelo texto, Brandão!
Grande Brandão!
A superação do Austriaco foi incrivel.
Rápido, arrojado, cerebral, completo. Assim era Niki na F1.
Foi supercampeão em 75, quase morreu em 76 e bi em 77. depois parou, comprou um DC10 para a Lauda Air, faliu e ficou durango. Então foi até Ron Dennis, pegou uma McLaren, recuperou a fortuna, de quebra foi TRI em 84.
P0rra, esse cara é o meu verdadeiro ídolo na F1, nunca existiu piloto igual, nem parecido. Tem prá ninguém não.
Lauda é uma dos caras que formariam o grid de largada do gp de todos os tempos… junto dele vem uma penca de gente, mas ele tem lugar garantido!