Opalões do Adonis
SÃO PAULO (uma carninha, agora…) – Nosso mitológico Adonis, que para quem não sabe tem 200 Dodges e Opalas e Mavericks e Galaxies, me mandou meses atrás um pacotão de fotos que, aos poucos, colocarei aqui para atrair de volta nossos sorumbáticos, sábios e silenciosos Matuzas, que não se empolgaram com os recentes embates sennísticos-schumáqueros, ou lulo-chuchústicos.
As fotos vieram sem legendas, portanto cabe a Adonis, o mitológico, dar o star.
Amanhã tem mais. Bye.
Caramba Flávio, legal você ter colocado esta foto; meu irmão ficou super contente!! Grande abraço,
Adonis Torino Talladega
Estava de viagem no final de semana prolongado, e quando retorno, só histárias contada por quem viveu, deleite puro.
Avante FG e seu Blig
O amigo Peralta, tem toda razão, o opala amarelo nº 178 era meu, Joannis, o da frente era do Luis Nogueira ( Graham Hill ).Foi o inicio da era Stock Car no Brasil.Um abraço a todos.
Pronto! Professor Peralta pôs ordem na casa, nomeando os participantes. Grato, Professor. Abs.
Tem gente chutando com os dois pés.
Lá vai: trata-se da 3ª etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car de 1979, em 13/5/1979.
O carro nº 178 é do Joannis Likouroupolos, à sua frente está o carro nº 88 do Luiz Nogueira o “Graham Hill” e o de trás é o nº 41 do Luiz Alberto Pereira.
Confere?
Abçs,
Paulo
Vicente Miranda, boa tarde amigo.
Infelizmente hoje vou contestar uma informação sua.
O De Lamare correu sim de Div. 1 com um Opala preparado na sua oficina. Já era amarelo e tinha o patrocínio da Eletroradiobraz, portanto foi um pouco ante dele ir para a Europa correr de Esporte protótipo 2 litros.
Eu assisti essa prova no Retão e acho que foi uma 3 Horas de Interlagos ou algo assim, pelo circúito externo.
Prá variar, ganhou.
Eu me lembro muito bem, como diria o Piquet.
Abraços.
Os mavericks sairam das pistas no final de 76, pelo menos a equipe Greco/Ford. A crise do petróleo foi a grande responsável por isso e não o fato de serem obsoletos em relação aos Opalas.
Mestre Cega : alguns tem gasolina, outros como você tem nitro-metano; já o FG tem óleo misturado com fluído de radiador (sabe cuma é , rachou o bloco do ladinha).
Chevette, Gomes, Chevette.
Não que canso de repetir: esses Opalão é o cão.
MEstre Joa, os freios dos carros do Greco tinham duas caracteristicas importantes: as pinças dianteiras eram duplas, distantes 180 graus no perimetro do disco ( uma na frente e outra atrás, soldadas em um único suporte). Os freios traseiros eram os do Galaxies, um pouco maiores, depois substituidos pelos da F-100. O cilindro mestre era do caminhão (ou da F-100) e o cara para apertar tinha que ter muita força. Chegou-se a tentar uma cuíca de servo-freio, mas a modulagem era muito complicada e a coisa era resolvida no “braço” (ou nas coxas) mesmo. O carro do Pescarolo do Rio está com qual configuração?
O que os MAvecos perdiam no miolo eles davam de troco, com muita sobra, entre a Junção e a Três, com uma estilingada final na reta oposta. Quem viu, viu. Eramos felizes e sabiamos, não é?
Êxtase total: os Matuzas e Mat Boys voltaram a nos prestigiar. Isso é que é…
Voce vê, né Joaquim…
E depois de velho, com quase 50 na cacunda fica brincando de mini-F1, empurrando o FG por aí, no meio de um bando de alucinados, cuja idade média é bem semelhante à minha…
Quem tem gasolina nas veias não é normal, mesmo…
Concordo com o Cerega, é bem capaz de ter sido prova de estreante e novato que utilizavam carros de Div-1. Ou ainda do Campeonato Paulista de Div-1 circa 75/76. Só relembrando, nosso Comendattore chegou a participar dessas provas de Estreantes e Novatos com um Opala Div-1, onde os grids, não raro, chegavam a 40 carros. Bons tempos…
Vicente, foi uma brincadeira.
É que eu corri com um Opala #84 de Estreantes e Novatos, em sociedade com o Luis da Koni by LG, no início dos anos 80.
Tenho apenas uma foto do carro, mas acho que deve ter muitas por aí, quem sabe não me vejo quase 30 anos depois…
Claudio,
PV DeLamare nunca correu de Divisão 1. Seu primeiro Opala foi um 4 portas, já na extinta Divisão 3. Depois ele fez um carro 2 portas e o 4 portas passou a ser pilotado por Carlos Quartim de Morais. O carro 2 portas depois foi vendido para Edson Yoshikuma, que até então corria de VW preparado por Amador Pedro, também na Divisão 3. Yoshikuma não conseguiu o mesmo sucesso que PV no carro, que mudou da cor azul para o branco.
Diziam que PV DeLamare tinha um cabeçote argentino com 6 dutos independentes para alimentação, o que caía como uma luva para os carburadores Weber verticais. O cabeçote original do Opala tem 3 dutos que se bifurcam. E Yoshikuma não havia conseguido obter esses cabeçotes na Argentina.
Finalizando, corridas de estreantes e novatos eram com carros de cilindrada menor.
lulo-chuchústicos foi demias. Tô rindo até agora!
Olhe só, esse é o suer blog de alta qualidade que eu gosto. Ainda bem que não saí!
Essa foto tá com cara de estreantes e novatos…
Não aparece nenhum Opala #84 por aí não, FG?
Joaquim,
É claro que me lembro que lá para os idos de 77 / 78 os Opalas voltaram a dominar a categoria.
Hoje, analisando a situação pasados quase 20 anos, percebemos que os Opala passarama ter mais “horas de pista”, até mesmo porque havia uma Stock Car que se iniciava o que trouxe um desenvolvimento maior dos carros da GM. Lembro que os Opala davam o maior agasalho nos Mavericks em curva e, SE NÃO ME ENGANO, a CBA proibiu o Holley Quadrijet nos Mavericks.
Havia um Maverick que ainda andava bem, o carro do Walter “Tucano” Barchi. Lembro-me de uma passagem em que, durante um treino em Interlagos, eu estava no muro do kartódromo observando os carros fazendo as Curvas Um e Dois. O Tucano fazia as duas curvas muito rápido. Soube-se que o carro dele fora protestado por ter um alargador de bitola, muito bem disfarçado, um disco de aproximadamente 1/2″ soldado aos cubos de roda, o que devia dar aquele “plus” de rendimento em curva.
Nesta briga toda entre os opalas e mavericks, me lembro que os opalas 250s dominavam, depois que a Ford lançou o Maverick quadrijet eles passaram a dominar e ganhavam todas as provas de longa duração pelo Brasil afora. Me lembro também dos Passats que eram os bichos papões, aí apareceu os Dodges Polares e deram um banho nos Passats, mas logo a Volkswagem comprou a Crysler e eles não entraram mais em corridas. A saudade que dá destas categorias e muitos matusas aqui irão concordar comigo é que haviam várias categorias numa prova com diversas marcas e diversos modelos de carros. Já ví a Ford colocar os Mavericks v8 e os mavericks 4 cilindros da equipe da Mercantil Finasa do Greco, entre tantos outros carrosque disputavam as diversas divisões do nosso automobilismo. Hoje, temos que contentarmos com monomarcas e uma Stock que todos sabem que é monomarca e são mascarados com as diversas carrocerias para transparecer de diversas marcas.
Jovino
Pô! Eu lembro de um monte de gente desse tempo, mas não faço idéia de quem fosse esse Opala.
A curva parece a Ferradura. Pelo farol do Opala, tem que ser 1973 ou 1974.
A descrição do Joaquim tá super e faz lembrar que havia as Alfa, na Classe B.
Ô Flavio, veja se alguém tem o vídeo da capoitagem do Reinaldo Campelo nos anos 80, antes da Ferradura.
Vicente, como vc bem sabe, as manobras foram de ambas as partes. A Ford veio de Holley Quadrijet e a GM respondeu de 250S. As corridas passaram a ter seus resultados dependendo de recursos jurídicos (vide a Retrovisor “Caminhão de Cerveja”). Mas a Ford exagerou: logo apareceu com discos de freio traseiros para os Maverick (que eram fornecidos para o Grecco pelo pai do nosso amigo Vitão), oriundos do Galaxie. A Ford dominaria de 73 a 76, com vitórias esporádicas da GM. A partir de 77/78, o domínio foi da GM pois então os Maverick já estavam em visivelmente obsoletos nas pistas. Abs.
Na Classe C, depois de uma manobra da Ford para homologar um carburador Holley para os Maverick GT, estes passaram a imperar na categoria.
Teko Teko Joaquim finalmente chegou!
Pra destrinchar as questões.
Grande abraço!
Ora, ora, finalmente…Div-1.
Categoria criada por Antonio Carlos Avallone para disputa da primeira 25 Horas de Interlagos, em 1973, inspirada no Grupo 1 da FIA. Teve enorme sucesso nos idos de 74, 75 e 76. De inicio, o último grande embate entre fábricas – Ford e GM – através dos Mavericks V-8 Quiadrijet e Opalas 250S, com corridas épicas e grids lotados. Pelo seu baixo custo (em termos de automobilismo) e alta competitividade. atraiu muita gente, enfraquecendo outras categorias, como a Div-3 e Div-4. No começo eram cinco classes: A (até 1600cc); B (1601 a 2500 cc); C (2501 a 5000 cc) e D ( acima de 5000cc). Na classe A, primeiro imperavam os Chevette motor 1400, logo superados pelos Passat 1500. Mais tarde seria território exclusivo de Passat TS 1600. A Classe B pouco prosperou, onde corriam Opalas 2500, Maverick 2300 e 3000, Alfas 2150 e 2300. Até Dodginho 1800 andou nesta classe. Mas o maior sucessoera mesmo na Classe C, com Mavericks V-8 e Opalas 250 S disputando palmo a palmo as posições. A Classe D, para Galaxies e Dart teve pouco sucesso, sendo logo banida. A Div-1 foi a salvação da lavoura do automobilismo brasileiro (inclusive na tradição de provas longas) quando do embargo do petroleo em 73/74. Devo ter cometido algumas incorreções, mas no geral acho que é isso aí.
Carros da extinta Classe C ….
meu galaxie tem estas rodas do opala, faz tempo que não via…da hora.
Boa, FG.
Tomara que tenhamos comentários dos nossos ídolos.
Precisamos deles aqui.Voltem Mestres.
(os Senhores sabem a quem me refiro)