Ainda dá tempo!

SÃO PAULO (doideira, sô!) – Meninos e meninas, mais um dia inesquecível, este sábado em Interlagos. Copersucar andando, vários dos clássicos expostos indo para a pista (carro do Trevisan é assim, feito para andar), muita gente importante, todos falando o tempo todo, tirando o atraso, trocando informações, lembranças, memórias…

E, na pista, 35 carros na classificação para a Superclassic, com o Eduardo Souza Ramos, que veio para arrebentar, fazendo a pole com sua Alfa GTV. Pelos meus cálculos, já que alguns que correm sempre não vieram para esta prova, teremos mais de 40 no grid em 2007. É bom a Stock se cuidar!

Mestre Mahar chegou com Zé Rodrigo, curtiu, se divertiu, o Rock Memory tocou, apareceu Jorge Lettry, apareceu Bob Sharp, a chuva veio, e hoje, domingo, tudo acaba. Mas, antes, teremos a prova às 13h30. O #96 virou 2min37s2, dentro de suas possibilidades, e ficou em 33º no grid.

Nosso lambe-lambe predileto, Rodrigo Ruiz, clicou tudo o dia todo. Assim como Veloz-HP, que já fez 326 filmes de 36 poses cada, o que vai levantar a Fotoptica, que andava em crise, quando mandar revelar tudo.

As primeiras imagens do RR estão aqui. Escolhi algumas, a esmo.

Não é para ficar com raiva, se não deu para ir? Mas ainda dá tempo! A Interlagos, pois! A corrida será às 13h30.


Stockão anos 80, da coleção do Trevisan


Malzoni de Carlos André, pintado como o de Fittipaldi/Balder, 1966


96zetes desfilando pelo autódromo


Class of 2007: a turma da Superclassic

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Luiz Eduardo
Luiz Eduardo
17 anos atrás

Gosto de carros, mais ainda de antigos e sou apaixonado por Malzoni. Mas as gatas roubaram a cena.

Pedro Paiva
Pedro Paiva
17 anos atrás

Gente, quem não foi se prepare para o ano que vem, porque valeu muito a pena… Aquele lugar realmente é especial e comemorar o aniversário da cidade ao som de carburadores abertos não tem igual. É o nosso Goodwood!
Bom, pra quem não sabe, participei do Torneio de Regularidade com um Honda Civic verde, automático! (pecado mortal mas cada um vai com o que tem!). Cheguei na sexta feira de manhã para a B03 (terceira bateria), antes de todo mundo. Na bomba de combustível estava só o Spagnolo colando a tabela de horários das baterias. Fiquei ali esperando o povo chegar. E foram chegando… Gente com todo tipo de carro, um barato. Realmente um evento pro povo se divertir. A hora vai passando e somos chamados pra alinhar no embarque, onde colocam o sensor que conta as voltas. Na minha frente, um Celta vermelho. Vi o piloto (Alan) e mais um outro fazendo uma verdadeira obra prima no volante. Me aproximo, puxo conversa. Aquela intimidade t %!$&#dos autódromos. Que surpresa: o próprio Comendador Ceregatti é o autor de uma das maiores gambiarras jamais vistas, prender o celular-cronômetro com oito quilos de fita crepe! Coisa linda!
Entramos no briefing, bem simples porém bastante profissional. Dá pra sentir a preocupação da organização com algum maluco que atrapalhe a festa de todos. Imagino que deve ter sido uma briga para liberarem o autódromo para carros de rua e pilotos idem… O instrutor do briefing diz que a primeira volta a gente nunca esquece. A dele foi com uma Kombi! (boa estréia!)
Sento no carro, capacete no lugar, cronômetro fixo no volante e estratégia montada: pontos de referência pré-estabelecidos e me solta logo que eu quero ir pra pista!!! rsrrsrs… Os carros foram entrando, eu era o último da fila. Cheguei no portão, o fiscal deu dois tapinhas no teto do carro e liberou minha entrada. A primeira coisa que pensei, ainda na pista dos boxes, foi como esses caras são loucos deixando a gente entrar na pista!!! rsrsrs… Confesso que estava com medo de fazer bobagem, ou de algum doido me levar junto. Saí dos boxes, ninguém na minha frente. Não contive as lágrimas, que rolaram como se eu fosse uma criança. No fim da Reta Oposta, antes de contornar a curva pra esquerda, desvio o olhar para onde um dia estive na Arquibancada G (que é provisória e não estava lá!). Enfim, olhei o vazio e lembrei da arquibancada cheia de gente, comigo lá no alto, e lembrei da Toyota do Zonta que era a única que passava aquela freiada com os discos vermelhos. Contornei a curva, falava comigo mesmo, tentando me convencer de que aquilo era mesmo verdade, que eu estava mesmo na pista de Interlagos, aquela pista que tem um lugar reservado no meu coração desde que me conheço por gente, onde via aqueles Opalões desfilarem nos anos 80 (sou novo, nasci em 78 e perdi a melhor parte!). Pelo menos minhas primeiras memórias ainda são do circuito antigo, com anel externo e tudo… Aquele traçado que desenhava na carteira da escola sem muito esforço, dizendo o nome das curvas em sequência… Voltando à pista, fiz a descida do lago e percorri a pequena reta que liga à Ferradura lembrando do olé que o Senna deu no Hill bem naquele ponto em 93. Lágrimas, lágrimas. Nessa hora eu já berrava sozinho dentro do carro. Contorno a Ferradura de pé embaixo, cantando pneu, coisa linda. Freada da curva à direita, Pinheirinho à esquerda, fiquei feliz porque o carro fez bem essas curvas, sem tombar muito. E acelero em direção ao Bico de Pato, que curvinha apertada… O Mergulho é uma delícia, pé embaixo, sensação de montanha russa!!! A curva da Junção com sua tomada inesperadamente difícil, lembrei na hora da rodada do Senna em 94. Tá explicado porque rodou, é muito fácil perder a traseira ali. Subida da Junção, o câmbio automático sofrendo um pouco, e já vejo a linha de entrada dos boxes… Pé embaixo até a linha de chegada. Te confesso que não pensei no Tã, Tã, Tã, mas imaginei o Massa ali há poucos meses atrás recebendo a bandeirada do que é por enquanto a corrida mais feliz da vida dele. E eu ali, exatamente no mesmo lugar. Incrível. Incrível. Ainda chorando, mas já com ganas de acelerar forte, faço a tomada para o S do Senna, que parece começar já na grama, pelo menos uns 100 metros de onde eu tive ímpeto de começar a virar à esquerda. Curvinha bem traiçoeira, fácil de perder a traseira. O segredo é entrar aberto e balanceado pra segunda perna. Pé embaixo, Sol, Sol. E eu imaginando aquela arquibancada de novo… Muro do Berger! rsrsrsrs…. E passo pela segunda vez pela Reta Oposta, já do alto da minha experiência de uma volta na pista!!! E vejo os bumps no asfalto e as marcas de assoalhos de Opalas, Alfas, Fuscas, Ferraris e McLarens que, democraticamente, deixam sua marca no asfalto… Coisa incrível.
Demorei umas três voltas pra conseguir pôr na cabeça de que aquilo era uma competição, e que eu tinha que virar a volta em três minutos… rsrsrs. Contornando as curvas, toda a preparação foi pro vinagre, toda a estratégia foi montada ali na pista, todos os pontos de referência pré-selecionados foram providencialmente re-escolhidos. Me surpreendi com a facilidade que contornava as curvas, o câmbio automático ajudou no manejo do cronômetro e eu fui virando voltas. Foram nove no total. Incrível. Bandeira quadriculada, dou uma abusadinha no S e vejo que estou longe do limite… Contorno as curvas meio que me despedindo, afinal de contas não sabia meu resultado. Pedi a Deus que me desse a chance de andar lá de novo, com um carro de corrida de verdade… Volta completa, entro nos boxes devagarzinho e vou ouvindo os Clássicos ajustando seus motores. Arrepio na hora, penso em como deve ser um box de Mil Milhas. Na grade que me separa dos boxes vejo crianças debruçadas me dando tchauzinho e vivo meu momento de herói! rsrsrss… Chegamos no estacionamento interno, nosso parque fechado, rsrsrs… Mal consigo sair do carro, as pernas com vontade de continuar acelerando…
O resultado foi inesperado, fiquei em segundo lugar!!!! Bateria com doze carros… 431 pontos contra 375 do vencedor. Caramba! Como? Confere isso aí direito, tio… rsrsrsrs… Segundo lugar atrás de uma BMW M3 que nem era da categoria Freestyle mas correu com a gente por falta de quorum. Que maravilha, os doidos não só me deram o direito de entrar na pista como permitiram que eu andasse de novo no domingo!!!! rsrsrs… E a espera até o domingo foi lenta… Muito lenta.
Domingão, mesmo esquema, chego cedíssimo e alinho o carro sozinho no estacionamento. Aos poucos o povo vai chegando.
E, depois de esperar as outras baterias acontecerem, lá vamos nós pra pista de novo. Pista cheia, estratégia diferente. Tento me colocar em uma posição onde possa fazer a volta tranquilo mas tem muito carro na pista. Vou acompanhando a BMW M3 de longe, mas os carros se misturam. Não consigo virar voltas limpas pois o Alan me passa na freiada da Descida do Lago e eu pego ele de novo na Subida da Junção. Atrapalhou um pouco ter mais carro na pista, pois ao fazer a tomada das curvas, mais devagar para um sedan como o Civic, olhava no espelho e via Palios e Celtas se esgoelando atrás, tentando compensar os trechos de subida… Imagino o Celtinha vermelho do Alan berrando, retífica de motor na segunda feira… rsrsrs. Vou fazendo minhas voltas, perto dos 3 minutos mas não tão cravados como na sexta… Contornando as curvas vejo minha pequena torcida na arquibancada da Ferradura: esposa, pais e irmãos. Dou sinal de luz e eles se agitam. No final, a M3 roda na minha frente no S do Senna, deu pra segurar e contorno a curva sem muito susto. Completo 10 voltas, a emoção já ficou pra trás, quero mesmo é me classificar pra final. Dessa vez o resultado não foi tão bom, fiquei em sexto na semi final com 27 carros. Ótimo resultado, porém precisava de pelo menos um quinto lugar pra passar pra final. 24 pontos de difereça para o quinto lugar, ou seja, menos de meio segundo de diferença… Coisas das corridas, faz parte. A comemoração ficou por conta do João Neto, que cravou o segundo lugar na bateria com uma Fiorino furgão de entregas! Antes da prova brinquei com ele que essa seria a entrega mais rápida que o carro já fez!!
Depois disso esperamos um pouco o Tigrão sair com aquele Cosworth maravilhoso berrando pela pista. Coisa linda, ver o FD ao vivo. Muita emoção ao apertar a mão do Wilsinho depois em uma foto de cabeceira.
Não tive muito tempo pra ver as palestras, mas deu pra ver a emoção das pessoas que participaram em ouvir e ver aquelas lendas do automobilismo nacional. E vê-los circulando pelo paddock sem qualquer sinal de afetação foi demais. Achei legal também porque não foi um evento cheio de pó no estilo daquelas viúvas que ficam relembrando o passado. Foi um evento vivo, com muita gente bonita, muita criança brincando no paddock e todo mundo no maior alto astral. Valeu a pena!
Um final de semana de sonho, a realização do sonho e a vontade de voltar lá pra andar mais…
Abraços, Pedro Paiva.

denys
denys
17 anos atrás

Muito emocionante esse evento, pra mim que estou 600km de distância, imagina pra voces que foram!
Ontem (27/01) passou matéria sobre o clássicos de Competição no Jornal da Gazeta á noite(e o Paulo louco pra variar deu entrevista), e no Jogo Aberto na Bandeirantes…
Tem o site do Rodrigo Vieira tambem com muitas fotos de qualidade…
http://www.autodynamics.com.br/materias/classicosdecompeticao2007_quinta/classicos2007_quinta.htm

Eduardo S SP
Eduardo S SP
17 anos atrás

Gostei do No. 7, mas principalmente da morena aí, que linda

emerson
emerson
17 anos atrás

este nº 7 é candidato a mais bonito de todos os tempos…..

Milton M Bonani
Milton M Bonani
17 anos atrás

Aliás o Sr. Trevisan, além de saber tudo sobre automobilismo de competição, me impressionou pela sua simpatia e atenção com todos que estiveram no seu Stand.
Que tal começarmos a pensar em uma caravana a Passo Fundo para visitar o Museu? Seria pedir demais?

Claudio Lacet
Claudio Lacet
17 anos atrás

Que morena linda!!! Quem é?
Flávio Gomes falou tão bem do Jornal do Brasil ontem e hoje ele apareceu numa foto de meia página no caderno da TV. Tá bem na mídia, hein???

Petrus Portilho
Petrus Portilho
17 anos atrás

Raiva ?!!! hehehe, é pouco!

1GT
1GT
17 anos atrás

ô inveja…

Sandro Kuschnir
Sandro Kuschnir
17 anos atrás

Gostaria de registrar a minha grande emoção ao visitar o evento.Corri em varias categorias de 89 a 95(Grupo N,Marcas,Força Livre e Brasileiro de Endurance)e reencontrar carros contra os quais competi(Maverick do Batista,Aldee numero 2)foi fantastico.Mais importante foi confirmar que foram as baratas dos anos 70 como o Super Ve da Gledson,Brasilia do Ingo,Maverick Hollywood que me fizeram ser um apaixonado por carros.Parabéns a todos que ajudaram a realizar o evento,e a voçe Flavio pelo blog, que desde que conheci não consigo ficar um dia sem ler.Boa sorte para o 96 domingo!!

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
17 anos atrás

É, hoje eu estive em Interlagos para acompanhar o Clássicos de Competição. Foi muito show ver todos aqueles carros na pista ecoando seus possantes roncos… fiquei surpreso com a velocidade do Dodge, do Zé do Caixão… pude ver a lenda, o mítico nº 96 a mil no retão principal, circular pelos boxes, ver tantos e tantos carros históricos, ver Wilson Fittipaldi tão de perto, olhar e ouvir o histórico Copersucar FD-01, observar os detalhes dos carros da Superclassic (e conhecer o nº 96).
Aliás, FG, acabei nem lhe dizendo aquela hora que falei rapidamente contigo perto do local do cinema ou no box, mas percebi que no 96 falta um único detalhe, o adesivo-amuleto da sorte: o escudo da Lusa, hehehehe…

Pena que queria ver a corrida da Superclassic amanhã, mas até parece que dará tempo de sair do Canindé e chegar ao autódromo…

Enfim, dizem que a primeira vez a gente nunca esquece e essa tarde que passei em Interlagos eu guardarei sempre na memória, foi a melhor forma de conhecer o Autódromo. Não há fotos que retratem as visões e audições que tive hoje (se bem que lamentei não ter comprado ainda minha máquina digital ou mesmo ter dito quando troquei meu aparelho celular que “celular com câmera é frescura”). Hoje, o torcedor da Lusa aqui compreendeu porque a paixão por carros é tão grande no país do futebol… Sei que não sou como os grandes especialistas e amantes do automobilismo que estão sempre por este blog, devo ter passado por muitas lendas vivas e não os reconheci, mas pude observar muito, aprender muito só de ficar ali, rodando pelos boxes, vendo os carros, sentindo o clima bem de perto. Só tenho a agradecer pela decisão de aproveitar tão bem o sabadão. Valeu mesmo o dia!

E o ingresso tá guardado. Afinal, quem sabe este não foi o primeiro de muitos Clássicos de Competição, o tal Goodwood… e ele vire peça histórica…

Grande abraço a todos!

Sandro Kuschnir
Sandro Kuschnir
17 anos atrás

Estive presente na quinta e sábado ao evento.Realmente os amantes dos classicos de corrida mereciam.
Imperdivel..e o 96 saindo dos boxes com estilo foi bem legal!!