Quanta diferença
SÃO PAULO (e tem dia que não termina nunca…) – Dêem uma espiada neste programete da Globo de 1983, sobre pilotos que venceram mais de um Campeonato Mundial. Foi enviado pelo blogueiro Humberto Espanador.
Reparem no texto. Zero de viadagem. Nada de “grandes emoções”, “desafio de homens e máquinas”, “muita adrenalina”, “nossa bandeira”, ou coisas do gênero. Por estes dias, a Globo está passando programetes à noite para apresentar a temporada.
Comparem o conteúdo, daquilo feito em 1983 e do que vai ao ar hoje em dia.
Estamos regredindo. Melhor: eles estão, não trabalho lá.
Há pelo menos algo ou alguém que não mudou nesses 23 anos: o talento e a voz marcantes do Mestre Léo Batista. Ele, que já foi narrador, bem que poderia ter uma chance de narrar uma corrida de F-1. Se tantos já sopraram a latinha, por que não ele, que tem apenas 60 anos de carreira?
Quanto ao Galvão, eu não confundo o Edurardo Galvão Bueno com o front man da Globo. O Eduardo é um sujeito do bem e um profissional gabaritado. A voz global é uma catástrofe, às vezes, pois assim são os desígnios dos dirigentes dessa dileta concessionária. E ele faz as vezes de funcionário, e funcionário perdigueiro, que coloca a cauda entre as pernas, tal qual Sérgio Groismann, Fausto Silva, Xuxa, Willian Bonner, Luciano Huck, esses três últimos péssimos profissionais, e protótipos da política bajulatória que tem imperado na Vênus nos tempos de D. Marluce.
Vejam que quem não aguentou esse “padrão Globo” de embromação, já pegou o seu banquinho há tempos: Cazé, Thunderbird, Tom Cavalcante, Daniel Filho, Selton Melo. Todos artistas de expressivo quilate.
A Globo de hoje é o “Expresso Malhação”: belos rospos, corpos esculturais, discursos prontos de políticos em época de eleições, e nenhum tutano, senso crítico e criatividade.
Relampago
Concordo contigo. Sem duvida. O Regi é um cara competentíssimo. Entretanto , mesmo com o vasto conhecimento, ele comete algum deslize. Isso é fato. Dificil armazenar tantos anos de F-1, com tantos dados precisos ( tais como os que voce nos passou ai sobre os motores V8 da Ferrari), e ali, no momento da transmissão, e tal.
Ta se desenhando o seguinte perfil:
-Bater no galvao virou a mesma coisa que bater em bebado ( ainda que alguns tentem fazer disso mais do que uma linguagem figurada)
-Todo mundo q desce o sarrafo no Galvao, parece que ta virando dono da verdade.
-Todo mundo entende de narracao esportiva de automobilismo
-Todo mundo quer narradores monocórdios da BBC ,que narram para um publico anglo-saxão, narrando para Latinos ( que somos nosotros)
-Tá deficiente, ta dificil de ouvir o GB? Simples, nao escuta.
-Muito embora o galvao seja uma pessoa com N defeitos, ele tem suas virtudes. E ninguem aqui ( ou muito poucos) enumeraram virtudes a seu respeito. Po, sera q o cara soh tem coisa ruim em si? NADA bom?
Fica facil meter o kct nele. dificil eh elogia-lo, mesmo que, tenha poucas qualidades.
Abraco a todos.
Thiago.
Concordo com você em relação ao termo boçal dado ao Reginaldo Leme, que parece ser uma pessoal bem cordial. O problema é que as vezes o comentarista entra numa de gafes bombásticas, que literalmente me deixam de cabelo em pé. Tudo bem, errar é humano. O problema é a citação de ” verdades ” sem embasamento histórico, que o prezado Regi nos coloca em determinadas ocasiões. Para citar apenas uma: Mudança de regulamento para 2006. Saída dos V10, entrada dos V8. Reginaldo fez a infeliz declaração de que a Ferrari teria que se adaptar a nova configuração pois jamais havia feito um motor V8 em toda a sua história na F1. Qualquer amante ou estudioso da F1 sabe que na temporada de 1964, a Ferrari utilizou um V8 de 1,5 litro ( corrijam me se estiver errado: o modelo 158 , em substituição ao modelo anterior, o 156 ). No final dessa temporada ainda utilizou nos EUA, um motor V12 de 1,5 litro ( ??? ). Ou seja, falta de informação que resulta em desiformação gerada ao público. Aí meu caro, somado esses tropeços e a transmissão do Sr Galvão, você imagina o resultado, não?
Num vô falar de GB, o ser mais escrotal da terra. Chega a um ponto o meu ódio pelo sujeito que dou graças a Deus quando o feio do Cléber Machado narra F1. Próxima temporada vou tentar escutar no rádio, como alguém sugeriu aqui.
Concordo com quem disse que a Globo dá o que o povo quer. Um povo chucro, mal-educado e trouxa, que se dá ao luxo e desplante de assistir bossas como BBB, a doar fortunas (parece que R$ 9 milhões por programa) ligando para o número de “paredão”, merece ter mesmo a RG como maior espoente da mídia. Aliás, merece o Lula e sua caterva, os Malufs, FFHHs e vai por aí… Mas isso são outros quinhentos…
E por favor pessoal: não confundam nacionalismo com o ufanismo cretino da RG… São coisas bem distintas…
Só um pequeno, mas, substancial detalhe que passou em branco nessas resenhas todas aí..
Chamar o Galvão de boçal, é esporte nacional, ou seja, todo mundo quer tirar sua lasquinha…mas, chamar o Reginaldo de boçal?
Acho que, pra chamar o Reginaldo de boçal, teria de ter no mínimo uns 40 anos cobrindo , in loco, a F-1, e entender no mínimo a metade do que ele entende.
Acho que boçal foi a declaração…
Descer o kct no Galvao, vá lá, mas, do Galvão pro Reginaldo tem um abismo de conhecimento….
Menos……meeenos..
Muito barulho por nada parece uma tendência da TV aberta, em todos os esportes. Narradores se esgoelando por muito pouco é o que se mais vê por aí. Não existem mais adjetivos entre o excepcional é o abominável. Como teorizam alguns oportunistas, é o jornalismo-marketing. Conteúdo e visão crítica ficam em segundo plano. Alguém criticou aqui a narração sóbria do Léo Batista do GP da França de 79. Mas não se perdeu nada da emoção da cena em si, o que já basta. Tenho saudades do futebol narrado pelo José Góes da Cultura. Naquele tempo dava pra ouvir a torcida gritando o gol.
calma fg
esqueca a sua verve leninista trotkista e considere a sua competencia no que vc faz muito bem
espero em breve ver voce ao lado do gb comentando o campeonato de bolhas
a propósito, o programete é de 84 e não de 83
Flávio:
Entre neste site e se delicie com as maravilhas do design soviético.
http://www.autosoviet.altervista.org/main-english.htm
Você vai adorar!
Sobre a qualidade das transmissões há uns 15 anos, pelo menos, já reclamamos. É histórica a corrida de Interlagos, em 1991, pois quem ouvia pelo rádio sabia que o Ayrton estava somente com a sexta marcha. Enquanto isso o Galvão cogitava problemas no pneu…
Achei importante o comentário do Rodrigo. Foi um crime o que fizeram com o Nélson depois de 1984. Um bicampeão do mundo, pelo excepcional foi deixado em segundo plano.
Foi um negócio tão idiota, que criaram uma rivalidade entre “piquesistas e sennistas”. Parecia torcida de futebol, cobertura de futebol, enfim, coisas para nós lamentarmos para o resto da vida.
Ainda bem que, de vez em quando, surge uma coluna Retrovisor, do Roberto Brandão, para relembrar os mais desavisados, que pensam que a história da F-1 é a carreira de Ayrton Senna, do imenso talento de Nélson Piquet.
Não se preocupe não, Veloz HP.
Se o FG não está em um de seus trocentos empregos, deve estar escolhendo entre um de seus zilhões de carros antigos com qual vai pro Templo amanhã.
Outra possibilidade, essa mais remota, é de estar nesse momento em algum treino secreto de Formula Speed, dando trilhões de voltas em algum kartodromo bem discreto para responder a pergunta que não quer calar:
“Como reverter o placar atual, CC 2 x FG Zero?”
Aconselho cancelar tudo e assistir a palestra do Bird amanhã.
Certamente esse nosso mito vivo responderia:
“É o da direita, Flavio…. Esqueça o pedal esquerdo.”
sei que e fora do contexto, mas
alguem sabe se a palavra “poria”
existe? pq esta no grandepremio,
alguem por favor me da uma luz!!
PS: pra quem quiser checar esta
na materia sobre quem seria pilotoda Toro Rosso
Há vida inteligente sim, Rodrigo:
Voce.
Só o conhecimento que tem das histórias antigas, de tudo quanto é categoria de automobilismo e de carros já vale a visita na Sport TV.
O que voce escreve aqui, então… Nem se fala.
Embora jovem, tem bagagem como um Matuza. Seu texto primoroso e idéias decentes que lança no Saco de Gatos, seu Blog tambem são imperdíveis.
Essa imbecilização generalizada, essa mania de um famigerado padrão qualidade, esse jeito de transmitir sem compromisso e muito menos presença no local é irritante para quem realmente gosta, e (como eu) acha que entende.
E nem adianta lutar contra a corrente: A tendencia já estratificada é a da superficialidade, tanto na cobertura como na análise.
Nada de Boris Casoy. Tem que ser o casal 20. Do próprio William Bonner escapou que o público médio é o Homer Simpson…
Pena, grande pena.
A RB poderia no mínimo ajudar. Mas parece que faz uma força danada para atrapalhar.
O jeito é fazer como faço há vários anos:
TV sem volume, no mute.
Rádio ligado.
Internet com os tempos e parciais no http://www.f1.com.
Tres mídias diferentes para uma única informação.
Dá certo, mas só dói mesmo quando o GB narra as voltas de dentro do carro, as pegadas de marcha, a força G, em que curva tá o carro…
Como dizia o Senna: “Fica quieto, papagaio!!!!”
Pelo menos na hora das imagens internas com som direto, devia ter um silencio obsequioso.
Galera, cadê o Flávio ?
Ontem não teve o Limite, hoje o hôme não apareceu, tô preocupado…
É verdade, tudo mudou, mas ontem vi um compacto do WRC na ESPN e que qualidade de imagens, entrevistas após cada sessão, acidentes, chegadas, largadas, oficina, pilotos, mecanicos.
AS F1 e suas emissoras coligadas, devem apredemder um pouco mais sobre tudo isso no WRC.
O especial está dividido em quatro partes e não três. E nota-se pelas narrações que deixaram durante o especial que o Galvão era de fato outro narrador naquela época. É impressonante como certos interesses fazem, de uma hora para outra, com que um bicampeão como Piquet naquela época deixasse de ser ídolo em detrimento de outro piloto que mal começava sua carreira na F-1.
Entrementes, o programa é excelente. Os textos eram realmente muito bons, as imagens inesquecíveis. Mas ainda há vida inteligente dentro da TV Globo e do Sportv.
E ainda tem, de vez em quando, o Tadeu Schmidt, um dos repórteres mais babacas da face da Terra. Acho que só perde para o infra-citado Regis Rösing.
É inegável que as coisas mudaram demais na TV no mundo todo em quase 25 anos, não só na Globo. A diferença é que em outros países, o crescimento da necessidade de espetáculo para manter o interesse dos jovens e do público em geral (não apenas o analfabeto, como se disse em baixo, mas mesmo as classes A e B) é feito parte com o chamado “dumbing-down”, que seria algo como “imbecilizar”, com reportagens leves e comentários genéricos e com certo nacionalismo babaca, e parte utilizando tecnologia para informar o público especializado, produzindo também matérias originais e bem feitas. Exemplos desse equilíbrio são a ITV, na GBR, e a RTL, na Alemanha. E, claro, tudo com uma produção impecável em termos de TV.
Já na Globo temos 2 boçais comandando a transmissão (Galvão e Reginaldo), mais o repórter bobo-alegre da vez. Notaram que a Globo nunca deixa seus repórteres mais que 2, 3 anos na F1? O Bassan agora foi ser correspondente na China… Eles não querem que o repórter ENTRE de verdade no mundo da F1, estabeleça bons contatos além da patota brasileira e mande boas matérias, algo que leva anos até ser aprimorado. Apenas alguém que mande a matéria engraçadinha do dia pra justificar os compromissos publicitários vendidos. Além disso, o nível de produção é terrível. Além do pouco tempo, não tem link de câmera no grid/pit/paddock ao vivo, coisa que todas as grandes emissoras do mundo tem, os gráficos próprios e caracteres, além da constrangedora abertura caracterizada pra cada transmissão (geralmente narrada pelo Luis Roberto ou Léo Batista) parecem ter sido produzidas nos anos 80… Até o Speed, nos EUA, país que não liga muito pra F1 tem câmera ao vivo exclusiva para o grid e para o pós-corrida e nível de produção impecável.
As pessoas que acreditam que a Globo preza pela qualidade, nem que seja apenas estética, tem que assistir muita TV no mundo afora pra tirar esse mito da cabeça, e nada mostra mais isso que as transmissões de automobilismo do canal. Até plasticamente a parte que cabe a Globo nas transmissões é das mais feitas nas coxas do mundo. Uma vergonha.
Flavio,
Concordo plenamente com você em relação a rede Globo, mas tambem acho que as outras pecam muito , principalmente a Bandeirantes, que prefere mostrar um campeonato Americano , espanhol , Italiano ou Tcheco de qualquer coisa ( Poker por exemplo ) do que mostrar o Brasileiro de marcas, ou o Superclassic .
E qual a opção que temos na TV aberta?
É triste, mas é a realidade.
parafrazeando o reclame do shampú…”quanta diferença”. Hoje, realmente não dá para ouvir tanta baboseira. Assisto com som quase inaudível. Até o xará se rendeu à mesmice.
É muita diferença para os dias de hoje,é uma pena.
Esse programa foi dividido em 3 partes no YouTube. Merece ser visto.
Ele apresenta um resumo da história da F1 até então e resume a temporada toda, quando o Piquet foi campeão.
Foi possível notar como o campeonato foi disputado.
FG, no final de 2006 enviei os links para as 3 partes deste programa. Infelizmente não salvei as URL´s para colocar aqui…
É verdade, estão destruindo Jacarepagua. Reparem que o Galvao Bueno narrando o gp do Brasil ja era chato do mesmo jeito que é hoje. Uma corrida drammaaa’tica….que desgraca, so nao tinha ainda o haajjaaaa coracao.
Na segunda parte aparece o autódromo de Jacarepaguá em 83. Que tristeza o que estão fazendo com ele hoje!! Maldito PAN!!!
Era tudo diferente, tinha muito mais informação, pesquisa, e alguma seriedade.
Principalmente o tempo dedicado a Formula 1 era maior.
Hoje, alem se tudo ser feito nas coxas, apesar da tecnologia, só temos a transmissão da corrida que começa 3 minutos antes da bandeirada e termina 30 segundos após o podio.
Em mais de 20 anos andaram para trás, e muito…
Olá,
FG, é uma coisa simples. Em alemão se diz “Zeitgeist”, ou “espírito da época”.
Estamos ficando velhos…
[ ]´s
É mesmo, toda reportagem da Globo, hoje, tem que parecer um dramalhão, tem que ser uma novela, até as do Globo Rural. Até o tom da fala dos reporteres dão aquele ar de sofrimento. Se o espectador não tiver vontade de chorar no final, o reporter não pontua …
Ah, e sem contar que as gerações mais jovens precisam de mais recursos de midia para prestarem a atenção em alguma coisa (tudo precisa parecer um grande video game)…é essa a tendência em todas as tvs do mundo….quer narração sobre imagens? não te mando pra Cuba, porque lá eles não têm essa tecnologia ainda ahahahahahahahahahahahahah
A Globo, como diz o Silvio Santos, “dá o que o povo quer”….pão e circo…o problema são pseuso intelectuais ficarem se achando o máximo, porque já não gostam disso.
FG, sempre que vc fala da Globo, aparece uma pontinha de….você sabe.
Prepare o seu coração….
não é a TV que está imbecilizando. é o povo. a TV mostra uma programação adequada ao nivel cultural e educacional
da maioria de seus espectadores, o povo. a TV não exibe programas para nós, mas para a maioria. se o povo é semianalfabeto , o conteúdo também deve ser. a TV deve falar a lingua do povo, assim até o presidente pode entender.
Alguém já disse, não estou certo se foi Stanislaw Ponte Preta, que a televisão é a máquina de fazer doido. Pelo menos no Brasil, a Tv aberta imbeciliza pela sua programação.
Ainda acho que a única virtude da TV foi banalizar o milagre.
Nada mais.
realmente era melhor
Naquela época eles se preocupavam mais com os substantivos que com os adjetivos.
OLha acho que infelizmente a ambição o descaso da toda poderosa corromperam a nossa televisão
naquele tempo a coisa era bem explicada e naum apenas imagens soltas ao vento pra enganar o publico
triste mais verdadeiro
ainda bemq temos esse you tube pra relembrar
grande abraço
É, Flávio, os tempos eram outros… havia quem escrevesse bons textos, que só ajudavam a valorizar a boa locução do Leo Batista… sem contar algumas brincadeiras de edição que são bacanas ao se pensar que eram feitas em fitas VHS na raça, não em editores em computador… hoje o que vale não é o documental, mas aqueles esquetes circenses, aquela coisa meio Regis Rosing que é mala demais…
Talvez seja o reflexo do que é a F1 hoje e o que era a F1 antigamente, naquela época…
Menos Gomes, menos….
As vezes é mais…..mas nesse caso, menos Gomes, menos….
Tem uma abertura, da época que o Senna estreou, que é medonha, da globo, ta no Blog do Capelli
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Gomes, estou mandando aos poucos as coisas interessante que lhe falei, a uns posts atrás
Hoje te mandei algo que vai interessar a muitos aqui do blig