Que DKW é esse?
SÃO PAULO (vamos, detalhes!) – Nosso mestre e guru Roberto Nasser desenterrou estas três fotos do DKW mais estranho que já vi correndo em toda minha vida.
E como todo bom guru, deixou ao gafanhoto aqui a tarefa de descobrir do que se trata.
Como tenho um staff de Matuzas para tal, deixo com eles.
Aguardamos esclarecimentos de Joaquim, Caíque, Brandão, Comendador Vaca Louca, Veloz & cia. Ltda.
Essa é mole!
Esse carro era do Januzzi (grande playboy da época). E foi preparado pela equipe do “Jorge Papas”.
O local é a 302 norte, perto da rodoviária, nese dia eu estava lá e fazia parte da equipe do “jairo”, um mecanico muito inteligente que inclusive correu com um carro de um cliente.
DETALHE: O cliente nunca soube que o carro dele foi usado na corrida.
O mecânico se chamava JAURO RIBEIRO. Trabalhou comigo na CENEL -Revendedora DKV – Vemag nos anos 60 .. O Jorge Pappas era chefe da Oficina da CENEL ( Zé Melo Neto ) só para informar.. Me lembra do Assis.
É mesmo o Chute, que depois seria conhecido como Chapéu de Freira, por conta de um enorme aerofólio que o George Pappas instalou. As curvas em questão são mesmo as Gêmeas, duas de 90º depois da Cascavel (a curva do Vale do Rio Doce, na sequência aquela que ia para a W-3 Norte, onde o Malzoni do Dezinho (ex # 96 do Norman) perdeu uma roda e pela posição do sol a última foto é na descida do Eixo Monumental, após a Curva da Torre de TV.
Vida longa aos ´Matuzas`, assim com ´m´ maíúsculo mesmo, cada vez fico mais fascinado com seus depoimentos… Obrigado por compartilharem suas experiências conosco, simples mortais…
Valeu o comentário, Veloz.
Quando passar para o lado de lá, vou virar rato de box novamente.
Encontrarei a mim mesmo (como pode? Sei lá…) Tazio Nuvolari, Farina, Fangio, Caracciola, Pace, Peterson, Villeneuve, Rindt, Siffert, Stefan Beloff, Landi, Ciro, Senna, Bandini, Clark, Courage, Cevert, Revson, Williamson, Barberis, Christian Heinz, Cacaio, Cardoso e Cia.
Vou procurar o Greco, montar um esquema e sentar na primeira barata que aparecer.
Me aguardem.
Esse dia vai chegar – vivo aqui ou morto lá.
o cornowagen surgiu na alemanha em 1 955. no brasil, dez anos após. creio ter sido a primeira evidência da existência de machismo latino-americano num veículo brasileiro.
o anúncio da vw mostrava coisas práticas, como levar uma escada. mas um humorista – não me lembro se o ziraldo ou o millor – fez um desenho a nanquim.um só, e foi devastador. publicado numa grande revista semanal, o cruzeiro, manchete ou fatos & fotos, mostrava uma enorme e veadíssima galhada emergindo através do teto solar.
só. nem legenda, nem ilustração do motorista. creio, acabou aí.
naquela época em que automóvel não era democratizado, a patuléia ignara e pedestre se sentia vingada quando podia se referir ao vw teto solar como cornowagen, carro disto e daquilo.
aconteceu o que contado aqui: quem tinha, soldou o teto, sobraram poucos.
aliás, em matéria de raridades, no museu estará outra: uma das 3 ou 4 unidades do fusca itamar tornadas conversíveis.
jovino, pinte.
Sem dúvida, Uzeda, estarei lá dia 25 próximo. Terei o maior prazer em rever o Maluf. O que eu não contei no post anterior era que enquanto o VW-Cascão do Ênio tinha retaguarda de box,etc. – o BMW da dupla, praticamente uma sedã de rua, 4 portas – tinha que reabastecer num posto de gasolina próximo. Isso deu muita vantagem ao Fusca pois o BmW tinha que descontar todo o atraso, numa tocada fenomenal dos dois.
Abs.
Joaquim,
Voce esta certo, o Emerson Maluf é meu amigo hoje e ele me contou esta historia, vou tentar leva-lo para a pista no dia 25/01 . Voce estará lá ????
O “Cornowagen” fabricado pela VW entre o 2º semestre de 1965 e inicio de 1966, depois de ganhar esse apelido (segundo alguns, surgido no RJ) começou a se desvalorizar, quando muitos proprietarios do modelo queriam se livrar do carro vandendo a qualquer preço.
E a grande maioria teve o teto soldado, deixando de ser “Cornowagen”..
Hoje, os poucos exemplares que restaram originais, estão bem valorizados.
O Fusca tah eh tomando uma volta do DKW!
Em português (mesmo) a palavra seria assessoria. Pelo Houaiss staff é tão válido quanto estafe…
Como estamos no Brazil, sr. Gomes, o senhor deveria escrever “estafe”!!!
Bem amigos da Rede Gomes, 19 de janeiro 7:52 da matina, bom dia.
Aos mais jovens :
Daqui a uns 25 ou 30 anos vocês terão o que para lembrar e contar aos mais “jovens futuros”, sobre carros e corridas ?
Dentre vocês, hoje pouco rodados na vida, emergirá algum Joaquim, Nasser, Jovino, Ceregatti, Brandâo, HRD Vincent, Romeu, FellipeW, JonnyÒ ?
E se assim ocorrer, que histórias automobilísticas vocês contarão aos mais jovens sobre o seu tempo de garoto ?
Só nos relatos dos matuzas nesse post já dariam um roteiro para livro, filme ou documentário.
Já pensaram quando nós, “os matuzas”, partirmos para o lado de lá, o que restará de alegria no reino da mecânica por aqui ?
Pensem nisso, garotos.
Abraços aos malucos.
Nasser, com certeza pintarei por lá e levarei o meu fusca retrô. Um dia destes apareci lá no museu e dei uma fotografada básica nas obras de arte, mas você não estava por lá.
Abraço.
Jovino
Cornowagen…nem precisava dizer…só tenho 28 mundiais de F1 e conheci só um até hoje…
É verídica a história de donos mandarem fechar o teto do carrinho por causa de tão jocoso apelido?
Às crianças, leitoras com menos de 40 Campeonatos Mundias de F1:
“Cornowagen” eram os fuscas com teto solar de fábrica.
Coisa de gringo que nunca vê o sol, e que naturamente aqui, vastas terras tupiniquins adquiriram tão simpático apelido…
Maldade da patuléia…
o Nasser, modesto como sempre, se atribui menos virtudes e qualidades do que realmente tem. Em 68, acho que ele correu de fusca os Mil Km; em 74, não me recordo mas em 75 fêz um sétimo na geral e primeiro na Categoria B – só perdendo para Mavericks V-8 na geral – ao volante de um Alfa 2300 Divisão 1, com os cariocas Aloísio Kreischer (para quem recorda, aquele mesmo da porrada da Alfa GTV nos treinos da corrida de Petrópolis) e o Murilo Pilotto, atual chefe de equipe daquelas Ferrari e Alfa 156 que correram nos últimos 500 Km de Interlagos.
Mas, Nasser, conta aquelas tuas corridas naquela pista de asfalto, paralelepípedo e terra de Inhumas, versão 69, a bordo de um DKW ex-fábrica.
Deixa de ser modesto, rapaz!
Abs.
vocês me creditam testemunho e memória que não tenho. eu era apenas um petiz interessado em automóveis e, pelas limitações da idade, só podia assistir às corridas de rua se fosse seguro pela mão do jovino, que era um promissor rapazinho …
camaradas, o circuito é uma daquelas variáveis atrapalhadas na asa norte. a autoria é o jacques fonseca e do georgios pappas, na oficina do próprio, trata-se do New Shutt – nada a ver com a atual fábrica de coisas tunadas para meninos idem – e advém do primeiro protótipo do Jacques, o Chute. Nasceu a partir de um taxi com vasta porrada no porta-malas.
depois, teve estas intervenções estilísticas, digamos, peculiares.
sumiu com a natural defasagem dos vemag contra os vw que começavam a subir de cilindrada e a nova fase do automobilismo brasileiro.
jovino. corri de alfa 2300 nos 1.000 km de brasília. atrapalhava os tempos do murilo pilotto e do aloísio kreisher. rodolfo, saudades.
jovino, pinte no museu do automóvel neste final de semana – ou quando quiser. neste, encontro com 20 fuscas bem variados. tem até raro cornowagen e o jipe 181, único no país.
Jovino,
Em 69 o Bob Sharp correu em dupla com o Alan Joullié num DKW branco todo em fibra de vidro e com um buraco na direita, no lugar do farol. Andava muita aquela Deka e a tocada do Bob Sharp era absolutamente inesquecível. Grande duelo nessa prova foi também a do Luisinho P. Bueno de BMW e o Marivaldo Fernandes de Alfa GTA. Estréia do Snob’s Corvair do Eduardo Celidônio/Carlos Sgarbi e do Elgar do Ênio Garcia, o AC-VW do Walter Hahn, protótipo Alfa-Tornado do Jaime Silva/Ugo Galina, Lorena-VW do Olavo Pires/George Pappas, o Camber do Alex/Zeca Vassalo, estreando aquele horroroso aerofólio e aquela profusão de fuscas, DKWs, Pumas, Corcel 4 portas do Marcos Cyranka/Carlos Alberto Toscano e até um Gordini, salvo engano, do Luis Fernando Lapagesse.
Rapazes, vocês não sabem o que perderam…
Abs.
Confere Joaquim. Um dia destes, como sempre faço ao sair do trabalho lá na esplanada dos ministérios passei por baixo da rodoviária onde ficava os boxes, e veio um filme na minha cabeça, vendo as alfas gta, o patinho feio, duas dekas que andavam uma barbaridade com um corte no pára-la traseiro igual ao da deka do Gomes, uma com o nº 41 e acho que era pilotada pelo Bob Sharp, sempre juntas e num cacete só, desciam e viravam a direita e faziam uma meia tezourinha e passavam em frente ao Conjunto Nacional e seguiam para a W3 norte. Que saudades que dá desse tempo.
Nasser você correu com um JK, mas acho que foi no autódromo.
Jovino
A largada para esse circuito se dava no Eixo Monumental, debaixo da Rodoviária, contornando a curva de 90 graus e seguindo pelo Eixão Norte até o viaduto (e não elevado) que dá acesso ao Eixinho Oeste. Após a subida do viaduto, descia-se rumo ao Conjunto Nacional, retornava-se à direita, seguindo por uma pequena reta rumo à W-3 Norte. Daí, curva 90 graus à esquerda rumo ao Eixo Monumental, curva à direita rumo à Torre de Tv, fazendo o contorno frente à torre e descendo novamente o Eixo Monumental, no sentido do Curvão da Rodoviária e chegando ao ponto de largada. Acho que era isso, de 1966 a 1970, pelo menos. Confere aí, Jovino…
É joaquim, estava esperando a sua confirmação, pois fiquei com dúvidas, e como você disse, faz muito tempo e eu não me lembrava destes pára-lamas tão cortados assim, pois acho que ele deve ter feito isto depois. Este circuito era o que faziam os Mil quilômetros e realmente pegaga uma parte da w3 norte e passava na curva da torre de tv e descia para o bascião da rodoviária. Um dia destes fui a oficina do Jeorge Pappas, mas não o achei lá, pois estava querendo conseguir uma foto desta deka com ele para mandar para o Gomes.
Jovino
Paulo Uzeda,
Esse fusca era dificilimo de andar na frente dele, tal o nível de preparação (para o local e época…) e a qualidade da dupla que o tocava. Cheguei a ver a batalha desse fusca contra uma BMW 2 litros em Goiânia (Maks Weiser/Emerson Maluf? Ajuda aí, Guru Nasser…) e o fusca levou a melhor. Por aí vc avalia o tamanho da encrenca.
Esqueci de comentar:
O George Pappas,em 1969, passaria a fazer dupla com o Olavo Pires em um Lorena vermelho da Retífica Brasilia, que tinha umas tomadas de ar enormes, o que lhe valeu o apelido de “orelha de rato” pela molecada aficcionada.
Bando de desocupados…
BSB HOTEL NACIONAL.
NÃO TEM ELEVADO.
Essa era a carretera DKW do George Pappas, figurinha carimbada nas corridas do Planalto. As fotos devem ser de 1968, pelo fusca #2 da Cascão/Brasal (Ênio Garcia/Toninho Martins) que era o papão das corridas em Brasilia, Goiânia e Anápolis.
A primeira foto creio ser a subida daquele elevado (tesourinha em BSB) ou curva da Vale do Rio Doce. A segunda creio ser a última curva daquela sequência que vinha em descida, logo após essa do elevado e dava acesso a uma retinha que acabava na W-3 Norte, virando em sentido à Torre de TV.
Sei não, faz muito tempo, mas acho que é isso aí.
Acertei?
Comendador Vaca louca não…
COWmendatore Cerega…
Quem é esse tal de Comendador Vaca Louca?
Flavio,
Você percebeu o fuscão da 2º foto , sem tampa do motor, andando na frente do Deka ? ? ? ?
Abraço
Como ninguém adivinhou (ainda…), vou chutar: é uma carretera vestida de DKW! huahua… Mas não parece?
Em tempo: as fotos são das curvas “gêmeas”. do “bacião” e da reta do Rodoviária.
Realmente o bicho é esquisito pacas ! mas isso é que era legal desta época.
Concordo com o Jovino pela “planura” da paisagem deve ser brasília mesmo.
abs
Filipe W
Sendo o grande guru J.R. Nasser quem mandou, deve ser então o grande ídolo dele o Jannuzzi. Abraço Casca
Saudades……bons tempos! Arriscando: pelo numeral 23 só pode ser da dupla George Pappas e Roberto Farias, acertei?
Affff… pinta de verde e joga no mato… hehehehe… teria coragem, FG?!
Como foi o Nasser quem mandou, tá parecendo a DKW do George Pappas (o grego pappas) aqui de Brasília, que tinha a traseira mais ou modificada e parecida com esta, mas não tinha os pára-lamas cortados assim, a não ser que tenha modificado e eu não tenha visto.
Jovino