Um passarinho me contou…

SÃO PAULO (pena) – …que toda a frota, ou quase toda, de Alcides Diniz já foi vendida pela família. Tudo, ou quase tudo, para a Europa. O GT40 por algo beirando 1,5 milhão. De dólares.

A fazenda onde ficava sua pista particular também está em vias de. A família, contou o mesmo passarinho, não estava muito interessada em guardar nada, apesar da histórica ligação com o automobilismo.

O site da Capuava Racing está desativado. Só tem a home.

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Willian
Willian
17 anos atrás

Fofocas do Flávio Lobo.

Engate
Engate
17 anos atrás

Concordo totalmente. Na verdade não somos donos de nada, apenas cuidando para o próximo “dono”. Daqui 100 anos estaremos todos mortos e os GT 40 estarão roncando nas pistas.
Lamborghini, minha palavra favorita, Miura, meu carro favorito. On days like these… gostam de Matt Monro?

KGMAN
KGMAN
17 anos atrás

Sou de Sto André e conheço esse Camaro desde pequeno…o ex dono, o Tarzan, só andava com Alfas TI4 destruídas. E esse Camaro está parado faz muito tempo, deve estar todo travado, mas é show…
Agora esse Lambo Miura…puts…quem me dera minha vó ter um desses na garagem! Acho que vou mandar um e-mail pro Supla pedindo o carro de esmola!
ABCS

reginaldo
reginaldo
17 anos atrás

Que história VELOZ. Apesar de tudo, voce foi um privilegiado. Teve sob sua posse (efemera é certo) uma jóia rara. E o Comedattoria disse tudo. Sem grana, MUITA GRANA mesmo, a nós, só resta participar pelas beiradas. A felicidade debaixo do capacete, poderemos até imaginar, e eventualmente até sentir, mas sempre ficará um gostinho meio amargo . Uma pena que não vendam a quem aprecia. Essa gente tem um egoismo de tal magnitude, que não adianta nem perguntar. São especialistas em dizer não!.

reginaldo
reginaldo
17 anos atrás

off tópic: Seguinte macacada: estarei em floripa na sexta feira. Se alguem de lá quizer subir pra sampa comigo, direto para o Templo, mande mail ou telefone (011) 9897.0163. Garanto 2 lugares, mas não a volta. só a vinda. Abraços…Reginaldo Natrock

Pablo
Pablo
17 anos atrás

Veloz, leve uma dose extra de seus sais para o Templo no sábado… Vou te alugar nos limites do insuportável, procurando saber sobre esse que é um dos meus maiores sonhos.

dedo estropiado
dedo estropiado
17 anos atrás

Caro VELOZ HP, o caso do Miura, guardadas as devidas proporções parece aquele do CAMARO CONVERSÍVEL 1968 que está apodrecendo há mais de 20 anos aqui em S.André, o proprietário falecido, conhecido como Tarzan, não queria vender, morreu, agora a familia colocou uma lona sobre o que resta da raridade, um legitimo conversível 68….

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Sim Pablo, não só andei nela como ficou 3 dias aqui em casa provocando uma verdadeira aglomeração de malucos na porta da minha casa.
3 dias inteiros desmontando cuidadosamente os 4 Weber triplos para limpá-los e destravar as válvulas de poço, canetas, parafusos, etc.
Trocamos o óleo do motor, filtros de óleo, filtros de combustivel, velas, desmontamos, limpamos e lubrificamos todos os cabos e eixos de acionamento, bateria, bancos, tudo estava largado, esquecido e imundo.
Quando terminamos a parte mecânica fomos para a carroceria e após 3 ou 4 enceradas nervosas a côr laranja-Lamborghini resplandeceu como ouro.
O carro não tinha um risco, um amaçado sequer, só estava abandonado e esquecido.
A sensação de ligar o V-12 e escutá-lo girando redondo é indescritivel.
Quando saímos para os primeiros “testes” após o trato geral foi de encher os olhos de lágrimas de emoção.
O motor nem era mais potente que o do Opala e Maverick que eu tinha na época mas o conjunto é que fazia a diferença. Tudo perfeitamente ajustado para qualquer velocidade, sob qualquer situação limite, sem exitação ou sensação de insegurança.
Essa talvêz seja a melhor definição para carros desse nivel, eles não demonstram a velocidade em que estão, tal a perfeição da sua engenharia. Foram pensados e feitos para correr, então correm.
O pior de tudo foi chegar domindo à noite no Solar da Condessa, subir pela pequena colina arvorizada e estacionar o carro no fundo da garagem sabendo que ele ficaria abandonado por lá o resto da vida, como de fato está até hoje.
Uma maravilha dessas abandonada pelo dono que o ganhou numa aposta de cavalos no Jockey Club de São Paulo, que só viveu e foi feliz por 3 dias quando 2 malucos a resgataram do pó e restauraram sua vida.
Seus 12 alegres cilindros viveram seus melhores giros comigo e agora enferrujam no silêncio.
Às vezes custo a entender esse mundo, normalmente continuo não o entendendo, mas em certas ocasiões eu o odeio, mais que normalmente.

Pablo
Pablo
17 anos atrás

Veloz, vc andou em uma Miura? E mais que isso, sabe onde tem uma encostada??

PQP!!!!

Sempre achei que um desse em Sampa seria querer demais… Ainda não fizeram carro mais instigante que esse.

José da Silva
José da Silva
17 anos atrás

Ceregatti lembrou bem, família Diniz é uma abstração, os irmãos não se suportam, e nenhum suportava o Cidão. Agora é a Lucília que rachou a lenha com o Abílio…
Quanto à tradição no automobilismo da família, menos, galera, PP na F1 só foi melhor que Rosset (outro filhotâo bração bilionário).
E que se danem os carros.

Marcog
Marcog
17 anos atrás

A “história” da qual comentei não estava nos carros, o que concordo com você. Estava me referindo às pessoas….

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Não adianta, pessoal.
Corrida de carro nunca foi pra pobre. Digo sempre que, se levar a fundo e a sério, nem rico é suficiente: tem que ser milionário.
E é do que trata esse post.
Grana e carro de corrida.
O falecido Alcides Diniz era um apaixonado, que usou como poucos o extremo poder da grana para curtir essa paixão, tambem extrema.
Como caixão não tem gaveta, usufruiu na totalidade do prazer de quem gosta de fato.
E pra quem gosta de fato não é apenas carro de corrida, trata-se de comprar felicidade – aquela solitária, que todo piloto sente dentro do capacete.
Para a família eram apenas bens materiais, grana somente.
Diga-se de passagem que essa famíla esfacelou-se, quando o Alcides afastou-se do Grupo Pão de Açucar, numa separação tumultuada e com cicatrizes para todos os lados.
Agora morto, tudo aquilo que restou são apenas bens materiais, algo excentrico e sem nenhum valor sentimental ou histórico.
Sinceramente, acho melhor assim. Melhor que vendam as preciosidades a quem realmente gosta. E se gosta, gasta.
Se pudesse, compraria.
Simples assim.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Não tenho nada a ver com a vida de ninguém além da minha, mas posso afirmar que o Cidão tinha um enorme carinho pelos seus carros e pela sua história no automobilismo.
Como o Jovino citou, eu tive meu primeiro encontro com o Alcides e esposa em frente da Livraria Cidade Jardim, hoje Siciliano, e ficamos conversando das 1:30 hs da manhã até às 8:00 hs, e só falamos de carros e corridas.
Anos depois nos reencontramos de novo no Restaurante Pandoro e foi a mesma coisa, só que aí a conversa foi pela sua pista particular na Fazenda Capuava que estava em plena construção e a animação dele era total e aplacava um pouco seu já sofrido momento com a doença que o vitimou.
Portanto, sou testemunha do extremo amor que ele dedicava aos seus carros e a sua pista.
Se a família não levou isso em conta e já vendeu quase tudo, não sou ninguém para comentar isso, apenas sentir muito, principalmente pela memória dele.
Se esses carros ficassem guardados enferrujando em algum galpão também não seria bom, seria até pior.
Perto da minha casa mora a Condessa Matarazo e lá no fundo da garagem do seu solar apodrece dia a dia uma Lamborghini Miura 1969 com no máximo uns 35 mil km originais que o seu neto ganhou numa aposta no Jockey Club com o conde Scarpa em 1970.
O carro está lá, pneus murchos, empoeirado e esquecido.
A última vez que andou foi comigo e um amigo meu que era filho de uma de suas amigas e o levamos para minha casa para limpar os carburadores, velas, trocar o óleo e limpeza geral.
E isso tudo foi a quase 18 anos atráz.
O que é pior nesses dois casos ?
O abandono, sem dúvida.

ricardo bifulco
ricardo bifulco
17 anos atrás

boa tarde pessoal!!

Pelo o que consta, a Alfa GTAm que o Alcides e o Abilio venceram as Mil Milhas de 1970, faz parte do acervo da familia.

Sergio SP
Sergio SP
17 anos atrás

Pois é, Vitão, queria que minha garagem tivesse uma assombração dessas.

Bruno Mendicino
Bruno Mendicino
17 anos atrás

Para mim é uma pena, pois eu gostava de ver os carros da Capuava representando a cidade onde moro (Indaiatuba), inclusive vi aquela Mercedes DTM vencer os 500 km e chegar em segundo nas Mil Milhas, o Lister também vi nas Mil Milhas, mas se não me engano se envolveu num acidente enquanto eu tirava um cochilo. Ainda acho que o Pedro Paulo poderia usar de sua pilotagem para continuar com as vitórias da Capuava Racing!
Só pra te contar uma coisa Gomes, meu pai Artur Carlos Mendicino era preparador de DKWs na Scuderia Interlagos e tem muitas histórias para contar sobre eles, inclusive de um motor que fundiu devido a quebra de um escape em Piracicaba, esse motor estava com mais cavalagem que os da Equipe VEMAG e o ‘podrinho’ ganhava a corrida, quando o pior aconteceu e a vitória ficou mesmo com a Vemag.
Um Abraço!

vitão
vitão
17 anos atrás

a Bugatti parece assombração, cada dia baixa numa loja. Na semana passada estava na total da av. cidade jardim (ao lado da Byscane/Forest ou seja lá o que for). Tem um lister á venda na Pastore, mas não sei se o do ASD ou do maluf.

Roger Petschow
Roger Petschow
17 anos atrás

É uma triste notícia!
Onde anda o Pedro Paulo Diniz que deixou, a história da família terminar dessa forma?

Sergio SP
Sergio SP
17 anos atrás

Dezembro passado, a Bugatti estava para vender na R. Estados Unidos, aqui em São Paulo, acho que na Prestige Motors.

Marcelo
Marcelo
17 anos atrás

Menos pessoal !

Pelo pouco que sei, parece que não tinha nada da história do automobilismo nacional lá.

Seria muito legal ver aquelas máquinas expostas, mas Lister (sei lá como escreve), Mercedes DTM, Ford GT 40 … não tem nada com a gente.

Nem a pista serve pra muita coisa.

Além do mais. Acho que estamos bem servidos de pessoas engajadas na manutenção da nossa história automobilistica. Que diga-se de passagem, não é lá muito complexa.

Abraços

jovino
jovino
17 anos atrás

Eu acho que tem que haver um envolvimento das pessoas com aquilo que gosta para que um acervo deste fosse mantido. As pessoas morrem, mas a vida continua para quem está vivo, mesmo porque, se todos que deixassem este mundo levassem o que tem na terra, não haveria museus, história, nem nada, por isto, acho que eles (herdeiros) deveriam manter o patrimônio até como forma de homenagear o ente querido. Não sabemos da realidade financeira dos herdeiros que possam estar mais a fim de usufruir do dinheiro que eles teriam com a venda deste patrimônio do que manter o acervo. Uma vez o Veloz falou de um encontro que teve com o Alcides e esposa na saída de um banco ou mercado e que eles foram muito simpáticos e gostavam de ficar falando sobre os carros e o passado automobilístico. É uma pena que estes carros estejam indo para fora do Brasil.

Jovino

Marcog
Marcog
17 anos atrás

Olhando a Homepage… com uma loira daquelas, basta… : )

Marcog
Marcog
17 anos atrás

Poxa, que coisa triste. Eles têm uma história no automobilismo brasileiro, seja “clandestinamente” ou não…

Achava que o Abilio também se interessasse pelo assunto. Será que largou por causa de desgosto com o desempenho do filho ? : )

será???
será???
17 anos atrás

Falei bobagem, desculpem. O vivo é o Abílio.

será?
será?
17 anos atrás

Foi o Alcides mesmo que morreu? Não foi o irmão dele???

John Locke.
John Locke.
17 anos atrás

Por outro lado, as ações do grupo pão de açucar estão caindo…

Bebeto
Bebeto
17 anos atrás

Eu nem sabia que ele morreu
a família está mais do que certa.
A vida segue, carro parado só em museu .