Lindoiadas – I
SÃO PAULO (sempre tem coisa boa) – Recebi muitas fotos do pessoal que foi a Lindóia no encontro do feriado, e vou pingar algumas aqui. Começando com esse Lorena de babar.
Quem mandou foi o Celso Santoro, primo-gêmeo do Rodrigo, aquele da TV.
O Carro Esportivo Lorena,em Limeira – São Paulo em 1969 no Recinto da FACIL ( Feira Agro
Cientifica Industrial de Limeira ),o Carro Esportivo Lorena,ficou Exposto no Estande da Reven
-da Volkswagen,o Modelo na Cor Vermelho,foi a Sensação !
…….não tinha borrachão!!!!!!!Meu pai teve um Lorena!!!!!!Eu me lembro!!!!!!!!! Borrachão é de ônibus!!!!!
Morei em Copacabana em 1970 e o Lorena do Sérgio Dias era guardado na mesma garagem do meu Fusquinha. O carro era muito bonito, tinha inclusive essa rodas Scorro, mas quando chovia, molhava mais dentro do que fora.
De fato, quem já leu o livro biográfico sobre os Mutantes, chamado “A Divina Comédia dos Mutantes”, nas pgs 210-11, os três Mutantes Rita, Arnaldo e Sérgio posando com o Lorena…O referido carro pertencia ao guitarrista Sérgio Dias. E ainda sobre o Lorena, eu vi um à venda em abril de 1985, numa revenda de carros usados em Canoas (RS)..O que eu, então um adolescente de 17 anos, fiz? Nada, apenas marquei na minha memória o lugar onde estava à venda…Era somente o que me restava fazer!!!!!
Comparar esse pato pisado com GT40 e Dino é crueldade de sogra! …menos, menos meninos!
Faço as edições dos filmes do Sidney Cardoso e coloco os filmes em dados para que possam ser exibidos na internet, este aí realmente não parece com o Ford GT 40, mas o dele parecia bastante.
Vejam este filme que editamos há pouco tempo atrás, tem uma hora em que ele vem na curva Norte que de longe lembra muito o GT 40.
http://www.obvio.ind.br/Novo_Site/anisio/1%20etapa%20lorena%20branco.wmv
Esta semana editamos mais uma corrida com o Karman-Ghia Porsche, acho que nesta semana já estará no site http://www.obvio.ind.br
essa lorena, linda, premiada, teve seu motor travado em águas de lindóia e trocado, a jato, pelo mecânico/eletricista/artesão -que dá jeito em tudo com suas idéias e gambiarras malucas-, o jovem ‘andré lista’.
sei disso pois, como doravante é o insigne que vai preparar a puma 14 para seu -um dia-, retorno a superclassic, por algumas horas ficaram lá, no atêlier/oficina, lado a lado, a lorena pegando um coração emprestado antes de buscar seu merecido prêmio (só se pode fazê-lo rodando) e a puma 14 -um pouco baleada pela falta de uso mas doida pelos novos carinhos que a farão novamente -um dia!- rasgar o asfalto.
não tenho procuração nem recebo comissão ou jabá, mas sem medo indico ‘andré lista’ a quem precise de soluções (malucas ou não) em mecânica e principalmente elétrica no restauro ou manutenção de seus carros, digo, jóias. patrão fg, com sua licença, o fone do rapaz (19-9687-0635)…
Jason,
Vamos por partes:
Todos os carros que tenho para restaurar estão parados a exceção do Puma DKW que está em Brasília, onde vi este Lorena em Março. O Puma está fazendo Fibra, Pintura do Chassi e Pintura da Carroceria. Toda a minha grana está neste carro que quero levar ao BC 2007. Já tenho tudo do Carro e só aguardo o Motor ficar pronto. Bancos Puma DKW, Conta Giros, Relógios, Vidros, Caixa com relação 8/35, tudo comprado. Pneus idem. Falta o Chicote Elétrico, que farei onde o Newtinho fez o da carreteira dele.
O GT Piquet vai entrar em ritmo normal a partir de Agosto e desde já o convido para a gente conversar a respeito, porque preciso conversar contigo sobre este carro. Meu e-mail está aí no meu nome.
Estando com o Sidney Cardoso a 10 dias atrás, escolhendo umas fotos, ele me mostrou várias fotos do Ferrer testando, acho eu, o Lorena, o Ferrer Brasileiro.
Tenho comigo a propaganda Oficial do Lorena, quando a Fábrica já tinha se mudado do Rio para SP e nela o Carro não tinha Borrachão. De repente isso era colocado pelo dono. Posso lhe enviar. O legal é que o Sr. Leon, dono da Fábrica ao invès de usar como símbolo e logo da Marca, a Cruz de Lorena, usou a Cruz Patriarcal.
Precisamos conversar sobre alguns assuntos de interesse mutuo,
Abraços,
Caíque.
Cesar Costa,
Obrigado pela informação.
Realmente eu nunca soube/reparei que a Dino não tinha o nome Ferrari na carroceria.
Que estranho isso, não? O carro foi feito em homenagem ao filho dele, que até onde eu sei participou do projeto, e mesmo assim ele não permitiu colocar o nome Ferrari no carro? Ah, esses italianos, che gente!
Caíque,
O carro tinha borrachão sim. Se quiser te mando uma foto da fábrica do Lorena em 1969, que achei nos arquivos implacáveis do Globo.
Nas fotos de 69 há dois detalhes curiosos: a roda de ferro com imitação de cubo rápido e as lanternas traseiras originais do Fusca 1300. Creio que só depois eles botaram as redondas, como as do GT40.
Matou a pau, Joaquim!
Agora é googlar Ferrer GT.
Lindo. Que presença este carango, não? Feliz do proprietário.
Este carro está realmente com uma restauração excelente. (veja frisos dos vidros, faróis, sinaleiras, cano de descarga, dobradiças, fechos do capo dianteiro, emblema, para-choques. Nota 11!!!!)
Caíque:
O “borrachão” originalmente era um friso de onibus com borracha no centro, com ponteiras aplicadas, e veio desde o primeiro carro . Apenas um que foi exposto no VII Salão do Automóvel de 1970. Este que está no carro está muito muito perto do original. Veja as fotos nos testes nas revistas AutoEsporte No 55 (maio/69) e No 57 (julho/69);
3=6:
A roda “Scorro” era a chamada “Bolo-de-noiva” pelo seu formato (linda). A roda “Castelinho” era a fabricada pela “Italmagnésio” (também linda).
Os primeiros Lorena vinham com as rodas de aço (ainda não descobri se Mangels ou Fumagalli), com um cubo no centro e uma calotinha com tres pontas (imitando um fecho rapido), com o emblema Lorena no centro. As mesmas rodas que posteriormente foram utilizadas nos buggies Lorena.
Ninguém sabe direito quantos Lorena foram fabricados. A 4Rodas em uma “Resposta ao leitor” fala em 20, mas parece que foram mais, mas não mais de 50. O primeiro Lorena foi o de competição do Sidney Cardoso, da equipe Colegio Arte e Instrução. Breve teremos uma pagina sobre a história do Lorena.
Este carro foi criado por Gary Ferrer, proprietário da Ferrer Motor Corporation, uma das centenas de fabriquetas de kit Cars para plataformas VW que proliferaram nos EUA no final dos anos 60. A primeira unidade aqui no Brasil foi importada em 67 pelo português João da Silva e vendida para os irmãos Sérgio e Sidney Cardoso, no que viria a se transformar no famoso Lorena-Porsche. O chileno Leon Lorena conseguiu os direitos de fabricação do carro para Brasil e América Latina, dando aqui origem ao nome do carro. Alguns tiveram sucesso nas pistas como o já citado Lorena-Porsche (sem dúvida, o mais bem sucedido), o do brasiliense Olavo Pires, o Lorena-Stacchini de Freddy O’Hara e Edo (que inclusive é um dos blogueiros que habitam este espaço), o do Jacob Kourozan e um que andou pelas mãos do argentino Roberto Gomez. São os que eu me lembro.
Milton Bonani:
Não só os puristas. A Dino originalmente não vem com o nome Ferrari na carroceria, embora todos os donos coloquem depois. O próprio Enzo Ferrari não considerava uma Ferrari e por isso proibiu de usar o nome. Ficou só Dino.
Caíque:
Este borrachão, que na realidade é o friso lateral da Kombi, foi colocado nos últimos Lorenas fabricados;
Jason:
O Dinho Amaral está montando um pra rodar na Superclassic, inclusive com todas as entradas de ar que o carro do Sidney possuía.
Seria legal se restaurassem um Lorena com acabamento espartano, motor VW-ar brabo e pintura da Equipe Arte e Instrução.
Ia ficar sensacional correndo umas provas da Superclassic!
É isso aí, simples e belo, sem frescuras!
Estive em Águas de Lindóia, ví esse Lorena, está realmente muito bem conservado. No entanto, e permitam-me levantar uma outra lebre, se não me engano o carro que era calcado em um kit-car americano era o Shark, uma cópia visualmente mais fiel ao GT-40 que o Lorena. Para quem tem aqueles CDs da coleção de 40 anos de testes da 4 Rodas, procurem por volta de 1969 a 1971, não lembro bem do ano. O Shark, só ví um. Estava aguardando reforma no quintal do fundo da casa dos pais de um amigo meu de faculdade, lá em Botucatu, amigo esse que foi entrevistado no Limite outro dia falando sobre a reforma do March do Moco.
Isso não diminui o mérito do Lorena, que para as condições da época era um carro bem interessante, e que teve uma presença bem razoável nas pistas, como podem atestar os Matuzas.
Essa belezura será matéria do Auto Esporte da Globo, às 9hs da manhã no domingo. Isso é começar bem o dia :-)
Todos os carros feitos em fibra no Brasil nos anos 60 e 70 tem uma boa história, uns mais feios outros mais bonitos, cada um diferente do outro (mesmo sendo o mesmo modelo) devido o modo artesanal que era construido e outros problemas. O meu prefirido é o Bianco, porém somente a carroceria, devido a semelhança com o Fúria (dadas suas devidas proporções).
Porém o grande erro que vejo em todos esses carros era a utilização da mecãnica Fusca e VW em geral.
Conseguiam fazer carros esportivos de 2 lugares que não fazia curva não freava e tinha um desempenho lastimável, mesmo custando os olhos da cara.
Meu pai tem um DWK Malzoni, acho o carro lindo, tem um motor DKW nervoso (dada as devidas proporções) porém é péssimo para dirigir, não anda, o trambulador por mais moderno que seja não faz com que as mudaças de marcha sejam rápidas pq o cambio é lento e por ai vai, mesmo assim acho mil vezes melhor que uma mecânica VW ar.
Quem sabe se os donos de empresas como Puma, Lorena, entre outros na época se dessem ao trabalho de fazer um produto um pouco melhor, como um chassis tubular, um motor e uma caixa de câmbio decente eles não poderiam ainda existir. Foi uma época muito boa porém acho que pararam no tempo, era mais fácil e barato pegar chassis de VW com motor e cambio e montar sobre uma carroceria.
E, se não me engano, o Lorena brasileiro era decalque de uma carroceria de kit-car americano.
Algo no estilo “transforme seu besouro num GT40”.
O lorena GT foi feito no Brasil a partir de um molde americano pronto para usar chassis volkswagen sem alteração na distância entre eixos. Teve uma época que foram montados em plena Rua João Moura no Jardim Paulista perto da Teodoro Sampaio. Ficavam lá direto um corredor que tinha um programa de TV na época chamado Freddy O´Harra (se não me engano) , além de um cara famoso que chegava em uma BMW 2002 shinnitzer cor de vinho com os paralamas abaulados e o pessoal da banda Os Mutantes que tinham uma azul degradeé com os escapamentos brancos saindo de cima do capô do motor. O Freddy testava os chassis na João Moura mesmo para delirio da molecada do colégio estadual bem na frente. Lembro que todos preferiam o puma e o lorena, era um modelo mais caro.
Desta vez vou discordar de todo mundo aqui (acho que vou ser sacrificado). Gosto do Lorena por ser um carro esporte, gosto mais ainda por ser raro, mas nunca achei esse carro nenhuma maravilha. Quando foi feito, lembro-me bem, foi com o puro intuito de IMITAR o Ford GT-40. Claro que a parte mecânica/chassis seria impossível (hoje a Americar pretende fazer isso), mas PELO MENOS a estética… Tá certo, não havia um original para copiar, mas quanta gente fez réplicas bem mais semelhantes ao original… Sinto muito, mas não gosto do carro, pensando dessa forma. Uma deformação do desenho do GT-40. E, gente, pelo amor de Deus, a Ferrari Dino é um dos desenhos mais inspirados que já vi (e não imita ninguém, pelo contrario, é imitada). Depois veio a continuação, Bertone, acho, uma das Ferraris mais mal sucedidas da história da marca. Gosto é gosto, não se discute, cada um tem o seu. O meu está aqui exposto…
acho que o modelo da roda era conhecido como “castelinho”.
Ao Jovino (que é de Brasília), ao Caíque (que esteve aqui outro dia) e a todos: essa Lorena é de Brasília, foi restaurada no VCC daqui e pertence ao Aldir Passarinho Jr. Foi premiada em Águas de Lindóia (apesar do borrachão).
O borrachão-pára choque, ele comprou na Paraíba…..
Lindaço esse Lorena… até a Deka ali do lado tá dando uma espiada…
Caíque,
Falando nisso, você já começou a restaurar o GT Piquet?
Até as rodas me parecem originais e é uma das minhas preferidas até hoje. Este carro, para quem viveu aquela época, era de ficar babando, pois dos esportivos que haviam, pumas, berlinetas, este modelo era o mais raro de se ver.
Jovino
Ah sim, já entendi.O Santoro, aquele que teve uma atuação de gala nas “panteras”
Quem é Celso Santoro?E Rodrigo?
Bella caranga, um dos meus desejos nacionais no final dos anos 60.
Eu o desejava por lembrar um pouco o Ford GT-40. Também queria ter uma Puma por me lembrar uma Lamborghini Miura.
Mas queria também um Simca Tufão Rallye, um JK 2150, uma Berlineta Interlagos, um Uirapuru, a Carreteira do Camillo, o Karmmam Ghia Porsche da Dacon, a Ducati do Latorre, a Mondial do Adu Celso, etc, etc.
Isso para listar apenas o que eu via aqui por São Paulo. Se for listar o que ví depois na Europa e EUA, aí não vai caber tudo aqui.
E quando falo Europa, meu amigovisk, refiro-me apenas até a divisa Alemanha/Polônia, Austria/Hungria, nada além disso rumo ao Leste tristonho….
A Unica coisa que não está legal neste Lorena é o Borrachão como Para-Choque. O Lorena não tinha isso. De resto está bem legal
Os ferraristas mais radicais (puristas) não gostam da Dino por ela ser 6 cilindros. Só mais tarde – 1974 – é que foi lançada a Dino 308 GT4 com motor 8 cilindros.
Para a época do lançamento foi um salto à frente. Tudo era proibido aos simples mortais.
Só os amigos do marechal chucrute (ou da sua filha) de plantão podiam alguma coisa. Periodo que estragou o muito de coisas boas que foram feitas até então. NÃO QUERO POLEMIZAR!!! é apenas minha opinião.
O ruim era a mecanica bem limitada.
Mas, era um carrão que desfilava garboso pelas ruas. E chamava muito a atenção. Esse está inteiraço. Parabéns ao dono
Claro que carro por carro, a Ferrari é bem melhor em todos os aspectos construtivos e de performance, mas seu desenho e tamanho acanhando fazem dela ao vivo e ao toque nada mais do que um puma estilizado, a frente do Lorena é bem mais instingante.
Nunca consegui gostar desse carro.
Sem querer ofender, mas comparar esse carro com uma Ferrari Dino é um sacrilégio, mas gosto é gosto não se discute e eu respeito.
Eu vi esse Lorena e realmente estava lindo.
Quanto ao Interlagos deformado, era o primeiro protótipo, totalmente restaurado.
Lindão!
Bati um papo com o dono desse Lorena e ele possui dois desses exemplares, devidamente garimpados pelo Brasil… pra mim resta babar e me contentar com meu Bianco.
uma outra mosca branca e de olho azul que andou por lá em Lindóia foi o “face-lift” do Interlagos,(ficou parecido com o capeta) que para o meu gosto ficou horrível, mas sem dúvida representa um ponto muito importante na história do design automobilistico brasileiro.
Esse Lorena é muito mais bonito que uma Dino que vi pessoalmente por exemplo, carro muito lindo!!
Gente, deculpem-me a ignorância, mas que carro é esse?
Lindo !!!! Realmente, de babar….
Imaculado !
E que rodas…Scorro aro 13 lindas de morrer!