Sobrando
SÃO PAULO (o boom da Alemanha) – Como na A1GP, está parecendo que na GP2 os alemães vão faturar, também. Em que pese o bom trabalho feito por Bruno Senna até aqui, quem sobra na turma é Timo Glock, que mesmo largando em sétimo ganhou a “sprint race” de hoje em Barcelona.
Ontem, errou na estratégia e Bruno aproveitou. Senninha, quarto hoje, é o vice-líder do campeonato. Di Grassi foi ao pódio de novo em terceiro, Jimenez pontuou, Pizzonia decepcionou outra vez e Negrão nem largou.
Não tenho certeza que foi “valeu”, mas tenho certeza que o Senninha falou “tio” (olhando para cima , saindo do pódio).
Se o Sérgio Jimenez tivesse o mesmo apelo comercial que tem o Bruno Senna e o Nelsinho Piquet, (vejam bem não estou discutindo se eles tem ou não talento) ele certamente já estaria ligado a uma Equipe grande da Fórmula 1, pois ele já provou que tem muito talento ganhando várias vezes no Kart e também a F-Renault aqui no Brasil. Tomara que alguém de uma chance para que ele. Assim ele não acaba sendo jogado no mesmo caminho que tantos outros como o Hoover Orsi e o Ricardo Maurício tiveram que seguir…
duas coisas que podem explicar – ou auxiliar nas explicações – para as ultrapassagens na GP2 é o grid invertido na segunda prova .
também tem o fato de que eles treinam menos , e por isto ao longo do fim de semana os carros melhoram muito mais . Uns mais outros menos . Já na F1 o melhor sai na fente e assim sucessivamente . realmente fica difícil um carro pior ultrapassar um carro melhor …
Esse ufanismo da mídia brasileira que adora apelidar os esportistas pelo diminutivo é irritante, Já chega de Ronaldinhos, Rubinhos, Robinhos etcc. Ainda bem que o Massa escapou dessa, já que ninguem mais o chama de Massinha, agora não me venham com Senninha e Piquetzinho ou Nelsinho, pelo amor de Deus ! Senão vamos acabar achando que as críticas ao ufanismo do Galvão Bueno e a Globo são por inveja .
Outra coisa, gostam de sac.anear de graça o Pizzonia, mas na corrida de ontem ele andou bem pra caramba e ganhou 10 posições no braço. Que o cara deu suas mancadas, tudo bem, mas sa.canearem a ele de graça, é mais uma ba.baquice gratuita.
O Lucas de Grassi fará uma grande temporada este ano, apesar de alguns já quererem desmerecer o rapaz. É bom que se lembrem que ele nunca teve grana pra estar nas melhores equipes e se hoje está na ART e é piloto Renault é porque quem sabe, está apostando nele. Lembrem-se também que a ART tem como característica, nesses 2 anos de GP 2 a regularidade e por isso fez os dois campeões. O Lucas tem tudo para brigar com o Timo Glock e acho que brigará.
É preciso que se faça mesmo justiça, com dois pilotos brasileiros que tiveram atuações excelentes no final de semana, e sequer foram citados. Lucas di Grassi, que fez 3o nas duas baterias, e o Gimenez, que foi o único que conseguiu “furar” um pelotão que vinha se arrastando a tempo, com uma TREMENDA pilotagem e atitude.
Alguém conseguiu entender o que o “Senninha” disse no finalzinho da cerimônia do pódio, olhando pra cima ? Pra mim foi um ” – Valeu, tio”
Por favor FG, Bruno Senna e Nelson Angelo Piquet, assim como vc não gosta de ser chamado de Flavinho não se refira a eles no diminutivo, já basta o Rubinho.
Aquela conversa que a Fórmula 1 é um laboratório para as montadoras é um xaveco furado.
O Gomes já colocou aqui o faturamento da Toyota, BMW, Honda, Renault, Mercedes, etc e tal.
Todas essas montadoras têm laboratórios, pistas particulares e ainda tem grana pra testar os carros na Antártica, Marte, Saara ou na Sibéria, se quiserem.
A corrida de hoje foi um porre de chata e o Danilo falou o correto. A GP2 é muito mais divertida e competitiva.
Tenho saudade dos pneus slick e biscoito. Essa coisa de duro, semi duro e mole, pra mim, é conversa pra quem tá com problema de ereção.
Outra idéia seria limitar a potência dos motores em uns 850 – 900 cv. Assim as equipes sem motor (Williams, Toro Rosso, Red Bull e Spyker) poderiam desenvolver o carro e essa seria a graça da competição pois a disputa entre todas equipes seria na construção e desenvolvimento do carro, e não no motor.
Comentários sobre os posts:
– O Babão Bueno que vá se lixar, se não gostou, que deixe de ser pernóstico, exibido e arrogante.
– Não acho que o Pizzonia foi tão mal na segunda corrida. Ele tá meio de maré de azar, estão pegando demais no pé do cara.
– Veloz, ronco bem legal, era também o das TZ 350, lembra?
Concordo com todos. A GP2 está muito mais competitiva e divertida do que a F1.
VELOZ, a Kawa 3 me lembra a GT-380, que me lembra o Castroviejo. Agora, som de escapamento, dois que estão gravados na minha massa encefálica. A Ligier 10 cilindros e o Gustavo Cerdeña com a GT-750. Tive o orgasmo de em épocas diferentes, postado nos pinheiros antes da curva 1 de escutar o som que ecoava por todo Interlagos. A GP2 hj seria uma versão moderna da F2? Creio que sim, pois eu vi a F2 em Interlagos. Ah, alguém sabe como achar no site da Prefeitura de SP quem ganhou a licitação para a reforma de Interlagos?
A principal providência para a volta das ultrapassagens na F1 seria o retorno dos pneus SLICK.
Na Gp2, estou bastante animado com o Senninha. Mesmo sem muita experiência nas pistas, está fazendo uma ótima temperada, apesar de não ter o melhor carro. Vai entrar no ponto bem mais rápido que o tio (batendo menos), mesmo não sendo o MÁGICO que Ayrton foi. Sonho ver ele e Piquezinho disputando numa F1 onde volte a se valorizar o piloto. Se assim for, não vai ter pra ninguém. : )
Flávio Gomes, eu acredito que os carros da ART evoluam mais que os outros, assim como nos dois campeonatos da categoria, quando Rosberg e Hamilton começaram o campeonato atrás de Kovalainen e Piquet. Duas perguntas: você acha que essa evolução maior acontecerá novamente? o fato de o filho do Jean Todt ser dono da equipe explica esse melhor desenvolvimento/acerto dos carros da ART nos anos anteriores? havia troca de informações? eu sei, acabei fazendo três perguntas hehe. Abraço.
Gomes, estou realmente preocupado, cara… o Galvão não gostou dos comentários sobre o “Robinho”… não seria a hora de parar?? Ele lê o seu blog, e deve estar com raiva de vc… Então, não seria a hora de maneirar nas críticas a ele?
Um abraço
concordo com todos. A GP2 é demais em termos de espetáculo. Alguém viu aí a corrida do sábado? um dos brasileiros, o Jimenez, tava lá atrás e veio arrepiando, passando todo mundo no final. Muito divertido…
A sensação que a gente tem é que o pessoal da F-1 está quebrando a cabeça para aumentar as ultrapassagens, mas depois de ler o que esreveram o Danilo e o Flavio Gomes nos primeiros comentários lá embaixo, dá para sentir que não é bem assim.Se a GP2 é repleta de ultrapassagens deve ter alguma coisa a ser observada aí.
Diário da Corte 3.
Bem amigos da Rede Gomes, boa tarde e feliz dia das mães.
Vou dar minhas dicas literárias desta semana com uma semana de atraso.
Domingo passado após fazer uma viagem “relâmpago” ida e volta até Sorocaba com amigos, fui até a minha livraria preferida buscar a “pilha” da semana.
Como estava motivado pelas 2 rodas após nossa “bateria” de Superbike pela Castelo Branco, comprei muitas revistas de moto.
A primeira é a inglesa Classic Racer, seguramente a melhor revista de competições históricas do mundo das motos. Neste número é celebrado o 100# aniversário da maior, mais bela e perigosa corrida do mundo, a TT Isle of Man. Joey Dunlop na capa e muitas páginas de fotos de época e declarações de pilotos e mecânicos que fizeram a história dessa maravilhosa prova. Tudo com direito até a um poster na pág. central do Hailwood de Ducati em 1978.
Além disso, que já valeria a revista, tem um teste do mais feliz motociclista que conheço, o Alan Catchcart que arrepiou em Mallory Park a MV Agusta 500cc do John Surtes de 1957. Ela está em estado de relíquia preciosa, totalmente restaurada e perfeita.
Os adjetivos mais usados por ele foram : magnífica, incrivel, perfeita, deliciosa, etc, etc.
Tem também uma matéria sobre uma Norton Commando 850cc 1976 totalmente modernizada no quadro, suspensões e freios. Motor e câmbio mexidos ao máximo mas sem descaracterizá-los. Ficou um lindo demônio que veremos o resultado nas corridas ao longo do ano.
Para terminar, a história de Pat Hennen, contemporâneo e rival de Kenny Roberts nos EUA e de Barry Sheene na Suzuki no Campeonato Mundial dos anos 70.
Um baita piloto que nunca quis se sujeitar às regras européias nas competições, preferindo voltar ao EUA até o fim da carreira. Era um rebelde com causa e muita personalidade.
Continuando na Inglaterra, de lá veio a maravilhosa Classic Mechanics Motorcycle, especializada em motos japonesas dos anos 70/80.
Neste número foi mostrado o final da restauração de uma Yamaha XT-500 1978.
Essa revista sempre faz esse tipo de matéria. Eles compram pelos próprios classificados de venda uma moto e então, fazem uma restauração completa do tipo passo a passo fotografando tudo por vários números seguidos até a conclusão final. Nessas matérias são dadas dicas, fornecedores e custo de cada intervenção na moto. Já anunciaram a próxima felizarda a renascer; será uma Kawasaki Z-900 1976 igual à do Piquet.
Tem nessa revista a história da magnífica Honda VF-1000R que deixou o mundo e as pistas de boca aberta no início dos anos 80 com seu fabuloso motor V4 de 122 BHP, uma usina nuclear à época.
Outra moto testada é uma que faz até hoje o coração do filho do Diego Escalona dono da San Diego, o Dieguito, babar de saudades do seu tempo de menino maluquinho pelas ruas da Lapa, Pompéia e região, a Suzuki GT-250 EX.
Essas 2T 250cc eram a alegria delirante dos garotos antes dos anciados 18 anos. Eu me lembro muito bem…
Tem também uma RDLC-250 “remasterizada” e modernizada que ficou o “bicho”. 133 Kg de peso e 44 BHP empurrando. Façam as contas disso e renovem seus planos de saude e seguros de vida antes de acelerá-la.
Creio que é o que deve ter feito o sr. Barry Tapp, bem calvo e grisalho, aparentando uns 55/60 anos, mas que adaptou um motor da Kawazaki 500 H1 de 3 cilindros e 55 fartos HP´s num chassis de Yamaha RD-250 criando então a Yamazaki 500.
Os ingleses adoram fazer essas adaptações de motores / quadros diferentes. A mais comum é quadro de Norton com motor de Triumph, a Triton. Tem a Norbsa com quadro Norton e motor BSA. Há ainda a Norvin, quadro de Norton com motor de Vincent. Agora tem a Yamazaki. São uns malucos maravilhosos esses caras e o pior, todos “tiozões” com bem mais de 50 anos de asfalto.
Continuando nas terras da Rainha salva por Deus, veio de lá a Classic Bike, especialisada em motos inglesas clássicas de todas as épocas.
Eu não gosto de motos de rua muito antigas, abaixo de 1958, com exceção das “Café-Race” que adoro de paixão e nessa revista o destaque fica justamente por uma longa metéria sobre os Rockers que barbarizavam as cidades inglesas nos anos 50. O legal é que encontraram vários deles ainda vivos e já vovôs e fizeram uma longa entrevista com eles. Tudo doido até hoje…
Bem, tem muito mais porém, preciso falar de carros também e de lá também veio a Octane cujo destaque máximo para mim são as fotos não publicadas de Michael Hawett do GP de Mônaco desde 1962 junto a outras de outros fotógrafos desde 1929. Sensassional. A melhor de todas para mim é uma do Elio de Angelis com a Lotus em 1984 tocando com a roda dianteira esq. o guardrail na Curva do Cassino a 160 milhas por hora com o fotógrafo apoiado na lâmina a centímetros da roda. Dá pra ver até os olhos do Angelis mirando o maluco.
Tem o teste de 3 Sumbean Tiger de pista, 2 para Le Mans e 1 para ralie. Carangas lindas e imaculadas como sempre, e pouco conhecidas por aqui. A música daqueles V8 4700cc com 360 BHP em 1965 descendo a Mulsane seria delirante até hoje.
Da França veio a Berlinette expecializada em Renaults de corrida, que neste número nos tráz o A-310 V6 Turbo de rua e ralie.
Montes de dados técnicos e entrevistas com pilotos da época. Magnífico. Para completar um teste comparativo entre essa Alpine e uma Ferrari 328 GTS. Foi junto, páu a páu em todos os quesitos, perdendo sempre por milésimos de segundo.
E o motor dela é de 2458cc com 200 HP enquanto a Ferrari tem 8 cil., 3185cc e 270 HP.
Para quem gosta, um Renault R12-G, irmão mais velho do nosso Corcel super preparado para competições com o motor R-12, 1600cc e 113 HP. Isso tudo em 1974…
Tem muito mais, mas, continuando na França, veio de lá a Nitro, especializada em Hot Road de carros americanos na Europa. Usam os mesmos equipamentos de veneno mas são muito mais bonitos pois não possuem os efeites e pinturas cafonas do ianques.
Vamos para a bellíssima Itália e de lá veio a Ruote Classic co um dossier completo da Alfetta, la Bellezza Selvaggia.
Além desse desbunde de carro de onde veio a nossa Alfa TI, tem também Aston Martin DB3 1954 de pista, Maserati Biturbo Spyder 1985, Serenissima Jet 1966 de pista e até, para a alegria do meu amigov kamarada, um Fusca Maggiolino 1954. Tudo ricamente ilustrado e tecnicamente esplicado.
Encerrando, mas, continuando na bella bota, de lá também veio a Automobilismo D`Epoca comemorando o 60# aniversário do Renault “Rabo Quente”. Tem também a história da Simca 1200S, Fiat 1900A 1954, Mercury Comet 1963, Iso Rivolta Lele 1972, e mais corridas, museus, exposições, etc, etc, uma viagem ao paraiso na Terra, sem dúvida.
Tem outras revistas como a Due Ruote de motos modernas e outras mais, mas essas são as minhas preferidas e a que vocês deveriam ter em suas cabeceiras para lêr-las antes de dormir e se motivar a tornar nosso pais Lisarb o contrário do que é para a maioria de nós. Elas mostram um mundo possivel e não apenas imaginado e sonhado.
Bem, agora me despeço de todos pois vou me divertir e sair para jantar com a canadense.
Ela está com fome e no cio. De novo.
Até 2a. se deus quiser.
Me lembro que nos compactos que assisti no ano passado, toda corrida da GP2 era uma briga de foice até o final…não foram poucas as vezes que o vencedor da prova vinha lá de tras e ultrapassava todo mundo, como quase sempre faziam o Hamilton e o Nelsinho… quem sabe se o Mosley olhar um pouco mais pra esta categoria não encontra inspiração para devolver as ultrapassagens a F1. Esse Glock é uma prova de que na F1 o que vale é o carro…
Sobre o Bruno: Só espero que não “joguem” esse ai na fogueira de correr na Toro Rosso já no ano que vem.
Sobre o Pizzonia: torci muito por ele, mas a sorte tem 2 fios de cabelo na cabeça, ele já usou os 2. Perdeu o momento dele, e está ficando embaraçoso.
Grato pela resposta. É uma honra isso, e vou mandar essa mesma pergunta para o Limite da ESPN para que o Brasil possa conhecer essa sua opinião, bem porque, ainda que seja o Massa o campeão de “poles” esse ano, é ruim ter uma corrida decidida já na largada.
Abração.
Acho, claro. A GP2 hoje é melhor que a F-1. Pneus e restrições aerodinâmicas explicam isso, com certeza.
Flávio, não sei se você tem acompanhado as corridas de GP2.
Eu tenho visto as corridas desde o ano passado e tenho uma observação a fazer.
Tenho reparado que em todas as corridas há diversas ultrapassagens, algo que raramente se vê na Fórmula 1. Lembro houve várias ultrapassagens na corrida do ano passado em Ímola, pista esta conhecida pela impossibilidade de se passar um piloto mais lento à frente.
É certo que os carros de GP2 são menos potentes que os de Fórmula 1, e que os pilotos jovens da GP2 são mais ousados e “kamikazes”.
Entretanto, você não acha que está na hora da FIA aprender com esses carros, modificando o regulamento para voltarem os pneus slicks e proibir aqueles diversos apêndices aerodinâmicos dos carros de Fórmula 1 que transformam os bólidos em verdadeiras mesas de almoço de dia das mães?
Abração.