Ainda os pneus
SÃO PAULO (muito além da borracha) – Recebo e-mail do bom amigo Raul Viana, da Bridgestone, a respeito da minha última coluna, sobre a volta dos “slicks” à F-1.
Informação de quem entende é sempre legal. Por isso, repasso à blogaiada.
Prezado Flavio,
Como leitor assíduo da sua coluna, tive a oportunidade de ler o artigo “Antes tarde do que nunca”, publicado no dia 22/11, relacionado aos testes com pneus “slick” pela equipes de Fórmula 1, agora em dezembro.
Não resisti à tentação de lhe passar algumas posições sobre duas informações publicadas no texto.
Você comentou que a “tecnologia de produção e desempenho (dos pneus) para carros de rua é mais do que desenvolvida”. Na verdade, ela vem evoluindo a cada ano e tem muito ainda a evoluir. Um dos engenheiros da Bridgestone costuma dizer que se ele tiver à disposição dois automóveis Mercedes de modelos semelhantes, mas um fabricado em 1980 rodando com pneus de hoje, e um outro carro modelo 2007, com toda a eletrônica embarcada, mas “calçado” com pneus de 1980, certamente ele preferirá andar com o carro dos anos 80, devido à enorme diferença tecnológica existente entre os dois pneus.
Parte importante desses achados tecnológicos vem das pistas de competição que, de fato, são laboratórios para as empresas de pneus. Hoje, por exemplo, temos softwares desenvolvidos para projetar pneus de F-1 que são largamente utilizados para definir a estrutura da carcaça, desenho da banda de rodagem, “mix” de compostos e tudo mais para os carros de passeio.
Outro exemplo: a partir das competições automobilísticas, a Bridgestone desenvolveu pesquisas que levaram ao desenvolvimento de uma cadeia molecular do negro de fumo mais longa que reduz significativamente o desgaste do composto gerado por eventuais agressões sofridas pela borracha. Esse benefício se estende a praticamente todos os pneus fabricados pela Bridgestone e oferecidos ao consumidor.
Grande abraço,
Raul Viana
Bridgestone Firestone do Brasil Ltda.
Diretor de Assuntos Corporativos
Aprender é sempre legal. Assim, retiro tudo que disse sobre não haver mais muito espaço para desenvolvimento dos pneus de rua. A essência do meu texto, no entanto, não muda muito. Que são os benefícios dos pneus “slicks” para a competição, quando comparados com os “grooved”.
Usem o Potenza GIII e vejam o que é pneu bom… tem muito espaço para os pneus evoluirem!!!
C Q D !!! Sorry !!!
Janus:
Negro de Fumo é um importante componente utilizado na fabricação de pneumáticos. É usado como pigmento e reforço em borrachas, e é fabricado através da queima de um determinado óleo derivado do petróleo em fornos especiais.
FG, gostaria de enviar fotos de pneu futurista Michelin .Qual email para enviar ?
O estimado Raul poderia nos informar quais seriam os efeitos dos pneus da Truck sob a nova pista de Interlagos…seria esclarecedor.
Sim colega da Bridgestone, sim têm razão, assim como eu prefiro o carro de 1980 com um som atual, ou o sistema de freios atuais ABS, EBD, ESC, TCS, o sistema de direção elétrica e assim por diante. O relativismo chegou até as áreas mais técnicas…
seu Raul!
porque nao tem pneu pra kart da bridgestone aqui no Brasil?
Flavio, pelo menos eles leem o blog e a coluna, prova que o sr,RAUL é esclarecido e que a fábrica aprendeu a comunicar algo, coisa que antes nao sabia bem fazer, alias só ela dos borracheiros comunica algo, seria bom se um dia todos informassem duas opinioes sobre remold,importaçao livre de novos e usados e demais areas dos pneus,que alias no BRASIL tem preços abusivos e sem lógica. No que importa mesmo que é a coluna concordo com vc, a essencia nao mudou,
Exagero do engenheiro, já que o modelos mais novos de carros possuem suspensões melhores, freios melhores, centro de gravidade mais baixo e que proporciona mais equilíbrio, etc.
Mas não há dúvidas que um pneu atual sobretudo esses com perfil baixíssimo, 30~35 permitem velocidades em curva impensáveis para a década de 80.
Pena que não exista ainda tecnologia que permita a esses pneus moderníssimos rodarem nas esburacadas ruas e estradas brasileiras sem criar bolhas, sofrer cortes e trincar ou amassar rodas por causa dos impactos.
O que vem a ser ‘negro de fumo’?