Sonhos enferrujam

SÃO PAULO (muito bom) – Excelente este documentário sobre a história da Gurgel feito em 2004 por alunos da ECA/USP, dica do blogueiro Thiago Pereira.

É um longa, na verdade. Tem uma hora de duração. Mas isso não deve desencorajar ninguém. Aproveitem que é feriado. É excelente. E tem coisas incríveis. Um Itaipu largado no galpão abandonado, por exemplo. E o funcionário dizendo que estava à venda. Por 1,6 mil reais. Quem será que comprou esse carro? Dizem que tudo que sobrou na fábrica foi arrematado, para pagar dívidas.

É uma senhora história, a da Gurgel.

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Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
16 anos atrás

Olha, não consigo ver o vídeo de jeito nenhum…
Bem, sobre o BR800, acho que ele tinha uma ótima qualidade, o motor, mas não tinha nenhuma outra boa idéia que o destacasse. E como foi investido nele mais do que a Gurgel podia suportar, a coisa ficou complicada, numa época que se falava muito em carro popular, Gurgel acreditou…

Hoje sabemos que carro popular é uma falácia, e que se Gurgel tivesse se mantido em carros especiais com boas idéias, teria se mantido mais tempo…

Bem, falando a verdade, o que estou dizendo? Com a devassa feita na abertura de importações, mal planejada e mal executada (fechar os portos é uma caca grande demais para se corrigir tão fácil), Gurgel não teria sobrevivido de qualquer forma.

De qualquer maneira, acho que se os atuais “pseudo off roads” que temos por aí tivessem sistema semelhante ao X12, dos dois freios de mão, seriam carros muito mais aptos a pegar estrada de chão.

Germinal
Germinal
16 anos atrás

O Itaipu foi arrematado pelo Josias Silveira da revista “Oficina Mecânica”. Durante visita à fábrica, o Josias mandou um lance meio despretencioso no carro e, para sua surpresa, acabou levando. O carro passou por uma restauração e foi matéria da revista.

Beto Traballi
Beto Traballi
16 anos atrás

Um carro honesto! Assistam. Abraço.

Mané
Mané
16 anos atrás

O Gurgel era teimoso e insistiu num projeto errado como o BR800.
Ao invés de fazer tudo na dianteira que é mais fácil e mais barato de fabricar, insistiu na tração traseira.
Enquanto fabricou bons produtos como os jipinhos ele cresceu. Na hora que se meteu a fazer o BR800 a coisa desandou. Podem ter colaborado para a falência, mas o carro era inadequado mesmo para os padrões da época.
Uma empresa não resiste a um produto ruim.

Anderson R. Santos
Anderson R. Santos
16 anos atrás

Assisti o documentário. Em termos gerais, lembrou um pouco o “empreendedorismo” do Barão de Mauá!!!. Foi um pena, porque era uma tentativa nacional de um produto próprio. Alias, quando o Brasil vai ter um produto automobolístico próprio???

Roberto Lacombe
Roberto Lacombe
16 anos atrás

Muito legal Flávio, obrigado e parabéns por ter divulgado este documentário, nunca gostei dos carros da GURGEL, depois de ver o documentário virei fã dos carrinhos!

Vitor Matsubara
Vitor Matsubara
16 anos atrás

Esse documentário me lembrou do último Auto Show no Sambódromo, em homenagem à Gurgel.

http://www.autoshow.com.br/antigoseespeciais/galeria/evento.aspx?pag=10&id=232

Da galeria 10 em diante, fotos de alguns dos carros que estiveram por lá.

Abraço!

Diogo
Diogo
16 anos atrás

Olá. Não vi o ta documentário ainda e nem sei se falam algo do gênero. Mas a minha história em relação a isso é o seguinte: Fazia estágio na área de manutenção na Whirlpool (antiga Brastemp) que é na cidade. E ficava grande parte do tempo somente na área técnica com os mecânicos. Um dia conversando com um que trabalhou na Gurgel ele me disse que na época que existia a fábrica todo mundo da cidade tinha peças de gurgel nos seus carros. Tinha gente quemontou carro só tirando peças da fábrica. Eram fuscas apenas na carcaça…. uma pena, né? Abraços.