Os arquivos de Robertão (4)
SÃO PAULO (rugindo) – Ah, os doces protótipos. Nem parece que já se fez dessas coisas no Brasil.
A foto de hoje do arquivo do Robertão vai despertar suspiros…
Perfil
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
Saiba mais
O capacete do Jan Balder (que não é bonito), é inconfundível.
Podia rolar uma galeria Jan Balder, com fotos dele na Supervê, na Div. 1 e na Div. 4 (não lembro dele na Div. 3).
Parabéns para quem disse entrada da ferradura !
Olhando com mais atenção, dá pra perceber que a foto foi tirada do andar térreo de Interlagos.
E não do primeiro andar, onde estava o laranja, ésse pinheiro etc…
O fotógrafo estava mais ou menos no meio da curva da ferradura, lado externo.
Interlagos antes da reformas era especial mesmo !
acho que, pela riqueza de detalhes, o Sr. Ponto é o Jan!
Caro Sr. Ponto,
Pelo jeito o senhor está muito mais bem informado do que eu a respeito desses chassis. Portanto, longe de mim de contestar suas informações.
Vão para meu arquivo.
Um abração,
Grande Joaquim !
Não é bem esta a “estória”.
Só 3 chassis de F5000 foram enviados ao braZil.
E destes, só o T140-16 original foi alargado. É este da foto, mas que chegou ao braZil com uma carroceria da T165.
Esta carroceria ficou destruída na 1a. vez que o carro andou em Interlagos, nas mãos do J.P. Chateaubriand.
Depois disto o Ava importou a carroceria da T222, que foi então copiada na Gasplac.
Os outros 2 chassis foram mantidos como monopostos e estão muito bem guardados, junto com o T140-16.
Todos os demais chassis dos Div. 4 e 5 foram realmente fabricados no brazil na Av. Friburgo, com os componentes importados da fábrica.
Jonny ´O,
Os quatro primeiros chassi Avallone – já disse isso aqui antes – eram puro Lola, espólio do work team arrematado pelo Avallone e trazido ao Brasil, pois a partir de 1970 a Lola optou por chassi semimonocoques, ao contrário desses que eram tubulares (nada mais que um chassi de F-5000 alargado, prática mais que comum nas fábricas inglesas daquele tempo. Vide Chevron, Royale, etc). Os quatro chassis iniciais foram montados por Alexandre Guimarães e Massimo Pedrazzi – informação do próprio Massimo, quem quiser contestar tenho o email dele – na antiga fábrica dos Magnum Kaimann de onde sairiam os Super Vê.
Sds.
grato ao edilson e ao joaquim pelo esclarecimento. Lembro que naquela época tinhamos corridas quase que quinzenalmente, e como era um ¨duro¨, varias vezes tive que correr da cavalariia da PM, ao pular o muro!!!Mas valia a pena, porque, mesmo sendo uma epoca muito amadoristica, era muitissimo mais empolgante para os fâs.Aprecio a evolução atual, mas nada se compara aquela decada de 70.
Ah !!!
Tenho certa intimidade com este !
O verdadeiro T140-16
Eu sou um pouco do contra , no caso do Avallone acho que foi um erro no passado ,os outros construtores brasileiros não estavam no nivel de um projeto inglês ,e deve também ter inflacionado a categoria ,que não durou muito tempo .Os proprios argentinos cometeram o mesmo erro por lá .
É um ciclo que se repete sempre ,uma categoria para se solidificar tem que ter um cuidado especial com o aumento tecnologico desenfreado ,os prototipos nacionais nasceram e morreram em 5 anos ,é muito pouco tempo ,claro que foi uma falha no regulamento .
1- deve ser na ferradura
2-notem o qto a “barca” ADERNA! a pto do canto diant dir esfergar no asfalto
Engraçado, quando batí os olhos na fóto, pensei : pelo angulo do fotógrafo, com a curva do lago ao fundo, só pode ser o ésse com o pinheirinho… mas tá ao contrário ???? frequentei bastante Interlagos antigo, e assistia as corridas geralmente no miolo, perambulando pelas curvas….mas ainda não me convencí da posição deste fotógrafo.
Ao Maurão,
Concordo com você.Eu estava lá neste dia,uma prova do campeonato de 1973,que marcou a estréia do motor Maverick no Avallone da Dropgal-Ford do Greco,pilotado pelo Nilson Clemente,que correu com liminar,pois se questionava que o motor era importado,portanto contra o regulamento,porém o argumento era que se tratava de motor que era montado em carro nacional,no caso o Maverick recem lançado.
A prova foi sensacional,com várias trocas de posição em cada volta,cabendo a bandeirada ao Ford.O público na arquibancada assistiu de pé a prova inteira.
A revista Quatro Rodas na ocasião da reportagem ,dizia se tratar da melhor prova de todos os tempos em Interlagos.
Tempo bom que não volta mais.
Abraço.
Meu caro Maurão,
Provavelmente você assistiu a uma das etapas do Campeonato Brasileiro de Esporte Nacional (Divisão 4), disputada em 10 de junho de 1973. Como você disse, Avallone e Nilson Clemente disputaram arduamente a primeira posição.
A corrida teve o seguinte resultado final na Classe C:
1 – Nilson Clemente -Avallone/Ford
2 – A. C. Avallone – Avallone Chrysler
3 – Chico Lameirão- Avallone Chrysler
4 – Luiz C. Fonseca- Avallone Chrysler
5 – Pedro Muffato – Avallone Chrysler
6 – Paulo Nascimento-Manta Chrysler
Na Classe A (até dois litros):
1 – Mauricio Chulam – Heve-VW
2 – Sérgio Benoni Sandri – Heve-VW
3 – Sérgio Zamprogna-Prot. VW
4 – Massimo Pedrazzi – Sabre-VW
5 – Jaime Levy – Polar Ford Turbo
Lindo, e não se esqueçam de outras máquinas igualmente lindas (Manta-VW, Heve-VW, etc)
Que foto!
Pelo carro, pelo autódromo.
Reparem na entrada da Ferradura com a Subida do Lago e os dois lagos ao fundo.
Sera que um dia recuperam pelo menos essa parte? Ainda dá!
Ou então, façam um novo estádio para a Copa de 2014.
Sempre achei mais interessante os protótipos e carros de turismo preparados e acho que publico em geral se identifica mais com eles pois por falta de cultura altomobilistica muitos não fazem idéia da real capacidade de um formula sem contar que geralmente os carros tipo protótipos e turismo preparados são visualmente mais bonitos ( vide peugeot diesel )
Bem amigos da Rede Gomes, boa noite.
Quanto ao carro, já disseram tudo, uma linda Lola montada pelo Avallone com motor do Dodge. Aliás, adoro os carros da Lola, pois sempre são no mínimo, lindos.
Essa foto me deu vontade de comentar esse trecho da pista. Já passei velozmente por aí várias vezes e com vária máquinas diferentes. Lembro-me da delícia que era fazer esse S com meu Maverick 5000 nas vezes em que treinava durante a tarde e sempre dava umas voltas pelo “miolo” do circúito. Nesse ponto eu vinha “‘lotado” com a 4a. marcha cheia e freava forte lá fora, no início dessa pequena descida, e qualdo chegava no topo do “morrinho” reduzia para 3a. e virava o volante bem rápido para “dentro” da curva, fazendo a traseira iniciar uma leve desgarrada que eu ia controlando no motor até na saida da curva. Era prazer puro, pois esse não é o modo correto de contorná-la para “vir tempo”. A mesma coisa acontecia na Curva do Sol, onde os pneus gritavam até na saida. Uma vez cruzei com o Camilinho Cristófaro de Opala Div. 1 num deses treinos e ficamos derretendo os pneus nessas curvas, só de farra e prazer.
Também andei bastante de moto por lá, e a mais instigante foi com a Suzuki GT-750. Uma vez andei sozinho por uma tarde inteira e foi delicioso fazer esse trecho da pista pois ela era muito rápida, grande e com o seu motor 2 tempos sem nenhum freio motor era um desafio enorme acertar a trajetória na entrada, subida, descida e pendulo da direita para a esquerda, fora a gravidade empurrando seu estômago contra a quina do tanque na descidinha e comprimindo-o contra as orelhas na subidinha, para logo depois despencar tudo para baixo e à esquerda. E os Yokohama de rua fervendo e derretendo a cada volta…
Em 1993 ou 94 quando o Alexandre Barros fez o seu primeiro “Racing Day” num domingo de dezembro, fui com minha, à época, Suzuki GSXR-1000 e não tive prazer nenhum em andar naquele travódromo, mesmo estando com uma moto com quase 80 HP`s a mais, 30 quilos a menos e pneus Pirelli Dragon que pareciam chiclete quando quentes. O único prazer que tive foi correr ao lado do Mestre Alex e aprender em 20 voltas com ele, o que não aprenderia em 200 anos sozinho.
É…, essa pista tem infinitas histórias para milhares de malucos que tiveram a honra e o prazer de correr sobre ela, até ao ponto de ter suas cinzas do corpo cremado espalhadas por toda ela após a morte, como o desejou e assim se fez com Chico Landi, o ídolo do meu ídolo, Emerson Fittipaldi.
Foto maravilhosa, carro maravilhoso, piloto idem, o popular “Omelete”, esse era dos bons. Pena que são tempos que não voltam mais! O carro, salvo engano, era cópia das Lolas da série Can-Am. Sobrou pelo menos um, com o Pedro Mufatto, está em Cascavel.
a melhor disputa pela vitoria que vi em interlagos foi a deste Avallone contra o Avallone Ford da Mercantil Finasa Ford (acho que do Nilson Clemente), mas não consigo lembrar mais nada. Foi simplesmente sensacional!Algum ¨datamatuza¨ teria detalhes?(data, campeonato, etc)
Lindo esse Avallone-Chrysler! Ecos (melhor seria dizer roncos) de uma era de ouro que nunca mais voltará.
Acho que o FG posta essas coisas só pra me provocar…
Vamos lá: Jan Balder pilotou o Avallone do próprio em três oportunidades: durante duas etapas da Copa Brasil de 1972, sagrando-se inclusive campeão dos nacionais e numa prova em Curitiba.
À lista do Vicente Miranda eu ainda incluiria Elton Rohnelt e José Pedro Chateaubriand, dos que eu me lembro.
Rafael Thielman;
Nesta época, 1972 Emerson já era quase campeão mundial de F-Um e o Piquet ainda engatinhava com o Camber-Patinho Feio no Campeonato Brasiliense. Já o Senna ainda não havia chegado nem perto de um kart.
Mas entendi seu enunciado e concordo com pelo menos dois, Emerson e Piquet.
Abs.
como já disseram aqui, essa é a entrada da Ferradura, e deve estar igual, com os desníveis inclusive – se não me esquecer vou conferir da próxima vez q for fotografar lá.
já a curva lá atrás é a subida do lago, hoje descida, oficialmente curva Chico Landi, se não me engano.
o lago q aparece à direita da pista está agora quase totalmente aterrado – ou será tudo vegetação aquática? eu acho q foi aterrado, para recuo do guard-rail e para um caminho de serviço e socorro q corre paralelo à reta oposta.
Confundi a Três com a subida da Reta Oposta. Coisas da idade…
Quando garoto, confesso que gostava mais de ver as corridas entre os Mavericks e Opalas, Corcel contra Fusca. Mas hoje, quando vejo uma barata fantástica como essa, confesso que fico imaginando como seria bom vê- lo andando nas pistas de hoje. É, automobilismo é mesmo apaixonante.
Quando eu vejo gente correndo com gol,uno,voyage,chevette e depois olho para uma foto dessas da vontade de chorar.Aonde anda esse automobilismo?
Essa época gerou pilotos como Emerson, Senna e Piquet.
Os dias atuais geram pilotos como Rubinho, Massa, e outros 300 que nunca serão 10% do que os 3 acima foram. Precisa dizer mais alguma coisa?
Para quem não concorda só digo uma coisa: Piquet começou sua carreira de carro de rua “emprestado” e motor + suspensão preparados….
Me diz 1 categoria onde isso seja possível…
Ou seja, nem tão cedo teremos outro campeão de F-1, simplesmente porque não oferecemos condições de base para formar esses pilotos..
Qualquer categoria é formada por pessoas que “querem ser pilotos de F1”
O automobilismo amador morreu junto com a liberdade nas pistas.
Por onde andará o Ferava? Ele ia gostar de ver esse carro.
Anselmo,
Diversos pilotos andaram de Avallone na Divisão 4, a grande maioria com motores Chrysler V8:
Antonio Carlos Avallone (Chrysler V8)
Jan Balder (Chrysler V8)
Pedro Muffato (Chrysler V8)
Francisco Lameirão (Chrysler V8)
Marcelo de Paoli (Chrysler V8)
Arthur Bragantini (Chrysler V8)
Luiz Carlos P. Fonseca (Chrysler V8)
José Figueiredo (Chrysler V8)
Nilson Clemente (Ford V8)
Pedro Victor de Lamare (Chevrolet 6)
avallone c/motor v8 no circuito antigo.
é o jan balder pilotando ? não lembro desse carro andando c/outro piloto que não seu dono e construtor
Caíque:
Tá bom de vista você, hein! Acabei de falar de você lá no post dos Mavericks….
É, realmente nosso automobilismo já foi melhor…
Julio,
Está andando no sentido anti-horário, o mesmo que se utiliza atualmente, só que no traçado antigo. Essa era a curva da Ferradura, qua aliás ainda está lá até hoje, já que a saída da mesma é a subida do Laranjinha.
Entrada da Ferradura. Circuito antigo.
Sentido normal.
tudo isso acabou por causa das federações….
eles não divulgam o esporte, logo não tem público, assim não tem bilheteria, que causa a ausência de receitas, que para obtê-las vão em cima dos pilotos……
O automobilismo é caro, foi caro e será caro, não tem conversa….
Mas as federações poderiam fazer algo melhor pro automobilismo brasileiro, que não se resume somente à F-1, Stock Car e F-Truck
E v8 hein…… Aqui nem faz v8 mais…..
Só uma pergunta aos experts : Este carro está andando no sentido horário em Intelagos ?
Grande Jan Balder!!!
O legal é que no início dos anos 70 ainda era comum estar escrito no carro em que categoria estava inscrito: Reparem a inscrição Divisão 4 na frente da caixa de rodas dianteira.
O carro é um Avallone. O piloto é com Datajoaquim. Agora uma coisinha está me deixando curioso: lá atrás parece ser a antiga Curva Três, que chegava na Ferradura. E esta curva aí… O cara está no sentido invertido…