Pergunta à blogaiada
SÃO PAULO (vi até TV por 14,90) – Vamos ver se a blogaiada que frequentava Interlagos com suas Flexaret nos anos 70 ajuda o Ricardo Machado, da Obvio !, que pergunta:
Em 1971, correu em Interlagos um cara chamado Esteban Ferdinando com um McLaren M8c. Nunca vi uma foto. E pouco se sabe desse carro e piloto. Você sabe algo? Tem foto?
Quem souber algo que relate aqui. Quem tiver foto, mande para [email protected].
Ao que sei, o carro era chamado de McLaren-Formisano. E consta que os gringos fizeram um clone mal-acabado dele. Um carro mais ou menos semelhante correu nos 500 km de Interlagos de 1972, com Juan Carlos Salatino, nas cores da escuderia Greco-Ford.
Chegou dos pampas junto com o Baufer (Isaura) e com o Trueno, para participar da Copa Brasil.
Era falso como uma nota de $75.
O MacLata era a piada na época:
Só faturava os prêmios de largada.
Ficou alguns anos com o Manduca, até ser adquirido pelo saudoso amigo Flavio Marx.
Foi vendido para o Colin Crabbe (1985 ?), que deu um tapa na barata, substituiu a caixa Saenz por uma LG600, enfeitou o log book com algumas fantasias e mandou para os USA. Pintado de preto, foi a leilão, mas o caldo entornou com a descoberta da verdadeira origem.
Tô sumidaço do meu boteco eletronico.
Uma fase rica dessas, cheia de deixas de amigos – Luis Garcia Koni by LG 917K – Ferreirinha e sua história comovente e que ainda persiste, abnegado trabalhador portuga-brasileiro, figuraça e amiguinho do Zampa…
Fotos antigas que me excitam e atiçam, telefonemas insistentes pro dono desse espaço sem resposta (na certa, ocupadaço como eu, com seus 302 empregos e obrigações diferentes).
Saloma intermediando casamentos, passagens históricas de Interlagos e eu mudinho…
Mas não poderia deixar esse post passar, pois cita nosso último amigo de infancia, a quem conhecemos à poucas horas, eu e meu sócio maluco Lucca Furquim.
E graças a uma ligação pro FG e outra pro seu manager, Salomão.
Esse novo amigo velho é Sua Excelencia Ricardo Machado.
CEO da Obvio!
O cara que pega uma fera como Anísio Campos.
Monta uma operação inédita em cima de um sonho.
Desafia a tudo e a todos com sua teimosia exemplar.
Inventa um carro brasileiro do nada.
Cria um sistema inédito de pagamentos.
Reinventa e extrapola um conceito fabril melhor que a fábrica de caminhões da VW em Resende – RJ, do que a fábrica da GM em Gravataí – RS, do que a fábrica da Ford em Camaçari – BA.
Posso dizer de cadeira: Conheço e atendo cada uma delas, fruto de meu trabalho diário. E afirmo que a Obvio! é melhor, verdadeiro benchmark. Do conceito ao produto. Do sistema à fabricação Kanbam.
Todo esse preambulo verborrágico apenas para sinalizar o seguinte, macacada:
O Obvio! – essa Obra de Arte da Engenharia Brasileira – está travado nos motores, aqueles feitos numa certa fábrica de Curitiba, joint venture da BMW e da Daimler-Chrysler.
Pois alguns índios brasileiríssimos vão resolver esse imbroglio, brandindo seus tacapes terceiro-mundistas de uma vez por todas.
Índios do Xingu changing the rules.
Tacape nas mãos e a flor de Lotus nos cabelos.
Quem viver, verá.
Joaquim,
Minha memória pode estar falhando, mas que teve um rolo com o Afonso, lá isso teve. Favor verificar nos seus arquivos.
Depois correu pela equipe do Greco com Sergio Mattos, levando o numeral 22.
Completando as informações do Mestre Joaquim. Um McLaren M8C disputou os 1000 Km de Buenos Aires com o Cris Craft e era equipado com motor Ford Cosworth. Pode ser que seja o mesmo carro ou tenha sido “clonado” pelos hermanos…
Manoel,
tem numero do RG. tambem
isso que é matar a cobra e mostrar o pau……..Parabens
O tal Esteban Ferdinando esteve por aqui disputando uma das duas provas do Torneio Brasil-Argentina, em 1971. Participou da segunda prova, realizada em 19 de dezembro daquele ano e não chegou a terminar a corrida.
O McLaren M8C meia-boca feito na Argentina ficou no Brasil, então na equipe Greco, que disputou algumas prova Campeonato Brasileiro de Viaturas Esporte, conseguindo um quarto lugar em Tarumã, com Sérgio Mattos ao volante.
Creio que foi a melhor colocação do carro, mas não tenho certeza. O McLaren portenho obviamente não era páreo para os Porsche 908 e 910 da Hollywood.
Tem fim ignorado, deve ter voltado para a Argentina.
Na revista Auto Esporte n.º 87, de janeiro de 1972, tem uma foto dele na pag. 74, em reportagem sobre o torneio preparatório para o Sul-americano. McLaren-Ford n.º 8 (era uma cópia montada na Argentina).
Esse piloto corria na categoria TC da Argentina , tendo sido campeão pela equipe Ford. Talvez vc ache alguma imagem na site da revista Corsa.
A única coisa que sei é que o carro teria sido comprado ou alugado pelo Afonso Giaffone.