ENQUANTO, ISSO, EM 1906…
SÃO PAULO (só mudam as moscas) – Ricardo Divila foi quem mandou esse interessante “causo” automobilístico. Leiam abaixo, traduzo em seguida para os mais preguiçosos.
Charles Jarrott raced on as a works driver for Panhard et Levassor, De Dietrich and Wolseley until deciding to retire in 1906, at the age of 29. Shortly after, he published a book, “Ten Years of Motors and Motor Racing”. This is the ultimate book of motoring chapishness and, despite it being out of print since 1956, every chap should make the effort acquire a copy. Regarding his reasons for retiring, he wrote this: “The curse of commercialism is the ruin of every sport, and the degeneracy of motor-racing is due to the financial issue now involved in each race – the immense value of victory and the commercial disaster of defeat. I can see in the future, and before the racing of motor-cars dies the death which is yearly predicted for it, the sporting element obliterated altogether by the all devouring monster of commercialism – the curse of the twentieth century”.
Remember, this was written in 1906!
Charles Jarrott era um piloto que resolveu abandonar tudo aos 29 anos em 1906. Escreveu um livro sobre seus dez anos de corridas. Prevendo, para o automobilismo, um futuro tenebroso. Tudo porque as corridas estavam sendo contamidadas pelo vírus do capitalismo selvagem, em resumo.
O cara escreveu isso há mais de 100 anos. Incrível.
O impressionante é que as corridas seguem aí, firmes, mais de 100 anos depois…
“A maldição do comercialismo é a ruína de todo o desporto.”
O sistema !!!! Realidade de todos!
Concordo em parte. Se o romantismo original se acabou com a comercialização dos esportes, também é verdade que a popularização dos mesmos se deve em grande parte ao aporte financeiro e à divulgação nos meios de comunicação de massa, movidos pelo capitalismo.
Devia ser o avô do presidente da FASP que mandava lá.
Seu nome era John Antony Carpinelli.
o bernie deve ter lido este livro na sua infancia.
Um profeta…
Se naquela época ja tinha marketing, explorando os pilotos e as corridas, imaginem hoje!!!
Flat, my dear.
E se o jóquei promovesse alguns páreos com jumentos?
E se a royal injetasse nos anões uma dose excessiva de fermento?
E se as casas da banha abatessem alguns gordos para seu abastecimento?
E se a dulcora lançasse no mercado um drops diet de cimento?
Flat, cemitério, apartamento.
Você disse tudo, meu querido.
Só mudam as moscas.
E vamos nós, levando nossas vidinhas.
Abraços.
Nick B.
(PS: Dando seqüência ao meu projeto de experiências gastronômicas pelo interior de SP, estive neste último final de semana na agradabilíssima Sorocaba. O que degustei por lá? Várias coisas, mas o objeto principal da minha gula foi a famosa coxinha de frango com catupiry da Padaria Real. Uma delícia sem igual! Quem for de lá, que conte mais detalhes dessa maravilha da culinária sorocabana. Quantas eu tracei? Melhor não entrar neste particular. hehe.
Que me desculpem o Veloso, o Frangó, Santa Coxinha etc, mas a da Padaria Real de Sorocaba é inigualável. Hum…..
Que mané Nostradamus, Charles Jarrott sim é um visionário.
Tá certo que as corridas ainda não acabaram, mas de fato, pelo menos por essas terras, estão cada vez mais caindo em ruínas.
A frase dele é impactante mesmo. Um pouco exagerada, sim, mas mesmo assim impactante.
And thank’s for google translater!
Abs.
No início do século passado ainda não tínhamos a TV controlando a todos. Os donos de jornais e rádios já esboçavam cartéis de informação, mas eram café-pequeno perto do que vemos hoje.
Esse Charles Jarrot era um romântico do automobilismo, assim como alguns jogadores eram no futebol até a década de 70, se recusando a mudar de time. Depois descambou tudo…
Soberbo, um visionário. Hoje vemos a Fórmula 1 dependente da vontade das montadoras de gastarem bilhões de dólares e os demais campeonatos conseguindo colocar poucos pilotos não-pagantes para correr. É o futuro do automobilismo cada vez mais presente e mais danoso ao esporte.
Flávio
Olha como os botecos eletrônicos são úteis.
Interessante, sempre me dei muito bem com Wilsinho, Emerson, Darci, o Barão, Dna. Juzy, mas não sei porque cargas d’águas nunca tive aproximação com Ricardo Divila, nunca tive nada contra ele, muito pelo contrário, sempre admirei seu trabalho.
De modos que vou aproveitar a oportunidade de vocês se contactarem e vou te pedir o grande favor de repassar duas fotos onde penso ser ele, uma feita por mim, outra por Rogério P. da Luz, pra ele ver se é o próprio. Em ambas ele não está bem de frente.
Uma delas, a do Rogério está na história do Lorena, só não coloquei o nome de Ricardo Divila na legenda por estar em dúvida.
Desde já fico agradecido.
Abandonou em 1906 e deve ter vibrado com a revolução russa de 1917. O tempo foi senhor da razão.