rest in peace
SÃO PAULO (nasceu, viveu, morreu) – É com esse título que recebo artigo enviado pelo Ricardo Divila sobre o fim da ChampCar, ou CART, ou antiga Indy, como queiram. O texto é assinado por Robin Miller e faz um resumo da categoria que, neste fim de semana, encerra suas atividades em Long Beach.
Miller coloca como marco zero da CART exatamente o ano de sua fundação, 1979, depois que alguns donos de equipe resolveram tomar a categoria das mãos do USAC (a CBA deles). Championship Auto Racing Teams é o que significava a sigla da empresa criada para gerir a Indy.
A partir daí, o campeonato cresceu e viveu seu auge no início dos anos 90, passando a incomodar de verdade quando a Newman-Haas levou Nigel Mansell para os EUA, na condição de campeão reinante da F-1. O “troco” foi cooptar Michael Andretti, mas não é preciso dizer que Nigel foi muito mais bem-sucedido na América do que Michael na Europa.
A CART chegou a ter um calendário com 20 corridas (em autódromos, circuitos de rua, ovais curtos, superspeedways, aeroportos), pelo menos uma dezena de promissores pilotos americanos, quatro fornecedores de motor, mais quatro de chassi, dois de pneus, grids com 28 carros e, nas palavras de Dan Gurney, figura histórica do automobilismo de lá, “tinha potencial para ser mais do que é a Nascar hoje”.
Faltou liderança, segundo Gurney, e quando houve o racha de 1996, com a criação da IRL, cometeu-se o erro estratégico de achar que seria possível sobreviver sem Indianápolis. Não foi.
A CART/ChampCar/ex-Indy fecha seu ciclo de vida domingo em Long Beach depois de 29 anos, 452 corridas, 12 presidentes, 18 campeões (corrigido, incluindo aqueles da fase que que o campeonato passou a se chamar ChampCar), dois “title-sponsors” (a PPG, um deles, era chamada de “Penske-Patrick-God”…) e deixando inscritos em sua história nomes e clãs como Andretti, Fittipaldi, Mears, Mansell, Montoya, De Ferran, Rahal, Da Matta, Sullivan, Tracy, Unser e Zanardi, entre muitos outros.
Que descanse em paz.
Concordo com quem escreveu ter sido o Bernie o responsável pela destruição da CART. Enquanto o Balestre desdenhava (dizendo que só vovôs pilotavam carros da Indy) ele fez questão de dinamitar, cuidadosamente, os eventos da CART fora dos EUA, e o Tony foi no meio do bolo, com a corrida em Indianápolis.
Assim como fez com o ITC (afundando a DTM junto, que graças corre hoje por conta própria) e com o Sport-Protótipos…
Bela foto de um belo carro… esse da Newman-Haas era bonito, mas o mais bonito que achava da CART era aquele Gallas do Al Unser Jr que ele corria justamente em 1989 naquele pega com o Emerson, aquele da pintura da Valvoline (que patrocinava o carro)…
Foi a época que comecei a acompanhar a CART e sempre curti… além de Indianápolis, duas corridas me grudavam ainda mais na tv: Cleveland – aquele circuito no aeroporto, com aquela pista larga, em que dava para três ou quatro carros emparelharem e até fazer curva juntos, curvas aliás sem zebras de referência – e Laguna Seca – aquela descida em S, o saca-rolha, sempre achei sensacional, a entrada à direita que despencava o carro e até deixava o pneu dianteiro direito no ar, depois a descida que parecia slalon de esqui…
O surgimento da IRL, que por muito tempo chamei de pirata, acabou com aquela que era uma categoria bacana, sem frescuras e que batia de frente com a F1…
Não acho que aquele clima dos anos 80/90 volte agora…
Boa Noite Flávio Gomes. O marco de expansão da IndyCar foi em 1993 quando o Leão Nigel Mansell impactou o mundo da F1 dando um show de arrojo e velocidade em cima de Emerson Fittipaldi, Robby Gordon, Mario Andretti, Paul Tracy e Scott Goodyear em sua estreia nas ruas velozes e travadas de Surfers Paradise na Australia. Foi a maior badalação de marketing e fotografos da história da Indy nos pit lanes da Newman-Haas em todos os tempos. Grandes pegas entre Mansell e Emerson durante toda a temporada narradas por Teo Jose na antiga TV Manchete. Flw velho.
A categoria que teve as mais interessantes corridas que já presenciei.
Com certeza seria muito mais do que a Nascar é hoje.
Faltou comando, mas também falaram pilotos americanos jovens e promissores, justamente na época da divisão.
Um programa de jovens talentos yankees, iniciado lá por 88, 89 teria feito uma enorme diferença.
Ah.
Certeza absoluta que se a Indycar for bem sucedida, daqui a uns 10 anos aparece uma categoria rival.
O automobilismo americano é assim. USAC, Formula 5000, Can-Am, IMSA, CART, IRL, ALMS, Grand-AM.
Até a Nascar tem lá suas, péssimas, concorrentes.
Parece teoria da conspiração: quem acabou com as categorias de fórmula nos EUA foi o Bernie.
Seduziu o Tony George prometendo a F1 em Indianápolis, mas na verdade queria mesmo era acabar com a F-Indy, que na época era bem melhor (desculpem, é só minha opinião pessoal) que a F1.
Várias marcas de chassi, de motores, com as mais variadas combinações, vários bons pilotos, corridas na rua, circuitos mistos, ovais, etc.
O Tony George foi muito ingênuo e o resto do povo não percebeu a trama.
Em termos de maquiavelismo, o Bernie é fera. Qualquer categoria que ameaçar tirar algum dinheiro da F1, o Bernie acaba. (Vide ITC)
Foram 18 Campeões
Rick Mears (1979/1981/1982)
Johnny Rutherford (1980)
Al Unser (1983/1985)
Mario Andretti (1984)
Bobby Rahal (1986/1987/1992)
Danny Sullivan (1988)
Emerson Fittipaldi (1989)
Al Unser Jr (1990/1994)
Michael Andretti (1991)
Nigel Mansell (1993)
Jacques Villeneuve (1995)
Jimmy Vasser (1996)
Alessandro Zanardi (1997/1998)
Juan Pablo Montoya (1999)
Gil de Ferran (2000/2001)
Cristiano da Matta (2002)
Paul Tracy (2003)
Sebastien Bourdais (2004/2005/2006/2007)
E foram o maior adversario que a F1 já teve , é justamente aí que cometeram um grande erro ,deixar sair uma a um seus campeões ,primeiro o Michel Andretti depois Villeneuve, Zanardi ,Montoya e o Da Matta .
Acabou virando um categoria trampolim sem o brilho de antes.
Quando o Emerson foi correr lá nos EUA eu comecei a acompanhar as corridas de fórmula dos gringos. Fizeram uma categoria bem competitiva, multimarca e com corridas ótimos. As vezes eles exageravam, e continuam, nas bandeiras amarelas. O importante para eles era, é e sempre será o espetáculo. Eles não gostam de ver um cara disparar e ganhar fácil uma corrida e aí eles inventam uma amarelinha. Mas voltando à categoria em si, pecou pela autosuficiência. Achou que materia o padrão, deram-se mal. Agora a tendência é dar uma melhorada na categoria (com a unificação). Pena ser mono-marca, tira um pouco do brilho das disputas. Abraços
Uma outra época… uma outra cultura…início dos anos 80…mesmo sendo fã de F1 assumido desde Clark, adorava ver monoposto rachando…as corridas em ovais eram novas e diferentes… pais e filhos na mesma categoria e mesma corrida, disputando a vera cada tomada ..nossa foi uma experiência unica e inesquecível…ficam as marcas no asfalto e os roncos são abafados pela multidão desinformada….esses tempos não voltam nem os carcará voltam para os capot dos fuscas com kadrom…vida que segue
Amava essas corridas… outro dia vi um video no youtube com 26 min(!) do ultimo GP de 1994, que o Villenueve venceu…Bateu uma saudade…
tenho uma réplica do Penske PC24 em casa… escala 1:18… que na minha humilde opinião MASSACRA qualquer outro carro de fórmula, seja contemporâneo, atual ou mais velho…
Motores turbo, patrocinadores brasileiros(quem não lembra do carro Brahma, do Raul Boesel????), corridas em aeroportos(que eram um show, principalmente pelo fato de terem pistas largas e permmitirem pontos de freada totalmente insanos), varios setups diferentes…sinceramente, caros amigos, nunca mais veremos algo assim em provas de monopostos.
Como disse um amigo : “saudade do tempo que tinhamos ótimas corridas nos domingos de manhã e a tarde…”
Os carros são horrorosos. Feios de longe, de perto piores ainda… Espero que esse “novo início” marque algumas mudanças…
12 campeões em 29 anos?
Puxa, que competividade…
Esse Tony George é doido. Ou a nova Indy vai ser enorme, ou vai terminar de afundar.
Foi ele quem decidiu dividir a categoria, e cortou da própria carne para poder “ganhar a parada” contra a CART.
Carros lindos…o Tasman-Honda do André Ribeiro foi umas das mais bonitas pinturas de um carro de corrida.
é. eu fui um que quando vi a primeira corrida da então indycar (phoenix 1994) nunca mais gostei de outra categoria. achava a F1 um lixo, só queria saber da indy. chega a dar dó, pensar que aqueles tempos tão bons simplesmente se foram e se renderam a esses trambolhos que os caras chamam de carros. o que vo sentir mais falta mesmo é dos turbo e daquele santo-antonio que era a marca registrada desses carros. parece idiotice (e é mesmo).
e volto a perguntar, o que será dos panoz DP01???
Até hoje eu acho que na verdade a contratação do Andretti foi umcomplo para despretigiar a yndi como dizendo que o Mansel foi la e foi campeão o Andretti veio aqui e não fez nada. O bom da indy é queela foi feita pensando tambem no publico e não´só nos pilotos pois assistir uma corrida durante tres horas sem sair de frente da tv é muito legal. Depois de todo este tempo ainda não dava para prever quem seria o vencedor. Detalhe interessante e exemplar éra a unificação de bicos e aérofolios entre as equipes e o monte de ultrapassagem durante as provas independente do tipo de pista.
Não creio que o racha com o Indianapolis Motor Speedway tenha sido o início do fim. Foi tudo, menos isso.
O maior problema da CART era a desorganização. Todos reclamavam. De fato, faltou mesmo liderança, que, diga-se de passagem, após a gestão de Andrew Craig, surgiram apenas presidentes aventureiros ou destruídores de ambientes, como Bobby Rahal.
Outro fator que corroborou para o fim, foi em 2000, quando a Chip Ganassi resolveu disputar a Indy 500 com Montoya e Vasser. Em meio a desorganização da CART, Montoya leva o caneco e patrocinadores acham interessantíssimo essa idéia. Bingo. Começava aí a debandada para IRL dos grandes times e os últimos suspiros da CART.
Engraçado, no artigo do Robim Miller, ele não cita o Villeneuve… por que será?
Assim como o Breno, comecei a acompanhar a categoria em 1989.
Putz, era muito bom mesmo…
Pra gente ver, má administração ou mesmo falta de visão também ocorre lá na gringolândia…
Assim seja.
Em seu testamento, o defunto nos deixou como herança, a segunda maior ultrapassagem de todos os tempos: http://www.youtube.com/watch?v=LB_k_wlr5Bc&feature=related
Acho que não falaram do Greg Moore, gostava daquele cara, parecia ter um grande futuro pela frente.
Vão ter que trabalhar muito até chegarem perto do que era… mas acredito que eles se recuperam. A primeira coisa a fazer é trocar aquelas coisas que eles chamam de chassis.
E tem sim alguns bons pilotos por lá atualmente. Faltam apenas nomes famosos vindos da Europa para darem boa visibilidade.
A vitória do Emerson em Indianapolis em 1989 foi uma das corridas mais emocionantes que já vi…A disputa com Al Unser Jr até o toque na penúltima volta foi uma briga de cachorro grande…
gostava das corridas em aeroportos.
Apesar dar muitas bandeiras amarales e das “‘pancas”‘ mortais contra os muros a coisa era bem divertida. O pior aguentar as trasnmissões de gente como o Luciano do Vale, Teo José e Luis Carlos Azenha – valha-me Deus… Pé de pato mangalô três veiz.. cruz credo.
É lamentável que agora só tenho sobrado aquelas trapizongas horrendas da IRL com motores aspirados, e um bando de pilotos medíocres, salvo poucas exceções. E é ainda mais lamentável que o Tony George esteja à frente disso tudo. Não vejo a IRL chegando no nível que a CART já esteve, pelo menos não a curto ou médio prazo.
A foto é de chorar….
Bela foto hein gomes,
Como era SODA essa categoria.
Bons tempos, grandes corridas…
Vi todas in loco em Jacarepaguá.
Uma pena que se foi…
Abcs
Um atraso tudo isso que aconteceu desde 96. A Indy era tão boa quanto a F-1. Pena q não tinha o “Masters Cup” das corridas, com o campeão da F-1 enfrentando o da Indy no mesmo traçado! Os carros eram lindos tbm! Principalmente o Hollywood do Gugelmin!
Que pena não ter dado certo. E que linda foto esta do carro do Mansell.
Acho que o sucesso da IndyCar ocorrerá quando eles resolverem seguir a mesma linha que a CART seguia:
Contratação de grandes nomes do automobilismo mundial (europeu) e colocar um monte de marcas no meio. Torço por eles!
Obs: Gomes, lembra daquele link com a história da stock, de dias atrás? Hoje cedo acessei novamente aquele link para mostrar a página ao meu irmão e, dando uma rápida passada de olhos, notei que, segundo a página, os Omegas usavam suspensão original de Opala. É verdade? Estranhei…
Nos Anos 90 a CART era pau a pau com a F-1 em termos de categoria TOP.
A a velha e boa F-Indy/CART só voltará no dia em que acontecer alguma fatalidade com Tony George.
É UMA PENA ANO PASSADO ASSISTI IN LOCO A CORRIDA DE SAN JOSE , CALIFORNIA , QUE É DE RUA , COMPREI O INGRESSO PELA INTERNET , QUANDO CHEGUEI LÁ PERGUNTEI AONDE ERA A ARQUIBANCADA , QUANDO TIVE UMA SURPRESA MEU INGRESSO NÃO DAVA DIREITO A ARQUIBANCADA , TINHA QUE ASSISTIR A CORRIDA AO REDOR DA PISTA COLADO COM A GRADE ! RESULTADO , ASSITI A CORRIDA A UM METRO E MEIO DA PISTA , SOM ENSURDECEDOR , E COMENDO CHURRACO QUE VENDIAM NAS BARRACAS NAS PRAÇAS A QUAL O CIRCUITO ENGLOBAVA . MUITO LEGAL , UM BAITA SHOW !
É o adeus de um mito.
A CART guarda grandes momentos de emoção que na minha humilde opinião são mais incriveis que os momentos da NASCAR.
Quem não se lembra da impressionante ultrapassagem do Zanardi no Bryan Herta (Deus de Laguna Seca) no sacarrolha?
E da vitória do Tony Kanaan em Michigan a menos de 100 metros da linha de chegada?
E as pistas?
Indy, Michigan, Detroit, Rio de Janeiro, Brands Hatch, Surfers Paradise, Phoenix, Clevland,…
E os Pilotos?
Emmo, Mansell, Montoya, Zanardi, Piquet, Salazar, Manning, Da Matta, De Ferran, Ribeiro, Rahal, Vasser, Unser, Unser Jr., Bourdais, Villeneuve, Mario Andretti,…
Espero que a Nova Indycar possa ao menos chegar no nivél que um dia foi a CART.
Lindo o carro, não?!
Só gostava dos motores turbo.
Mais nada.
Saudades.
Espero que a atual F-Indy possa melhorar, a começar pelo visual dos carros.
93, o melhor, com Mansell e Fittipaldi disputando o título…. as 500 milhas ficaram com Emerson, o título com Mansell….
Curtia o tempo do Gil começando por lá… sempre torci para ele um dia te roportunidade na F-1, mas é possível dizer que ele fez uma bela carreira por lá.. sem dever nada a F-1.
Não sinto pelo o que a categoria representou nestes últimos anos; que foram deprimentes. Mas antigamente essa categoria me proporcionou momentos muito divertidos (com exceção das chatíssimas bandeiras amarelas) com o Fittipaldi, Mansell, Michael Andretti, muitos outros pilotos e corridas bastante disputadas.
Bons tempos aqueles em que tínhamos grandes corridas no Domingo pela manhã e também pela tarde.
R . I . P .
Quando ouço falar sobre a ChampCar me lembro do Zanardi ultrapassando Brian Herta no Saca-Rolhas de Laguna Seca. Hoje não temos nem Saca-Rolhas, nem Laguna Seca e nem Zanardi. Torçamos pra que algum piloto de alto nível sem vagas na F1 vá fazer sucesso por lá e ajude a alavancar o sucesso da categoria (que sabe a Bia Figueiredo?) e de preferência sem o Luciano do Valle (aquele da corrida no Recife …) anunciando.
Esse carro do Mansell era lindo… com motor turbo então… pena que a “Indy” que restou utiliza aquelas coisas grotestas com motores aspirados…
Apesar de Tony George aparentar ser um cara de visão e muito bom comercialmente, não creio que a IndyCar se torne, algum dia, o que foi a CART.