Tributo ao grupo B

SÃO PAULO (loucos tempos) – Vez por outra ataca minha “ralizite” e vou atrás de coisas no YouTube. Como este tributo aos grandes carros de todos os tempos do extinto Grupo B, a essência da maluquice — de pilotos, engenheiros, navegadores, dirigentes e, especialmente, espectadores — nas competições.

A temporada de 1986 foi a derradeira do B, que já começou trágica com um acidente que matou três pessoas em Portugal, onde o público era incontrolável e os carros, idem.

A morte de Henri Toivonen na Córsega acabou com a insanidade, via canetada de Jean-Marie Balestre.

Foram tempos doidos que deixaram ícones sobre rodas como os Audi quattro S1, os Lancia Delta, os Peugeot 205… e rastros de sangue de heróis do volante como Toivonen e seu navegador, Sergio Cresto.

Ouvir esses carros berrando dá até medo.

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Alessandro Neri
Alessandro Neri
15 anos atrás

A era mais espetácular da história do automobilismo mundial!!
WRC 1984-1986.
Group B lives on !!

Alexandre Lannes
Alexandre Lannes
16 anos atrás

Depois do Divila, vou escrever pouco e apenas fazer uma correção ao excelente comentário do Carlos Galto.

Quem capotou o carro do McRae, foi o Brundle.

Carlos Galto
Carlos Galto
16 anos atrás

O Divila já disse tudo…
O lance do Estoril pode ser lenda sim. Mas já virou mito!!
O Senna andou e se apaixonou pelos carros de rali. O Loeb treinava no Playstation pra LeMans e virava os mesmos tempos dos pilotos oficiais. O Marc Surer capotou o Focus do McRae…
O Sainz dizia que era mais rápido nos WRC que nos Grupo B mas era bem mais fácil de chegar ao limite do WRC… Também, controles e mais controles eletrônicos, câmbio sequencial, pneus super macios, GPS na montagem da planilha, 300cv super bem distribuídos contra diferenciais mecânicos, câmbio em H com passagens no tempo de ouvido, 500cv bicudos no turbo…
Apesar de nunca devermos comparar as épocas, NÃO TEM COMPARAÇÃO MESMO!!!!
Mas tinha de acabar sim, o limite já havia sido ultrapassado e o público não tinha noção do perigo que corria… No ano passado, na Argentina, por muito menos ancelaram várias etapas… Outros tempos…

Sérgio Hingel
Sérgio Hingel
16 anos atrás

Eu vi a Michelle Mouton na Serra Velha de Petrópolis com o Audi Quattro.Enquanto a turma vinha reduzindo marchas na descida ,a moça jogava marchas para cima e acelerava.Coisa de doida.

Vermeulen
Vermeulen
16 anos atrás

Sugiro, quem nunca ouviu falar em Henri Toivonen, procure informações sobre ele o mais rápido possível. Conterrâneo de outro gênio das pistas, Jarno Saarinen, foi um dos grandes pilotos que este mundo teve o privilégio de conhecer. Pena que nos deixou cedo demais, em um 2 de maio de 1986.

Näkemiin, Henri! Me rakastamme sinua!

Ricardo Divila
Ricardo Divila
16 anos atrás

Fui o engenheiro de pista do Vatanen em dois rallies Paris-Dakar, onde ele guiou o meu pickup Nissan…..uma figurinha, com o qual podia-se discutir politica, historia ou filosofia nos bivuacs no meio do deserto, e com o qual ganhamos o seu 50tesimo e 51ro “stage” do Dakar, (ele nao terminou o ultimo Dakar que fiz com ele pois conseguiu entar de frente ” na unica arvore num raio de 300kms”, como ele disse…figurinha rapida…se tiver duvidas veja o video da subida de Pikes Peak, um primor de controle…negociar curvas com uma caida de 300 metros ao lado sem guard-rail e com uma mao tapando o sol e um outro nivel!….nao te envio a copia que o Ari me mandou pois eh em alta definicao e eh 60Mb…nao passa no mail, penso eu… http://www.youtube.com/watch?v=TKgeCQGu_ug

..Quanto a rapidez dos caras de rally, vi isso com o Loeb, que foi meu piloto em Lemans, no Pescarolo…adaptacao incrivelmente rapida, e durante as 24 horas acabou virando tao rapido quanto o Ayari e o Helary, que ja ganhou Lemans e e rapidito tambem , sem falar no McRae, meu piloto no Dakar, que quando passou a conduzir uma Ferrari 575 na pista quase bateu record da pista….discutindo tudo isso com o Sarrazin, meu piloto em F3000 na Prost e atual piloto da Peugeot em LMP, ele dizia que a sua conversao para o rally, quando guiou o Subaru da Prodrive foi muito dificil, adicionando que tinha uma admiracao incrivel pelos pilotos de rally, e inveja da facilidade com o qual vinham para os circuitos….

E o Fred Guallaguer era o navigador do Toivonen, e foi nosso diretor de percurso nos quatro Dakars que eu fiz com a Nissan…uma figura mega-calma…pudera, sentar naquela cadeiras eletrica do grupo B e tranquilament dizer o caminho das pedras sem se afobar, so com eles….
abracos RD

prost
prost
16 anos atrás

espetacular!!!!!!!!!!!!!! que saudades….

Jamil
Jamil
16 anos atrás

Gomes

Talvez você já conheça o vídeo, mas vale dar uma olhada.
Sei que você não é o maior fã dos leõezinhos, mas este vídeo aqui é uma obra de arte.

http://www.youtube.com/watch?v=SmDr7FnxEOU

Grande abraço

Rodolpho
Rodolpho
16 anos atrás

Imaginem o padre das bexigas tocando um desses.

drews
drews
16 anos atrás

A gente vê esses vídeos do grupo B, depois vê um piloto de F1 reclamando que foi prejudicado porque o pneu estava 1,57 graus Celsius abaixo da temperatura ideal… dá vontade de chorar…

Gustavo Stricagnolo
Gustavo Stricagnolo
16 anos atrás

Peacemaker,

A Audi tb fez um Audi para o Group S, um carrinho bem estranho, com motor V6 e tração Quattro, parece um Puma VW em certos aspectos, um pouco antes fizeram tb um protótipo de Audi Quattro S1 com motor central.

O protótipo para o Group S está no museu da fábrica em Ingolstadt e as fotos do carro podem ser encontradas nesse link.

http://www.tremek.com/forum/car-pictures/17141-rally-car-concepts.html

Fernando Horta
Fernando Horta
16 anos atrás

Existe uma tênue linha entre a loucura permitida e a exagerada. Essas carros aí estavam bem além dessa linha

Gustavo Millemiglia
Gustavo Millemiglia
16 anos atrás

A do Mansel é verdade!

Herik
Herik
16 anos atrás

Penso que nem no automobilismo da década de 30 chegou aos pés do grau de insanidade do Grupo B. Imagine um carro com o Lancia S2, motor com turbo e supercharger, 0 a 100 km/h em 2,5s – no cascalho! – correndo a pocos metros de centenas de pessoas. Não dava para continuar mesmo.

Leo Trenhago
Leo Trenhago
16 anos atrás

Para pilotar o Quatro Sport, 205, Delta, 037, RS200, os caras tinham que ser machos e ter passagem por algum sanatório. É tudo admirável, os carros, a atmosfera da competição e principalmente os pilotos, verdadeiros heróis. Tenho inúmeros vídeos em tributo aos pilotos que competiram na época e a group B era e afirmo ser impossível não ficar alguns minutos por dia vendo pelo menos um deles.

Eric
Eric
16 anos atrás

A propósito,tive a oportunidade de ver um cinco cilindros da Audi aberto e para quem olha o bloco é simplesmente um APzão,com um cilindro a mais(daí a cilindrada de 2,2 litros.)
Mansell em 1986 dirigiu um carro do Grupo B e disse que até 100 milhas por hora(160 km/h) era muito próximo o desempenho de um F-1….lenda ou verdade???

Nick B.
Nick B.
16 anos atrás

Fla,

Concordo integralmente com o comentário do Peacemaker.

Grupo B era o bicho.
E eu sou a bich(a).
Ops, desculpem a escorregadela (é incontrolável, creiam).

Só tinha fera, Toivonen, Vatanen, Salonen, Blonquivst, Rorhl, vixe!, cada monstro!

Eu, que literalmente me obro todo dentro do meu macacãozinho pink no Kart Indoor, tenho faniquitos aos ver o grau de maluquice dessa turma.

Isso é pra macho, meu amigo.
Logo, o lugar de Nick B., em se tratando de rali, é sentadinho na poltrona, assistindo os doidos, devidamente acompanhado de pipoquinha, minduca e brejinha gelada.

Brigaduuu!!

Nick B.
(ao som de John Cougar Mellencamp, Small Town).

Daniel Bianchi
Daniel Bianchi
16 anos atrás

Quem era mais louco?

Os pilotos, ou aquele povo na beira do caminho?? As vezes no meio do caminho…

Abraço.

germano
germano
16 anos atrás

sem contar que em 1986 o Balestre “ganhou” o título de construtores da Peugeot com aquela decisão de cancelar o resultado de San Remo, sendo que os 205 t16 estavam irregulares…

kleber
kleber
16 anos atrás

Isso é corrida de automóvel!!
O resto é autorama!

Gustavo Millemiglia
Gustavo Millemiglia
16 anos atrás

Eric, o carro era o Lancia S4 e esse tempo tem tudo para ser jogada de marketing apesar da potência dos carros, provavelmente foi utilizado uma extensão menor do circuito – com atalhos – ou tempo marcado (não acredito) com o asfalto molhado. De todo modo, não é possível burlar as leis da física tão facilmente…um monoposto turbo (lotus f-1) daquela época, era o máximo em termos de performance em pistas fechadas.

Eric
Eric
16 anos atrás

De longe os mais brutais “carros” já criados.
Chegavam a virar em Estoril apenas 1,5 segs do tempo do Senna de Lotus JPS Turbo com uma Lancia 037 se não me engano,mas com certeza era Toivonen ao volante da besta.
O que mais gosto desses carros é de longe o Audi S1.Chassi curto,o único com motor dianteiro como saia de fábrica e com seus 600 hps e 5 cilindros que berram espetacularmente.Nenhum outro fala tão alto igual a ele,fora o espirro da KKK aliviando pressão.
Os outros carros eram puros protótipos,com motor central,apesar de terem sido fabricados poucas unidades para homologação.
Com essa potencia e sistemas parcos de tecnologia e segurança da época,não é de se estranhar que deram varias mer..das.
Em um hipotético pega hoje,os WRC andariam muuuuito próximos desses carros do Grupo B devido ao peso,curva de torque e tecnologia embarcada.

Gustavo Millemiglia
Gustavo Millemiglia
16 anos atrás

Eram tempos malucos com certeza, muita fúria e velocidade condensada em carros que eram muito díficeis de serem conduzidos, e que exigiam dotes anormais de pilotagem por estarem sempre a despejar cavalaria em doses massivas em terrenos de pouca aderência. Tomadas de curvas a dezenas de metros do vértice da mesma, com o carro abanando para o lado contrário com o intuito de diminuir a velocidade e encontrar o ângulo de derrapagem adequado, era o básico na pilotagem. Freiando com o pé esquerdo para atenuar saídas excessivas de traseira – fazendo o eixo dianteiro escorregar também – era a especialidade nórdica, do mesmo modo que mantinha os turbos trabalhando em alta. Isso foi o máximo em termos de automobilismo, vôos cegos em meio as pessas confiando telepaticamente no navegador, fúria e mais fúria, destreza absoluta e treinada para sair de situações que deixariam de cabelos brancos a maioria de nós….isso era o Grupo B, e nunca mais voltarão a andar entre nós. Parafraseando Frank Miller no seu maior clássico – O Cavaleiro das Trevas – ao apresentar novamente o super-homem:….” a cada ano eles ficam menores….e alguém deve lembrá-los que gigantes já caminharam sobre a Terra…”, isso me vem a mente quando assisto aos ecos dessas eras passadas.

Peacemaker
Peacemaker
16 anos atrás

Só maisum adendo.

Tenho um documentário Japonês sobre o Grupo B, e em certo momento perguntam a Michelle Mouton, o que mais marcou o Grupo B, e ela sem titubear responde: I never forget the Noise of Quattro, se referindo aos Audi.

Os Delta S4 e o 037, os Metro 6R4, os Peugeot 205, o RS200, todos emitem sons extasiantes para qualquer amante de carros, mas som do Audi Quattro é imbatível!

Aliás motores 5 cilindros em linha, turboalimentados, possuem um som maravilhoso, os donos de RS2 ( que utiliza o mesmo bloco de motor dos Audi Quattro, Marea Turbo, volvo 850T, que o digam)

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
16 anos atrás

Quanto mais olho, mais medo me dá.
O gás que esse povo anda por locais impossíveis é assustador, por mais que goste de velocidade e desafio.
Está muito acima da minha coragem, muitíssimo além de meus limites.

antonio
antonio
16 anos atrás

Será que os WRC atuais andariam junto com estes carros , se estes tivessem equipados com penus modernos ? Poralgumas cenas de curvas de alta acho que os WRC ficariam pra trás … Carros com 20 anos … isto é que é corrida de Classic …

Bruno
Bruno
16 anos atrás

gomes, esse vídeo da morte do Toivonen tem uma edição totalmente forjada.. esse outro aqui é mais real (inclusive aparece o impacto), e com a tradução para ingles do que os italianos dizem no rádio: http://br.youtube.com/watch?v=Kgb8yp0eywM

William Rodrigo Lope
William Rodrigo Lope
16 anos atrás

Muito bom FG, as imagens e sons dessas maquinas do Grupo B, ainda arrepiam qualquer admirador da boa pilotagem, e claro que os riscos que existima, tbm existiam para os outras categorias( segurança dos expctadores), a evolução dos equipamentos foi brutal, imaginem mais 4 a 5 anos dessa categoria?..sou fã dessas maquininhas….até porque tenho um Peugeot 205, pena não andar nem perto do 205 16Turbo….hehehehehe
abraços a todos

Tohmé
Tohmé
16 anos atrás

Concordo com o Pacemaker.
O grupo B era demais. Milhões de cavalos em pequenos bólidos.
Isso sem falar nos apêndices aerodinâmicos.

Lucas Israel
Lucas Israel
16 anos atrás

Só tem maluco! Esses caras, além de tudo, são habilidosos pra diabo!

Peacemaker
Peacemaker
16 anos atrás

Na minha humilde opinião, o Grupo B foi o melhor do melhor de todos os tempos no automobilísmo mundial.

A impressão que se tem ao ver a tocada, absolutamnte genial, de pilotos como Vatanen, Blonquivst, Salonen, Alén, Mouton, Biasion, Ragnotti, Rorhl, entre outros, é que dirigir um F-1 da mesma época, era algo tanto tedioso e fácil, se comparado aos carros do Grupo B.

Acho que as pessoas, que realemnte ainda não descobriram todas as facetas do automobilísmo, deveriam, dedicar algum tempo, e veriam o quão infrutífero é ficar dicutindo quem foi melhor na F-1…..

Os pilotos do B Group, não estarem , no imaginário popular, como os melhores de todos os tempos, é no mínimo uma grande injustiça, Tenho certeza, que muitas estrelas da F-1, pediriam arrego, se fossem convidadas à dirigir um desses monstros, em superfície não muito favorável, como faziam os pilotos citados no inicio do meu post.

Se o Grupo B não tivesse sido banido, em 1987, a Ferrari com o 288GTO e a Prosche com o 959, entrariam na disputa. Em 1987, S Group, substituiria o B Group. Um aperitivo do que poderia vir a ser essa categoria, pode ser encontrado na rede, digitando-se Lancia ECV, que foi o único carro realmente construído, para participar do Group S, e esse era mais insano que os Lancia S4. Seria temerário…..mas não é a superação que mais atraí todos que amam ou estão envolvidos com o esporte à motor?

Abraços.