GRANDE ANDRÉ

SÃO PAULO (ao pó voltaremos) – Fechando mais uma temporada das Grandes Entrevistas no Grande Prêmio, o personagem de hoje e amanhã é André Azevedo, 22 anos de Paris-Dacar, tendo participado do rali mais difícil do mundo em todas as categorias: motos, carros e caminhões. Um pioneiro cheio de histórias para contar, e muitas delas estão no excelente papo com Evelyn Guimarães.

Detalhe que me deixou contente, pela lembrança. André conta que nas primeiras edições era muito difícil ver na imprensa brasileira qualquer menção ao Paris-Dacar, exceto quando morria alguém. Isso porque o acesso às informações era bem complicado (estamos falando de uma época em que a internet não existia — não, meninos, a internet não existe desde sempre!) e a mídia nacional não se interessava muito por aquela competição excêntrica. A exceção foi a “Folha de S.Paulo”, cujo editoria de Esportes resolveu escalar seu correspondente em Paris para cobrir o rali.

O editor de Esportes da “Folha” era este que vos escreve, no frescor de seus 24 anos de idade. O correspondente em Paris era Caio Túlio Costa, hoje executivo do iG, que abriga este blog. A cobertura pioneira que fizemos deu um impulso muito grande ao Paris-Dacar por aqui.

Subscribe
Notify of
guest

13 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
SVIZZERO
SVIZZERO
14 anos atrás

O cara realmente é um herói.
Conheci o André em 1987 (fizemos “Alliance Française” juntos – ele estava se preparando para o primeiro Dakar, e depois chegamos a fazer uma trilhazinha junto (ou melhor eu atrás dele… eu de Agrale 200 e ele de XT 600…).
O curioso é que ele ficou famoso por causa do deserto(Dakar…),mas trabalha com água… rs rs rs

Carlão
Carlão
15 anos atrás

Taí um grande cara a se respeitar. Aguentar tudo aquilo ali no meio do deserto não é pra qualquer um não.
Isso é espirito de guerreiro, de um verdadeiro piloto, de um amante pela aventura e pelo esporte a motor. O cara merece toda nossa reverencia pelo seus feitos.
Parabéns André. E muito sucesso no futuro.

Nuno Kopio
Nuno Kopio
15 anos atrás

O engraçado é que o Andre durante bastante tempo éra mais conhecido em Portugal que no Brasil.

Ed
Ed
15 anos atrás

Lia sobre o Dacar na maravilhosa revista Motoshow da década de 80 (aquilo sim era cobertura!) e conheci o André pessoalmente em 2001, quando ele esteve no Recife participando de um rali exclusivo para carros movidos a GNV organizado por mim. Conversamos bastante. É a humildade em pessoa. Hj, é ele quem toca a equipe BR Lubrax e parece que não vai parar de acelerar tão cedo. (Por sinal, por onde anda o Kléver??).

Walter Petla
Walter Petla
15 anos atrás

Detalhe pro patrocínio da Staroup, de novo!

Walter Petla
Walter Petla
15 anos atrás

Detalhe que ele também tinha o patrocínio da Staroup.

Emerson
Emerson
15 anos atrás

Estou cá a me lembrar de ter visto esta foto justamente na Motoshow, finada e de saudosa memória.

Dú
15 anos atrás

O que o André e o Klever sofrerão para irem na primeira prova foi uma loucura.
Tenere 600 nacional, 40 kilos de peças nas mochilas.
O maior barato do André e conversando com ele, o olhar e os gestos, o tal virús do Dakar incorporado.

Gustavo
Gustavo
15 anos atrás

Eu acompanhava as odisséias dos dois brasileiros no Dakar através da extinta revista Motorshow, claro que depois de um mês da aventura, mas mesmo assim tinhamos muitas informações e belas fotos. Deveria ser dureza enfrentar o desconhecido com as antigas Ténere 600 e seus enormes tanques cheios, eles conseguiam fazer ainda 140 km/h de máxima enquanto alguns protótipos moedores de corrente e pneus (motores quatro cilindros da FZ) buscavam quase 200 km/h de velocidade de ponta. Por um tempo, muitos anos depois, na minha própria Ténere azul-sonauto, eu me imaginava partindo para as especiais do Dakar quando eu partia para as minhas estradinhas conhecidas.

Fábio André
15 anos atrás

Pôxa!!
Acompanho o Dakar desde 1982 qdo tive a minha primeira moto uma CG (que naquela época tinha até contagiros!!! De série!!!), pois era (continuo) fã das duas rodas, mas lembro que duas revistas davam boas coberturas da prova que era a Duas Rodas (a famosa “Bípede”) e a extinta Motoshow (minha preferida) junto com outra extinta a Somtrês) e, se não me engano, uma revista Moto ou coisa parecida mas esta última eu não lia com muita freqûencia!! Bons tempos da minha pré adolescência, onde babava e muito nas Ténérézonas!! Tanto que convenci meu pai a comprar uma XL250R no ano seguinte que foi minha companheira por 10 anos depois do 3º corte no pé do velho devido aos famosos “contras” da danada!!!

JR Lemos
JR Lemos
15 anos atrás

Pois eh Flavio, naquela epoca a Folha era realmente um jornal de rabo preso com o leitor. Hoje ja nao o eh mais.

Abracos
JR

ALEX B.
ALEX B.
15 anos atrás

Esses pilotos que competiram no antigo Dakar eram e são doidos de pedra!!! Pior ainda de moto!!! E o André e o Klever estão entre os pioneiros tupiniquins naquelas empreitadas malucas, estão aí inteiros e saudáveis!! Respeito demais este tipo de loucura!!

Danilo Gaidarji
Danilo Gaidarji
15 anos atrás

Pois é, Flavio!!!
Desde sempre, agindo para o bem do automobilismo!

Detalhe: nesses dias, falamos das calças, e outras coisinhas.
O patrocínio? Staroup!!!