20 ANOS ESTA NOITE

B1-06mrSÃO PAULO (mudou, sim) – Foi assim. Todas as folgas cassadas, editorias desfalcadas, quase todo mundo deslocado para a Política. Finalmente chegou o dia 15. Eleição, no Brasil, era sempre em 15 de novembro. Não lembro que dia da semana caiu. É fácil de achar isso no computador. Espera aí.

Caiu numa quarta.

Dia 15. Depois de 29 anos, o Brasil tinha a chance de votar para presidente de novo. Desde 1964, foram 25 anos de ditadura, de generais escrotos, de um país militarizado. E muita gente gostava. Mais ou menos como parte da França sob o nazismo. Tinha gente que gostava e colaborava.

Cinco anos antes, o Brasil foi às ruas para exigir eleições diretas em todos os níveis. Levamos um pau na bunda do Congresso. Não havia internet, nem celulares, em 1984. A votação da emenda Dante de Oliveira, a das Diretas Já, aconteceu com Brasília quase incomunicável. Acompanhei a contagem dos votos por um painel manual na Praça da Sé, tarde da noite. Voltei de metrô, triste pra burro.

Dia 15. No jornal, o instituto de pesquisas próprio era ainda um bebê. Mas ia bem. Acertava quase tudo na mosca. Tanto nos levantamentos de intenção de voto, quanto nos de boca-de-urna. Naqueles tempos, campanha era campanha. A gente não via um carro na rua imune. Ou levava um adesivo do Collor, ou do Lula. Ou do Brizola, ou do Covas. Ou do Maluf, ou do Afif. Eram 23 candidatos. Tinha um chamado Marrozinho. O Enéas concorreu. Até o Silvio Santos. Alugou a legenda de um analfabeto de pai, mãe e parteira, Armando Corrêa, “o candidato dos explorados”. Acabaram anulando a candidatura de Silvio Santos. Santinhos, cartazes, bandeiras, uma sujeira danada. Eu tinha a impressão de que todo mundo se envolvia. Respirava-se política.

Dia 15. O voto era no papel e na caneta, não havia urna eletrônica. Cédulas coloridas, urnas de papelão, juntas de apuração, contagem manual, era um caos. Adorável caos. Escolas mobilizadas para as votações, ginásios e clubes para a apuração, noites em claro, voto por voto, boletins nas rádios, plantões na TV, uma coisa de louco.

Dia 15. Não havia outra manchete possível para o jornal do dia seguinte. Jesus Cristo poderia aparecer na avenida Paulista carregando sua cruz, que não iria roubar espaço no alto da primeira página. Quem iria para o segundo turno?

collorCollor, um aventureiro produzido pela “Veja” e pela Globo, era o favorito. Jovem, bonitão, raivoso, agressivo, convincente, era o “caçador de Marajás”, a “novidade” do pleito contra políticos experientes e desacreditados, alguns, ou novos e radicais, outros. Collor estava no segundo turno, todas as pesquisas indicavam. Mas quem ia com ele?

As urnas foram fechadas no fim da tarde em todos os fusos brasileiros. Os primeiros resultados da boca-de-urna do Datafolha começavam a chegar. Segredo de Estado. A “Folha” era a única que tinha instituto próprio. Os demais jornais compravam o serviço do Ibope, do Gallup ou do Vox Populi. Emissoras de TV, também. Assim, as previsões dos outros institutos eram mais ou menos públicas. As nossas, não. Segredo de Estado. Ninguém, nenhum jornal, iria arriscar o segundo turno baseado nas pesquisas divulgadas. Lula e Brizola estavam empatados tecnicamente. Era imprudente demais cravar Collor x Lula, ou Collor x Brizola.

O horário de fechamento estava chegando. Eu, editor de Esportes, estava deslocado para a Primeira Página, depois de fechar nossas pagininhas desimportantes na hora do almoço. Reunião de fechamento convocada. Os números do Datafolha não poderiam sair daquela redação em hipótese alguma. Não podíamos sequer telefonar para casa. Segredo de Estado.

O Datafolha dava Collor em primeiro, fácil, e Lula em segundo. Mas com Brizola pertíssimo. Não dava nem para falar em margem de erro. Era coisa mínima, zero-ponto-alguma-coisa percentual. Precisava ser macho para bancar uma manchete. Todo mundo ia sair com Collor vai ao segundo turno contra Lula ou Brizola. E a gente?

Tensão do caralho na reunião. O diretor do Datafolha, Antonio Manuel (por onde andará?), hesitava. Afinal, entendia do assunto. Se existe uma margem de erro, é preciso respeitá-la. Ela existe porque estatísticos estudaram aquela merda, sabem que pesquisa é pesquisa. X para mais ou X para menos. Uma ala daquela enorme mesa redonda achava que tínhamos de cravar Lula. Outra, que deveríamos ser prudentes. Eu estava entre os que queriam enfiar o Lula na manchete, e pronto. Afinal, o Datafolha vinha acertando uma em cima da outra. Mas ninguém me perguntou nada, ainda bem.

Saímos da sala sem saber qual decisão seria tomada. O dono do jornal se reuniu mais uma vez com o diretor do Datafolha e o editor de política em outra sala e chegaram à manchete, que eu só veria um minuto antes de mandar o último texto da Primeira para baixo. “Collor e Lula se enfrentam no 2º turno”, acho que foi isso. Machos pra caralho. Se desse Brizola, a gente estava fodido. E quase deu. Collor teve 22.611.011 votos (28,52%), contra 11.622.673 (16,08%) de Lula e 11.168.228 (15,45%) de Brizola. Apertadíssimo. Bancamos. Acertamos. E demorou um pouco para sair o resultado. A agonia foi de alguns dias. A contagem era manual, já disse isso. Levava tempo. Foram 74.280.909 votos que passaram pelos dedos ágeis das juntas de apuração.

A noite do dia 15 de novembro na Redação é minha lembrança mais vívida de 15 de novembro de 1989. O segundo turno, em dezembro, foi mais fácil. Collor levou com 49,94% dos votos, contra 44,23% de Lula. A eleição foi decidida com as baixarias da tropa de choque de Collor, mais a edição maldosa do último debate da TV no “Jornal Nacional”, o pavor da classe média de ter um operário na presidência, o conservadorismo de São Paulo, o Estado, que acabou decidindo o pleito com seus ruralistas, udenistas, arenistas e malufistas.

Foram meses de muita emoção nas ruas, confronto direto entre militantes do PT e o resto (o resto nunca teve militância, na verdade), imprensa conservadora de um lado, jornalistas de esquerda do outro. Um período rico em discussões, reflexões, era o destino da gente que seria decidido ali.

As duas imagens que escolhi para lembrar os 20 anos daquela eleição estão entre as que fazem parte do meu imaginário político. “Sem medo de ser feliz” era um dos slogans do PT, e a foto, rara, de um Lula sorridente foi feita por um amigo, Juan Esteves, baita fotógrafo. A outra, de um Collor descontrolado, querendo enfrentar o povo com seus braços bombados, é clássica, também, mas não lembro quem fez. Se alguém descobrir o crédito, por favor coloque nos comentários.

Eu tinha 25 anos. Não tenho mais. Tenho saudades dos meus 25 anos.

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Galvão
Galvão
12 anos atrás

Eu tinha 8 anos mas lembro das discussões federais entre as pessoas. Era uma época de esperança; O povo acreditava que as coisas melhorariam com essa possibilidade de escolha entre tantos candidatos. Acho que o lema “festa da Democracia” nunca foi tão validado quanto naquele momento.

Rodrigo Duarte
Rodrigo Duarte
14 anos atrás

Flavio, eu tinha 6 anos. Lembro de pouca coisa, lembro que eu era favorável ao Collor, mas nessa idade eu não entendia muito das coisas. De qualquer forma, gostaria de fazer alguma reflexão sobre o que aconteceu depois desta eleição. E desculpe o atraso, mas infelizmente estou com dificuldade em acompanhar o blog, mas sempre que posso entro aqui para não ficar muito para trás, não leio um post novo sem ter lido os antigos antes, e hoje estou lendo esse, leio tudo na ordem.
Se me permite Flavio, me desculpe por ficar um pouco longo o texto, mas estes assuntos me interessam bastante e quis deixar minha opinião aqui.

Em 1976 teve uma grande crise econômica no mundo e os liberais explicaram como sendo um problema do estado. Só uma pequena explicação, para os que não sabem evidentemente, o estado liberal é o estado que faz a mediação entre o capital e os trabalhadores, recolhe impostos do capital e do assalariamento e pega uma parte do imposto, usa para fazer novos investimentos, empresta pro capital para fazer novas tecnologias, gerar novos empregos, entre outras coisas. Além disso, o estado liberal garante educação gratuita (ou pelo menos deveria, eles prometem isso), saúde, habitação, transporte, previdência, etc. São garantias que o estado dá.
O estado também tem empresas pra gerar o seu próprio lucro, na Europa deu certo, fizeram um estado liberal de bem estar social. No Brasil isso nunca aconteceu.
Voltando, em 1976, para alguns liberais, o problema era do Estado liberal, que deveria se tornar NÉO LIBERAL, assumir uma nova função de estado, ao invés de estado protetor e provedor, deveria ser um estado “regulador”. Ou seja, privatiza tudo que tem, vende todas as empresas e fica só regulando a concorrência para não permitir os monopólios. Privatizar os serviços públicos e sanear bancos (capital financeiro).
Ao privatizar, eu melhoro a empresa, para isso eu preciso gerar muitos empregos e preciso pegar empréstimos bancários, e posso cobrar pelo serviço pois ele é melhor, como gerei muitos empregos, todos vão poder pagar. Essa é a idéia de estado néo-liberal.
Para os países sub-desenvolvidos, eles só poderiam fazer isso em âmbito mundial e empresas francesas, americanas, e etc, poderiam comprar empresas destes países.

Agora, finalmente, em 1989, definiram que os países latino-americanos deveriam ter acesso ao néo-liberalismo e ter acesso à créditos internacionais, mas só teriam este acesso se aderissem ao estado néo-liberal, ou seja, ao FMI.
Em 1991, os Países latino-americanos re reuniram para começarem este movimento. O Collor tirou o privilégio de empréstimos e subsídios à grandes proprietários de terra do Norte e Nordeste do Brasil, o que acaba derrubando ele.
Em 1991 também, o Menem privatiza tudo na Argentina, o México também. Em 1994 os dois já estão falidos. Eles venderam tudo sem mecanismos de proteção.

O Fernando Henrique privatiza grandes estatais, Vale, começa a privatizar a Petrobrás, Saúde e Educação. Mas ninguém quis comprar e precisava de muito investimento, o Brasil não tinha dinheiro. Então o Brasil passou a sanear e regulamentar os bancos, para os bancos no futuro emprestar dinheiro para a iniciativa privada e comprar as estatais brasileiras. Privatizaram o sistema de telefonia, mas para isso o estado investiu muito dinheiro em cabos de fibra ótica. Para as estradas, o estado primeiro reformava e depois privatizava.

A Petrobrás todos queriam comprar, mas havia a informação que o Brasil só fabricava o petróleo duro, que não serve para a gasolina e assim o Brasil precisaria continuar importando. O Fernando Henrique então abriu aos trabalhadores os institutos de previdência para comprar a Vale, assim os trabalhadores passaram a ser acionistas.

Agora finalmente, chegamos no Lula, que para com o néo-liberalismo, volta com o estado liberal, através do pró-uni, fome zero, as categorias D e E passaram a ter acesso ao consumo. Antes a economia informal era enorme, e não ia para o estado. o Brasil abriu o crédito do BNDES para o empresário informal, mas para ter acesso ao crédito ele precisava ser “formal”. Além dos investimentos no petróleo, o pré-sal e o petróleo fino, e o agro-negócio (álcool), coisa que o FHC nunca fez direito.

Por isso tudo, o Brasil não faliu, pois parou na metade do caminho. Bolívia, Colômbia, Argentina, México, entre vários outros acabaram quebrando, pois seguiram à risca a política néo-liberal e o FMI.

E é por isso tudo que eu votei no Lula duas vezes, e votarei mais se pudesse, pois foi graças a ele sim que o Brasil não sofreu com essa crise econômica que atingiu os EUA e o mundo. Mas política, futebol e religião, não se discute, essa é só minha humilde opinião. Eu sou leigo, não entendo nada, posso ter falado alguma bobagem, mas isso daí está dentro do que eu entendo da política e do Lula, FHC, Collor e etc.

Desculpe por ter me extendido demais, e obrigado pelo espaço.

Luiz Salomao
Luiz Salomao
14 anos atrás

Boas lembranças! naquela epoca nos iamos ate o comite eleitoral, COMPRAVAMOS os santinhos e jornais para montar nossos “KIT CABECA FEITA”, depois saiamos a rua p trabalhar e quando paravamos nos semaforos a gente distribuia para os motoristas, tb entravamos em obras (nas do metro tb), distribuiamos nas pracas, ate no sabado a noite, la no “BOM MOTIVO”, mas sempre guardando alguns KITs p distribuir no “Sujinho” depois das 4 da madrugada! no kit vinha um jornal dobrado (bem parecido c o da igreja universal, so q falando de politica) e dentro do jornal colocavamos os santinhos dos candidatos, alem de outros pendulicarios! Talves nao tenha sido tempo perdido, mas sim um tempo p ser comparado com o d hoje! “eta tempo bao q nao vorta mais”

MSM
MSM
14 anos atrás

No final das conta, todo político é igual, e o país continua com as mazelas de sempre.

Valter Prieto
Valter Prieto
14 anos atrás

Nem dá para acreditar, estragar esse blog de automóveis com essa josta do barbudo.

H. Romeu Pinto
H. Romeu Pinto
14 anos atrás

Gomes,

Vai você, o ladrão do Lulla e toda essa cambada petista, todos tomarem nocu com muita força

Ylan Marcel
Ylan Marcel
14 anos atrás

Gomes,

Essa foto do Collor foi tirada na cidade de Niterói-RJ. Ele bradava desse jeito porque estava passando perto de uma turma de brizolistas.

Um grande abraço! Gostei de relembrar os momentos dessa impagável eleição. Tinha oito anos de idade e ela marcou minha infância!

Luiz Minguta
Luiz Minguta
14 anos atrás

Aquelas eleições serviram para mostrar o quanto a TV Globo é calhorda. Todos já desconfiavam. Aquele JN do dia seguinte ao debate final entre Lula e Collor foi o soco no estômago de todos que acreditavam viver em um país cuja mídia trabalhava pela verdade. Somente a verdade. Quantas saudades do Jornal da Manchete e do JB. A Manchete não mais existe e nem aquele candidato barbudo, pelo menos no seu ideal, que foi chamado por Brizola de “sapo barbudo”. Este “sapo” prefere os acordos políticos ao povo que foi às ruas, empunhando bandeiras, ávidos por mudanças. Eu era um desses. Não tenho mais meus vinte sete anos e nem empunho nenhuma bandeira. Não tenho mais esperança de que os políticos e a Globo tenham afinidades com o povo.

Helder Carvalho
Helder Carvalho
14 anos atrás

1989…um ano após a constituição cidadã de 1988. Collor entrou como a alternativa para conduzir um país distante da possibilidade de firmar um estado de esquerda. Será o medo do comunismo? Será que a queda de braço daquele debate que Collor conduziu pontos fracos de Lula como problemas morais e de ordem privada de Lula, uma mulher que saia do nada e Collor conduziu o debate sem arranhões. A vitória de Collor foi a expressão mais viva que podemos tirar do poder de classes dominantes daquela época – diria o quarto poder. A imprensa de Roberto Marinho apoiando e destacando como a melhor alternativa. O estilo de Collor encantou a todos, mas não convenceu a sociedade que sentiu traída com o confisco da Poupança. Talvez a grande questão: O confisco da Poupança teve impacto em sua queda? Será que um FIAT Elba, um jardim encantado na casa da Dinda ou alguns cheques encontrados foram tão importantes? Não resta dúvidas de que o povo foi esmagado. Pensavamos que tudo poderia mudar, daí o continuísmo de Lula lá. Sem Esquerda que vende até para o diabo para continuar no poder sem idealismo, sem credibilidade diante de tantos escandalos, até maiores sofridos por Collor. Será que algum dia teremos uma equipe limpa no poder? será que algum dia teremos um líder com coragem para transformar esse país? precisamos ter esperança, pois essa nunca morre!!! Saudades de 1989? Não. Saudades de algum ano no futuro, com um governante sério e honesto capaz de devolver ao Povo sua legitima representação frente ao desenvolvimento seguido de Paz, excelente Educação, Saúde de primeira, Cultura valorizando nossas raízes, alegria em poder ter mesa farta de comida, salário digno e oportunidades aos montes…Utopia é tudo que nos falta.

Fabiano Lacerda
Fabiano Lacerda
14 anos atrás

Com exceção dos militantes chiliquentos,que de tãaaao entendidos,se dão ao luxo de criarem seus próprios debates fajutos aqui,tanto post como os comentários foram bem interessantes.

A história do nosso país,do nosso povo,é muito rica. Há de se conceder o devido valor a isso.

LuisBiason
LuisBiason
14 anos atrás

Lendo alguns comentários, percebe-se que as pessoas tendem a ver um lado só da história, ou seja, sua visão.
O legal disso tudo, é presenciamos um momento histórico e ainda fazemos parte disso, a história viva. Isso tudo é um processo de amadurecimento, se as coisas ainda não terminaram bem é que ainda não terminaram.
Celebrem a história.

Lago
Lago
14 anos atrás

também tinha, também não os tenho mais e igualmente sinto muitas saudades daqueles meus vinte e cinco anos. tempos mágicos aqueles, ainda mais para quem nasceu no mesmo dia da edição do mais cruel dos atos institucionais, primeiro de outubro de 1964. naquela eleição, contra collor acima de tudo, também votei no lula, além de fazer aberta campanha a seu favor, embora nunca haja sido militante de porra alguma. hoje, pensar que collor na realidade não passou de mero aprendiz de feiticeiro, soa até irônico. pensar que já vivemos sem escravidão à internet e celular, e que tudo acontecia normal, também. ao menos agora collor é apenas algo a se engolir, e lula um bom presidente, já inscrito com louvor em nossa história com seus erros e acertos, gostemos ou não dele.

cavalo branco
cavalo branco
14 anos atrás

Quanto sofrimento com a ditadura, perdemos nossa liberdade cultural, aí chega um “C” FDP e nos rouba tudo, poupança, empresas quebradas, estoques a pleno, vendas fracas sem poupança para remediar e sifu…
Ainda bem que o Lulinha foi persistente e chegou lá!

ricardo74mg
ricardo74mg
14 anos atrás

Muito interessante a sua colocação, com certeza tal post deveria fazer parte de uma obra acerca da evolução do jornalismo no Brasil, tamanha foi a importância do momento. Pelo seu texto, praticamente nos sentimos dentro da redação, a tensão do momento, a angústia e o dilema enfrentado por todos, noticiar com segurança, mas sem impacto ou noticiar um fato sob pena de perda da credibilidade? Acredito que sejam dilemas praticamente diários nas redações de jornais sérios.
Em relação à psição política, cada um na sua, não é? Política, religião e futebol, todos tem razão, e ao mesmo tempo ninguém tem.
Só não gosto do tom maniqueísta que todos dão em seus comentários, como se o Collor fosse totalmente ruim, e o Lula totalmente bom. São pessoas, e como tais sujeitos a falhas de caráter e desvios de conduta decorrentes da formação/experiência de vida de cada um. O importante é que estavam lá, e o resultado dessa disputa, para o bem e para o mal, é o que vivemos hoje.
A lamentar realmente é a total apatia que domina a população hoje, em todos os setores da sociedade. Bons tempos em que as pessoas se envolviam de verdade com os assuntos realmente importantes.

Manoel
Manoel
14 anos atrás

O título do post lembra aquele grande livro do Francis. Uma passagem legal: “quando os militares me levavam preso, era bom, pois era uma grande oportunidade de colocar a leitura em dia” (mais ou menos assim).

Acredito que você não goste muito do Francis.

Flavio Gomes
Flavio Gomes
Reply to  Manoel
14 anos atrás

Trabalhei com ele. Tenho o maior respeito, embora ache esses ex-esquerdistas meio ridículos, como o Jabor.

Manoel
Manoel
Reply to  Manoel
14 anos atrás

Legal, Flavio!

Mas cá entre nós entre o Francis e o Jabor, há milhões de anos-luz de diferença de base cultural, qualidade jornalística e conhecimento em literatura, política, etc etc.

Jabor é uma piada de mau gosto.

marcos garcia
marcos garcia
14 anos atrás

lembram do brizola chamando o Maluf de “filhote da ditadura” e o Lula de sapo barbudo? Ele era genial…

marcos garcia
marcos garcia
14 anos atrás

se fosse hoje… ganhava a Dilma

marcos garcia
marcos garcia
14 anos atrás

se fosse nos EE UU AA já tinha um filmaço com nossa história: al pacino (Lula), Jack Palance (Brizola) e o Keanu Reeves (Collor), by Oliver Stone

marcos garcia
marcos garcia
14 anos atrás

se fosse o Brizola… ganhava do Collor.

Thiago Azevedo
Thiago Azevedo
14 anos atrás

Acho curioso que as eleições são parecidas com as copas do mundo. Na década de 80/90, via-se paixão nos eleitores e torcedores. Hoje não tem graça. As eleições já não nos trazem esperança de melhora (tem muito pouca gente bem intencionada nos representando ou governando – estão lá por interesses muito diverso do que seria o esperado) e o futebol, em especial a seleção brasileira, se tornou puro negócio – falta amor à camisa por parte dos jogadores.

JEPeres
JEPeres
14 anos atrás

Lembro como se fosse hoje, eu era presidente de mesa. Votei sêco no Lula nos dois turnos. Pelo discurso fácil e o apôio que toda mídia depositou no color (minusculas mesmo!) era mais que evidente que o país estava embarcando em mais uma fase negra de sua história, e não deu outra, tivémos que aguentar o despreparado do Itamar e o canalha do FHC. Para piorar as coisas, êste último comprou todo o Congresso na emenda da reeleição e o povo reconduziu por mais 4 anos de POBREZA. Ainda bem que prevaleceu o ditado: Não há mal que sempre dure……

JEPeres
JEPeres
14 anos atrás

Lembro muito bem, eu era presidente de mesa. Votei sêco no Lula nos dois turnos e pelo discurso fácil e o apoio que toda mídia depositou no color (com minúsculas mesmo!) era evidente que o país estava embarcando em mais uma fase negra da história, e não deu outra, tivémos que aguentar o Itamar e o canalha da FHC (que para piorar as coisas comprou todo o Congresso na emenda da reeleição e o povo conduziu o FHC a mais 4 anos de retrocesso). Ainda bem que NÃO HÁ

Leonardo Luiz Verleun
Leonardo Luiz Verleun
14 anos atrás

Legal Vinicius… Texto maravilhosamente “bem escrito” e “elucidativo”!
Vê -se que vc, e vários aqui, são muito bem informados c/ veja, folhas e jn . Continuem assim… É divertimento certo.

Z.H.É.H
Z.H.É.H
14 anos atrás

Flávio, peço licença para Vc e para seus “leitores”, para colocar aqui as palavras da Barbara Gancia sobre a ex- Prefeita Erundina, que está no minha opinião sendo a pagadora dos pecados dos nossos maus políticos:

Uma palavrinha sobre a fantástica Luiza Erundina
16 de Novembro de 2009

Leio na “Veja” a entrevista com a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), condenada a ressarcir a prefeitura de São Paulo em R$ 350 mil por ter usado recursos oficiais para publicar um anúncio qualquer em sua gestão.

O pessoal tá de brincadeira, não é mesmo?

Conheço bem o caráter da ex-prefeita de São Paulo e tenho por ela um carinho muito especial, que gostaria de compartilhar com os leitores deste mocó.

Confesso que não vi a eleição de Erundina para prefeita com bons olhos. O que sabia dela, até então, é que ela era adepta de um tipo de militância que considerava legítimo exercer pressão política queimando ônibus e depredando propriedade pública.

Mas, assim que ela entrou na prefeitura, comecei a rever o conceito que fazia dela.

Dias depois da posse de Erundina, meu pai, Piero Gancia, que na época era presidente da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), recebeu a notícia de que Bernie Ecclestone havia cancelado o GP do Brasil de Fórmula 1, no circuito de Jacarepaguá, no Rio, porque não estava disposto a pagar o “pedágio” exigido pela prefeitura carioca.

Sem possibilidade de fazer a corrida no Rio, Piero foi obrigado a se virar para arrumar outro autódromo, caso contrário o Brasil perderia a sua corrida.

Ele pediu uma audiência com a prefeita e explicou a gravidade da situação. Para sua surpresa, Erundina teve a sensibilidade de entender de cara o que um evento desse porte significaria para São Paulo e meu pai saiu de seu gabinete com a promessa de que ela faria o que fosse possível para trazer a corrida para Interlagos.

A pista não estava em condições de receber o Grande Prêmio e Erundina acabou montando uma operação em parceria com a Shell, na qual disponibilizaria terrenos da prefeitura (em regime de comodato) a serem ocupados por postos de gasolina em troca de recursos para a reforma do autódromo. O mesmo tipo de acordo foi selado com a Sopave, empresa de coleta de lixo, o que anos depois gerou um escandaloso processo por parte da oposição, que tentou explorar a reforma da pista para ganho político.

Noto que a prefeita acabou sendo inocentada pela Justiça e que meu pai testemunhou a seu favor.

A reforma foi concluída a toque de caixa e o GP voltou para São Paulo, onde permanece até hoje gerando recursos para os cofres públicos. Trata-se do evento que mais dinheiro traz para a cidade no ano todo e que faz com que São Paulo seja a mais importante destinação turística da América do Sul.

Tem mais: desde a gestão de Erunda, nenhum prefeito (pouco importa o matiz ou partido) sequer contemplou a possibilidade de perder o GP para outras praças.

Ao longo da execução da obra, a parceria entre a CBA e a prefeitura acabou gerando uma relação de respeito mútuo entre meu pai e a prefeita.

Depois de o projeto concluído, Erundina confessou ao meu pai que ele havia sido o primeiro empresário que ela conhecera de perto e que isso a fizera mudar de ideia sobre a classe empresarial.

Não meço palavras para dizer que meu pai é um príncipe, sujeito corretíssimo, e que o fato de que Erundina valorizou a sua amizade com ele para mim diz muito sobre seu caráter.

Embora se tratem por “senhor” e “senhora” até hoje, os dois acabaram ficando muito amigos. Vira e mexe, ela liga lá em casa para saber do estado de saúde do meu velho, que está acamado há algum tempo com uma doença incurável.

Só tenho coisas boas para dizer sobre Luiza Erundina. Votei nela de lá para cá em todas as eleições que ela concorreu e nunca me arrependi.

Talvez, ao longo de seu governo, a prefeita possa ter cometido erros. Mas estou certa de que nunca foi responsável por qualquer improbidade com o nosso dinheiro.

Vou tentar falar com ela ao longo da semana e me colocar à disposição para ajudá-la no que for a superar esse castigo completamente desproporcional que caiu sob suas costas.

Hernani TI4
Hernani TI4
14 anos atrás

Verdadeiro túnel do tempo…eu com 14 anos…e com a euforia de estar vivendo um tempo diferente…um tempo realmente novo a tudo do que já tinha passado…todos envolvidos…um tempo que realmente nos deixa saudades…me lembro da cena, logo após o término das eleiçoes no 1 turno, uma mulher solitária, embaixo de chuva, na Av. Comercial daqui de Taguá-DF, agitando sua bandeira com uma paixao contagiante, daquelas que só se manifesta por algo que realmente valha a pena…desde entao percebi a diferença entre o “sem medo de ser feliz” e o outro…(que como muitos aqui, ouvia sempre das mulheres que teria o voto por ser o mais bonito, seguido do Caiado…pfff). Lembro dos meus pais revelando que votaram no Covas no 1 turno, mas no 2 se fossem Lula e Collor, o Lula seria o presidente se dependesse dos votos deles…lembro que meu pai colou na saudosa Belosa um adesivo com a caricatura do Cebolinha que dizia : “Nao voto em Collupto…” realmente uma época onde tudo era feito com mais paixão, e que nao volta mais…

Virgo
Virgo
14 anos atrás

Truque antigo, hein Patrão…. Truque de jornalista, esclareço. Não é preciso nem ler o texto para perceber sua simpatia: a foto simpática do Lula sorridente (e não a do sapo barbudo a que se referia o Brizola) e a foto antipátca do Collor, lado a lado, conduzem o leitor.
E o tom de nostalgia seria indicação de um leve desencanto com a estrela vermelha?

Marcos Lopes
Marcos Lopes
14 anos atrás

Depois de Color roubar a nação e depois de ver o ex-presidente de 1989 junto com o seu ex-desafeto juntos eu digo: SAUDADES DO REGIME MILITAR! Os mesmos que “combateram” a legítima intervenção militar em nosso país são os mesmos que roubam o nosso Brasil.

Jose Tifosi
Jose Tifosi
14 anos atrás

Este “Senhor ” e sua turma infelizmente ficaram contaminados e já não servem mais para o Brasil.
Como familiar de um grande cara que trabalhou a vida inteira pagando INSS para ter uma velhice tranquila, reputo a este “Senhor” o titulo e “algoz mor ” dos aposentados ( um dia todo mundo vae ser ou vae ter uma mãe ou pai aposentado ) .
Nas próximas eleições eu todo aposentado que tiver “vergonha na cara ” deve se lembrar muito bem deste Senhor e de toda a sua turma do PT, PMDB, PSB e PCdoB , e cassar-lhes o mandato.

Silvio Taka
Silvio Taka
14 anos atrás

Eu contava 18 anos. Não tenho saudade dos meus 18 anos, não sabia nada, era uma bomba de hormônios ambulante, como a maioria dos jovens, e ainda fiz a cagada de votar no Afif (!!!). Até hoje me pergunto por que. Acho que era pelo “juntos chegaremos lá”. No segundo turno, votei no Collor, e desde então nunca mais deixei de votar no Lula. Honestamente, não vejo diferença entre políticos, sejam eles do PT, do PMDB ou da PQP. Conheço o prefeito da minha cidade, um autêntico FDP. Conheço também um vereador, um F(ilhinho)DP. Trabalhei em serviço público de saúde por mais de 5 anos, como cirurgião dentista. Os primeiros anos foram durante o governo FHC, e os últimos já com o Lula, e posso dizer que é tudo a mesma M pois os gestores municipais são, na grande maioria, pessoas despreparadas e com interesse próprio. Se corrompem facilmente, alguns por medo, outros por ganância, e há ainda os que, por pura ignorância, são manipulados como se fossem fantoches. Para eles, tudo não passa de um jogo, onde o vencedor é aquele que consegue ficar mais tempo no poder.
Vejo um mérito no Lula: mesmo sendo uma medida que visa barganhar votos, ele conseguiu acabar com a fome no Brasil. Alguém aqui já passou fome? Eu já, é muito triste… Não é maneira mais digna, é verdade, o que as pessoas revoltadas chamam de “bolsa-esmola”, mas é melhor do que fingir que não existem pessoas precisando de ajuda.
Muita coisa mudou nesses 20 anos, e, querendo ou não, o Lula é uma das principais figuras dessas 2 décadas.

rubem rodriguez gonzalez
rubem rodriguez gonzalez
Reply to  Silvio Taka
14 anos atrás

Excelente e equilibraso depoimento Silvio, eu particularmente sempre digo que o Lula é o pior presidente que o Brasil já teve, com excessão de todos os outros é claro.
Colocaste o dedo na ferida amigo, também conheço o rato que governa(?) o meu municipio e ainda tenho o deprazer de conheçer mais uma meia dúzia deles de municipios brasileiros, sou contra a privatização de uma forma geral, MAS DEFENDO QUE AO INVÉS DE ELEIÇÕES MUNICIPAIS FOSSEM FEITAS CONCORRENCIAS PUBLICAS PARA A ADMINISTRAÇÃO DE NOSSAS CIDADES POR EMPRESAS PRIVADAS, A ROUBALHEIRA SERIA MUITO MENOR E A PUNIÇÃO MUITO MAIOR, NOSSOS PREFEITOS E VEREADORES SÃO TODOS LADRÕES!!!!!!!!!!!!!

Antonio Valdoski
Antonio Valdoski
Reply to  Silvio Taka
14 anos atrás

Acabou é? onde?

J. Alves
J. Alves
14 anos atrás

Caracas, bela história. Faz muito tempo, quem diria… Alguns dos moleques que ensino hoje tinham acabado de nascer, ou nem eram nascidos!

Eu tinha meus 15 então, me sinto velho lembrando disso. Meus pais assinavam (e ainda assinam) a Folha, mas não lembro dessa capa. Como dizem aqui, “rock-hard balls” esses caras que decidiram ir com aquela manchete…

Wagner Curitiba
Wagner Curitiba
14 anos atrás

Ah…

“infestado” quando se relaciona a alguma classe de pessoas é uma palavra de pessoa bem sem preconceito e nada ignorante, não concorda Sr. Pedro?

Wagner Curitiba
Wagner Curitiba
14 anos atrás

A única coisa que eu ainda não aceito são pessoas que simplesmente ignoram a opinião alheia e julgam de ignorantes e preconceituosos aqueles que deles pensam diferente.
E o Lula? E o PT? não são preconceituosos e ignorantes ao dizerem que só os pobres, sem terra e os com pouco estudo tem vez?
E as bolsas “tudo quanto é coisa” são pagas por quem?
Essa mentalidade fechada é que é difícil de aguentar!

Marcelov
Marcelov
14 anos atrás

Desculpem, mas só podem ser malucos quem afirma que o Lula (argh!) é um bom governante. Só se for para os bancos. Esses apaixonados pelo romantismo de se ter um presidente da classe proletária deveriam se perguntar se a postura desse presidente hoje, ainda o credenciaria ao proletariado. O cara mudou até o discurso, assim como os seguidores dele. Alguns colecionam carros como todo trabalhador metalúrgico do Brasil.
Hipocrisia é a marca desse país no seu plano social e político.

Marcelo
Marcelo
Reply to  Marcelov
14 anos atrás

Saudades do FHC? Deveras, né? Eita discurso preconceituoso e viciado o seu, não?
Escrever ” Esses apaixonados pelo romantismo de se ter um presidente da classe proletária “é de lascar!!!! Jesus!!!!

Pedro
14 anos atrás

Vinícius, você não acha que anda lendo muito a Veja?

Pedro
14 anos atrás

Putz, um baita texto desses e o blog está infestado de tucanos! Mas bom, viva a democracia. E a ignorância e o preconceito de alguns, também.

Wagner Curitiba
Wagner Curitiba
14 anos atrás

Só inverti…
O que somos hoje é a soma de tudo o que passamos.
Agora sim!

Wagner Curitiba
Wagner Curitiba
14 anos atrás

Ao ler os comentários postados aqui não me sinto tão só no universo. Apesar de discordar de alguns (o que democratimante aceito e respeito) alegremente descubro que existem pessoas capazes de se informar, pensar, refletir e aí sim formar uma opinião. E não ficam como simples robôs ou até mesmo cães adestrados aceitando tudo o que lhes é enfiado goela abaixo.
Vivi uma pequena parte desse período, mas o suficiente para saber que tudo o que passamos é a soma do que somos hoje.
Mesmo achando que o Lula ainda está errado em achar que o Brasil só foi descoberto e surgiu como um país de verdade no dia em que ele tomou posse!
Parabéns FG e a todos que como eu são seres pensantes e inteligentes!

Marcelo Dias
Marcelo Dias
14 anos atrás

O fim da inflação é mérito do Plano Real, certo? Quem foi o “Pai” do Plano Real, FHC ou Itamar?

Itamar deu voz dentro do seu governo à equipe econômica que estruturou e implementou o Plano Real… Um presidente injustiçado ao extremo, devido às condições em que assumiu o poder.

Já o sr. Fernando Henrique Cardoso, que em um primeiro momento do governo Itamar era Ministro de Relações Exteriores, passou para o Ministério da Fazenda e acabou por “levar os louros” dessa conquista econômica do país que foi o controle da inflação, e isso com o forte apoio da mídia (Rede Globo e Estadão, forças maléficas da sociedade brasileira )…

Depois que ele assumiu em 1995 e disse: “esqueçam o que escrevi”, deu no que deu: outras reformas importantes nunca aconteceram, e o PSDB só não vendeu um rim de cada brasileiro porque não deu tempo… Já Lula segue a política do pão e circo, agradando aos setores mais pobres da sociedade, os banqueiros e terminando de afundar a classe média!

Rafael MR
Rafael MR
14 anos atrás

Lulla e Collo hoje são os melhores amigos, nao vamos esquecer que o presidente daquela época era o Sarney tb hoje eh um dos melhores amigos do Lulla.
Pelo visto os velhos políticos ainda continuam na barca.
Quem vota no Lulla vota no Collor e vota no Sarney nao nescessariamente nessa mesma ordem.

Helio Pavan
Helio Pavan
14 anos atrás

Lula é tão duas-caras quanto Collor.

Aliás, é ainda pior, é dissimulado. O sorriso de Lula nas fotos de campanha consegue ser pior e mais falso que o de Serra.

Quanto à edição do JN, foi realmente vergonhosa, tal qual a escolha das fotos para ilustrar o post.

Se tivesse que relacionar uma das fotos com Flávio Gomes, não teria dúvidas em escollher a de Collor.

Apesar de todo seu talento na escrita, a cada dia que passa Flávio demonstra mais raiva e acidez. Tudo é ruim, mal feito, chato, errado. Só o que é de ontem é bom e merece aplauso.

mark
mark
14 anos atrás

Lula e o PT são as maiores decepções da minha vida de eleitor. É uma vergonha o que fizeram com suas bandeiras e só mesmo um doente mental é capaz de relevar isso e continuar votando no PT e em Lula. Ainda bem que essa tal de Dilma é ruim de voto. Nos livraremos dessa gente em 2010. Finalmente.
Mark.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
14 anos atrás

Calma meu amigo… esse “balde” já virou faz tempo… e o pior que com o “bolsa-esmola” esse cara já comprou o voto de milhões de almas por esse Brasil afora.

Só nos resta trabalhar e produzir mais e mais riquezas para ao País, porque nunca antes na historia do Brasil ele dependeu tanto de nós.

Abraços

Imperador.

Edson Naga
Edson Naga
14 anos atrás

Gomes, este foi o inicio de uma nova era no Brasil

Lula foi um excelente aluno do professor Fernando Henrique Cardoso. Enquanto o neoliberalista quebrava os empresários importadores com o câmbio flutuante e enriquecia os cofres da CLASSE A mantendo uma taxa de juros real muito alta no país, o operário visionava as demonstrações e sonhava um dia patentiar e colocar em prática as teorias elaboradas pelo doutor FHC. Finalmente chegou o ano de 2002: Artistas globais fazendo terrorismos contra o LULA, os especuladores da BOLSA apavorados com a vitória de LULA nas pesquisas, agricultores com medo de perder seu chão… Mas o medo venceu a desconfiança de todos. Hj o país é credor do FMI, temos reservas em dólares, ou seja, cada vez que o REAL aprecia, devemos menos ao FMI, grandes projetos que vai acabar com a desigualdade social, como o Pré-Sal, que vai necessitar de mais escolas tecnicas, Olimpiadas e Copa do Mundo serão o pilar para o crescimento sustentavel dos setores de infra-estrutura do pais, entre outros.

Viva o Brasil…

Antonio Valdoski
Antonio Valdoski
Reply to  Edson Naga
14 anos atrás

Acho engraçado essa bronca atual do PT com a Veja! Quando a Veja malhou o Collor, os políticos petistas adoravam a revista.

Valdemar
Valdemar
14 anos atrás

Meu querido Flávio:

Como é bom relembrar certos momentos da história com outros olhares. Ao escrever o texto pro meu blog, ainda não havia lido o seu. Mas me identifiquei muito com ele. Se puder, dê uma olhada e veja se você não se identifica também…

Abraços

http://blig.ig.com.br/valdemation_society/

José Luiz (da Guanabara)
José Luiz (da Guanabara)
14 anos atrás

Sorte do Lula ter perdido aquela.
Acabou assumindo a presidência em um momento muito mais favorável.
Eu queria ter visto o Covas presidente, mas acho que não teria feito muito diferença.

Yoshi
Yoshi
14 anos atrás

É simples:

Lula sorridente + Collor descontrolado = edição maldosa

Tal qual a global, acontece lavagem cerebral por TODOS os lados….

Sorte que o Lula não assumiu o governo aquela vez, pois teria feito muito estrago.

Sorte dele, por ter conseguido preceder um governo que o deixou com condições muito mais estáveis e promissoras nas mãos. Hoje as coisas estão melhores?
Agradeçam ao governo anterior por proporcionar isto.

Edmilson Fidelis
Edmilson Fidelis
Reply to  Yoshi
14 anos atrás

Hoje as coisas estão piores?

Saulo Teixeira
Saulo Teixeira
14 anos atrás

Eu tinha 17 anos, no início fui contra o voto aos 16 anos, mas como eu vi um monte de “guris” tirando o título para votar em Collor eu pensei que eu só podia me omitir ou reagir, optei por reagir. Tirei o meu título votei em Lula. Infelizmente não deu e o resto da história nós sabemos.

Cicero Araujo
Cicero Araujo
14 anos atrás

FG… mais uma vez, grande texto. Mas, só gostaria de falar algo para o senhor Lionel, que entre outras rasga elogios ao outro senhor collor de melo. Cara… você não faz idéia da merda que esse cara fez aqui em Alagoas, que até hoje paga e caro, a grande cagada dele… experimenta discutir cultura, ja que voce se aaaacha culto (curto). Vem aqui em Alagoas, porque temos 50% da população de analfabetos, por exemplo, (mas, cultos) pois votam e sempre votarão em collor. Já que voce limitou tanto o sentido da expressão cultura. Ah, outra coisa, voce está parecendo o collor… muita raiva.

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
Reply to  Cicero Araujo
14 anos atrás

Aliás, em agosto estive em Maceió aproveitando minhas férias e encontrei lá um amigo meu que trabalha na Rádio Gazeta (do grupo de comunicação do Collor)… o que vi e as histórias que escutei de muita gente nessa semana que passei lá só reforçaram essa impressão de terra arrasada que há no estado… e pior ainda: a verdadeira relação de servilismo, vassalidão e puxasaquismo que existe em muitos setores da vida social e profissional… e o cara, apesar de tudo, ainda é um Jesus… afinal de contas, Deus mesmo naquelas bandas é um cara que sempre foi eminência parda do Collor nesses anos de Brasília e hoje transita com muito mais poder: um tal de Renan Calheiros…

Chico
Chico
14 anos atrás

Gostei de ler os comentários de todos até agora, tirando uns militantes que ainda militam (por favor tirem as vendas dos olhos), acho que deu p notar alguns pontos
Lula se tivesse vencido não teria feito grande coisa
O sucesso de hj foi plantado no governo anterior
O Lula de hj não difere em nada dos caras com quem ele combatia, mas é mais experto sem dúvida, criou uma imagem tão boa que nem que provem que ele matou Jesus ele cai, o cara é mestre na dissimulação.
Hj não temos em quem votar. o PT morreu como instituição moral é pior que os outros infelizmente, o PMDB é a prostituta do governo, pagando estou do seu lado.
Triste realidade.

Edmilson Fidelis
Edmilson Fidelis
Reply to  Chico
14 anos atrás

E aí?

TS82
TS82
Reply to  Chico
14 anos atrás

O PT nunca foi “instituição moral”.

Eleutério Boanova
14 anos atrás

Flávio: Por tão primoroso e espetacular o seu texto, tomo a liberdade de reproduzí-lo, com o devido crédito, é claro, em meu Blog, o http://blogdoboanova.zip.net.

E, mais uma vez, meus parabéns pelo blogue que é minha leitura diária…