O PREÇO DA GUERRA

loanSÃO PAULO (até isso) – Caiu na minha mão sem querer este link, via Twitter, mas me chamou muita a atenção. São cartazes e propagandas de cunho patriótico dos EUA divulgadas durante a Segunda Guerra. No caso das propagandas, talvez publicidade fosse o termo mais correto. Afinal, muita coisa aí saiu em revista e jornal. E pagou-se para isso. A gente está acostumado a ver esses cartazes criados pelos regimes totalitários com exaltações à pátria e ao povo, coisas da URSS e da Alemanha nazista, por exemplo, e o choque é imediato: nos EUA, a guerra, como tudo, era (é) tratada como negócio. “Compre seus bônus de guerra!”, “Invista em nossos soldados!”, “Transforme gordura em pólvora!”, “Os médicos no front fumam Camel!”, gritam os cartazes e as peças publicitárias.

Cada um vê uma guerra como melhor se lhe dá. A mim dá medo. De tudo.

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marcus
marcus
14 anos atrás

Oi,
A propaganda não é um anúncio de algum produto. Nos EUA, a conta da guerra tinha que ser paga de alguma forma, o governo não poderia simplesmente imprimir dinheiro o que faria a inflação explodir. Esses anuncios pediam para a população comprar os Bonds(títulos de dívida) para financiar equipamentos para os combatentes. Daí a imagem forte que é utilizada. Muitos vezes os personagens famosos da guerra vinham aos EUA fazer campanhas para arrecadação de fundos, principalmente via compra de Bonds. Tem um video famoso do patton pedindo uma graninha para a turma…

MSM
MSM
14 anos atrás

Quer um cartaz mais clássico do que aquele que aprarece o Tio Sam com o dedo apontado convocando os americanos a se alistarem.
Antes dos EUA entraram na França no desembarque do dia D, os alemães estavam sendo massacrados pelos russos desde a tentativa de tomada da URSS por Hitler. Stalin, que era tão canalha quanto, ficou irritado com a quebra do acordo de não invasão por parte de Hitler e pôs todos os soldados disponíveis para recuar o avanço dos alemães, inclusive usando os camponeses em todas as partes da URSS para ajudar, e quem não quisesse cooperar, era morto, até a Alemanha.
Qd houve o desembarque na França, o exército alemão estava enfraquecido, o que facilitou a retomada do controle do país e o fim do Reich.

Mococa
Mococa
Reply to  MSM
14 anos atrás

Sem a pressão dos EUA, Reino Unido, França e outros na África do Norte, na Fre nte Ocidental e no Pacífico Sul, a máquina Nazi teria trucidado a URSS em poucos meses, assim como o Japão teria trucidado a China e toda Ásia.

Os Homens Livres agradecemos aos Gloriosos Combatentes Norte Americanos, Ingleses, Australianos, Franceses, Indianos, Brasileiros, etc….

Marco Aurelio
Marco Aurelio
14 anos atrás

Na Alemanha utilzava trabalho escravo dos judeus que trabalhalham até a exaustão total e por fim a morte.
Os esforços de guerra de stalin tornaram os Gulags a grande maquina de trabalho escravo morreu gente pracaramba,

Este apelo dos EUA é fichinha

Flávio
Flávio
14 anos atrás

Detesto passar por entendido, mas… ainda sobre regime totalitário real (Alemanha) e o suposto (URSS) leiam: “Eichmann em Jerusalém – Um relato sobre a banalidade do mal” Autora: Hannah Arendt.
Não creio que encontrem um personagem soviético similar nessa suposta “sociedade totalitarista soviética”.

Flávio Camilo , formado em história, mas que, por conta de um regime capitalista voraz, exerce a função de gerente…

Antonio Valdoski
Antonio Valdoski
Reply to  Flávio
14 anos atrás

Tente Cuba ou Venezuela, talvez a Coréia do Norte esteja contratando…

Luiz Mariano
Luiz Mariano
14 anos atrás

Caro FG:
complementando o comentário do Mário Salustiano, é evidente a importância da participação dos EUA na II Guerra.
Porém, segundo alguns historiadores – entre eles Eric Hobsbawm – cerca de 75% a 80% das perdas alemãs – tanto em soldados quanto em equipamentos – se deu na frente oriental, contra a URSS.
A verdade é: sem o contra-ataque do Exército Vermelho o III Reich não teria sido derrotado.

ALEX B.
ALEX B.
14 anos atrás

Weeelllllll, let your conscience be your guide! That’s All!
Leiam o livro “A IBM e o Holocausto”, e muitas coisas como esta serão esclarecidas!

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
14 anos atrás

Falando em cartazes, vejam o link da UOL sobre algumas propagandas de cigarro de antigamente.

Achei bem legal… chego a pensar que os caras matam mais que todas as guerras juntas.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/album/091013cigarro_album.jhtm#fotoNav=9

Abraços

Imperador

Jayme
Jayme
14 anos atrás

Nem na guerra tem almoço grátis, alguém tem que pagar a conta, e todos os países sem exceção estavam quebrados no final da guerra.

lucius
lucius
14 anos atrás

Parece que funcionou. Alemanha perdeu, EUA virou a maior potência do mundo…
Tão ruim quanto a Alemanha vencer a guerra seria a União Soviética ter conquistado o país sozinho.

Eduardo - SP
Eduardo - SP
14 anos atrás

certeza que isso não é fake?

Valmir Passos
Valmir Passos
14 anos atrás

Guerra, como qualquer forma de violência, é abominável. A diferença, é que para os EUA, é também uma forma de ganhar dinheiro. Não importa em qual país ou regime, é um absurdo.

Mauricio
Mauricio
14 anos atrás

Fritz,

Você tem certeza dessa “liberdade” de expressão?
Há várias formas de cerceamento. Os EUA tinham (e tem) a sua, e nunca deixou de exercê-la.

Barba
Barba
14 anos atrás

Flavio,

A guerra nos dá mais do que medo, dá pavor, me lembro de certa vez a minha casa em ma comemoração de Natal, alguém falou que o Brasil tinha que ter passado por uma guerra para ter jeito.

Meu pai que escutava a todos calado falou: “Vocês não têm a menor idéia do que uma guerra.” Ele falou com a autoridade de quem esteve a Itália servindo como Sargento Mecânico no 1º Grupo de Caça e olha que não esteve na frente de batalha.

Meu Pai nunca contou sobre o que de ruim ele viu, só contava as histórias divertidas, engraçadas ou marcantes, como o macarrão com açúcar, rasparem a cabeça no inverno gelado, o cachorro Volta Seca, troca de cigarros por chocolates, distribuição destes chocolates para a população a namorada italiana, etc, sem mencionar qualquer as situações trágicas que ele viu e viveu.

Abraço

Barba

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
14 anos atrás

A Guerra sempre foi um grande negócio… em qualquer século que voce for analisar.

Nada me espanta ou me assusta nesse sentido.

Já disse e repito… o meu Tio sempre diz que se os Judeus Ingleses não tivessem sido tão duros e implacaveis com a economia Alemã depois da I Guerra Mundial talves milhões de vidas puderiam ter sido poupadas nos campos de concentração da década de 40,

Segue a Guerra… ops.. o jogo!!!

Abraços

Imperador.

Daniel Goldman
Daniel Goldman
Reply to  Ricardo Bigliazzi
14 anos atrás

Ah claro, a culpa é dos judeus, como sempre. Até pelo próprio genocídio de seu povo o judeu é culpado (e em função de sua avareza, obviamente). Bom, depois de terem matado Cristo, nenhuma culpa é grande demais para os judeus…

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
Reply to  Ricardo Bigliazzi
14 anos atrás

Mas, por favor, não vamos culpar uma raça ou povo por atitude de alguns, né? Existem comerciantes judeus e não judeus aos montes pelo mundo, e é aquele negócio, quanto melhor o negociante, pior o caráter e a honestidade, infelizmente é assim.
Sem generalizações, se existem muitos judeus que vivem do comércio é justamente por que desde a morte de Cristo eles são perseguidos e não conseguiam se firmar em lugar nenhum.
Ou seja, claro que o jogo segue, mas apenas para quem faz parte dele. As escolhas individuais superam qualquer determinismo social, racial ou religioso.

Flávio
Flávio
14 anos atrás

Há controvérsias quanto a Russia ter tido um regime totalitário. Na verdade, na época de minha faculdade de História, um conceituado professor considerava apenas a Alemanha de Hitler como tal, dado o engajamento da sociedade para os ideais nacionalistas do Führer…
Já na extinta URSS não havia tal comprometimento com os lideres bolcheviques, era obediência por medo mesmo….

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
Reply to  Flávio
14 anos atrás

pelo que sei, totalitário não significa aval populacional, e sim total poder para o estado.

Flávio
Flávio
Reply to  Flávio
14 anos atrás

Pedro Jungbluth em seu conceito “…pelo que sei, totalitário não significa aval populacional, e sim total poder para o estado….” tal termo “total poder ao Estado”, creio, em meio conceito, já meio frágil, dada a distância aos assuntos Históricos, ser umdos temas descritos pelo pensador “Thomas Hobbes” Em seu “Monopólio das Armas” Não sou bom em controvérsias, então, paro por aqui….

Antonio Valdoski
Antonio Valdoski
Reply to  Flávio
14 anos atrás

Seu professor devia ser “conceituadíssimo”

Mário Salustiano
Mário Salustiano
14 anos atrás

Flávio,

seria muito interessante se ler um pouco mais sobre esse conflito, para quem não sabe em valores atualizados a II guerra custou 8 trilhões de dólares,isso sem falar no absurdo de 23 milhões de mortos ,foi a guerra mais cara da história sob todos aspectos tanto humanos quanto financeiros, por mais que tenhamos restrições ao país EUA e seu modo de vida é opinião entre historiadores que sem os EUA na guerra os nazistas não seriam derrotados e se imaginarmos o que poderia ter ocorrido numa situação dessa, só lembrando que o governo de Getulio namorava descaradamente com os nazistas, só virou de lado quando perceberam que eles iam perder a guerra, imagina um Brasil nazista, se choramos pela ditadura imagina essa hipotese, dá arrepios,

abs

PS. se quiser uns livros interessantes sobre a guerra, eu empresto

Mário

Mario Mesquita
Mario Mesquita
Reply to  Mário Salustiano
14 anos atrás

Pois é, para investir na melhoria de condições, alimentação, educação, verdadeiros mecanismos que evitariam novas guerras, ao tornar o mundo mais justo e seguro, não tem dinheiro, não é? Investir na morte e dor é mais lucrativo que na paz e harmonia entre os seres humanos. Todo o cone sul flertou com o Reich, o mais escarchado foi Peron, que inclusive abrigou vários nazistas em territorio argentino, um deles foi até ministro de estado. Hitler já tinha planos para retalhar o continente de acordo com as suas convições bizarras. E com materia prima farta, ia se tornar um osso duro para os americanos. Já pensaram? Muitos de nós nem teríamos nascido, pois nossos pais e avós virariam adubo.

Fritz
Fritz
14 anos atrás

A grande diferenca, FG, e que nos paises de regime totalitario esses anuncios eram (e sao) patrocinadas pelo Estado, um cenario completamente diverso do existente no lugar e epoca do cartaz que ilustra o post. Neste uma empresa privada e livre faz o chamamento que seus acionistas querem, se quizessem o oposto, tambem seriam livres para propagandea-lo (first amendment).

Danilo Machado
14 anos atrás

Esse link tem ainda mais cartazes desse tipo: http://www.flickr.com/photos/headovmetal/sets/72157602730833017/

Concordo que a guerra dá medo, mas alguns cartazes beiram o ridículo. E digo isso sem medo de ser anacrônico.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Reply to  Danilo Machado
14 anos atrás

Estava vendo os cartazes e tem um em que podemos ver um pedaço da Bandeira do Brasil.

No cartaz aparece a frase:

“United We are strong”

Estão desenhadas uma série de chaminés com as Bandeiras dos Paises desenhadas nelas. Em destaque a Bandeira dos EUA com a da Russia a direita e Inglatera a esquerda. A do Brasil aparece no canto esquerdo (apenas parte dela).

Bem legal… bem interessante!!

Abraço

Imperador

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
Reply to  Danilo Machado
14 anos atrás

Ricardo, nos faz lembrar que o Brasil foi aliado e se meteu nessa guerra toda. E que aqui também venderam bônus de guerra.

“Deixe sua consciência decidir, vamos matar quem fez isso”.

Já vi propaganda nacional, mas não achei na internet.