TRINTA
SÃO PAULO (e contando) – Eu lembro do título: “A importância de um bom técnico”. Bom título, preciso, direto, não deixa muitas dúvidas. Um bom técnico é importante. Não há dúvidas quanto a isso. Em duas linhas, preencheu uma coluna do jornal e lá se foi o texto, até o pé, elogiando José Poy, o bom técnico. Sem assinatura, mas era meu, e eu achava que era bom.
No metrô, vi um cara lendo o jornal. Casualmente estava na mesma página do técnico importante, e portanto havia alguma chance de ele estar lendo o que escrevi. Podia estar lendo os outros, também, mas não se deve descartar a possibilidade de ter sido atraído por aquele título, que falava de um técnico e de sua importância. Talvez ele mesmo fosse um técnico de alguma coisa, ou desejasse sê-lo. Em eletrônica, farmácia, gestão contábil, telecomunicações, nutrição, mamografia, próteses dentárias, abreugrafia, medicina nuclear, revelação & ampliação. Fosse ele um técnico, ou desejasse sê-lo, claro que concordaria com a assertiva daquele título, a importância de ser bom, pode ter se identificado, pode ter feito uma autocrítica, será que sou bom, afinal?, o jornal diz que é importante ser um bom técnico, jornal sabe das coisas.
Eu estava de pé no vagão, indo para a faculdade num complexo sistema de baldeações de linhas, trens e ônibus, mas fiquei ali, ao lado do sujeito, esperando por algum sinal de que ele estava lendo o que eu tinha datilografado no dia anterior em laudas amareladas de papel jornal em cujo cabeçalho era necessário preencher alguns campos como a data, a editoria, o autor, a retranca, o tamanho, e as instruções muito claras: 70 toques por linha, espaço duplo para o revisor fazer suas anotações. Qualquer sinal, um meneio, um olhar de esgueio para o lado, talvez procurando quem também concordasse com ele e com o jornal.
Ao tirar o papel da velha Remington na noite anterior, olhei para aquilo como se olha para o Santo Graal, o pergaminho da sabedoria, as escrituras sagradas, ali via meu futuro e todos os próximos dias da minha vida, e não me importei muito com a indiferença dos outros naquela enorme redação barulhenta, quente e esfumaçada, com um gigantesco mapa múndi na parede de fundo encimado por relógios marcando a hora de São Paulo, Londres, Nova York e Moscou. Para aqueles repórteres, redatores e editores concentrados em suas próprias laudas, elas já não eram mais nada de especial, apenas a conclusão de mais um dia de trabalho, suas laudas saíam dos rolos das máquinas vigorosamente e eram imediatamente levadas pelos contínuos à oficina onde linotipistas transformariam suas letras, palavras e frases em blocos de chumbo, que de lá seguiriam para o setor de clichês, que por sua vez embrulhariam os blocos de chumbo nas laudas manchadas de tinta com elásticos, e de lá elas seguiriam para os gráficos que disporiam os blocos de chumbo um ao lado do outro como num quebra-cabeças, seguindo a diagramação, e os blocos se transformariam em chapas tipográficas que seguiriam para as rotativas onde virariam páginas e, de madrugada, seriam transportados em Kombis para as bancas da cidade.
O sujeito no metrô tinha ido à banca naquele dia, possivelmente se interessou por alguma coisa na primeira página, talvez tivesse o hábito de comprar aquele jornal de logotipo azul todos os dias, e enquanto seguia para seu trabalho, ou de volta para casa, é impossível determinar, abriu o jornal na página onde alguém falava sobre a importância de um bom técnico, e este, anônimo, era eu, e estava ali ao seu lado, torcendo para que ele lesse, para que concordasse, ou discordasse, para que chegasse em casa e, de poucas palavras, enquanto a mulher colocava a mesa para o jantar de todos os dias, comentasse com ela que era importante ser um bom técnico, que por isso mesmo iria procurar um curso no Senac ou no Senai, o jornal dizia que isso era importante, devia ser, pois. Não importava que o técnico em questão era um técnico de futebol, que treinava a Portuguesa, isso era de somenos, a afirmação do título, essa sim devia ser levada a sério. É importante ser um bom técnico, disse o sujeito agora já decidido, raspando o prato e entornando o último gole da cerveja gelada que sua mulher sempre colocava no congelador meia hora antes de ele chegar do trabalho, tomando a decisão definitiva de, no dia seguinte, tratar de ser um bom técnico na vida.
Era uma segunda-feira, dia 19 de abril de 1982, e pela primeira vez alguém há de ter lido alguma coisa que escrevi.
Eu trombei com este texto na época e não comentei. Há alguns anos, falamos via Twitter sobre o Pop, mandei umas poucas edições de 1973 e 1988 que fotografei e, com meu novo emprego, deixei de ter disponibilidade de passar no Arquivo Público do Estado. Mas, nesta semana, surgiu a oportunidade de uma visita rápida. Aproveitei-a para fuçar em edições do Popular da Tarde e lembrei-me deste texto. Que maravilha é ter a Internet no bolso!
Marquei a data, solicitei a encadernação e… não encontrei o texto sobre a importância de se ter um bom técnico. Procurei também nos dias seguintes até o fim do mês, sem sucesso — as matérias em sua maioria anônimas dificultam ainda mais a tarefa. Como me recuso a acreditar que o espetacular texto acima esteja errado, prefiro imaginar que uma brecha temporal tenha feito com que o exemplar do Arquivo seja de uma dimensão paralela, em que você entrou, talvez, uma semana mais tarde, sei lá.
Vou mandar pelo Twitter um pedaço da primeira página da edição de 19 de março. Talvez esta data venha de uma referência em sua carteira de trabalho (em 1982, pe-jotinhas ainda eram raros, não?) ou algo parecido. Se quiser, dou um jeito de mandar todas as fotos que eu tirei das edições desses últimos doze dias do mês em que eu completei seis anos. É só avisar por email ou Twitter.
Alexandre… É 19 de ABRIL!!!!!!
O erro é no meu comentário. As edições que pesquisei são de abril. (Tanto é que meu aniversário é em abril.) :)
E não tinha a coluna?? Ora, ora, vamos procurar isso direito.
Texto lindo, na veia, caro escriba. Bravo!
Acho que esse é o segundo comentário que faço no seu blog, mas o acompanho desde o tempo em que ele era muito sépia e os títulos deviam ter corpo 9 mais ou menos. Escrevo com um nó na garganta, mas preciso dizer que é desse tipo de depoimento que nós precisamos lembrar nas segundas de manhã: emocionante, de alguém que gosta do que faz. E parabéns, pelos trinta anos e pelo texto.
Não eram 72 toques por linha, não?
Não.
Oi FG,
Parabéns!
Meu primeiro emprego foi de Office Boy (01/05/1982) em uma construtora do Ciro Aliperti, Lembro-me que ele corria as 1000 Milhas e inclusive fui escalado para comprar números adesivos que seriam colocados no carro (não havia adesivos profissonais), creio eu.
Abraço
Harry
– Contando com inspiração, Flávio, o jornalista pode vir a tornar-se escritor. Quanto a não aceitar opiniões, é até um ponto de vista a ser defendido. Aquele Flávio de 1982 é bem diferente do de hoje. Aquele era sonhador, verde, jorvem recèm saído das classes da faculdade. Hoje, mais maduro, e visto enterrar muitas aspirações e sonhos se desfazerem, se tgornou homem real, normal, agressivo pelo que se nota nas suas respostas, e não aceita posições e pensamentos contrários, eu até diria, nada tolerante. E quem sabe os novs ares não estão lhe fazendo bem, por andar tão azendo??? A pensar! A meditar! É o que sinto, e acredito de muitos que o lêem.
One comment. Sensacional.
Cara! Escreve um livro. Teu jeito de descrever as coisas que vês ou vives é muito agradável.
Pensa nisso. ” O primeiro romance do jornalista Flávio Gomes será lançado hoje no…”
Parabéns FG, você escolheu a profissão certa …
Esse novo site do GP ficou uma porcaria.
Por que as pessoas falam “site do UOL”, “site do GP”, “site do iG”? Aprenda, anarfa: o site GP, o portal UOL, o iG. Você fala “eu vi o filme na TV da Globo”? Anta.
As pessoas não são tão inteligentes, oniscientes como o Sr… God! Pelo jeito você já esta de ferradura nova para o final de semana… parabéns e para de chupar limão.
Meu Deus! Depois de uma rasgada dessas o ânus do Fernando deve estar ardendo até agora…
Esse sabe receber uma crítica…
Também acho.
Parabéns Flávio.
Nessa profissão ingrata muitas vezes vc só progrediu. Sinal de sua competência e também de ser um cara gente boa.
Mesmo torcendo para um time de 2a., vc é um jornalista de 1a.! Abraços!
Parabéns! Fiquei imaginando como seria a redação de um jornal naquela época e o mais perto que cheguei disto foi ver o Clark Kent escrevendo alguma matéria qualquer naqueles filmes do Superman no fim dos anos setenta e início dos oitenta. Mas parou por aí. Não vai pensando que você pode por uma cueca vermelha em cima de uma calça azul com uma capa vermelha nas costas e sair voando por aí…
Dei a primeira aula, como professor de Mecanica dos Fluidos em 3 de janeiro de 1982 num curso de verão na Universidade Gama Filho, rua Manuel Vitorino, no campus de Piedade. Obrigado por me fazer lembrar. Um grande abraço.
Brilho no olho. É a melhor maneira de fazer as coisas, com brilho no olho. Seja de euforia, de medo, de ansiedade, de raiva, não importa. O que importa é que o brilho tem que existir. Ricardinho, levantador da seleção de volley disse ontem que é dependente da raiva para se sair bem, para jogar motivado. Tua coluna, escrita com um olhar pra lá de brilhante sobre a queda da Lusa, impactou a todas as pessoas que consegui compartilhar. Despertou emoções, provocou reflexões, atingiu o pleno objetivo. Mas só por que o brilho no olho estava lá, talvez sendo um brilho de lágrimas, mas estava lá. Mantenha-o.
Parabéns, Flavinho. Muito bom. E que continue escrevendo por mais 30 anos. abs.
Parabéns, Fla!
Grande data!
Nick B.
Parabéns, Flavio, pelos 30 anos na “melhor profissão do mundo”, como costumava dizer meu professor na faculdade.
Abraços.
30 anos ? tá ficando mais novo ( como o Benjamin Burton ). você quis dizer alguém que pagou para ler né, porque antes você teve os professores, namoradas, família e amgos né ?
Parabéns mano!!
Sensacional!!!
Cara, suas colunas são sensacionais, mas o melhor é o sarcasmo para responder aos coxinhas. hahahahahhahaha
Força aí!!!
Ab
Somos contemporâneos em idade e acompanho sempre como posso, as vezes sem querer, as vezes procurando uma opinião ou comentário para balizar um opinião pessoal, enfim, digo isso para apenas ratificar o que considerdo um jornalista de verdade, sincero, sem frescurar e o mais importante: ter sensibilidade.
Como diziamos antigamente, jóinha de texto.
Meus parabéns! Três parabéns!
Parabéns pelo talento e pela postura ética, que infelizmente muitos colegas talentosos seus perderam pelo caminho. Carecemos mais do que nunca de jornalistas sérios e comprometidos com os verdadeiros princípios do jornalismo.
Parabéns também por ser vitorioso em um meio que não favorece em nada pessoas como você, exatamente porque você fala a verdade sem meias palavras.
Parabéns também, porque quando além de toda seriedade e responsabilidade nos faz rolar de rir, trazendo alegria além de boas notícias, fica melhor ainda
Grande abraço!
Parabéns Flavio.
Dá p/ publicar o texto do “bom técnico’?
(Amanhã, vamos lá torcer pelo 69 – acelera, Flavio! – mas cuidado para não queimar a largada, hein?))
Legal !!!
Isso aconteceu comigo tambem, trabalhei na Walita, a primeira vez que vi, um produto que eu havia feita uma modificação técnica na casa da minha namorada, tive mais ou menos sua reação.
Caaro FG, estou querendo comprar o Boto do Reno. O HotSite (este aqui: http://www.letradelta.com.br/hotsite/obotodoreno/hotsitepopup.html) direciona pra cá https://ssl493.locaweb.com.br/estavel1/loja_virtual_letradelta/login.asp e aparece essa mensagem aqui: The system cannot find the path specified.
Abraço.
Mande um e-mail pra mim [email protected] com seu CEP. Eu calculo e te mando. O livro custa 25 mangos.
Grande texto. Parabéns pelos 30 anos de trabalho.
Honestamente, nem ligo muito mais pra automobilismo. Automobilismo no Brasil hoje é marketing. Como é o futebol. Mas eu abro seu blog sempre que estou na net pra ler a sua versão dos fatos, das coisas relacionadas ao cotidiano, sua opinião sobre a vida. E na minha opinião, não há hoje alguém que escreva tão bem como você, Flavio Gomes. Parabéns, depois de 30 anos, um ilustre desconhecido é um leitor fiel que nem sempre concorda com o que você escreve, mas sempre lê linhas honestas e diretas.
Faço minhas as palavras do Sr. Luiz Cora. Ler seus textos diariamente passou a ser um vício. Um hábito saudável que me enche de prazer. Parabéns e continue assim, livre e independente, mesmo que por vezes não venha a concordar com você em seus posicionamentos, admiro sua liberdade em expressar-se sobre os mais variados assuntos, sempre com muito bom senso e com qualidade.
abraços.
Quase nunca comento por aqui, mas sou frequentador assíduo desse blog, pq o cara é demais. Sempre uma ótima leitura pra aliviar o cotidiano maluco que vivemos.
Grande, Flávio!
Parabéns, meu caro!
Abraço
Parabéns! Você é o melhor editor sobre automobilismo no país!
Escrever não é fácil, mas é muito mais legal depois de ler alguém como você.
Parabéns, Flávio
Muito bacana esta história! Sem dúvida é o sonho de todo estudante de jornalismo!
Muito bom FG !! Parabens por esses 30 anos, sempre leio seus textos .
Parabéns Flavio Gomes, pelos 30 anos de sua brilhante carreira jornalística! Meus cumprimentos também por vc “fugir” do senso comum,da mediocridade contemporânea, da idolatria pelo dinheiro acima de qualquer valor esportivo ! Vc nos fala de esporte, mas também dos dramas cotidianos!Muito me emocionaram, este ano, os artigos a respeito da morte da bióloga atropelada na av. Paulista, e mais recentemente sobre o rebaixamento da Lusa! Te considero não somente um jornalista, mas um cronista de nosso tempo!
Ô, Zé Preguiça, quando sai O Boto do Reno II? (para os nao iniciados, o melhor livro de não-F1 que já li). Pode se chamar “Diários de um Rebaixado”, “Eu, Museu – lembranças de um comuna”, “Piloto: ser é fácil, quero ver é escrever a respeito!”. Brincadeiras a parte, você é o cara, seu blog, ao lado de feicebuqui e rotimaiu, faz parte da minha rotina diária. Que continue ranzinza, perspicáz e GENIAL nos próximos 30!
De nada. Afinal, sem leitores, não tinha passado do primeiro. Mas parabéns mesmo assim.
Tá velho hein, Flavio. O que você tem de carreira eu não tenho de vida.
Procuro seguir seu trabalho aqui e em outros meios porque gosto de quem usa o cérebro e diz o que pensa, mesmo que eu não concorde com algumas das suas opiniões. Que venham muitos outros anos! Parabéns.
Reproduza a sua coluna com um novo assunto: A IMPORTANCIA DE UM BOM PRESIDENTE.
Por favor, encaminhe após isso para antiga Rua das Piscinas, 33.
Agradeço profundamente
Parabéns! Deu saudade da Remington? Tenho certeza que ela nunca te obrigou a escrever 30 por extenso.
Sempre admirei aqueles que escrevem,,, Na adolescência, abarrotada de tempo livre, adorava agarrar-me a um livro e nele buscar outro mundo, ou outra visão do mesmo mundo, ou até a mesma visão do mesmo mundo. Hoje, tempo escasso dividido entre trabalho, familia e trânsito, minhas leituras estã mais curtas. Mais curtas mas não menos importantes ou menos prazeirosas. Leio seus escritos todos os dias. Mentira! Nos dias que posso. E concordar ou discordar são irrelevantes diante da oportunidade de ler o meu mundo, o seu mundo. Pode ser bom como cars and girls, pode ser revoltante como uma moça morrer atropelada em sua bicicleta. Obrigado por nos dar esse prazer diário. Mentira! Prazer de quando posso, como todos os prazeres.
Parabéns!
Parabens mesmo ! Pelo seu talentoso trabalho, por mais essa crônica bacana, que deve ter ativado sua memória olfativa, lhe trazendo o aroma da tinta da fita da Remington e por ter escolhido esta profissão.
E hoje é Dia de Indio, Cacique Gomes ! Hau !!
Que barato você lembrar exatamente desta data… Parabéns, o que você tem de carreira, não tenho de idade… me sinto péssimo por ter como referência intelectual alguem que anda de lada e torce pra Lusa. Abraços
Parabéns, Flávio.
Nestes 30 anos lidando com notícias e divulgando informações, certamente teve algumas notícias na qual você teve o prazer de publicar e outras nem tanto, que tal fazer um especial dos trinta, onde você nos contará as 30 notícias que marcaram a sua carreira sendo 15 notícias que foram prazerosas e 15 notícias que você teve que publicar para cumprir o papel de jornalista más não foram prazerosas.
um abraço e até mais
Eu nem lembro quando foi a primeira vez que escrevi algo que alguém leu. Talvez um release pra alguma rádio local, ou um artigo do “Eduardo G. de Andrade – Atleta”, ou “Gerhard Muller – Esportista” que eu costumava emplacar no jornal local por sacanagem (Tostão e Gerd Müller, se alguém não notou).
Talvez tenha sido algum anúncio barato pra alguma empresa da região, na época que era publicitário.
Mas o que marcou mesmo foi o dia primeiro de março de 2010, logo ali, há exatos 780 dias.
Clichês de linotipo se transformando em fotolitos?????
Já arrumei.
Parabéns, pois, por seus 30 anos de vida jornalística!
Quanto ao finado Poy, esse Argentino maldito, foi o melhor técnico da história do XV de Jaú, levando o time a figurar entre os grandes do futebol paulista, pouco antes de falecer. Uma perda irreparável!
Saudades da época de glória do time, muito ao contrário de hoje, que é cotado a jogar na quarta divisão do Paulista (se ainda existir até lá).
Tempo bão que não volta mais….
Flavio, parabens. Comecei no Popular da Tarde umas duas semanas depois de vc, acho que no dia 2 ou 4 de maio, vou conferir, só que eu estava na editoria de esporte amador. Minha primeira matéria foi um campeonato de karate no Ibirapuera, depois uma entrevista com o Carioquinha, as primeitras corridas de kart do Barrichello, uma entrevista exclusiva com o Senna, e aí foi…. Muito bom lembrar. abração.
“São Paulo reencontra seu caminho vencedor”, de junho de 1991, era o título da matéria sobre a conquista do Brasileiro pelo São Paulo, em Bragança Paulista. Um título marcante de uma bela matéria do Flávio Gomes na Folha. Outra lembrança? Voltar para casa após um dia de trabalho no meu primeiro emprego ouvindo o Hora da Verdade, na Pan. Abraços e parabéns.
Texto para ser lido mais de uma vez. Ser apaixonado por que se faz, é certeza de se fazer um trabalho bem feito. E também sou técnico, e continuo apaixonado pelo SENAI, pela Escola Técnica Federal onde fiz mecânica de máquinas. E ano que vem completo 40 anos de conclusão do curso. No próximo mês teremos encontro/almoço com a turma e vou levar teu texto.
Muito bom Flávio e meus sinceros parabéns. Não tive um começo tão charmoso e nostaugico assim, mas espero chegar aos meus 30 anos tão bem sucedido quanto você (e um pouco menos marrento). És um grande homem! Meio off-topic, mas… isso me fez lembraro meu começo de “Grande Prêmio”, caí no seu blog nem lembro porquê, mas no meio da saga do Gerd, a qual corria todos os dias as 18h eu e minha esposa para saber qual foi a sacada do dia com aquele simpático baixinho (o Gerd, claro) e aquele cara do blog que vi dias atrás na ESPN. O fato é que até hoje quando vejo uma flor eu digo para minha esposa “veja… bromélias…” e ela se mata rindo. Quando aquela história vai virar livro cara??
Virou…
Parabéns. Vc escreve muito bem. Sou seu leitor diário.