DAS CORRIDDEN (2)

MOGI GUAÇU (zerado) – Seis poles em nove corridas é o saldo da Mercedes até agora na temporada. E uma cagada monstro com Rosberg hoje em Nürburgring, coitado. Justo em casa, diante de seus torcedores. A equipe achou que seu tempo no Q2 era suficiente para ir ao Q3. Avisou pelo rádio que ele poderia dar um passeiozinho, tomar um pingado, comer um pão na chapa e voltar depois para brigar pela primeira fila.

Aí passaram o Rosberguinho, pobrecito. Vários passaram. Dez, para ser preciso. Larga em 11º depois de um treino que foi bem interessante, especialmente pelo duelo entre Hamilton e Tiãozinho pela pole. E pelas boas surpresas de Ricciardo Uau e Hülkenberg. Este último levou a Sauber ao Q3. No atual estágio do time, é uma proeza. Já o tororrôssico confirmou a boa forma da equipe B da Red Bull e, igualmente, a tese de que ele e Verme farão uma disputa ferrenha pela vaga na matriz no ano que vem, ainda que Raikkonen seja o nome mais forte para o lugar de Webber. Com isso, os tourinhos juniores só têm a ganhar no campeonato.

Senti falta da Force India um pouco mais à frente. E gostei de ver a Lotus andando bem de novo. Talvez não o bastante para brigar por pódio com facilidade, como parecia ser o caso no começo da temporada. Mas Grojã e seu companheiro tagarela se viraram bem hoje.  Ficaram ambos à frente da Ferrari, que teve Massa em sétimo e Alonso, El Bundón de las Calificaciones, em oitavo. O grid completinho está aqui. Os vermelhos não andam nada em treino, inacreditável. E por saberem que não andam nada, saíram para o Q3 com pneus médios, ao contrário dos outros. Uma estratégia que pode ser interessante. Um primeiro stint longo, talvez uma parada a menos, não sei. Saberemos se deu certo amanhã.

Como nada anda a Williams, essa nem em treino, nem em corrida. No fim de semana de seu 600º GP, vexame completo com os dois degolados no Q1 para se juntarem aos nanicos marússicos e caterhânicos. Virou, ela, a Williams, uma nanica igual. Quem sabe com a Mercedes, ano que vem, as coisas melhorem. Mas duvido. O problema ali, evidentemente, não é o motor Renault. É a falta de grana, o corpo técnico de segundo nível, essas coisas. E pilotos que não são propriamente virtuoses.

Vai dar Hamilton, finalmente? Tem uma boa chance, sem dúvida a maior do ano porque está na ponta do grid, Rosberg ficou bem para trás e a Mercedes, desde ontem, vem andando bem em Nürburgring . Ou “no” Nürburgring, como dizem os alemães, com reverência ao circuito. Mas Vettel está ali na bica também. Chances muito parecidas, eu diria. A largada pode ser decisiva. Assim como as primeiras voltas, com o ponteiro tentando a todo custo abrir uma vantagem minimamente segura para o segundo colocado. E uma certeza: vai ser uma briga de gato e rato. Quem será o rato perseguido, isso fica ao gosto do freguês.