BOLACHA

lucianodovalleSÃO PAULO – Em 2002, fiz TV pela primeira vez. A Bandeirantes me chamou para comentar as corridas da estreante F-Renault, trazida ao Brasil por Pedro Paulo Diniz. O narrador seria Luciano do Valle.

Convivi com o Bolacha naquele ano, e em poucos eventos. Quando tinha F-1 eu não podia ir. Foram sete ou oito provas, não lembro direito. Uma delas em Londrina, no dia da final da Copa do Mundo no Japão. Eu estava hospedado no apartamento da filha do Galvão. Acabou o jogo, peguei o carro, fui para o autódromo, cheguei meio em cima da hora, e lá estava o Bolacha, pronto para narrar uma merda de uma corrida de F-Renault no dia da final da Copa do Mundo. Que o Brasil ganhou.

Eu fui para a corrida puto. Como é que alguém marca uma etapa de algo tão irrelevante para o dia da final de uma Copa? Bem, a F-1 vive fazendo isso. Mas dane-se, posso ficar puto, tenho o direito de ficar puto. E imagino como vai estar o Luciano. Final da Copa, o cara É o esporte no Brasil, e por causa desse monopólio besta está em Londrina para narrar uma corrida de F-Renault que ninguém vai ver. Não é justo.

Mas Luciano estava pronto e sorridente como sempre, no acanhado espaço que nos reservaram na torre de controle para fazer a corrida. Estava feliz com a vitória do Brasil, feliz mesmo, e já tinha organizado suas anotações com os nomes dos pilotos, jovens desconhecidos que ele admirava muito pelo talento e por serem “o futuro do automobilismo brasileiro”. Não estava puto.

Eu não tinha direito nenhum de estar puto.

Foi só por um ano, e depois nem sei o que aconteceu com as transmissões da F-Renault, voltei ao meu mundinho besta e Luciano seguiu com sua vida exuberante de um dos maiores narradores esportivos da história. É um grande orgulho, mesmo sabendo que aquele campeonato jamais poderia ser comparado a qualquer coisa que o Luciano já tinha feito na vida, e ainda faria.

Tive a chance de trabalhar com alguém que admirava, mas que não tinha exatamente como ídolo. Era mais um ícone, de uma importância enorme. Afinal, foi ele a voz da narração esportiva da Globo na Copa de 82, era ele a voz oficial do esporte olímpico, era ele o cara que tinha inventado o vôlei, o boxe, a NBA, o Campeonato Italiano, a Fórmula Indy, a sinuca, o hóquei, os domingos com esporte de cabo a rabo na TV.

Luciano do Valle era foda, em resumo. E lá estava eu empunhando o mesmo microfone que ele em 2002, no dia da final da Copa, e eu olhava para nós dois no monitor e pensava, porra, será que o Luciano não se sente decadente, será que ele não tem ódio do universo por estar neste fim de mundo para narrar uma corrida secreta, será que ele não está remoendo uma mágoa infinita por ter sido tirado de uma Copa porque é assim que são as coisas na TV, quem tem mais paga e leva, quem não tem que se dane?

Não, não estava. Estava lá no nosso espacinho na torre de Londrina para narrar a corrida do Allan Hellmeister (ele gostava desse nome, muitas vezes aparecia outro piloto na tela, e ele dizia Allan Hellmeister, desconfio que sabia que era outro, mas era dado a esse tipo de traquinagem), do Lucas di Grassi, do Sérgio Jimenez, do Allam Khodair, do Gustavo Sondermann, do Lucas Schowambach (deste o Luciano não fazia muita questão de dizer o nome, era muito complicado), do Diego Freitas, do Patrick Rocha…

Ele tinha razão, eram meninos talentosos, eram o futuro do automobilismo brasileiro, mas caramba, o Luciano tinha narrado o Emerson ganhando em Indianápolis, tinha feito o título do Piquet na F-1, como é que podia estar tão sereno e tranquilo, animado e empolgado, numa biboca no norte do Paraná no dia da final da Copa do Mundo para dar traço no ibope?

Pois estava.

Isso diz mais sobre Luciano do Valle do que qualquer elegia que eu pudesse fazer num dia em que a tristeza é imensa.

A última vez que o vi foi há uns dois ou três anos, num domingo à noite numa pizzaria. Estava sozinho na mesa. Me parecia triste. Não falei com ele.

Tchau, Bolacha.

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Ferracini
Ferracini
10 anos atrás

A sua história é muito boa, uma homenagem até à humildade de um cara que foi muito grande, e que você e tantos admiraram. Só tome cuidado, sei que foi somente um descuido, em colocar a terceira mais importante cidade do sul do Brasil como fim de mundo.

Luis
Luis
10 anos atrás

No more Bryan Riscoe…

Acir
Acir
10 anos atrás

Só um detalhe: Londrina não é fim de mundo e nem biboca, é sim uma das maiores cidades do sul do país. Pode até ser que voce não quis dizer isso no literal da palavra, mas não ficou legal.

Daniela
Daniela
Reply to  Acir
10 anos atrás

É fato que ele não quis dizer isso no sentido literal. Num texto em que ele exalta a alegria e simplicidade de um grande narrador que em tantas outras situações era a voz que narrava grandes eventos e que não se deixou abalar por narrar um evento microscópico perto de uma final de copa do mundo, é até bobagem se ater a esse detalhe. Se o evento tivesse sido em interlagos, continuaria sendo menos que medíocre em uma dia em que o Brasil conquistava o pentacampeonato mundial.

Acir
Acir
Reply to  Daniela
10 anos atrás

Daniela, ele se referiu sim a cidade e não ao evento. Chamou o norte do Paraná e Londrina de fim de mundo e biboca… mas por mim tudo bem… só achei deselegante.

Eurípedes
Eurípedes
Reply to  Acir
9 anos atrás

Eu não sei se é burrice ou simplesmente falta de poesia ou gosto pela vida. Povo grosso e intolerante.

Sandro
Sandro
Reply to  Acir
9 anos atrás

concordo com voce Acir o respeito a cidade de londrina sou curitibano mas se deve muito respeito a quem os sempre recebeu muito bem !!!!!!!!!!

Ulisses
Ulisses
10 anos atrás

Perda irreparável!
Como todos nesse mundo, tinha lá os seus defeitos (quem não os tem?), mas, as suas virtudes foram responsáveis por alavancar negócios rentáveis para vários esportes até então desconhecidos (ou desacreditados) pela “grande mídia”.
Empresas patrocinadoras, veículos de comunicação, profissionais da imprensa, abriu um imenso campo de trabalho para profissionais ligados nessa área, tão importante para a educação do país!
Luciano fez escola, ainda bem!

Sandro
Sandro
10 anos atrás

Lá se vai um mito, uma estrela , eu que sempre acompanhei narrações desde menino ,com esse depoimento de Flavio Gomes sobre tal corrida em londrina me deixa orgulhoso de saber que sempre admirei alguém como ele , Mas penso principalmente no profissional que era , pois para alguns era uma pindoca de cidade no fim do mundo , mas para ele o prazer de narrar até corridas sem expressões nacionais ou mundiais , fica a dica que existem milhões de pessoas que leem e acompanham vocês jornalistas que se acham os melhores , eu como muitos idolatro e defendo nas rodinhas de amigos e parentes fulano e ciclano mas se vai um mito !!!!

Ron
Ron
10 anos atrás

Perda irreparável de uma figura histórica da narração esportiva (futebol, vôlei, basquete, Indy etc.).
Até devo desculpas a ele pelos comentários pós-corrida sobre os “novatos” da Indy (farão falta os “Don Wheldon”, “Bryan Riscoe”, “Hey Hunter” etc.). Só depois fiquei sabendo que ele havia passado por problemas de saúde.
Descanse em paz, Luciano.

PS. Imagina o clima na Bandeirantes: perder uma figura de tremenda importância (o principal narrador da casa) às vésperas da Copa.

douglasf1
douglasf1
10 anos atrás

Uma perda irreparável para a TV brasileira. Por coincidência, estava vendo no Sportv no sábado por volta das 14 horas, o filme oficial da Copa da FIFA de 1986 e vendo o que Maradona fazia naquela Copa, um gol saindo de meio de campo e driblando toda a defesa da Inglaterra, lembrei da narração do Luciano naquele lance histórico e pensei: quero ver no youtube se acho a narração do gol. Não cheguei nem abrir a internet, quando ouvi a notícia de sua morte na transmissão da série B na RedeTV.
Flávio, seu relato da corrida de f-Renault em 2002, já mostra a grandiosidade desse gênio… Saudades.

Lionel de Campos Jorge
10 anos atrás

Sem duvida vai demorar muitos anos para aparecer alguém como Luciano que fazia como disse o Flavio com ” AMOR ” a ultima vez que o vi foi na Coletiva de Imprensa da Indy que Êle foi um dos grandes responsaveis por trazer e o Kassab e quando o carrinho parou após o percurso dos box todos Jornalistas correram pera perto do Luciano e do Prefeito Kassab e Eu fiquei embaixo de todos Jornalistas e consegui este filme ai após terminar Luciano vei me comprimentar e disse esse video vai ficar bom parabéns pelo esforço ….esses era o garnde Luciano sempre ensinando…e amando todos na sua profissão …fica com Deus e seu filho Jesus Luciano esta é minha pequena homenagem à VC http://youtu.be/NvcNCPtwH5s

JT
JT
10 anos atrás

Sempre tive uma impressão, não verbalizada, de que ficaria velho e ainda veria jogos de futebol narrados por Luciano do Valle pois, antes mesmo que eu nascesse ele já era o principal locutor de esporte na TV.

Logicamente, em mais de 50 anos de carreira, Luciano do Valle esteve presente em grandes conquistas esportivas, mas a minha lembrança mais grata dele foi num ano muito difícil para a torcida do Palmeiras. Foi em 2003, na primeira vez que o Palmeiras jogou a segunda divisão do campeonato brasileiro.

Naquela época o goleiro Marcos, campeão do mundo com a seleção um ano antes, manteve-se fiel ao seu clube de coração e muitos jogos daquela temporada difícil foram narrados pelo Luciano do Valle. De certo modo ele emprestava grandeza para as duras partidas disputadas em estádios acanhados, especialmente no nordeste.

Num desses jogos, o Marcos fez uma grande defesa logo no começo da partida. Na voz de Luciano do Valle ela parecia ainda mais bonita:

– Maaaaarrrcooooosssss… começou!

Com aquele “começou” o Luciano quiz dizer que o Palmeiras seria atacado o jogo todo, mas que o Marcos iria garantir o resultado. E não deu outra. O futebol era bonito por causa – também – disso.

Algumas vezes, quando a TV Globo passava um jogo do Palmeiras, e este começava perdendo, eu trocava para a Bandeirantes, pois com a narração do Luciano do Valle o Verdão iria virar o jogo, ou pelo menos empatar, com certeza.

E quantas vezes eu já ligava a TV direto na Bandeirantes? Sempre que o adversário era um time carioca.

A gente vai ganhando idade e descobrindo que o futebol é cada vez menos um esporte e mais um negócio. Pessoalmente tento não me importar mais com isso, mas é lógico que uma paixão nunca morre. Agora porém, fica um sentimento estranho de perda.

O Luciano do Valle tinha apenas 66 anos. Ele nos deixou jovem demais para alguém que tinha vocação para narrar momentos eternizados do esporte.

Paulo "McCoy" Lava
Paulo "McCoy" Lava
10 anos atrás

Hi there! Flavio, Happy Easter – for your and you loved ones.
Now on, Portuguese language. Uma das boas lembranças de 2002 tem a ver com o fato de que em Tarumã (etapa da Formula Renault realizada um mês antes desta corrida em Londrina por voce descrita no texto), tive a oportunidade de conversar com você (foram breves instantes mas, sua gentileza e simpatia até hoje deixaram boa lembrança)
Aproveito para dizer que, no conteúdo de seu artigo, houve uma frase que chamou-me atenção. In verbis, abre aspas e dois pontos: “Na última vez que o vi foi há uns dois ou três anos, num domingo à noite numa pizzaria. Estava sozinho na mesa. Me parecia triste”.
Coincidência ou não, em 2011 ou 2012, o Luciano foi alvo de reportagem na revista ‘Caras’. A revista não está comigo – emprestei para uma amiga – mas, lembro bem, a matéria apresentava a nova residência do jornalista e até citava os dois carrões que ele tinha na garagem. So what? Posso até imaginar o ‘bolacha’ sozinho em mesa de pizzaria. Mas não imagino ele triste. Vamos combinar que se a pessoa tem emprego fixo (sem falar no alto valor mensal à que faz jus), casa segura e carrões na garagem, ela não tem ‘motivo’ (s) para estar triste. Who knows? Talvez ele fizesse cara de ‘triste’ para evitar que pessoas se aproximassem para pedir dinheiro e/ou emprego junto à emissora (todos os ricos usam tal ‘ardil’ para afastar as pessoas. Penso que ele apenas agiu de acordo com o protocolo…).

Williams Head
Williams Head
Reply to  Paulo "McCoy" Lava
10 anos atrás

bebeu?

miltonjr
miltonjr
Reply to  Paulo "McCoy" Lava
10 anos atrás

Intendi nao!
Cada louco!

Ricardo Pignatelli
Ricardo Pignatelli
10 anos atrás

O bordão “Bandeirantes, O Canal Do Esporte” jamais sairá da minha cabeça.

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
10 anos atrás

Luciano do Valle, com suas vibrantes narrações, embalou minha juventude. Assisti todas as corridas de F1 dele, o qual substituiu o Barão nas transmissões. Inigualável na emoção até hoje. Quando a Band passou a transmitir a Indy, lá estava o homem da voz gigante nos ensinando a gostar de circuitos ovais. Com as 500 milhas de 1989, tal como a luta na pista, a emoção transbordou para o lado de cá da telinha, graças ao dom desse mestre da locução. Talvez eu deva uma boa parte do meu “vício” automotivo ao Luciano. Descanse em paz. E nossos sentimentos de apoio à família.
Julio Cesar

Eduardo Britto
Eduardo Britto
10 anos atrás

Se você diz que o Luciano era dado a essas “traquinagens” com os nomes dos pilotos, é uma informação relevante, acredito nela, e começo a olhar de outra forma os “equívocos” nas narrações nos últimos anos… Mesmo assim, sempre refleti que existe um momento em que qualquer profissional, por maior que seja, deve encerrar a carreira e partir para outras, sem o estresse e sem o compromisso de resultados (o que é inevitável no meio profissional). Assim como artistas da música, da teledramaturgia, assim como políticos, assim como todo profissional, existe a hora de parar, seja em respeito à imagem anterior (isso não é muito relevante), seja em função da qualidade decrescente do serviço prestado (isso é relevante), seja (e isso para mim é o mais importante) em respeito à própria saúde. Estresse mata, e não é bom morrer assim, penso.

Conde
Conde
10 anos atrás

Bonita homenagem . Uma vez o conheci em Santos e ele me deu o seu cartão de visitas . Me lembro que tinha o logo da Caloi , não sei pq . Ainda devo ter guardado em algum lugar .

daniel santos oliveira
daniel santos oliveira
10 anos atrás

Não narrou a copa da 2002, AZAR da copa,em compensação Só ele narrou narrou na TV o gol de Tupanzinho em 90 a maior audiencia davhistoria da Bandeirantes,só ele narrou o Campeonato Mundial de 2000 , para nós Corinthianos muito maior que qualquer copa . Só ele narrou Emerson em 89, Hortencia,Paula,Marta e Cia em 94 de madrugada durante a COPA serem campeãs mundiais, e também para os Sao Paulinos é inesquecivel os gols de Raí contra o Barcelona e Milan, em todas essas narraçoes tinha um eco e esse eco vai ecoar na minha memoria para sempre.Vai com Deus Bolacha…

Daniel Cunha Lima
Daniel Cunha Lima
10 anos atrás

Existe muita sensibilidade nesse ranzinza.
Belo texto, Flávio.
Parabéns!

Anselmo Coyote
Anselmo Coyote
10 anos atrás

Sinal Fechado (Paulinho da Viola)

Olá, como vai
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo, correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranqüilo, quem sabe?
Quanto tempo…
Pois é, quanto tempo…

Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios…
Qual, não tem de que
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo, talvez
Nos vejamos, quem sabe?
Quanto tempo…
Pois é, quanto tempo…

Tanto coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso
Beber alguma coisa rapidamente
Pra semana…
O sinal…
Eu procuro você…
Vai abrir!!! Vai abrir!!!
Eu prometo, não esqueço, não esqueço
Por favor, não esqueça
Adeus… Adeus…

marcio gil
marcio gil
10 anos atrás

Ele morreu na noite de pascoa. Ele esta no céu com Jesus Cristo. Sua alma está salva.

Monteiro
Monteiro
10 anos atrás

Belíssimo texto! Trabalho hoje com esportes olímpicos. Tudo pq quando era criança, me encantei com aquele mundo que a Band transmitia. Por causa de uma pessoa… Luciano do Valle! Basquete, vôlei, etc, etc, etc….

Fernando Luiz Lopes
Fernando Luiz Lopes
10 anos atrás

Flávio, hoje quando soube do falecimento do Luciano logo me veio na memória um post seu que não era exatamente sobre o Luciano, mas envolvia o nome dele…

O post era sobre o lançamento de um vinho que o Galvão Bueno estava produzindo ou algo parecido.

Daí você entrou no assunto de que um dia jantando, não sei aonde e nem e que situação (acho que profissional), o Galvão Bueno estava lá falando de vinho, etc, etc.

Depois que ele voltou do banheiro você disse: “quem está bem é o Bolacha…ganhando muito $..”

O Galvão foi lá e pagou a conta pra não sair por baixo.

Acho que era algo assim.

Nada a ver com o Luciano, mas para se ter noção da relevância do seu nome…da sua importância.

Espero que esteja bem e que sua família encontre força no momento.

alexandre
alexandre
Reply to  Fernando Luiz Lopes
10 anos atrás

tb lembro dessa

Banana Joe
Banana Joe
Reply to  Fernando Luiz Lopes
10 anos atrás

Lembro muito bem desse engraçadíssimo post.
Também valeria como homenagem ao Luciano, o respeito que o cara tinha (e tem) entre os outros colegas, mesmo consagrados, como o Galvão é muito grande!
Vai em paz!

Carlos Roberto da Silva Junior
10 anos atrás

Morre parte da História do Esporte no Brasil, e fica sua Narração Histórica num Replay da Vida para a Gente matar a Saudade de Forma Memorável e Inesquecível. Valeu Luciano do Vale! Agora é Você no Céu e Nós aqui na Terra. Que Deus te Abençoe e te Guarde no Céu!

Eduardo
Eduardo
10 anos atrás

Flavio, ainda acho que a grande coisa da vida é ter o respeito.
Ninguém, por mais que tivesse algo contra, disse algo de ruim a respeito do Luciano fora questões profissionais.
O Galvão foi muito gentil e humano ao se emocionar com a perda de um companheiro de trabalho. A Globo foi cordata com o ex-funcionário, dono da voz de suas antigas transmissões.
Sinal de respeito que o Bolacha angariou junto aos seus. Será uma pena, mesmo, não tê-lo empunhando o microfone na Copa.
E quem aqui não se encantava com o Show do Esporte? Seleção de Masters?
O meu gol, o do Tupãzinho em 90, terá sempre a voz dele. Morreu um dos grandes e de respeito.

Antonio
Antonio
10 anos atrás

o cara que conseguiu levar a sinuca para a tv e conseguir audiência era foda mesmo.
Fazer sucesso com o óbvio é fácil. Difícil é inovar.
Lembro do superkart em que o Emerson corria no Brasil antes da INdy e ele transmitia como se fosse um campeonato de formula 1. A seleção dos veteranos era fantástica. O Maguila foi fantástico. Todos os pilotos que passaram pela Indy e fizeram carreira devem muito a ele.
O Voley e o Basquete devem muito a ele.

Thiago Sabino
Thiago Sabino
10 anos atrás

Muita gente hoje comentou sobre a morte do Luciano do Valle. Dificilmente voltaremos a ter um narrador, que presenciou fatos históricos do esporte brasileiro novamente, dada a mediocridade para qual as coisas caminham.

Mas, ao invés de pensar num futuro sombrio, é momento de celebrar os grandes momentos, os quais, ele foi a voz daquela história.

Primeiramente, assistimos a Copa de 86 com a voz dele. A vibração nos gols, a esperança do tetra, até aquele jogo contra a França… O “defendeu Bats” até hoje me ecoa, quando o zico errou o penal…

Engraçado como as coisas têm na lembrança falada, a imediata ligação com as imagens.

Lá pra 88, 89, ele mostra boxe na TV. Boxe cara! Puta que pariu!

E lança o incrível Maguila. Um plano que começou bem, de popularizar o esporte. Começou forte, robusto, com resultados. Infelizmente, foi colocar nosso folclórico pugilista de frente pro Holyfield, e veio o reverberante “caiu Adilson Maguila…..”, transmitido via Embratel…

Foi brabo. Decepção.

Depois, em 1989 mesmo, acompanhava meu pai nas corridas da Formula Indy, e todo domingo, lá estávamos, “Bandeirantes-o-canal-do-esporte!”, até aquela épica 500 milhas de Indianápolis. Engalobei uma aula particular de matemática , bizarramente marcada para as 13h dum domingo à tarde de 1989, e fiquei cravado na frente da velha TV Sharp, tomando uma Fanta. Na época, eu tinha pique pra ficar junto da TV nas 200 voltas do oval de indiana. E o final….ah, o final! Mais uma vez, as imagens que tenho na cabeça são indelevelmente marcadas pelo “bateu Al Unser…bateu Al Unser…”…a vibração, o grito, o pulo…. ” o Brasil vai vencer….”…a Aquarela do Brasil rolando….

Curiosamente, essa narração não se tem no youtube… procurei até…. mas não tem.

Desculpem o palavreado, mas, porra, que foda era aquela época.

Em 91, veio a época do vôlei. O cara consegue me colocar na TV, um esporte que simplesmente, não tinha hora pra acabar. Era a época dos sets de 15 pontos, com vantagens intermináveis, e alternadas. Foi lá, e colocou. E a molecada, entrou na onda: redes de vôlei armadas nos postes das ruas, e lá fomos nós ser os Tandes, os Carlões, os Pampas em saques bizarros, cortadas horríveis, e peixinhos desastrados…

Ditava moda, sempre atual.

Em 92, veio a NBA. Torcia-se pelo Chicago Bulls, como quem torcia para um time de futebol, acompanhava-se os craques da bola laranja, Michael Jordan no auge, Dream Team, cartuchos de videogame, Lakers X Celtics, transmissões ao vivo, numa época que TV a cabo era coisa de ficção científica. A 20 e poucos anos atrás….

Ir nos EUA então, pra torcer numa arena? HA….vai nessa cara-pálida.

E ele marcando tendência, TV aberta, de graça…

De 94 em diante, a usina de tendências arrefeceu.

Se limitou apenas a narrar os eventos. Com alguma dificuldade, percebia-se que, a agilidade do pensamento já não era mais a mesma. Nomes eram confundidos, a velocidade de raciocínio não era mais acompanhada do acontecimento em si.

Não importa. Dane-se. A obra feita em vida, e que é perene, indelével, é muito maior, infinitamente maior que os erros. Erros humanamente cometidos, como se quem não os cometesse, fosse um paladino da moralidade, ao destacar o dedo indicador, e apontar para o velho Bolacha.

O cara fez coisas, que não se limitaram somente à cabine de transmissão. Foi lá e construiu, edificou, empreendeu, elaborou, realizou.

Errou. Mas acertou pra caralho.

Da insignificância, dá pra agradecer, pelas tardes que assisti F-Indy, e que me fizeram gostar mais ainda de automobilismo; dos gols da copa de 86, das narrações mais vibrantes jamais feitas em todas as copas; das noites assistindo NBA, e ampliando o horizonte esportivo de um adolescente…enfim, por moldar um perfil mais amplo de conhecimento dos esportes.

Valeu Luciano. O esporte deve muito a você

Antonio
Antonio
Reply to  Thiago Sabino
10 anos atrás

o volley veio antes cara 1983, 1984.
Pirelli x Sul America no Ibirapuera era clássica
Época do William, Xandó, Renan, Bernard, Montanaro, Amauri , Domingos Maracnâ e outros.
Eram jogos que eu assistia amarradão , muito por causa da narração dele.
Hoje nem ligo. O cara conseguia melhorar o jogo só com a narração dele.

Thiago Sabino
Thiago Sabino
Reply to  Antonio
10 anos atrás

Sim, Antonio, sem dúvida. Tanto que o próprio Bolacha é que foi o timoneiro-mor daquele épico Brasil X URSS no Maracanã, até hoje o maior público da história do Volei (93.000 pessoas)…

Me referi à popularização do volei na época pré-ouro Barcelona ’92, onde os jogos eram transmitidos pela TV. O camarada apostar num esporte que simplesmente não terminava – e isso na TV é uma aposta e tanto – torna-o um visionário.

Mas entendi a sua colocação. Valeu por lembrar também.

Gustavo
Gustavo
Reply to  Thiago Sabino
10 anos atrás

Falou tudo, Thiago. Excelente! Parabéns!

Lucas
Lucas
Reply to  Thiago Sabino
10 anos atrás

Parabéns cara, belo texto! O Luciano foi isso tudo mesmo, ícone!

Mathias Aguiar
Mathias Aguiar
10 anos atrás

Cara fui pego de surpresa e me deu um nó na garganta. Sai e estava desligado de tudo, ai abro o computador e ta lá: “morreu Luciano do Vale” , tristeza demais tem coisas que a gente só percebe quando não tem mais.

Paulo
Paulo
10 anos atrás

O cara conseguiu fazer o Maguila lutar com o Hollyfield, promoveu o desafio Brasil x URSS no volei, fez a TV paga na TV aberta quando nem sonhávamos com Sportv e ESPN. Fiquei triste de verdade hoje, como se o conhecesse pessoalmente, pois uma boa lembrança que tenho do meu pai éramos nós dois juntos varando o domingo assistindo esportes na Band. Ele, apesar de não ser mais o mesmo nos últimos anos, e o Galvão são os 2 maiores narradores da TV brasileira.

Daniela Machado
Daniela Machado
10 anos atrás

Ele era o cara . A muito tempo só assitia jogo com ele. A COPA NÃO SERÁ A MESMA .

Boer
Boer
10 anos atrás

Flávio, só uma correção: sua “TV pela primeira vez” foi no SBT junto com o Téo José comentando o GP de Miami (Homeasted) em 1999 (Fórmula Mundial), vencido pelo Greg Moore, o qual o Bolacha foi encontrar no céu hoje…

Depois ainda você comentou junto com o Téo os GP’s do Japão – em parceria com o Emmo – e de Long Beach, sendo essa a primeira vitória do Montoya na categoria.

Sei disso porque tenho tudo isso gravado em VHS…

Abraços Flávio, em um dia tão chato como hoje.

Luis felipe
Luis felipe
10 anos atrás

Era foda em resumo… Perfeita sua conclusão…

Clayton
Clayton
10 anos atrás

Bela história. E belo texto.

Obviamente, já não era mais o mesmo narrador do passado. Afinal, o tempo é implacável até mesmo com os grandes. E Luciano foi um dos maiores de sua profissão. Se você gosta de esporte, certamente já ouviu alguma narração marcante do Bolacha. Ícone é, de fato, um bom adjetivo para ele. Que descanse em paz.

luiz dellano
luiz dellano
10 anos atrás

muito triste hoje,,, muito triste…. cara de vozao, tiozao gente fina.. embalou minha infancia e adolescencia aos domingos com o “show do esporte” ao lado do elia junior, juarez soares,cleo brandao, silvia vinhas,alvaro jose,silvio luiz e silvio lancelloti…minha mae dava piti pq eu saía da mesa para almoçar com o prato nas maos vendo ele conduzir o programa e narrando o campeonato italiano com o maior ponta esquerda de todos os tempos jogando pelo Bari, o grande joao paulo ex ponta esquerda do guarani, ou o Napoli de dieguito maradona, careca, alemao e carnevalli…copa de 94 mesa redonda com ele, datena, silvio luiz,tatá muniz,rivelino e o juarez soares espetacular com sangue nos olhos e faca nos dentes torcendo contra o zagallo a cada jogo…narrando o maguila com aquela celebre passagem apos lutar com um gigante argentino ,enorme, short azul com a logo ” OLIVETTI”,,,luciano pergunta: “qual foi sua tática maguila ??” e maguila ,somente um monstro do esporte tupiniquim respondeu: ” aqui em cima nao tem tática e nem tética luciano,,, é murro na cabeça!!!”,,, o basquete em indianapolis em 97, a nba, o volei, a sinuca, o basquete feminino,,, enfim, o cara era o melhor de todos disparado,, fui em 2203 no seu bar em sp, perto do tunel ayrton senna, o ‘ VALLES SPORTS BAR” e dei de cara com um macacao do fittipaldi usado na indy pregado na parede e 3 teloes passando jogos diferentes,,,, senna teria sido muito maior se narrado por ele,,,e podem apostar que amanha sobre seu caixao,dentre as milhoes de bandeiras que deveriam estar com justiça sobre seu caixao, estarao lá impávidas as bandeira do brasil e a da ponte preta, a macaca, seu time do coraçao….vai com Deus meu querido…mto triste hoje, muito triste,,,

Gustavo
Gustavo
Reply to  luiz dellano
10 anos atrás

Boa noite.

Concordo, João Paulo, melhor ponta, qualquer das duas que via atuar pela TV, tive a sorte também em 98 assistir um jogo da série B aqui em meu estado do união São João, ele atuou e bem mesmo já aos 34 anos e nunca mais sendo como anterior a fratura.

Vale citar também a Elis Marina, começou apresentando o Show Do Esporte ao lado do Elia.

Descanse em paz, grande narrador, com certeza os outros dois títulos do Piquet e o “Tetra’ do Senna seriam melhoras com narração do Luciano.

“Minha primeira copa” a inesquecível seleção do também saudoso “Seu Tele”, foi grandemente narrada para nossa nação pelo Luciano.

Alex
Alex
10 anos atrás

Tenho de dizer que fiquei muito emocionado quando soube de seu falecimento. Além de fã ardoroso de Emerson Fittipaldi (que ele, Luciano, trouxe de volta à mídia com a transmissão da Indy) eu peguei toda a fase do Show do Esporte ao qual assistia o domingo inteiro… Desde os jogos do Campeonato Italiano, Falcão ainda na Roma, Michel Plattini na Juventus, passando pelas verdadeiras batalhas entre a Prudentina de Hortência e a Unimep de Paula e Branca, as lutas de Maguila…. antes disso, ainda na Globo suas inesquecíveis narrações da Copa de 82, na Rede Record com os jogos memoráveis da Pirelli de William, Montanaro, Xandó e Renan versus Atlântica Boavista de Bernard, Bernardinho e outros. Depois vieram as lutas de Tyson, a NBA, os torneios de futebol com jogadores veteranos (ou masters, como ele chamava).
E tem muito mais ainda. Se for enumerar tudo, não tem fim. Logo, mesmo sem tê-lo conhecido pessoalmente, Luciano fez parte de um período muito grande da minha vida e eu, realmente gostava de suas narrações e também da maneira como se expressava fora delas, nos programas de mesa redonda, sempre com sobriedade e objetividade. Sem idolatria, ( sei que deve ter dados suas mancadas, ser humano que era), o saldo de sua atuação é imensamente, absurdamente, positivo, e fica, desde já, uma enorme saudade.

Guilherme
Guilherme
10 anos atrás

Que belo texto Flavio. Bonita história. Deu um aperto no coração no penúltimo paragrafo, quando o reencontrou.

Abraços, Flavio.

Juliano
Juliano
10 anos atrás

Um retrato preciso de como o que o Luciano queria era mostrar e valorizar o esporte, fosse qual fosse, da categoria que fosse, onde fosse.

Mas não fala assim da minha biboquinha natal no fim do mundo, Flavio! ;-)

Giovanni
Giovanni
Reply to  Juliano
10 anos atrás

Na verdade, não foi no sentido de menosprezar a cidade, apenas uma forma de dizer que havia eventos esportivos maiores acontecendo ao redor do mundo que mereciam ter o Luciano do Valle presente narrando.

Chupi Alonso!
Chupi Alonso!
10 anos atrás

Nesse mesmo 19 de abril, nos idos de 1994, há exatos 20 anos, morreu Dener, um craque da Portuguesa.

Rafael
Rafael
10 anos atrás

Não era meu narrador preferido, quando ele estava no auge eu era um moleque.
Me divertia adoidado com a troca de nomes dos pilotos da indy recentemente, e ficava puto com a patriotada…

No fim das contas, nada disso interessa e não faz a minima diferença.

É um ser humano que se vai.

Americo Teixeira Jr.
10 anos atrás

Luciano era muito, mas muito gentil. Muitas vezes me peguei pensando: “Esse cara tinha tudo para ser esnobe, mas é um cara super gente boa”. Conviver com ele, mesmo que só de vez em quando, no circuito da Indy foi algo especial.

Douglas
Douglas
10 anos atrás

Assisti a Copa de 94 toda na Band por causa do Luciano do Valle, na época ele era impecável, eu já tinha virado fã dele desde o começo dos anos 90 por suas narrações na Indy.

Nos últimos anos ele já não era nem sombra do que havia sido, trocava nomes direto, moscava nos lances, estava nítido que já tinha passado da hora da aposentadoria (caso parecido vive o Galvão Bueno).

Mas dele eu prefiro guardar o amor que demonstrava pela Indy, quando a categoria estava no topo ele foi um narrador à altura do espetáculo. Vá com Deus Luciano!

CorredorX
CorredorX
10 anos atrás

O Luciano era sensacional. Era parte do espetáculo que transmitia, um personagem a mais. Muita gente não entendia isso, crendo que o narrador deve prestar-se inequivocamente ao pretenso infalível ato de narrar e informar.

Mas ele não era assim e tão pouco demonstrava preocupar-se com preciosismos bestas e sem sal. Só não sei se ele fazia de propósito ou naturalmente, mas as “mancadas” nas transmissões, principalmente na Indy, eram um elemento divertidíssimo para o telespectador.

Quando ele soltava uma dessas pérolas aqui e ali, por algum pequeno instante, ele colocava-se humildemente ao nível de um telespectador qualquer, pretensamente incapaz de acompanhar a dinâmica complexa do esporte. Se era de propósito ou não, isso não importa. O que importa é que o futebol, o boxe, o basquete, a indy e o vôlei, perderam talvez o seu maior entusiasta.

alexandre
alexandre
10 anos atrás

Pelo último parágrafo, aparenta ser triste lembrar que poderia ter falado com ele na ocasião, o que teria sido não só a última vez que o viu, como também, as últimas palavras com ele. Enfim, nas correrias de nossas vidas, por muitas vezes, perdemos a oportunidade de expressar e/ou manifestar e/ou retribuir carinho, gratidão, amor, etc., ou até mesmo um simples sorriso, um oi, um tchau. Conforme a vida vai passando e a idade chegando, vamos ganhando experiência e tentando aprender com as surpresas que a vida nos prega!! Vai com Deus Luciano e continue olhando por todos nós que adoramos o esporte.

Paulo César_PCB
Paulo César_PCB
10 anos atrás

Não se agrada a todos nesta vida. Uns gostam outros não.
Porém uma coisa que não se apaga e se deve respeitar é a história feita por cada um.
Não serão todos que são reconhecidos ou que farão coisas marcantes para o país ou a humanidade, mas sem dúvida o Luciano fez história e marcou a vida do esporte no Brasil.
Impossível, para quem gosta de esportes, não se lembrar ou se emocionar por um fato relevante esportivo, transmitido por um seu narrador favorito, nas vitórias ou nas derrotas.

Que a família seja confortada neste triste momento.

eric Martins
eric Martins
10 anos atrás

Flavio, encontrei vc hoje no Mercado, fiquei meio nervoso na hora.
Mas ta aqui meus parabens pelos seus textos.
Lucianao erra de mais, pena que os grandes tambem se vao.

um Abraco

Chupi Alonso!
Chupi Alonso!
10 anos atrás

Bom cara. A cara do Maguila. Pai de vários caras de vários esportes no Brasil.

2014 não tá fácil pra ninguém.

Jeferson Araujo Pereira
Jeferson Araujo Pereira
10 anos atrás

Em uma das 69 corridas que ele narrou pela Globo, há um fato pitoresco, ou melhor, absurdo.Foi em um GP na Suécia, nos anos 70.O autódromo era tão precário que ele narrou a corrida em cima de uma árvore!

Marcelo Moura
Marcelo Moura
10 anos atrás

Flavio,
Belíssima homenagem a esse ícone do esporte brasileiro.
parabéns pelas palavras.
Bolacha RIP.

Mauro Batera
Mauro Batera
10 anos atrás

Tive a oportunidade de conhece-lo pessoalmente na mesma F Renault aqui em Curitiba em 2002, e fiquei encantado com a sua simpatia e humildade.

Lembro com saudades quando ele criou a Seleção Brasileira de Masters, e o Silvio Luiz narrando os jogos o chamava de Bolacha.

Era um sarro as transmissões, e os jogos então, inesquecíveis.

O Bolacha já esta fazendo falta.

Obrigado Luciano, por tudo que você fez pelo esporte para nós brasileiros, pois se hoje somos o que somos, é muito graças a você.

Saudades…

Adriano de Avance Moreno
10 anos atrás

Luciano narrou apenas a primeira vitória do Émerson na Indy500. Em 1993, quando Fittipaldi venceu a prova pela segunda vez, a transmissão foi da TV Manchete, com narração de Téo José.

Fabio Augusto
Fabio Augusto
10 anos atrás

Esse era mito, ponto final…

Luis Felipe
Luis Felipe
10 anos atrás

Espero, e espero mesmo, que a tchurma da Globo, durante a transmissão do GP da China, fale do Luciano do Valle com todo o respeito que ele merece. Luciano do Valle era O narrador da platinada nas vitórias de Emerson Fittipaldi e do primeiro título de Nelson Piquet em 1981. É claro que Luis Roberto e Reginaldo Leme falariam sem nenhum problema em Luciano do Valle, afinal, além de profissionais, eram amigos. Mas sabem como é a Globo, né? “Olha, não falem nada do cara porque ele trabalhava em outra emissora! A gente não pode dar audiência para ninguém por aí!” Fico com uma raiva danada do(s) filho(s) da p* que inventam essas babaquices e forçam os profissionais da emissora a segui-las draconianamente. São cretinos que não têm o mínino respeito pela classe jornalística e que pensam apenas em retorno publicitário, porque em suas cabecinhas a simples menção de alguém fora da Globo é um disparate, uma aberração. Quem não está ou não trabalha na Globo, para os Bonis e Boninhos da vida, são não-pessoas, exilados no próprio país ou indignos de qualquer menção “porque não se pode dar Ibope para as demais”. O mínimo que a Rede Globo de televisão deve fazer, antes da corrida, e amanhã também, antes ou durante o Esporte Espetacular, é homenagear dignamente esse grande profissional do esporte, que trabalhou na Globo por muitos anos e dono da melhor voz que já ouvi seja para narrar uma partida de futebol, uma corrida de F1 ou Indy ou jogo de bolinha de gude. Vamos ver o que fará a dona Globo desta feita. Ou simplesmente não fará, o que é o mais provável infelizmente. Descanse em paz, Luciano do Valle.

Raphael
Raphael
Reply to  Luis Felipe
10 anos atrás

Amigo, pensaria o mesmo que você, mas tenho certeza de que a Globo vai falar dele numa boa durante a corrida. Sabe por que?

Tanto é que o Galvão participou do programa do Datena hoje e prestou uma bela homenagem. Então acho muito legal as duas emissoras prestarem essas homenagens, e creio que na corrida isso será feito sim.

Luis Felipe
Luis Felipe
Reply to  Raphael
10 anos atrás

Espero.

Antonio Seabra
Antonio Seabra
10 anos atrás

GRANDE Luciano, descanse em paz.