MONT & MELÓ (1)
SÃO PAULO (uma hora esgota) – Num dia de treinos sem muito tempero, sobre os quais falarei em instantes, a entrevista convocada por Luca di Montezemolo acabou sendo a atração do dia em Barcelona. Renan do Couto conta tudo aqui.
A coisa está evidentemente feia para a Ferrari e o ano, perdido. Alonso está chateado, Raikkonen segue desanimado, o time todo dá sinais claros de desmotivação. Como se manter motivado se, na primeira corrida da temporada, já se sabe que a chance de ser campeão, ou de ganhar um GP, é zero?
A F-1 tem um problema grave hoje em dia. Ninguém consegue se recuperar quando a coisa começa mal. Sabe-se que um ano será jogado no lixo já nos primeiros minutos dos primeiros testes de pré-temporada.
É com isso que a categoria tem de se preocupar.
Falta de treino é que é o problema. Tá, é caro, ninguém nega. Mas como é que vai corrigir e desenvolver essas trolhas complicadíssimas com zilhões de componentes se não pode treinar quase nada?
Assim, se o carro nasce bom, muito bem. Vai-se ajustando os detalhes conforme necessário nas sextas e sábados. Se não nasce, desiste da temporada logo no começo, por que não vai melhorar o suficiente pra alcançar quem teve a vantagem (sorte?) de começar bem melhor logo de cara.
Se tá ruim pra Ferrari, imagina pra McLaren…
Legal o novo visual do site.
Para começar, poderiam liberar o consumo de combustível, enche o tanque e cada cuida do seu. E não ficar nessa baboseira de limitação, que custou uma excelente corrida de Ricciardo. O resto vai levar tempo e não é barulho e faísca.
Não foi a limitação da quantidade de combustível que causou a desclassificação do Ricciardo e sim a limitação do fluxo do combustível. São duas coisas completamente diferentes. Concordo com você, não deveria haver limitação da quantidade, mas concordo com a limitação e controle do fluxo.
Passa ano e entra ano e a F1 não acha a fórmula
do equilíbrio. E tudo está tudo indo na contramão. O hilário eh a FIA abrir vagas para novas equipes. Pra quê? Pra ganhar o quê? Circuitos horrosos, carros feios, é uma frescura com pneu, gasolina, marcha, , testes, aerodinâmica. Agora querem botar faisquinha, barulhinho, luzinha, como se fosse resolver. Nada contra a competência da MB. Mas imagina só o cara correr sem chance de vitória durante algum tempo envolvido nas lutas”incríveis” do pelotão intermediário! A massa do bolo está muitíssimo longe do ideal.
F1 chegou naquela fase do campeonato em que só a chuva nos proporcionará corridas emocionantes. Nessa situação eu acordo, vejo as 10 primeiras voltas. Ou eu durmo ou eu levanto e vou fazer outra coisa!
Alonso está pagando seus pecados.
Pelo menos continua terminando na frente do companheiro. Já o Vettel… Vamos esperar ele se encontrar com o carro, os planetas de alinharem, trocar o chassi, mudar a cor do cabelo… Hahahaha.
Nos áureos tempos da Renault, o espanhol terminava na frente de todos. Agora, termina na frente de um desmotivado Raikkonen, que já trocou o apelido de “Iceman” para “Derretido”.
Desmotivado? Quem quis ir para Ferrari foi ele, agora agüenta.
Certíssimo, só que tem os custos dos testes, pra melhorarem os carros é fato que são necessários mais testes, pois não é só a aerodinamica testando com tunel de vento que vai resolver o problema, tem também a suspensão, freios, os motores e muitos outros itens a serem melhorados. Muito dificil de encontrar uma saida que não seja tão cara, ainda mais para as equipes menores. acho que se mudassem o conceito ficaria mais fácil, com equipes principais das fábricas (Renault, Ferrari, Mercedes) e as outras oficialmente como clientes com chacis de anos anteriores das principais e tal, a MOTO GP funciona bem desta forma, acho.
O que vria a ser um CHACIS?
Luca disse tudo, F1 silencioso e sem poder treinar, GP2 chegando junto e dando muito mais show, a coisa ta ficando feia na F1. Quando lembramos de Gilles & Cia, tudo fica ainda pior.
Realmente, esse vai ser sempre o risco de se mudar o regulamento, por um lado o perigo de ter um dominante como neste ano, e mostrar que não existe piloto algum capaz de andar mais do que o carro.
Do outro lado a possibilidade de tirar o domínio longo como foi da Ferrari (2000-2007) e Red Bull (2010-2013), quando se mantem estável o regulamento por muito tempo.
Acho que o maior problema se encontra na aerodinâmica e na proibição de testes.
Se eu pudesse……..eliminava as asas (deixa elas só pros aviões) e liberava um numero razoável de testes e piorava o asfalto das pistas pra ter trabalho de suspensão oras.
Se eles dizem que a F1 é o laboratório dos carros de rua ,as estradas tem imperfeições , os carros jamais vão ter dowforce por causa da economia e nois gosta mesmo é de motorzão!!!!cassete!!!!
Tem um Maverick V8 na minha rua com um adesivo no vidro “quem gosta de motorzinho…Eh DENTISTA !!!!”
Boa!
Tirar os aerofólios?? Piorar o asfalto?? É cada louco que aparece…
Ficou bom, o novo visual do blog.
Quanto ao Luca di Montezemolo, que beleza ver a a “roda girando”! Só ele quer ganhar né? Vai Mercedes!
Caro Flávio,
Normalmente concordo com suas postagens, mas dessa vez sou obrigado a discordar. Tudo vai da competência da equipe! A Red Bull por exemplo (que eu quase nunca defendo devido a ser torcedor da McLaren) era sabidamente um carro fraquíssimo na pré-temporada, mas tem demonstrado uma grande evolução desde os testes do Bahrein e é a segunda força no momento, contrariando as previsões de todos. A Formula 1, apesar de todas as limitações, ainda é um esporte em constante evolução, entretanto, sou totalmente contra tetos orçamentários e limitações dos testes
Gostei da ilustração. Lúdica, colorida, vibrante. A matéria de Renan do Couto está muito boa. Realmente, a Ferrari continua mal das rodas: tem dois pilotos excepcionais, mas o carro desmotiva tudo e todos.
Já na Mercedes o clima é inverso. Na ponta desde o início da temporada, a equipe, além dos dois aguerridos pilotos, construiu um carro que é mais do que um carro, é um devorador de pistas, um bólido. Incrível.
muitas mudanças simultâneamente ? a meu ver sim.. Aida que todos soubessem a cerca de , sei lá, 01 ano/2 anos das alterações, o dito “na prática a teoria é outra” é pertinente…
Outro fator que precisa ser revisto:
– Teto do Orçamento ; melhor distribuição das cotas entre as equipes(Começariam ,a meu ver, do ZERO e com melhor redistribuição ….Daqui a pouco , além da queda da audiência (fator principal e gerador de renda dos patrocinadores) não vai sobrar 5 ou 6 equipes….
– Novas equipes : A F1 percebe que , óbvio, em se considerando capacidade técnica-financeira , precisa de novas equipes
Não vejo: barulho motor (como se isto fosse aumentar a audiencia/competitividade) , sair faiscas dos carros (idem ) e bla, bla, bla como fator p/ insucesso do modelo atual…..muito mimimi ….
Correção: ainda…
Vettel mais uma vez sem treinar…Alguém aí consegue sabe qtas voltas o Vettel conseguiu dar nos treinos comparado com o Ricciardo?
A diferença é que Ricciardo reclama menos do carro. Enquanto Vettel troca o chassi, Ricciardo está acelerando e dando risada.
Enquanto isso, o Octonso (oito temporadas sem título) consegue ficar à frente do embalado Raikkonen.
Palmas para o espanhol!
Não, palmas mesmo pro Webber, já disse antes, se Alonso levasse tempo do Ricciardo mudaria minha torcida. Em tempos áureos Vettel batia o Webber, hoje não bate ninguém. Imagina o Alonso na RedBull, iria aposentar o Vettel no meio da temporada.