COM O MESTRE
SÃO PAULO (só nas arábias) – Aí que ontem a noite a namorada e sua trupe resolvem fazer quibe em casa, toca o telefone e é o Crispim, e minha namorada é absolutamente apaixonada pelo Crispim, e aí eu digo, Crispim, estão fazendo quibe aqui em casa, quer vir?, e ele pega o carro e vem, come os quibes e nos alimenta com sua sabedoria e suas histórias.
Cada história… Só para dar uma invejinha, vamos ver se lembro o que ele contou.
– Mil Milhas de 1966, detalhes inéditos da participação de Emerson e Jan Balder com o Malzoni da Equipe Brasil, cinco carros ex-Vemag chefiados por ele, Crispim. Camilão ganhou, mas a turma dos dois tempos veio na cola e fechou o pódio.
(A história dessa corrida, a mais espetacular de todos os tempos, é relatada aqui com apenas uma imprecisão: o carro não voltou a funcionar “limpinho” no dia seguinte. Aqui o Crispim explica exatamente o que aconteceu, tirando aquela que seria uma vitória épica de um carrinho dois tempos, três cilindros, 1.000 cc, pilotado por uma dupla que ainda nem tinha barba na cara. O carro, inclusive, ainda existe e é de um grande amigo meu. A Audi fez matéria com ele.)
– Piquet e suas aventuras na Super-Vê, que incluem uma invasão aos boxes da equipe rival, chefiada pelo Crispim, entrando pelo telhado para copiar a giclagem do carburador do mestre.
– O encontro com Wilsinho Fittipaldi num boteco da rua Ana Cintra, no Centro, no começo dos anos 70, para convidá-lo para trabalhar na Copersucar. No relato, uma discussão aerodinâmica que deixaria Adrian Newey de queixo caído.
– Os 17 motores que a Vemag estourou na Rodovia do Café.
– A morte de Cacaio em Petrópolis.
– As largadas “Le Mans” em Interlagos, com o óleo dos DKWs decantando com os carros parados. “Em 66, soltei o último carro quando o primeiro colocado estava fechando a primeira volta.”
– O convite de Pace para ver o Brabham-Alfa Romeo de perto numa noite em Interlagos.
– A generosidade de Piquet ao levar a ele dois comandos de motor VW que ele usava, e virava muito, e dizer: “Escolhe um, porque se eu tiver de perder para alguém, que seja para você”.
– E a cereja do bolo. Numa corrida em Brasília, a pilotada toda dormindo na casa de Piquet, Crispim passa mal no jantar e no dia seguinte o pai de Nelson, médico, ex-ministro da Saúde de Jango, que nunca ia a um autódromo, aparece vestido no café da manhã, de chapéu e tudo. “Onde vai, pai?”, pergunta Nelson. “Ao autódromo.” “Mas você nunca vê corrida!”, respondeu o filho, espantado. “É que o Crispim passou mal à noite. Vou ficar lá caso ele precise de alguma coisa.” Crispim, sempre que encontra Piquet, diz a ele que seu pai nunca foi a autódromo nenhum vê-lo correr. “A única vez que foi, foi para cuidar de mim.”
Noite memorável.
Não quero ser repetitivo mas merece um livro sem duvida nenhuma. A propósito, eu estava nas assistindo as Mil MIlhas de 66 e tive o privilegio de acompanhar o desespero dos dois garotos (na época) quando o Malzoni começou a falhar. Concordo com o Flavio, foi e melhor corrida que eu já ví. Daria um belo filme tambem.
Li recentemente o livro do Jan Balder, que consegui num sebo online. Que curtiu estas histórias do Crispim, não pode deixar de ler o livro, é imperdível!
Que legal, sou fã do Piquet e quando vejo essas “pérolas” de bastidores apenas renovo os meus votos de idolatria para o nosso Tri-Campeão Mundia de F-1.
Esse Pais é uma merda mesmo, se o Piquet fosse Italiano ou Inglês seria umas setecentas mil vezes mais valorizado. Isso para não se estender nas questões da Família Fittipaldi.
Segue o jogo, #somostodosidiotas.
Uma lenda assim não pode passar despercebida pela história do nosso automobilismo, deveríamos exaltar estes HERÓIS das nossas pistas !!!
Esse senhor é uma verdadeira lenda viva do automobilismo brasileiro. Um grande mestre. Obrigado, Flávio, por nos apresentar essa pessoa fantástica!
Muito legal…
Semana passada estive em SP, para um curso com o Roberto Manzini e na sede do curso reconheci o José David, logo de cara perguntei: O senhor é o José David? que correu na F-Ford com um carro branco da patrocinado pela Piraspuma?
Foi o passaporte para ele dar um sorriso e responder, sou eu sim, vc me conhece?
Eu disse sim… e o cara sentou na mesa… e nos contou algumas histórias…
Receber ” Seu Crispim ” em casa… é uma verdadeira honra !
Caralho, puta que pariu, é de arrepiar.
Quando sai o “LIVRO DO CRISPIM”
Quando ?
Quando?
Eu lamento que um cara desses seja tão pouco reconhecido enquanto uns artistas/jogadores de futebol que seriam reservas nos anos 70 sejam endeusados.
AH….também quero!!!!!!!!!!
Flávio Gomes, por favor não nos “torture” com essas pitadas, precisamos dos detalhes, das histórias. Um livro do Mestre Crispim é urgente em tempos de liquidez de memórias e leitura de manchete. Crispim merece e o automobilismo brasileiro, carece, e merece. Estarei na fila na noite de autógrafo. Abraço.
Como esse cara ainda não tem um documentário só com ele, um livro, uma série de TV, etc? É uma fonte inesgotável de histórias sobre o automobilismo.
Nada de invejinha…
É invejona, das grandes mesmo!!
Imperdível!
Mas que puta sacanagem dar só uma palhinha e esconder os detalhes.
Conta logo as histórias, Flavio !
Todas são boas, mas essa aí da conversa com o Wilsinho deve ser a cereja do bolo !
Puxa, faça uma entrevista filmada com ele, ou um livro, ele precisa de mais reconhecimento, e enquanto está vivo!
Flavio,
Muto legal poder desfrutar da companhia do Crispim, num ambiente descontraido, e deixar ele soltar a lingua. Voce podia ir contando essas estorias, em detalhes, pra gente.
Uma coisa que dá pra ver (quer dizer, pra confirmar, pois tudo mundo já sabia) é como o Moco e o Piquet eram (Piquet é) gente boa.
Aliás, o Moco não devia ter entrado naquele avião, cacete: ele fez muita falta nesses anos todos. Era um cara que não devia ter tido autorização pra morrer tão cedo !!!
Sem duvida, hoje, seria o cara certo pra nos contar estorias maravilhosas !!!
Moco foi um dos maiores “braços” que eu vi guiando, everybody included !!!!!! Um monstro, uma a “bota” muito pesada, uma tocada admirável.
Como disse o “Trovão”, um dos 3 ET’s que ele viu guiando.
Quem viu, viu, e quem viu sabe.
Flavio, se voce perguntar pro Crispim, acho que ele vai dizer o mesmo.
Antonio
Flavio, que tal ajudá-lo na publicação de um livro???
Puxa!
Ja temos a “orelha” do livro…só falta o miolo
Quando é que ele sai?
Abs de um fâ do Boto
Flávio, faça um bem pra humanidade, coloque as memórias do Cara no papel!
Tenho certeza de que vai ser um sucesso!
Crispim amigo do coração!!
Eu tenho este belíssimo Malzoni # 7 em 1/43, feito pelo Mestre Rodolfo Costea. É maravilhosa a miniatura, tal qual o original.
Vi uma entrevista do Piquet, que, no inicio dos anos 80 piloto tinha que saber economizar o carro, cuidar do equipamento para ser campeão, não só ser um bom piloto. Os carros quebravam muito. Piloto tinha que gerenciar a coisa toda, corrida, equipamento. Bons tempos.
De noite namorável passou para memorável. Temos sorte de ainda termos entre nós esses mitos. Temos que conhecer as suas histórias antes que eles nos deixem sozinhos.
Tomando umas breja, comendo kibe , e uma enciclopédia do automobilismo
brasileiro contando histórias, da pra varar a noite…. muito, muito legal.
Como ja postaram , merece um livro.
Miguel foi meu vizinho no Alto do Ipiranga. Menino ainda lembro das suas estórias de automobilismo que ouvia dos seus filhos que eram confirmadas por ele quando chegava do trabalho em “saraus” com a molecada. Era tempo dos rachas na Ricardo Jafet e as estórias de motores espetaculares sempre era discutida. Ele sempre demonstrou sua admiraçao pelo “Nelson” que era assim que chamava Nelson Piquet… Minha primeira esposa Silvia o adorava… ou melhor, adora. Fico contente que esteja bem e ler sobre ele é possivel ainda lembrar da sua voz forte e marcante. Vida longa Miguel. Na próxima viagem ao Brasil e vou dar uma passada na sua oficina.
Crispim é sensacional ! Memória viva do automobilismo brasileiro. Tá demorando pra escrever um bom livro !!!
Crispim é uma lenda viva, agradeço por você compartilhar essas histórias tão legais, gostaria muito de ter vivido tudo isso, sempre digo que nasci na época errada.
Quanto ao Piquet, só reforça aquilo que já sabemos, o cara foi e é um mito, sem nunca ter precisado de assessoria de marketing.
É de chorar de emoção. Que cara. Tenho certeza que muitos aqui comprariam uma autobiografia do Crispim.
Que espetáculo!
Memórias como essa devem ser registradas pra posteridade, URGENTE!
Crispim devia ir nun Padock GP…
Crispim, sempre que encontra Piquet, diz a ele que seu pai nunca foi a autódromo nenhum vê-lo correr. “A única vez que foi, foi para cuidar de mim.” …. travei aki .rsrsrs
SENSACIONAL !!!!!!!!!!
Tem que sair um livro.
Conta mais!!!!!! Queremos detalhes.
De encher os olhos d’água…
rsrsr
ve la
um kibe bem feito, a gente ate da um jeitinho.
mas conversar com uma pessoa destas ,
acredito que nao tem preço.
e´que nem cometa , nao é todo , e nem toda decada.
legal este post.
De um total de 9 boas histórias do respeitável Crispim, 3 envolvem o melhor piloto brasileiro de todos os tempos: Nelson Piquet. Um gênio reconhece o outro…
Concordo, o cara é mito.
FG, não entra a matéria da Audi com seu grande amigo.
Rapaz, que legal! Babei.
Caraquemmm inveja branca de vce! Show!
Invejadaporra…
Nao sou baba ovo!!! Mas obrigado!!! Por compartilhar estas perolas!!!!
Caceta…vc tem que escrever essas historias
Nas minhas idas a várias corridas de Deca, Fusca e carreteras conheci esta pessoa com “P” maiúsculo. Tem gente que é só capaz e tem gente que é capaz de tudo, inclusive cativar, é o caso.
Desconheco a historia dele, infelizmente. Parece ser a realeza na terra.
http://www.bandeiraquadriculada.com.br/Crispim.htm
Fiquei com um pouco de inveja.
A história das Mil Milhas 1966 eu li no livro “Voando sobre Rodas” de Emerson Fittipaldi e Elizabeth Hayward.
Que tal um Paddock GP com o Crispim?
Excelente ideia!
Boa ideia!
Grande idéia !
Apoiado !!!
Um Paddock? Acho que precisamos é de uma série, pra ver umas gotinhas do que ele tem pra contar!
Apoiadíssimo!!!!!!!!!!! manda a ver Flávio. Em 2016 o Paddock GP promete, hummmmmmmmm…
Vou dar sugestões aqui para 2016 no Paddock GP:
Paulo Trevisan e Francis Trennepohl , Thiago Camilo e Augusto farfus Jr. Um abração Flavio
Flávio, gostaria de te agradecer por ter me “apresentado” o Crispim aqui no seu blog.
Hoje eu sei que por trás do sucesso de tantos pilotos brasileiros, existiu este homem, a quem você se refere como Mestre, com toda a razão, pois lendas, não existe. O Crispim é o tipo de pessoa que a gente só vem a conhecer por um documentário independente ou por um jornalista como você, que faz o jornalismo de verdade, que conta a história, que presta o devido reconhecimento a quem merece. Mais do que qualquer piloto em atividade ou aposentado desse pais, eu queria mesmo era conhecer o Mestre Crispim.
Falando em carros antigos. Não é meu o anúncio, nunca vi o carro de perto e muito menos sei se o valor é justo, mas quando vi o anúncio em um grupo de vendas aqui da minha cidade lembrei na hora de você. https://www.facebook.com/groups/1544165459198863/permalink/1671326719816069/
Histórias sensacionais, fico imaginando com deveria ser divertido!!!