NOSSOS 500

RIO (sucesso a todos) – Alguns amigos não pedem, mandam. Caso do Tiago Mendonça, que faz parte da equipe que está produzindo um documentário sobre os 500 Km de São Paulo, prova que está completando 60 anos de vida — tendo nascido como 500 Km de Interlagos.

Ao lado das Mil Milhas, foi durante muito tempo a corrida mais importante do Brasil. O filme vem em boa hora, pertinho da edição deste ano — que será realizada no dia 24 de setembro no Velo Città, em Mogi Guaçu.

O trailer está aí em cima, e as informações do filme, abaixo. Vejam também a lista dos vencedores, que demais! É muito importante esse resgate da nossa história. Parabéns a todos.

Em comemoração aos 60 anos dos 500 km de São Paulo, o programa Auto+ está produzindo um documentário que conta a história da corrida, hoje a mais tradicional do esporte a motor no Brasil. Criada pelo Automóvel Clube Paulista em 1957, a prova era disputada pelo anel externo de Interlagos e nasceu como a versão brasileira das 500 milhas de Indianápolis.

Desde 2014, é disputada no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu, o que motivou a mudança do nome: de 500 km de Interlagos para 500 km de São Paulo.

O filme traz entrevistas de personagens marcantes do automobilismo brasileiro, como Bird Clemente, Jan Balder, Lian Duarte, Ingo Hoffmann, Luís Alberto Pereira, entre outros. Um dos destaques é a participação de Beatriz Barberis, filha de Celso Lara Barberis, o maior campeão de todos os tempos. Beatriz tinha nove anos quando o pai morreu, na corrida de 1963, e nunca havia dado entrevistas sobre o tema.

O documentário foi idealizado e dirigido pelos apresentadores do programa Auto+, Marcello Sant’Anna e Benê Gomes; e escrito e produzido pelo jornalista especializado Tiago Mendonça. O lançamento do filme, marcado para setembro, é resultado da parceria entre o Auto+ e o Automóvel Clube Paulista.

O documentário terá 45 minutos de duração e será disponibilizado em 6 capítulos a partir de setembro nos canais do Auto+ na internet. Uma versão reduzida também está sendo preparada para TV.

O filme tem apoio do Grupo Comolatti, um dos patrocinadores mais tradicionais do automobilismo. A edição de 2017 dos 500 km de São Paulo será realizada no dia 24 de setembro, em Mogi Guaçu. “Eu cresci ouvindo todas essas histórias, e hoje este legado está nas minhas mãos”, diz Silvio Zambello, promotor da corrida. “É uma grande honra poder ver os 500 km de São Paulo em um filme que mostra as nossas origens, e a nossa luta para manter um evento tão tradicional no calendário”.

Todos os campeões dos 500 km de São Paulo
1957 – Celso Lara Barberis/Ruggero Peruzzo (Maserati Corvette)
1958 – Fritz D’Orey/Roberto Matarazzo (Ferrari Corvette)
1959 – Celso Lara Barberis (Maserati 300S)
1961 – Celso Lara Barberis/Ruggero Peruzzo/Emilio Zambello (Maserati 450S)
1962 – Roberto Galucci (Maserati Corvette)
1963 – Roberto Galucci (Maserati Corvette)
1964 – Ciro Cayres/Fernando Toco Martins (Abarth Simca)
1965 – Jayme Silva (Abarth Simca)
1966 – Luiz Pereira Bueno (Alpine A110 Renault)
1967 – Totó Porto (Aranae Fórmula V)
1970 – Luiz Pereira Bueno (Protótipo Bino MKII Renault)
1971 – Luiz Pereira Bueno/Lian Duarte (Porsche 908)
1972 – Reinhold Joest (Porsche 908)
1973 – Bird Clemente/Nilson Clemente (Ford Maverick)
1974 – Tite Catapani (Ford Maverick)
1982 – Luís Alberto Pereira/Nabil Khodair (Chevrolet Opala)
1997 – André Lara Rezende/Antonio Hermann (Porsche 911 GT3)
1999 – José Ney Fonseca/Antonio Chambel Filho (Protótipo Aldee Coupé VW)
2000 – Flávio de Andrade/Ruyter Pacheco (Protótipo Tango BMW)
2001 – Flávio de Andrade/Ruyter Pacheco (Protótipo Tango BMW)
2002 – Paulo Bonifácio/Dener Pires/Max Wilson (Porsche 911 GT3)
2003 – Alcides Diniz/Paulo Gomes/Pedro Gomes (Mercedes-Benz CLK)
2004 – Xandy Negrão/Guto Negrão (Audi TT DTM)
2005 – Frederico Caneda/Charles Rothchield/Álvaro Águia (Protótipo Spyder Race)
2006 – Lucas Molo/Nelson Silva Jr. (Ferrari 550 GT)
2008 – Marcel Visconde/Max Wilson (Porsche 911 GT3 RSR)
2009 – Chico Longo/Daniel Serra (Ferrari F430)
2010 – Chico Longo/Daniel Serra – (Ferrari F430)
2013 – Alexandre Finardi/Nelson Silva Júnior – (Protótipo MRX)
2014 – João Pedro Andrade/Euclides Kid Aranha/Claudio Capparelli (Protótipo Radical SR8)
2015 – Ingo Hoffmann/Guilherme Spinelli/Leandro de Almeida (Mitsubishi Lancer Evo X)
2016 – Henrique Assunção/Fernando Fortes/Emílio Padron (Protótipo MRX)

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Arnaldo
Arnaldo
6 anos atrás

O renomado piloto Bob Sharope ainda não ganhou nenhum titulo ainda?

Leandro
Leandro
6 anos atrás

Um nome tão importante o de Celso Lara Barberis e eu vim a saber só depois de muitos anos, início dos anos 2000, que a família dele tinha fazenda na minha cidade (Fartura/SP) e inclusive ele dava nome a antiga rodoviária da cidade.

Paulo Roberto Guedes
Paulo Roberto Guedes
6 anos atrás

Flavio, tenho especial carinho pelos 500 km de Interlagos (para mim sempre será) pois foi a primeira corrida importante que eu assisti. Foi em 1965 quando eu tinha 13 anos. Vitoria do Jaime Silva com Simca Abarth e Wilson Fittipaldi Jr. em segundo com o Willys Formula 2 que estava sendo preparado para a temporada de F2 na Argentina. Assisti esta prova embaixo dos eucaliptos que haviam entre as curvas 2 e 3. Foi inesquecível ver o pequeno Willys Formula 2 amarelo e o Simca Abarth vermelho numero 26 lado a lado na reta onde hoje estão os boxes de Interlagos disputando a entrada da curva 1 sob uma garoa tipica de São Paulo.
Pode parecer estranho, mas naquela época categorias tão distintas corriam juntas em provas “especiais” como os 500 Km de Interlagos. Me lembro que a manchete da reportagem desta prova na revista 4 Rodas era: “500 Km de Interlagos, só não correu trator”, comentando o fato de correrem juntos carros de categorias tão distintas. Boas lembranças.

Marco Cordobe
Marco Cordobe
6 anos atrás

Bom dia.
Olhando os nomes dos vencedores vemos como, apesar de mambembe, o automobilismo nacional criou grandes pilotos. Digo mambembe pois não tínhamos a tecnologia que os Estado Unidos e, principalmente, a Europa já disponibilizavam. O pessoal precisava ralar. Até por isso acredito que tivemos tanto sucesso em categorias do velho mundo, pois, se não tínhamos tecnologia, tínhamos conhecimento.
Abraços e sorte