DICA DO DIA
RIO (cinza) – A história desta Ferrari abandonada num pátio da Prefeitura de Santo André é uma das melhores dos últimos tempos, com desdobramentos dramáticos. Está no UOL, em texto assinado por Alessandro Reis.
RIO (cinza) – A história desta Ferrari abandonada num pátio da Prefeitura de Santo André é uma das melhores dos últimos tempos, com desdobramentos dramáticos. Está no UOL, em texto assinado por Alessandro Reis.
Caro Flavio, essa Dino apareceu pela primeira vez no Diário do Grande ABC, em 2015, achada pelo repórter Daniel Tossato., como pode ser visto neste link. https://www.dgabc.com.br/Noticia/1586207/ferrari-de-rs-322-mil-pode-ser-comprada-como-ferro-velho%C2%A0em-patio-de-santo-andre
Agora que ela reapareceu, o Tossato foi a campo de novo e achou o herdeiro do carro, que pretende resgatar o carro e a memória do pai. A nova história está aqui: https://www.dgabc.com.br/Noticia/3460241/quero-resgatar-a-ferrari-para-poder-resgatar-a-memoria-do-meu-pai
Um abraço.
O cachorro dormindo em cima é o melhor. Sabe escolher, o bicho.
Pena não estar em um local coberto, não teria boa parte dos problemas da lataria.
Estas rodinhas pintadas de cinza escuro e só com as bordas e ‘palitos’ polidos – eram minha alegria no meu 147 verde amalfi -1980 – PZ2927 ….
Esse modelo de Ferrari – que de fato não era considerado pela fabrica uma “Ferrari” e sim uma Dino – é deveras curioso:
1 – a Dino 308 GT4 – digamos, a irmã mais velha desse 208 – foi o primeiro carro da fabrica a sair com um V8 transversal, em 1973. E foi também o primeiro V8 em carros de serie produzido pela fabrica italiana.
2 – foi também um dos primeiros carros de grande produção que quebraram a tradição e a linhagem preferencial da Ferrari com desenhos de Pininfarina, sendo que essa foi desenhada pelo Studio Bertone.
3 – foi o primeiro carro produzido pela Ferrari que quebrou as com linhas curvas e sensuais da geração da 275 GTB, da Dino 246, da GTO e mesmo das 330 GTC e derivadas. Foi a primeira “Ferrari” – lembrem, era uma Dino – com predominância de linhas retas.
4 – No Studio Bertone, foi desenhada por Marcelo Ghandini, prenunciando o que o designer iria propor para o Countach e para o Urraco, e para alguns outros modelos de Show, como o Alfa Romeo Carabo.
5 – Goste-se ou não, essas linhas e esse motor (da 308) foram aplicados na Ferrari 308 GTB, de 1973/4 dessa vez com desenho de Pininfarina. Poder-se-ia dizer que a Ferrari 308 GTB era baseada no layout da Dino 246 GT, com a linhas retas da Dino 308 GT4, e com o mesmo motor V8 montado na longitudinal. Curioso aqui lembrar que a 308 GTB teve uma versão de cilindrada reduzida pra 2.000cc, mas dessa vez com Turbo, afim de evitar a acentuada perda de potencia pela redução da cilindrada (de 255HP para 220 HP no 2.000cc turbo)
6 – a Dino 208 GT4 foi uma versão gêmea da 308 GT4, criada com foco no mercado italiano, cujo sistema de impostos penalizava pesadamente carros com mais de 2.000 cc. O V8 teve a cilindrada reduzida, para que o carro fosse vendido por um preço mais barato.
7 – Era um carro lento para os padrões atuais, com apenas 180HP e maxima de 220 km/h.
8 – Importador Ferrari no Brasil, Piero Gancia importou um bom lote das Dino 308 GT4 em 1973/4. Não era dificil ver uma delas rodando no Rio ou em SP.
9 – Essa 208 GT4, dita unica no Brasil – mas que na minha opinião é nada especial, já que havia varias “gemeas” mais potentes por aqui – deve ter sido trazida por alguém que morou na Italia e depois mudou-se para o Brasil, e trouxe o carro consigo, procedimento comum na epoca.
Ao meu ver, a alternativa mais viável para restaurar esse carro é embarcá-lo em um navio para a Europa, fazer o serviço por lá e depois trazê-lo de volta.