PÔ, RICARD! (3)

Verstappen leva a sétima no ano: título na mão

SÃO PAULO (já era) – Max Verstappen venceu o GP da França sem muita dificuldade em Paul Ricard. A maior ajuda que o holandês recebeu foi de seu principal adversário no Mundial: Charles Leclerc. Líder da corrida desde o início, o monegasco bateu sozinho na 18ª volta e abandonou. Assumiu o erro e foi dormir 63 pontos atrás de Max na classificação. Não se perdoou: “Se eu continuar a cometer erros assim, não mereço ser campeão”. O holandês da Red Bull venceu pela sétima vez no ano, 27ª na carreira. Ao lado de Jackie Stewart, colocou-se na oitava posição entre os maiores vencedores da história.

Não foi um GP excepcional, principalmente porque Charlinho saiu da briga muito cedo. Não deu tempo de saber se a estratégia da Red Bull funcionaria, fosse nas paradas para troca de pneus, fosse no acerto do carro, muito veloz nas retas e um pouco menos nas curvas. No fim das contas, serviu para Verstappen dar um enorme passo rumo ao bicampeonato. A equipe voltou a vencer depois de duas derrotas para a Ferrari, na Inglaterra e na Áustria. Está disparada na frente tanto no Mundial de Pilotos quanto no de Construtores.

Lewis Hamilton e George Russell fecharam o pódio, no mais alvissareiro domingo da Mercedes no ano, com duas taças para a estante. O heptacampeão mundial conseguiu, da mesma forma, seu melhor resultado na temporada.

E vamos à corrida.

Bottas, Gasly e Sainz foram os três que optaram pelos pneus duros na largada, sob um calorão de 31,5°C, com 51° no asfalto, cenário muito semelhante, em termos climáticos, aos de sexta e sábado. Os demais foram de médios.

Leclerc saltou bem quando as luzes vermelhas desapareceram do semáforo, numa largada limpa e sem incidentes. Verstappen foi junto e segurou a segunda colocação. Hamilton passou Pérez e pulou para terceiro. Alonso, grande largador, saiu de sétimo para quinto. Magnussen, lá do fundão, ganhou nada menos do que oito posições e na segunda volta estava em 12º. Stroll, de 15º para décimo, também merece uma citação elogiosa.

Com exceção de uma rodada de Tsunoda, nada de mais sério aconteceu nos primeiros metros do GP francês. Mas teve consequências, claro: Ocon, considerado culpado, levou 5s de punição; Yuki, coitado, caiu para último.

Início de prova na França: os dois primeiros sumiram

Muito rapidamente Leclerc e Verstappen se descolaram do resto do pelotão, fazendo uma corrida à parte. Na quinta volta, a diferença de ambos para Hamilton, em terceiro, já esbarrava nos 5s. Pérez, colado no inglês, fustigava o Mercedão #44.

O carro de Max era claramente veloz nas retas, mais ainda com a possibilidade de abrir a asa móvel. A primeira ameaça de ultrapassagem aconteceu na sexta volta. “Olha eu aqui!”, dizia Verstappen no retrovisor de Charlinho. E começou a desferir uma série de jabs no monegasco, se me permitem a comparação da corrida a uma luta de boxe. Nenhum, no entanto, muito eloquente.

Convinha olhar também para a outra Ferrari, a de Sainz, que largara em penúltimo e na volta 8 aparecia em 13º. Com os pneus mais duráveis, teria a chance de se colocar nos pontos quando começassem os pit stops.

Mas voltemos à ponta.

Hamilton: o tempo todo na zona de pódio

Com 9 voltas, Hamilton já respirava em relação a Pérez, abrindo quase 2s de vantagem sobre o mexicano. Uma parada isolada aconteceu: Magnussen, trocando seus pneus médios por duros. Max seguia perseguindo Leclerc, sempre com menos de 1s separando os dois, asa abrindo e fechando, o piloto do carro vermelho se mantendo à frente sob a constante intimidação do holandês.

Mas os ataques não aconteciam da forma como desejariam os fãs mais sanguinários. A Red Bull dava a impressão de que deixaria para tentar a ultrapassagem na troca de pneus, deixando para a Ferrari a prerrogativa de escolher quando parar. Foi um momento da prova em que não havia brigas, mas perspectivas de: de Russell com Pérez, por exemplo; de Max com Leclerc, em algum momento; de Sainz pelos pontos, zona na qual entrou na volta 13 ao ultrapassar Stroll. A corrida acalmou.

Mas foi por pouco tempo. Os pneus começaram a dar sinais de esgarçamento por conta da temperatura e do tempo de vida de cada um. Verstappen desgrudou um pouco da Ferrari para poupar os seus. Era preciso ter paciência para preparar o bote. A janela de pit stops se aproximava.

E foi Verstappen o primeiro a parar, na volta 17. Colocou pneus duros e voltou em sétimo, atrás de Norris. A troca foi rápida, 2s4. Sem perder muito tempo, Max passou pela McLaren e viu pista limpa à frente para começar a descontar a diferença virtual para Leclerc. “Acelera!”, disse a Red Bull pelo rádio. Mas nem precisou.

Na volta 18, Charlinho bateu. Sozinho. Charles, Charles… Hamilton, líder por alguns segundos, correu para os boxes. Pérez e Russell, também. Alonso, idem. O safety-car entrou na pista. Líder? Verstappen, já de pit stop feito, lindo, perfumoso e de borracha nova, sem ter mais motivo algum para se preocupar.

A batida do monegasco foi, digamos, agônica. Pelo rádio, o time perguntou se ele estava OK. O piloto falou algo sobre o acelerador. E deu um berro gutural. Depois, tudo que se ouviu foi sua respiração ofegante. Explicações, mais tarde. E quando vieram, foram singelas: “A primeira impressão é que foi erro meu, mesmo. Perdi a traseira. Sei lá”.

A menção ao acelerador remeteu ao problema que Leclerc teve na Áustria, no final da corrida — o pedal travava. Mas a equipe explicou depois. Quando a mensagem de rádio foi ao ar, ele tinha engatado a marcha-à-ré e percebeu que o acelerador não respondia. “Foi uma questão técnica, um sistema de segurança, um negócio meio complexo de explicar. Não teve nada a ver com o acelerador. Foi um genuíno erro do piloto. Acontece”, explicou Mattia Binotto, chefe ferrarista, enquanto o piloto se autoimolava pelos microfones.

Alonso terminou em sexto: sete provas seguidas nos pontos

A relargada aconteceu na volta 21 com Verstappen, Hamilton, Pérez, Russell, Alonso e Sainz nas seis primeiras posições. O espanhol da Ferrari tinha uma situação interessante, já com pneus médios novos contra duros de todos os outros. Enquanto o pau comia lá dentro, Leclerc voltava aos boxes de carona sem tirar chinfra numa lambreta. Adentrou a área de box com o macacão arriado, mas ainda de capacete, escondendo a frustração no rosto.

Sem ser incomodado por Hamilton, que não tinha carro para isso, Max foi embora. Na mesma hora, Sainz, em quinto, foi avisado de que seria punido com 5s porque, em seu pit stop, os mecânicos o liberaram após a troca de forma perigosa – quase bateu em Albon, que vinha entrando nos boxes.

Assim, na metade da corrida tudo parecia definido em favor da Red Bull e do campeão mundial. Sua maior preocupação dali em diante seria administrar bem a borracha e, se possível, garantir o pontinho extra da melhor volta da prova.

Na volta 30, Sainz assumiu a quarta posição em cima de Russell. Era o que restava de esperança para a Ferrari fazer algo num domingo trágico em termos de luta pelo título – possibilidade distante que se tornou remota. E o duelo Ferrari x Red Bull, de verdade, só foi acontecer na volta 37, e com os segundos pilotos das duas equipes. Carlos, depois de muito remar, chegou em Pérez e foi em busca do terceiro lugar. “Não consigo passar”, resmungou pelo rádio. A equipe devolveu: “OK, então vamos para o plano D”. Não se sabe qual era esse plano, mas o fato é que na volta 41 Carlos atacou o mexicano, tentou duas vezes, e na segunda passou. Logo depois, parou, pagou a punição, colocou pneus médios novos e voltou em nono.

Russell, que acompanhava o embate de perto, se animou e foi para cima de Pérez, também. Levou um chega-pra-lá de Checo, que foi para fora da pista, voltou na frente e deixou no ar a possibilidade de punição. Jorginho ficou irado, fez toda uma peroração radiofônica sobre ética, esportividade, o papel dos espanhóis na colonização do México, Emiliano Zapata e o sargento Garcia. E voltou à carga sobre o mariachi rubro-taurino quando Toto Wolff entrou no rádio e lhe deu uma dura. A direção de prova achou que foi tudo normal e não aplicou penalidade nenhuma a Pérez. Segue o jogo, diria Milton Leite.

Com borracha novinha, Sainz foi à luta. Passou Ricciardo, Ocon, Norris e Alonso sem dificuldades, escalando o pelotão até o quinto lugar. De quebra, roubou o ponto extra da melhor volta de Verstappen. Russell seguia em sua cruzada sobre Pérez como se buscasse o último prato de guacamole do planeta.

Houve um sustinho para Verstappen a três voltas do final, quando Zhou quebrou. Um safety-car, ali, poderia mudar o destino do GP da França. Mas, corretamente, apenas o safety-car virtual foi acionado para que a Alfa do chinês fosse retirada da pista. Tudo muito rápido, bandeira verde na volta seguinte, tchau e bênção. No caso, tchau para o dorminhoco Pérez e bênção para o esperto Russell, que deu um bote digno de Juma Marruá e passou o mexicano. Dois carros da Mercedes no pódio. Toto foi à loucura.

Max no pódio: 27 vitórias na carreira, como Stewart

Depois da prova, Pérez explicou que houve duas mensagens de fim de safety-car virtual, o que a FIA confirmou, por um pequeno erro técnico. Ele achou que seria na curva 9. Foi na 12. Se atrapalhou. “Dormiu. Deve ter tomado muita tequila ontem à noite”, rosnou, com sua conhecida elegância, Helmut Marko, guru da Red Bull.

Verstappen recebeu a quadriculada com mais de 10s de vantagem sobre Hamilton, o segundo – o inglês, em seu 300º GP, subiu ao pódio pela quarta vez seguida, quinta no ano. Na salinha pré-pódio, desabou no chão. “Estou morto!”, falou. Tinha ficado sem água durante a corrida. Jorginho foi o terceiro, seguido por Pérez, Sainz, Alonso, Norris, Ocon, Ricciardo e Stroll na zona de pontos.

Com os 63 pontos que abriu sobre Leclerc na classificação, Max foi para casa com as duas mãos na taça, ainda que faltem dez corridas até o fim da temporada. É que a Ferrari tem ajudado. E quando não é a equipe que faz besteira, é o piloto.

Hoje à noite, a partir das 19h, falaremos disso tudo no “Fórmula Gomes”, lá naquela plataforma de vídeos chamada VocêTubo.

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Rodrigo Vila Verde Rodrigues
Rodrigo Vila Verde Rodrigues
1 ano atrás

É, Leclerc! O mundo da voltas…

Robson
Robson
1 ano atrás

Maz está soberbo, um verdadeiro campeão. Aproveita todas as oportunidades que surgem.

GUs
GUs
1 ano atrás

Leclerc é capaz de desempenhos soberbos, mas também é bem suscetível a erros relativamente bobos; e não é mais nenhum novato, se não trabalharem isso nunca será campeão (e carro têm).

Clayton Araujo
Clayton Araujo
1 ano atrás

Corrida morna. Max Verstappen que não tem na com as cagadas na Ferrada, faturou mais uma. A Ferrari erra muito, acabou com a corrida do Sainz mesmo este sendo o piloto do dia, vindo lá de trás e ultrapassando todo mundo, merecia chegar mais a frente, não fosse as burradas de sua equipe. O Pérez é muito fraco, não ajuda a Red Bull com o carro que tem, e cochilou no final perdendo ao pódio pro Russel, imperdoável, não sei como o Pérez consegue chegar atrás das Mercedes. E o Reginaldo Leme está gagá mesmo, o Saiz deu um show de pilotagem e ele babando o ovo do Hamilton, achando que o ferrarista poderia ter feito mais. E pior ainda, achando que o Hamilton poderia atacar o Max, kkk.

CHAGAS
CHAGAS
1 ano atrás

Com dois carros bem parelhos na disputa por vitória achava que os primeiros pilotos nos brindariam com um campeonato de tirar o fôlego. Negativo, acabou o mundial de pilotos. Max é bicampeão. Nem Charlinho acredita que reverte em um erro imbecil do monegasco.
As Mercedes chegando com a dupla dando aula de pilotagem.
Sainz não fez mais que a obrigação.
Cadê o Pérez para fazer 1-2 ontem?
Alonso fundamental, Ocon seguindo o professor e a Alpine muito bem obrigado.
Corrida fraca. Uma pista que não fará falta.

Mauricio Rocha
Mauricio Rocha
1 ano atrás

Vimos na prática a diferença entre um piloto muito bom e um campeão. Já era o campeonato. O que vai ser legal daqui para frente é ver se a Mercedes alcança a Red Bull e Ferrari até o final da temporada.

Sandro
Sandro
1 ano atrás

O campeonato acabou!
Podem entregar a taça de bicampeão para o Vespa! 🏆🏆

Paulo Dantas Fonseca
Paulo Dantas Fonseca
1 ano atrás

Prezado F&G : Max decidiu o título já é o Bi-campeão de 2022, o resto é perfume barato do Paraguai, Charlinho errou é do jogo, em uma pista que tem uma boa área de escape a saída e traseirada foi um descuido que lhe custou caro. Destaque para Carlos Sainz que fez a sua corrida de recuperação, El Fodon ( Fernando Alonso ) e Lando Norris pela consistência de resultados positivos . Braço duro do GP: fica por conta de Checo que errou e permitiu a ultrapassagem de George R. , de Charlinho e M. Shumacher . Obs: A Equipe Mercedes- Benz é no momento a melhor da F-1, série B.

Tales Bonato
Tales Bonato
1 ano atrás

Depois de “muito reclamar demais” dos insucessos com a equipe nesta temporada, até levar a dedada na cara do Binotto, Leclerc resolveu agora vestir as sandálias da humildade. Ao assumir sua parcela de culpa num campeonato relativamente fácil para a Ferrari mas que está escorrendo pelos dedos.

Celio Ferreira
Celio Ferreira
1 ano atrás

A Ferrari era um monte de vezes , quanto o Carlinho erra uma vêz a turma cai de pau nele,
A vida é assim mesmo , cai aquí, depois lenta ali e vamos em frente ….

Carlos Henrique
Carlos Henrique
1 ano atrás

Resumindo: correr na Ferrari não é para qualquer um. Ser campeão, então… tem que ser alienígena.

Laís
Laís
1 ano atrás

Um erro que custou 32 pontos. 25 da vitória de Lec-Lec e mais 7 que Verstappitto somou ao pular de 2º para 1º. Dá pra recuperar. Ainda tem muita borracha de pneu a ser gasta nesta temporada. O problema é que o líder do campeonato, depois de ter derrotado Hamilton na última volta e deixando o Toto com cara de besta, tá que tá embalado pra faturar o bi.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Laís
1 ano atrás

63 pontos, faltando dez corridas seria quase como vencer todas, com o outro em segundo. Ou seja, Charles e a Ferrari (principalmente) vão ter de se superar, não poderão mais errar e ainda terão de contar com a sorte, que anda sorrindo pro seu adversário.

Laís
Laís
Reply to  Edu Zeiro
1 ano atrás

Ninguém chegou a vencer 10 corridas seguidas na f1 e o mesmo eu acho que também não aconteceu com o segundo lugar. Acredito em variações e algumas surpresas, o que é bom para o espetáculo. É pagar pra ver!

Gustavo Castor
Gustavo Castor
1 ano atrás

Ferrari errou 3x com Sainz:
– demorou a trocar o pneu
– Soltou fora da hora
– Demorou a chamar pro 3 pit.

Ferrari merecendo perder o titulo.

Marcus
Marcus
Reply to  Gustavo Castor
1 ano atrás

Igual a 2008.

JC Simonassi
JC Simonassi
1 ano atrás

FG
Não é possível tabta m… numa equipe só.
Quem tem um chefe como o binotto não precisa de adversários.
Ele não é novo… não caiu de paraquedas na Scuderia, mas pelarmordedeus como tem dificuldade em tocar a equipe com inteligência. É o principal adversário do Sainz.
Lecrec é isso aí mesmo… mais uma promessa que não vai dar em nada.
portanto a Scuderia Ferrari precisa urgentemente mudar o comando e ir atrás de um piloto de ponta.
E tenho dito…
Abrço

Thiago Moyses
Thiago Moyses
Reply to  JC Simonassi
1 ano atrás

Verstappen errava muito quando menos experiente na Red Bull. Leclerc entrou mais tarde que ele numa equipe de ponta. Leclerc é muito forte e hoje o que bate de frente com o Verstappen que tem mais experiência. Leclerc aprende nesses erros. Leclerc é super rápido, talvez pronto para se tornar o melhor em pole positions da história, e corre muito na corrida, mas falta a calma e a experiência do Verstappen, que amadureceu muito.

CHAGAS
CHAGAS
Reply to  Thiago Moyses
1 ano atrás

Leclerc ganhou dois anos seguidos de Vettel. Teve um ótimo adversário e com tempo suficiente para ter a casca grossa. Os anos de aprendizado ficaram pra trás dividindo equipe com o alemão e a Ferrari entendeu isso apostando todas as fichas fazendo um contrato de vários anos. É jovem, mas já criou a casca grossa necessária.
As falhas de Leclerc não pode ser usadas como desculpas por falta de experiência. São 100 GPs nas costas. Numero de corridas de Sir Jack Stewart. Inexperiente? Negativo.
O adversário é um campeão do mundo o que dificulta as coisas, mas os carros se equivalem. Se está longe de Verstappen no campeonato, deve ser criticado, bastante. Não tem como passar pano para o monegasco se o próprio sabe que está cometendo erros primários.
Ele é o mais rápido da F1 atual, consistente, poe a faca entre os dentes nos duelos de pista e sabe ganhar corridas. O menino é genial.
Embora a Ferrari tenha prejudicado o piloto em algumas ocasiões, não se pode negar que a equipe trabalhou anos pra ter um carro campeão e dar condições aos seus pilotos de brigarem pelo título.
A Ferrari enfim tem um carro campeão……………

Victor
Victor
1 ano atrás

Leclé… grande piloto… da Sauber…

Alfredo Aguiar
Alfredo Aguiar
1 ano atrás

gu·tu·ral
(latim guttur, -uris, garganta, goela, gula + -al)
adjectivo de dois géneros
1. Que sai ou procede da garganta.
2. [Fonética] Que se articula com aproximação da língua ao palato mole. = VELAR
3. [Fonética] Que se articula na região do palato mole, da faringe ou da laringe.

pe·ro·ra·ção
(latim peroratio, -onis)
nome feminino
1. Acto ou efeito de perorar.
2. [Retórica] Parte final de um discurso que se pode dividir em anacefaleose e epílogo. = CONCLUSÃO
3. Discurso breve.

Dito isso. Serviram um prato de moscas pro mexicano e ele não conseguiu resistir.

Sergio Trancoso
Sergio Trancoso
1 ano atrás

Há uma alternância na Ferrari. As vezes, a equipe erra, outras, o piloto erra.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
1 ano atrás

Algumas divagações minhas após a prova de hoje: – o garoto enxaqueca está com sorte de campeão, infelizmente; – penso que Leclerc se desconcentrou depois que deixou de ter seu adversário fungando em seu cangote, por isso o erro sozinho; – o mexicano parece realmente ser inimputável, mais uma vez foi favorecido pelos comissários (que, talvez pra não pegar tão mal assim, pelo menos não puniram George).
Bem feito que foi castigado no fim ; – a transmissão da emissora brasileira está cada vez pior, a torcida pelo atual líder do campeonato beira as raias do absurdo, hoje culminando com o voto nele como piloto do dia pelo narrador, que ainda emendou uma justificativa estúpida de tão sem pé nem cabeça. O comentarista idoso também se superou, ao dizer que Carlos não merecia ser eleito piloto do dia porque “não se recuperou da forma esperada”… Osso!

Vera
Vera
Reply to  Edu Zeiro
1 ano atrás

Devalorizar o trabalho do Sainz foi duro de engolir, ou melhor, ouvir.
Já o narrador se perdeu faz tempo, o sucesso subiu à cabeça, infelizmente.
Mas ainda acho a cobertura da Band bem melhor que a da Globo, que estava maltratando os fãs.

Igor
Igor
Reply to  Edu Zeiro
1 ano atrás

Pra variar a sua cegueira contra a Red Bull não deixa ver o que está gritante na sua frente: o Russel fez um mergulho inconsequente e estava com o carro atrás do Pérez, que só espalhou pra não bater de vez.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Igor
1 ano atrás

“Espalhou pra não bater”. É isso que você enxergou, certo, comissário? O corte da chicane também tá valendo!

Angelo
Angelo
Reply to  Igor
1 ano atrás

Se o Perez não sai da pista a batida seria forte, já que Russel usou o espaço dele e o do outro piloto para contornar a curva. É tipo aquele lance de futebol que o zagueiro dá um carrinho de frente mas maldoso e o jogador pula para não perder as pernas. Aí vem um “entendido” e diz que não houve nada pois o cara pulou, sem contato, sem falta. E ainda reclamam que não deram cartão por “simulação”.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Angelo
1 ano atrás

“Se o Perez não sai da pista a batida seria forte”… A memória anda curta entre os coleguinhas aqui. Vou acreditar que você não se lembra, “entendido”, mas na manobra sergio claramente moveu o volante pra fazer a curva, sem espaço para tal, pra não entregar a posição, e por isso ele e George se tocaram, sem maiores consequências. Depois, o mexicano aproveitou para “espalhar” e cortar a chicane em linha reta, chegando a sair no vácuo de Carlos e de até tentar ultrapassá-lo, na segunda parte da Mistral . Aliás, serginho se tornou realmente um especialista em “espalhar”, que o diga Lewis na Inglaterra esse ano.

JC Simonassi
JC Simonassi
Reply to  Edu Zeiro
1 ano atrás

A melhor grana que gastei neste ano foi na assinatura da F1 TV. R$200,00 o ano. Não dá pra assistir F1 com a narração desse cara… chato pra cacete.

Paulo Rickli
Paulo Rickli
1 ano atrás

Não entendo patavina – e sei lá o que significa “patavina ” – mas acho que tá faltando um pouco de potência no motor Mercedes. No restante tá parecendo que chegou na Redbull e , menos um pouco, na Ferrari .

Edson
Edson
1 ano atrás

Leclerc…. Leclerc…. peidou na farofa legal.
A corrida foi bem mais ou menos, em parte pela batida do Leclerc, acabou com a principal disputa da corrida.
Aliás o safety car atrapalhou o Sainz, que teve que antecipar a sua parada e por isso precisou parar de novo, não daria para ir até o final de pneu médio.
Menção honrosa para o Stroll, que com todas as suas limitações conseguiu um pontinho com a carroça da Aston Martin.

Renato
Renato
1 ano atrás

O melhor da corrida foi ver o Bottas da Redbull dormir e perder de forma hilaria o 3. Lugar….rssss

Edson
Edson
Reply to  Renato
1 ano atrás

Bottas 》》》》》》》 abismo 》》》》》》》 Pérez

CHAGAS
CHAGAS
Reply to  Renato
1 ano atrás

Perez não serve nem pra amarrar as sapatilhas de Bottas. Ano passado provou isso e o finlandês correu com o modo “se fodam” ligado.

murilo
murilo
1 ano atrás

Leclerc é Verstappen de 3 anos atrás, ou o Hamilton de 2007: Rápido, agressivo, e que comete erros não forçados. Se amadurecer, quem sabe, possa voltar a lutar por um título em outro ano, o atual já era. E olha que a Ferrari tem um carro igual ou melhor que o da RedBull.

Barreto
Barreto
1 ano atrás

Eita pista sem sal. Não deixará saudades . Em CNTP Verstapen não perde este título nem com reza brava.

Luiz Gustavo
Luiz Gustavo
1 ano atrás

Texto muito legal e escrito bem rápido! Parabéns!
Uma pergunta: FG, você acha que a disputa mais acirrada até o final do campeonato será pelo vice de construtores, ou a consistência da Mercedes não conseguirá enfrentar a velocidade inconsistente da Ferrari?

Obrigado!

Marcus
Marcus
1 ano atrás

Só em Monza, e talvez Spa, a Ferrari, com maior velocidade final, poderá fazer frente à Red Bull. Exceto o de 90 (a Leyton House quase fez uma dobradinha), não houve um GP em Paul Ricard que seja memorável.

Last edited 1 ano atrás by Marcus
Marcos Bassi
Marcos Bassi
1 ano atrás

Vou repetir…e “trepetir”…sangue de campeão está na Mercedes, fora o Verstappen. Como seria bom ver a Mercedes no auge. Max teria os dois melhores pilotos do grid, um velho e o outro novo, contra. Imagine o Russell com a Ferrari de Leclerc…

Wagner
Wagner
Reply to  Marcos Bassi
1 ano atrás

Concordo. O Boca de Tilápia é o melhor piloto da atualidade, mas como dupla a da Mercedes sobra. Fossem Hamilton e Russell os pilotos da Ferrari, estariam na ponta do campeonato e com várias vitórias. Creio que a rodada do Leclerc terá sobre ele efeito semelhante à do Vettel em Hockenheim 2018.