LAS BREGAS (2)

SÃO PAULO (on fire) – Olha, é claro que vou descer o pau em Las Vegas, falar mal do evento, do exagero dos americanos, do fiasco que foi o primeiro dia do GP, mas já vou avisando: não adianta vocês ficarem histéricos, apontarem o dedo para os responsáveis, exigirem punição aos culpados. Não é assim que as coisas funcionam, não é assim que a vida é. Ninguém precisa ir para a cadeia por causa de uma tampa de bueiro. Ninguém precisa pedir o cancelamento da corrida, nem o impeachment do prefeito, nem a imediata devolução da F-1 a Bernie Ecclestone. Essas coisas acontecem. Não deveriam acontecer, num mundo ideal, mas acontecem. O que não significa, claro, que não tenha sido um vexame gigantesco. Foi.

Comecemos pelo começo. E prestem atenção: vou usar, neste texto, o horário local de Las Vegas para construir a nossa linha do tempo, com o horário de Brasília, cinco horas à frente, entre parênteses. É para ter uma noção melhor do que foi a quinta/sexta-feira para a turma que trabalha na F-1. E para os pobre-coitados que pagaram fortunas para acompanhar nas arquibancadas os três dias de evento, e já perderam um. Que reclamem no Procon, se Procon houver em Nevada.

A esta altura todo mundo já sabe que os bueiros de Vegas fizeram com que a quinta-feira festiva e luminosa de abertura dos treinos terminasse às 4 da manhã da sexta (9h de Brasília). O primeiro treino livre começou às 20h30 de lá (1h30 da madrugada de hoje por aqui) e durou exatos oito minutos. Quando Carlos Sainz estacionou seu carro inutilizado na retona do circuito, ninguém entendeu direito o que tinha acontecido. A bandeira vermelha interrompeu o treino e em seguida veio a mensagem: a sessão não seria retomada.

Como assim?

Bueiros assassinos: cerca de 30 na pista

A noite era até agradável para quem esperava temperaturas baixíssimas, na casa dos 5°C. Os termômetros marcavam 16°C. Esse problema estava mais ou menos resolvido. Mas havia algo de muito errado na pista. A transmissão oficial da F-1, aqui faça-se a crítica duríssima, omitiu de quem estava assistindo o real motivo da suspensão das atividades. Não mostrou imagem alguma do que aconteceu com Sainz — e, soube-se depois, com Ocon, também.

Ao longo dos 6.201 m do Las Vegas Strip Circuit, há cerca de 30 drenos no asfalto cobertos por tampas metálicas. Alguns as chamam, em inglês, de “válvulas hidráulicas”. Em português, são bueiros, mesmo, ainda que seu diâmetro seja menor que os que temos no Brasil. E eles são cobertos por tampas. Essas tampas de bueiros são fixadas no asfalto com cimento, concreto, massa corrida, o que for. São métodos usados na engenharia viária em qualquer lugar do mundo. Quando uma SUV Cadillac passa por cima delas a 50 km/h, não acontece nada. Mas quando um carro de F-1 grudado no chão sobrevoa um bueiro assim a 300 km/h, suga a tampa para cima. E ela “descola” do chão.

Essa imagem de uma câmera de segurança mostra o exato momento em que Sainz passou por cima da tampa do bueiro. Não sei exatamente como ou quando ela se soltou do buraco, mas foi atingida pela Ferrari do espanhol. Arregaçou o chassi, para vocês terem uma ideia do impacto. A Ferrari e os fiscais perceberam na hora o que tinha acontecido, e por isso o treino foi suspenso. Seria preciso verificar todos os bueiros da pista. E isso levaria horas.

(Aqui, parênteses que merecem destaque. Por isso, em vermelho. Como arrebentou tudo no carro de Sainz, a Ferrari teve de trocar um monte de coisa. Inclusive a bateria. E o piloto perderá dez posições no grid por causa da troca. É ridículo demais? É. Ele tem o direito de estar puto dentro do macacão? Tem. A Ferrari deveria protestar com uma barricada de pneus incendiados no grid? Deveria. Mas não teve conversa, ele perdeu mesmo dez posições no grid como consequência de um problema da organização do GP.)

A decisão de checar tudo é corretíssima. Mas há erros aí, claro, que têm de ser mencionados. Primeiro, de engenharia. Quando se projeta uma pista para carros de corrida que têm tamanha pressão aerodinâmica gerada pelo assoalho — portanto, “sugam” o ar ferozmente sob o automóvel –, esse tipo de coisa dá para prever. Além do mais, problemas com bueiros não são uma novidade na F-1. Lembram de Baku/2019? Aconteceu algo parecido com a Williams de Russell também no primeiro treino livre. Que, igualmente, teve de ser suspenso.

Alguém, claro, tinha de ter pensado nisso. Mas ainda que todos só estivessem preocupados com as luzes e os neons, a FIA vistoria todos os circuitos antes de liberá-los. E seus engenheiros, da mesma forma, tinham a obrigação de antecipar tais possibilidades. No fim, ficamos com um “bueirogate”. E o público se estrepou.

O treino foi suspenso por volta de 20h40 (1h40 de Brasília). Ali surgia outro problema em Las Vegas. O tempo necessário para fazer a vistoria que deveria ter sido feita, sei lá, no começo da semana. Mas como a tal Strip, a avenida dos hotéis e cassinos, fica aberta para o tráfego o tempo todo, ninguém pensou nisso. Preocuparam-se com alambrados, pintura de naipes nas zebras, luzes, áreas de escape, paddock na penumbra, capela para casamentos, elvis presleys fake, mas ninguém se lembrou dos bueiros.

O segundo treino deveria começar à meia-noite local, 5h da manhã de hoje em Brasília. Não deu. A previsão era de que só seria possível colocar os carros na pista depois das duas da madrugada. E, então, mais um abacaxi para descascar. Os funcionários no autódromo, segundo a legislação trabalhista do Estado de Nevada, não poderiam fazer hora extra. Então, os organizadores determinaram o esvaziamento das arquibancadas. Foi um perrengue. Teve gente que não quis sair. Trabalhadores que se dispuseram a ficar, mas desistiram porque não seriam pagos. Foi preciso chamar a polícia. Os donos do evento serão processados por muita gente, provavelmente. A vergonha lembrava o GP dos EUA de 2005, com seis carros de pneus Brigdestone no grid e 14 de Michelin nos boxes. Mas não tinha jeito. Se não tem ninguém para monitorar o público, não pode ter público. Faltou sensibilidade, empatia, respeito. Faltou alguém para dar uma solução excepcional diante de uma situação excepcional. Um desastre completo.

A pista só foi liberada às 2h30 (7h30 de Brasília). E foi concedida uma meia hora extra paras as equipes conhecerem a pista. A bandeira quadriculada encerrando os 90 minutos de prática foi mostrada às 4h locais. Sim, quatro da madrugada. Eram 9h em São Paulo e eu já estava a caminho do trabalho debaixo de uma fornalha de 35°C. Uma aberração.

Vexame? Vexame. Acontece? Acontece. O GP de Las Vegas é uma merda por causa disso? Não. Por causa disso, não. Pode ser uma merda por vários motivos, mas esse foi apenas uma intercorrência. É chato? Sim. Inaceitável, pescoços devem ser colocados na guilhotina? Não. Já disse: acontece. É melhor que não aconteça, mas nem tudo é perfeito. A pista, segundo os pilotos — a maioria deles –, é divertida, até. Tem pouca aderência, mas está longe de ser uma das piores do mundo. OK, Verstappen não gostou. Mas ele não tem gostado de nada em Las Vegas.

Pessoal está preocupado com o “graining” dos pneus. Tem a ver com as temperaturas e com os acertos de pouca asa, “low downforce”, por causa das retas enormes. Chega nas curvas, o carro escorrega de um lado para o outro e os pneus esfarelam. Será um problema nas 50 voltas da corrida. Que pode ser boa, sim, nada impede que seja. E pode ser uma porcaria. Não dá para adivinhar.

No mais, a papagaiada conhecida de Las Vegas que seja admirada ou odiada por quem a admira ou odeia. Teve casamento na capela do paddock (é ele mesmo, Villeneuve), música alta nas arquibancadas, Esfera iluminada, luxo, lixo, o de sempre.

Eu, particularmente, acho tudo uma bobagem. Não entendo que uma corrida de F-1 tenha de ser valorizada só por causa do entorno. Não acho que um GP tenha de ser apenas um detalhe num evento megalomaníaco. E, claro, considero grave o problema da pista, porque poderia resultar num acidente forte — não porque suspendeu um treino (não é a primeira vez que isso acontece) e porque o público perdeu o ingresso (idem). Que sirva como alerta. Essa corrida vem sendo tratada como o maior acontecimento esportivo/midiático do mundo. Mas quem a concebeu só se preocupou com mídia, show e espetáculo. A negligência com as tampas de bueiro fica na conta dessa idealização.

A F-1, na origem e até o fim dos tempos, é um esporte. Quem está à frente dela deve ter sempre isso em mente. A prioridade tem de ser a competição. O resto — os penduricalhos promocionais, a arquitetura da torre de controle, a iluminação do paddock, o ar-condicionado nos boxes, quem canta o hino, quem toca nas festas — é acessório. Jamais o mais importante.

Ah, falando nisso, Leclerc fez o melhor tempo na madrugada, com Sainz em segundo. Verstappen não foi muito bem, ficou atrás de Pérez. Alonso se virou nos 30 e terminou em terceiro. Bottas também — ficou em quinto. Os tempos estão aí embaixo. E eu apareço às 19h no meu canal no YouTube para falar de Vegas.

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Sérgio Pereira
6 meses atrás

Vocês sabem porque Bottas é um piloto de merda que só faz cagadas? Eu sei! Eu descobri que ele é vesgo, estrábico, como um doido desses passa no exame físico do “Detran” da FIA??
E a Xuxa hein??? Namorando o Luiz Hamiltom !!??? Aposto que você não sabia, agora sabe, mas Hamiltom que se cuide ela é uma “viúva negra” cujos parceiro no fim viram defunto. E a diferença entre Allan Proust e o tottó Wolfgangue? Allan foi um dos top five pilotos mas péssimo dono de equipe… Tottó é dono de uma das principais equipes da categoria mas quando tentou ser piloto foi um fracasso . Abraço Flavio/galera, ótimos textos aqui,

Alexandre Hoelz
Alexandre Hoelz
6 meses atrás

Infelizmente toda essa palhaçada (seguindo o adjetivo usado por Verstapen) é mais importante para a Liberty Media do que a competição em si. Bem a cara do american way of life. Tomara que a corrida seja boa e mostre para os americanos o que é a Fórmula 1.

Carlos Pereira
Carlos Pereira
6 meses atrás

Como não sou fã de circuitos de rua, para mim, é rídiculo; e esse espetáculo todo que os americanos fazem piora tudo.

Muchacho
Muchacho
6 meses atrás

Será que a Liberty vai dar com os burros n’agua? A decisão de organizar por conta própria está custando caro, será que não vai rolar processo de consumidores que se sentiram lesados?

Raul
Raul
6 meses atrás

O mais ridículo dessa cafonalia toda é a punição ao Sainz.

pedro araújo
pedro araújo
6 meses atrás

excelente a ponderação no início do texto, gomes.

acho uma pena essa tendência atual de analises de tudo em vídeos, ao invés de textos, mas é assunto que você ja tratou varias vezes…

sinal dos tempos.

lagebeer
lagebeer
6 meses atrás

Fácil ! A F1 tem que apender com a CET aqui de SP ! Basta colocar uns cones laranja em cima de cada buraco que resolve ! No meu bairro deve ter uns 3 !

Do Amaral
Do Amaral
6 meses atrás

Ótimo texto. Houve problema como esse ha muitos anos em pista asiática, não lembro se em Shangai ou Sepang, também em primeiro dia de treinos – uma tampa retangular da drenagem que se soltava com passagem dos carros . Fez pensar também no GP de Dallas há quase 40 anos (!) , o organizador da corrida teve que refazer asfalto que se soltava pelo fortissimo calor, isso no domingo de manhã, cancelando o warm-up. Ficou uma porcaria mas foi possível realizar a prova e acho que sem atraso na largada.

Last edited 6 meses atrás by Do Amaral
Edson
Edson
6 meses atrás

Alguém na FIA não está fazendo o seu trabalho corretamente. Tivemos o episódio com as zebras no Catar e agora os bueiros de Las Bregas.
Se forem esperar alguma medida da Liberty em relação à segurança das pistas, esquece. O foco deles é o entretenimento… o esporte que se f….

José Maurício Nunes
José Maurício Nunes
6 meses atrás

Sempre é interessante ver a tão cultuada eficiência dos norte-americanos ir pelo ralo, ou melhor, bueiros.

O crítico
O crítico
Reply to  José Maurício Nunes
6 meses atrás

Hahahahaha, muito bom! Mas já havia idiotas lhe negativando, certamente fãzocas de titio sam e dos trumpalhões.

Sérgio Pereira
Sérgio Pereira
Reply to  O crítico
6 meses atrás

Leia voce meu comentário se puder tá seu crítico

O crítico
O crítico
Reply to  Sérgio Pereira
6 meses atrás

Li.

Sérgio Pereira
Sérgio Pereira
Reply to  José Maurício Nunes
6 meses atrás

Voce tem razão, o AMERICAN WAY OF LIFE JÁ NÃO É O TOP DAS GALAXIAS embora ainda tenha muita gente migrando pra lá legal ou ilegal…. Eu não diria que os USA sejam mundialmente famosos por eficiencia…. isso se aplica mais a japoneses, coreanos, alemaes, suiços etc…. a fama americana se dava ao padrão de vida e a liberade e oportunidads mas tudo isso esta derretendo…..A America/USA estão decaíndo a mais de 20 anos, praticamente após o 11 de setembro… o Canada e a maioria dos Europeus são mais ricos que americanos percapitamente, veja marca de carros, hoje em dia o mundo inteiro prefere uma marca alemã ou então um auto mais barato chines, americano só picapes…porenquanto. Mas os USA tem muitíssima gordura pra queimar, economia superforte, tecnologia poderio politico militar, etc…entendam que não é critica ou deboche meu, mas os economistas, sociologos e demais estudiosos dizem que mesmo se os USA estagnassem completamente, crescimento e desenvolvimento 0% o nosso Brasil levaria mais de 100 anos pra alcançar o patamar deles, obviamente muitos brasileiros tem vida acima da media amerricana, ….por exemplo a California se fosse um país ela seria muito mais rica que todo o Brasil a Florida gasta mais petroleo que o Brasil, então se os estados já nos superam imaginem todo o pais mas temos aqui alguns triunfos, os jatos regionais da EMBRAER são excelentes tanto que a boeing quis comprar, a extensão de territorio agricultavel, clima bom, posição geografica, outro exemplo é a própria F1 que todo mundo gosta já fórmula indi, fórmula mundial fora os ianques ninguém mais gosta, fizeram gp no Brasil e até ST pETERSURGO mais não fez sucesso. Então resumindo eu digo que o que aconteceu foi um “acidente” um descuido um imprevisto uma falha de projeto etc e que pela projeção na mídia acabou num vexame e rendeu muito comentário, principalmente no Brasil, mas me parece que eles foram cuidadosos e eficientes em sanar o problema, veremos domingo se essqa eficiencia se prova dái estarão desculpados afinal tomaram o cuidado de interromper as atividades e afastar o publico de riscos…., há uma semana +/- em um aeroporto brasileiro um jato acelerou e arrrancou pedaços de asfalto, e olha que isso sim foi preocupante, aeroporto é necessario e se usa todoo dia….O que aconteceu foi acidental é um evento privado/facultativo que aconteceu na America e na verdade não é uma falha americana e sim da britanica européia a velha FIA que não fiscalizou testou direito e também os carros F1 tão cada vez mais velozes e furiosos…., e já aconteceu algo bem parecido lá naquele circuito de lesmas o tal Monaco onde ninguem corre de verdade é um carrossel de velocidade baixissima, um tédio. Mas tudo será testado na corrida, até lá então.
to falando bastante porque o blogue doo Flavio é entertimento e cultura e também to sem sono. Mas imaginem se issso ocoresse no Interlagos, seriamos deboochados pra caramba. E se acontecesse na segunda volta, que acidente seria?

Emerson Moraes
Emerson Moraes
6 meses atrás

Ótimo texto.

Sérgio Pereira
Reply to  Emerson Moraes
6 meses atrás

Obrigado!

Mc Breu
Mc Breu
6 meses atrás

Este é o primeiro BUEIRO REDONDO SEM PASSAGEM PARA A AGUA. Mas tudo bem vale tudo mesmo, e pensando bem tem a vantagem de não cair moedas e chaves etc por ele.

José Roberto Pedreira
José Roberto Pedreira
6 meses atrás

Vai ser difícil “ancorar” as tampas bueiros, estava otimista supondo que a pista fosse minimamente operacional, desisti.

ridiculus
ridiculus
6 meses atrás

Parece que nos Estdos Unidos é sempre assim com os bueiros lascando pilotos, o Kanaan ficou lascado depois que passou por cima de um bueiro solto.

RENATO VARGAS
6 meses atrás

Valeu Flavito Gremista véio dos bons, um abraço, quando vieres pro Rio Grande dá uma passada aqui toma um mate e prosear sobre Carreras tamo te esperando. Obrigado pelas informações verídicas e originais tem muita gente falando bobagem e papagaiando não sabem de nada só tem dinheiro pra ver corrida na tv e nem na corrida brasileira foram porque são uns pobre diabo eu pelo menos em Interlagos assisti só vivo apesar de achar São Paulo um inferno me arrisquei ir lá. Até mais amigo velho.

LMC
LMC
Reply to  RENATO VARGAS
6 meses atrás

Sem Interlagos,Senna,Barrichello e Massa não existiriam.
E Las Vegas……….volta,Bernie!!!!!!!!!!!!!kkkkkkkkkkkkkkkk

Sérgio Pereira
Reply to  LMC
6 meses atrás

E daí?????

Carlos Alberto Augusto
Carlos Alberto Augusto
6 meses atrás

Flavio, mais um texto perfeito, o que observei na segunda foto temos a tampa que se soltou, vemos que ela tem uma trava de bronze e a lateral está quebrada, essas tampas são de ferro fundido, pelo visto o que aconteceu foi que a pressão aerodinâmica é tão grande que quebrou a tampa e a trava não teve como segurar, não vai adiantar colocarem cimento, o certo é soldarem as tampas.

abraço

Felipe Luz
Felipe Luz
6 meses atrás

E vou assistir. É daqui a pouco né? Comentei no vídeo da Evelyn no GP, que Vegas tenha um resultado de quebrar a banca, não só bueiros. Belíssimo texto, de novo.

Chupez Alonso
Chupez Alonso
6 meses atrás

E para a roleta da Pole, eu vou no 16 Preto.

IMG_6527.jpeg
Chupez Alonso
Chupez Alonso
Reply to  Chupez Alonso
6 meses atrás

Ganhei!