LAWSON & VCARB
SÃO PAULO (fervendo) – Daniel Ricciardo está fora da F-1 e Liam Lawson será seu substituto a partir da próxima etapa do campeonato, em Austin.
O que tínhamos para falar do australiano, acho que falamos no “Sobre ontem…”. Página virada. Sei que nas redes sociais (sobrou alguma além do Instagram?) vão pipocar mensagens melosas de agradecimento, saudades, gratidão, alguma indignação, emojis chorosos, essas babaquices dos dias de hoje.
E muitas fotos do australiano, claro, em seus 14 anos de F-1. Dessas eu gosto.
Ricciardo merece as homenagens sinceras e as manifestações de equipes e pilotos depois que a notícia foi oficializada são bem legais. Dão bem o tom de quanto é querido entre os seus. É um bom cara, um piloto talentoso, deixou sua marca. Em seu perfil do Instagram, agradeceu àqueles que fizeram parte de sua trajetória e aos fãs. “[A jornada] Sempre teve altos e baixos, mas foi divertida. E, verdade seja dita, eu não mudaria nada”, escreveu. “Até a próxima aventura.”
Agora vamos avançar um pouco.
Liam Lawson, 22, foi confirmado pela Aproxima Aqui Atrás (conhecida como Visa Cash App Racing Bulls, VCARB para os íntimos) para o lugar de Ricciardo até o fim do ano, somando mais seis corridas às cinco que já disputou na categoria. Seu número será o 40. Dependendo do desempenho — e acho que não teremos surpresas — será o companheiro de Yuki Tsunoda em 2025.
E se sua performance for acima da média, podem se preparar, aí sim, para alguma surpresa. Que seria o lugar de Sergio Pérez na Red Bull.
No ano que vem? Sim, no ano que vem.
Umas coisas têm sido ditas aqui e ali sobre o futuro do mexicano. E a última, que veio da pena do prestigiado jornalista Joe Saward, é que ele pode anunciar sua aposentadoria no final de semana do GP do México. Isso apesar de ter tido o contrato renovado, neste ano, até o fim de 2026.
Se Pérez tiver mesmo decidido pendurar o capacete (ou se tiverem decidido por ele…), a Red Bull, obviamente, já está mexendo seus pauzinhos. Lawson é uma possibilidade para o lugar de Checo. Nesse caso, é fácil promover alguém de sua creche para preencher o lugar aberto no time B, como o francês Isack Hadjar, atual vice-líder da F-2.
Mas há outros na agenda de Christian Horner. Franco Colapinto tem uma estrelinha anotada ao lado de seu nome. Oscar Piastri (cujo agente é Mark Webber, ex-piloto da Red Bull) tem duas, já que está sob contrato da McLaren. Mas nada é impossível, como se sabe — Oscar tinha contrato com a Alpine e acabou no time papaia. E ao lado do nome de George Russell há três estrelinhas assinaladas, já que seu contrato com a Mercedes se encerra no final de 2025. O inglês, além de tudo, carrega o potencial de irritar Toto Wolff.
O fato é que Ricciardo se fue. Pela segunda vez. Havia sido demitido da McLaren no final de 2022 e só teve uma nova chance no ano passado porque Nyck de Vries foi chutado. A Red Bull não discrimina traseiros. Dá um bico, mesmo. Sem dó.
Lawson tem um currículo interessante. Neozelandês, estreou na F-3 em 2019 e conseguiu dois pódios. Em 2020 já fez um campeonato bem mais consistente na categoria, terminando a temporada em quinto com três vitórias e seis pódios. No ano seguinte saltou para a F-2 e fechou o campeonato em nono com uma vitória e três pódios. Paralelamente, correu no DTM pela AlphaTauri. Fez quatro poles, venceu três corridas e subiu dez vezes no pódio. Em 2022, foi terceiro na F-2 com quatro vitórias e mais dez pódios. E no ano passado a Red Bull colocou o rapaz na Super Fórmula japonesa, onde foi vice-campeão com três vitórias e quatro pódios.
Por conta do acidente de Ricciardo em Zandvoort — bateu e quebrou a mão nos treinos –, Liam assumiu o carro da então AlphaTauri em seu lugar e disputou cinco GPs em 2023: Holanda, Itália, Singapura, Japão e Catar. Seu melhor desempenho aconteceu em Singapura: décimo no grid, nono na corrida, fazendo seus primeiros pontos na F-1.
Está sendo bem preparado pela Red Bull. Tem futuro. E a F-1, assim, vai renovando seus quadros. Para o ano que vem já estão escalados Oliver Bearman (Haas), Jack Doohan (Alpine) e Kimi Antonelli (Mercedes). Lawson e Colapinto buscam um lugarzinho ao sol. Assim como outro novato, o brasileiro Gabriel Bortoleto, que segue no radar da Sauber/Audi e vem sendo tratado a pão-de-ló pela McLaren.
C’est la vie. Ou, em tradução livre, a fila anda.
Outubro já veio. Mas Bortoleto…Necas.
Acabou o hype? De repente Bottas virou “o futuro” da Audi? Rs…
Complicado essa f1 de hoje… alguém que nunca foi campeão de nada tendo lugar. Prefiro os velhinhos msm, que fiquem por muitos anos!
Acho q quem procura um lugar ao sol são. Colapinto, Bortoleto e hadjar. Os outros Lawson, Bearmam , kimi já estão ajeitados.
Aproxima aqui atras é bem sugestivo..
Tomara que possamos avaliar o real talento de Tsunoda, pois Ricciardo estava muito abaixo da crítica.
É que o Tsunoda faz o resto dos pilotos andarem com um lastro de pelo menos uns 9 kg.
Mais um traseiro chutado. Qual será o próximo?
Eu gosto bastante desses movimentos de bastidores e suas possíveis repercussões.
As notícias da saída precoce do Riccardo, assim como uma possível aposentadoria do Perez, vão impactar diretamente a briga de poder dentro da Red Bull. E vou mais longe, são derrotas para o Horner.
Ao final da temporada, quando a equipe fizer o balanço do pq perdeu o mundial de construtores (e a grana que vem com ele), um dos pontos será a performance do segundo piloto. Pilotos sempre foi decisão do Helmut Marko.
Mas o Horner decidiu se meter. Primeiro contratou o Perez. E, depois, fez pior. Chamou o Riccardo ao invés de preparar alguém da base, opção declarada do Marko (e receita que vinha dando certo).
Não tinha ninguém pronto quando a equipe principal precisou de um piloto para substituir o Perez. Em anos anteriores sepre tinha alguém pronto na fila. Custou o campeonato de construtores 2024.
Também vai pesar contra o Horner não conseguir segurar os membros da equipe, que estão em debandada.
Não esquecer os boatos que o motor 2026 está muito atrasado.
Imagino que ele começa 2025 sobre grande pressão!!!
O Ricciardo me decepcionou, na verdade. Esperava que ele fizesse muito mais na F1. Achava até que ele seria campeão. Mas foi o cara mais divertido na formula 1 atual. Claro que teve uma boa carreira, mas poderia ter sido melhor.
Tomou várias decisoes que se provaram equivocadas ao longo da carreira. Uma delas foi largar a RBR pra ir pra Renault com promessa de um carro que nunca se concretizou. Depois foi sofrer na Mclaren. Enfim, ele se aposentou da F1 mas tem outras opcoes ai pelo mundo do automobilismo.
Quanto ao Perez, se a aposentadoria dele vier no Mexico, acho que pesará também o infarto que o pai sofreu na semana retrasada. O filho sendo duramente criticado ao longo da temporada, quando finalmente teria um resultado positivo, acontece o que aconteceu em Bakuh Ai o coracao do Perez pai nao aguentou.
Admito que é um pouco estranho ver Daniel Ricciardo sendo demitido durante a temporada, pois estava cotado, antes das férias, para substituir Pérez na Red Bull. O que pesou, penso eu, foi Liam Lawson estar pedindo passagem, por contrato, como Max Verstappen em 2016 – pobre Kvyat.
Há aqueles, como o Jacques Villeneuve, que acham que o australiano é uma espécie de fraude, porque bateu um Vettel desmotivado e um Verstappen iniciante. Outros atribuem sua queda de desempenho ao fato de não se dar bem com carros dianteiros. Há também os que dizem que não se adaptou ao novo regulamento. Para mim nada disso explica a surra gigantesca que tomou do Norris na McLaren – parecia outro piloto!
A única alteração nos bólidos que lembro de 2020 para 2021 foi no tal do rake. Difícil imaginar que isso ocasionaria uma mudança de comportamento tão brusca e prejudicaria apenas um piloto… Será que Daniel sofreu algum acidente na férias, sei lá, treinando MMA e manteve em sigilo? Ou será que pegou alguma forma severa de covid? Talvez daqui a uns quinze anos saibamos de fato o que fez com que ele perdesse, nas palavras de Marko, seu “instinto assassino”.
Acho meio escroto demitir o piloto antes do fim do campeonato, a menos quando é um Logan Sargeant ou um Yuji Ide da vida, todavia não se pode esquecer de que a expectativa era de que Ricciardo vencesse Tsunoda com certa folga, como Gasly, que não é grande coisa, fizera nas duas temporadas anteriores. Embora tenha melhorado depois da troca de chassis, a partir da China, se não me engano, ele ficou devendo. O sonho dos austríacos é que ele voltasse a ser o que era até 2018, pois, carismático do jeito que é e brigando por título, isso o tornaria uma máquina de marketing. Para terem desistido, é porque não tinha mais salvação mesmo…
Daqui a uns quinze anos… ninguém mais vai lembrar dele.
Um anúncio de aposentadoria do Perez no México seria surpreendente, mas já vimos esses mesmos rumores no ano passado, e eles se provaram mentirosos. Em todo caso, eu penso que a Red Bull não vai atrás de Colapinto, nem de Piastri para preencher essa vaga, existem boas chances de eles recrutarem o Albon, que já foi piloto Red Bull e é da mesma nacionalidade que os atuais donos da companhia. Mas eu tenho certeza de que Sainz iria pelo menos tentar uma transferência para a Red Bull, e na minha opinião, o espanhol seria uma escolha muito melhor do que o tailandês, por ter excelentes feedbacks, dialogar bem com os engenheiros e saber desenvolver bons acertos. Os dois cenários seriam bons para Colapinto, que garantiria sua vaga na Williams.
Eu também creio que Lawson é o principal candidato à suposta vaga do Perez, e acho perfeitamente possível a Red Bull colocar Verstappen-Lawson na equipe principal e Tsunoda-Hadjar na satélite em 2025, e a depender de como Lindblad se sai na F2, ele pode substituir o japonês ainda durante a temporada do ano que vem, ou mesmo em 2026.
Não sei como é a situação financeira de Lawson, mas talento é uma coisa que ele tem de sobra. Mesmo com pouca idade, ele já brigou pelo título em campeonatos como DTM e Super Fórmula Japonesa, e ele tem tudo para ser um excelente substituto do Perez na Red Bull. E eu acho que isso pode acontecer mesmo se ele ficar atrás do Tsunoda no campeonato, porque o Tsunoda é um piloto bancado pela Honda, que vai deixar a Red Bull depois do ano que vem, e na minha opinião, Tsunoda é um fortíssimo candidato para a Aston Martin em 2026, especialmente se a equipe dos Strolls não conseguir contratar alguém do nível do Verstappen.
Uma dúvida: falaram do Ricciardo na Red Bull se andasse bem, agora uma “possível” ida do Lawson se for bem.. Mas nunca falam do nome do Yuki Tsunoda, que se não é um gênio não é piloto ruim.. Alguém sabe se tem algum motivo especial para nem cogitarem ele ?
Yuki é piloto “Honda”. A Red Bull não pensa nele no longo prazo (o acordo com a montadora acaba ano que vem!).
Tsunoda é piloto comum. Não acrescentaria nada.
Tardia mas bem vinda essa reciclagem com esses novos talentos na F1 aparecendo. Que não pare por aí e que a gente ainda se livre logo de Checo, Stroll, Bottas e Zhou que não têm nada a agregar à categoria e aos seus respectivos times. C’est la vie.
Já de algum temo venho imaginado isso: Lawson no lugar de Perez, e Hadjar na Racing Bulls. Os 2 merecem essa chance.
Acredito que Lawson vai andar na frente do Tsunoda, mas, se for pra REd Bull não vai pisar nos calcanhares do Max.
E Hadjar também deve andar na frente do japinha, na Racing Bulls.
Colapinto,eu também já vinha a muito tempo afirmando, na minha roda de amigos, que merecia ser testado. E ele está respondendo as expectativas. Tem muita habilidade natural mas ainda faltam cabeça e maturidade. A Williams é uma excelente encubadeira para desenvolver essas características, que ele tanto precisa. Porém é triste que não haja um assento pra ele em 2025.
Bortoleto eu acho que tem futuro pela frente, mas me preocupa o fato de a unica chance de momento ser na Sauber, que deve continuar sendo uma carroça em 2025. E isso pode queimar o garoto.
Talvez seja melhor esperar mais um ano, embora, em função da profusão de mudanças que ocorreram em 2024/25, eu não tenha esperança de que possa haver assentos disponíveis para 2026.
Nisso tudo devemos ainda lamentar que Drugovich tenha ficado perdido no espaço, enquanto vamos continuar assistindo o Stroll fazendo bobagens em 2025
É um tanto chato ser demitido antes do fim da temporada. O problema é que o “moedor de carne” não possui sinal de stop.
A Prema estreia na Indy com dois carros em 2025. Hora de mover as pedras do xadrez. Também temos WEC, F-E e volta para casa no Australia Supercars como opções decentes.
Eu, em seu lugar, procuraria uma emissora para ser comentarista e adeus automobilismo.
Sai um, entra outro sempre será assim. De preferência com uma grana enorme junto. Talento? As vezes…
Quanto de grana tá levando o milionário Lawson?
Nenhuma. Acredito que ele esteja falando sobre algum piloto pagante e uma possibilidade bem remota, não Liam Lawson.
Cada uma, né ?
Ele é piloto Red Bull, meu filho.
Não viaja.