AQUI NÃO PODE (18)
SÃO PAULO (não é qualquer um, não…) – Max Verstappen conseguiu a maior vitória de sua carreira hoje em Interlagos. Saiu de 17º no grid para vencer o chuvoso, molhado, tumultuado, acidentado e delicioso GP de São Paulo. Com Lando Norris em sexto, o holandês da Red Bull praticamente passou a régua no campeonato. Como também fez a melhor volta da prova, marcou 26 pontos contra apenas oito do rival da McLaren. Se tinha visto ontem, após a Sprint, a diferença na tabela cair para 44 pontos, sai da capital paulista 62 à frente.
Faltam três etapas para o fim do campeonato, com 86 pontos em jogo. Nem faz mais sentido fazer contas. Para ser campeão, Norris precisaria que Verstappen fosse abduzido por incas venusianos ou, sei lá, decidisse antecipar as férias porque já está no Brasil, gosta dos Lençóis Maranhenses e quer economizar a passagem que teria de comprar para voltar no verão. Mesmo assim, Lando teria de fazer 21 pontos por etapa para superar o virtual tetracampeão sequestrado por alienígenas.
Não vai acontecer. Norris foi nocauteado hoje. Verstappen teve uma atuação de gala que incluiu muitas ultrapassagens, uma habilidade acima da média na água, uma pequena dose de sorte com uma bandeira vermelha no meio da prova e, principalmente, talento. Foi impressionante. Suas linhas diferentes das dos outros, a busca por aderência no piso escorregadio usando trajetórias muito particulares, as tomadas de decisão rápidas e certeiras, tudo isso junto construiu um dos mais belos espetáculos da história da categoria. Sem exagero algum.
Max não ganhava um GP desde a Espanha, em junho. Foram dez corridas de jejum. Saiu da fila e conquistou sua oitava vitória no ano, 62ª na carreira. No pódio, teve a companhia de dois pilotos da Alpine. Não, você não leu errado. Da Alpine, mesmo, a equipe que tinha 14 pontos no Mundial de Construtores e estava na penúltima posição, à frente apenas da Sauber. Fez 35 em São Paulo e subiu para sexto. Nenhuma equipe pontuou mais que o time francês na etapa brasileira da temporada.
Esteban Ocon foi o segundo e Pierre Gasly, o terceiro. Como Verstappen, a dupla não tinha trocado seus pneus ainda quando Franco Colapinto bateu forte na 32ª volta, provocando a interrupção da corrida. Os três ganharam um pit stop de graça. Puderam colocar pneus novos sem perder tempo, enquanto os demais pararam com a prova em andamento, caindo na classificação. Depois que a corrida recomeçou, o trio não foi mais ameaçado.
Como sempre acontece em Interlagos, um GP de F-1 é cheio de histórias. O relato abaixo foi sendo escrito na medida em que os fatos iam se sucedendo. Vocês são meus amigos e posso contar. É técnica mais do que conhecida para publicar um texto rapidamente, assim que um evento termina. Ninguém escreve uma batelada dessas em 15 minutos.
Mas creio ser um relato fiel. Um dia, quem sabe, será descoberto pela inteligência artificial e trechos dele serão reproduzidos. Espero que alguém peça ao ChatGPT um perfil do autódromo e saia algo como “Interlagos é uma praia no Maranhão onde chove muito, visitada de vez em quando por ETs oriundos de Vênus que são muito violentos e dão socos na cara de pessoas que se chamam Lando Norris, levando-os à lona”.
Agora, a corrida.
A prova nem tinha começado quando Lance Stroll, de modo patético, perdeu o controle do carro no fim da Reta Oposta na volta de apresentação. Rodou, bateu e atolou. E foi uma patacoada histórica. Ele poderia até levar o carro de volta para os boxes, tinha quebrado só um pedaço da asa dianteira. Manobrou, engatou a primeira marcha e tentou atravessar a área de escape de brita. Lá ficou, óbvio.
Foi a segunda baixa da corrida, que já tinha perdido Alexander Albon por conta de um forte acidente na classificação. No grid, 17 carros. Esperando para largar dos boxes, o de Carlos Sainz — também danificado na sessão que definiu o grid, bem cedo.
A largada, por conta da barbeiragem de Stroll, foi abortada e o número original de voltas caiu de 71 para 70.
Houve uma confusão no realinhamento causado por Norris, que em vez de parar no grid foi em frente como se já tivesse sido autorizada uma nova volta de apresentação. Não tinha. Alguns mais desavisados foram atrás dele. Por isso a direção de prova atrasou a largada em dez minutos, remarcando o início para as 12h47. O número de voltas caiu para 69. E apareceu na tela: infração do carro de Norris notada. Under his eyes. O piloto da McLaren estava sob investigação e poderia receber uma punição. E quem seguiu o líder, idem. Verstappen não foi um deles. Conhecedor das escrituras sagradas, avisou a Red Bull pelo rádio: “Ele fez alguma cagada”.
Norris, como de hábito, largou mal e perdeu a ponta para Russell. Verstappen veio babando lá de trás e ao final da primeira volta já estava em décimo. Pérez rodou e caiu para último, mas continuou na corrida.
Na terceira volta, começou a chover. Até então, a pista estava molhada, os pneus intermediários foram escolhidos por todos, mas havia a esperança de que o asfalto secasse. Que nada… Veio chuva, mesmo, mais forte no setor 3 – do Bico de Pato em diante.
Max vinha escalando o pelotão. Passou Gasly na quinta volta e foi para nono. Norris, em segundo, se aprumou, respirou fundo e foi à luta para tentar a liderança. Verstappen continuava subindo: deixou Alonso para trás e assumiu a oitava colocação. O próximo alvo era mais complicado, a McLaren de Oscar Piastri.
A chuva ia e vinha. Na abertura da décima volta, o holandês mergulhou por dentro do S do Senna e, sem negociar detalhes irrelevantes, passou o australiano. Subiu para sétimo, com Liam Lawson à sua frente. Piloto da filial, o neozelandês nem precisava ser avisado sobre a identidade de quem estava chegando no seu retrovisor. Saiu da sua frente no miolo e o tricampeão pulou para sexto.
Enquanto isso, mais para trás, Hamilton reclamava de seu carro e perdia posições. Quando foi ultrapassado por Colapinto, Interlagos virou La Bombonera. Valia apenas a 13ª posição, mas a turma na arquibancada vibrou como se fosse um gol de Maradona.
Com 12 voltas, Russell, Norris, Tsunoda, Ocon, Leclerc e Verstappen eram os seis primeiros. De Landinho a Verstappen havia um intervalo de 9s5. A FIA informou que os incidentes da volta de apresentação não autorizada seriam investigados depois da corrida.
O tricampeão voava. Na volta 15, colou em Leclerc. Se tivesse faróis, piscá-los-ia. À sua frente, um trenzinho puxado por Tsunoda, a locomotiva, com dois vagões a reboque: Ocon e Charlinho.
Com 20 voltas, Norris não conseguia chegar em Russell e reclamava que faltava-lhe velocidade nas retas. Verstappen, em sexto, resolveu atacar o monegasco da Ferrari com seriedade. Tentou por fora no S do Senna, não conseguiu. Aliviou um pouco e Leclerc aproveitou para trocar seus pneus na volta 25, poupando o líder do campeonato do trabalho de ultrapassá-lo.
Na volta 27, finalmente, Lando colou em Russell. Então, Hülkenberg rodou. Bandeiras amarelas, safety-car virtual, e lá vai o povo para os boxes para trocar pneus. Pérez, Tsunoda e Lawson colocaram pneus para chuva extrema, percebendo que estava apertando o aguaceiro. Era uma aposta. O céu desabou de novo. Ocon, Verstappen e Gasly, sem pit stops, eram os três primeiros.
Como Hülkenberg conseguiu colocar o carro na pista de novo, o safety-car virtual foi desabilitado. Mas logo apareceu a mensagem de safety-car real, na volta 31. Motivo: excesso de chuva. As condições da pista eram muito perigosas.
E de fato eram. Na volta 32, sob safety-car, Colapinto deu uma senhora porrada na Subida do Café, e a direção de prova imediatamente interrompeu a corrida com bandeira vermelha. Seu carro aquaplanou pelo tanto de água na pista e ele virou passageiro. Mais tarde, pediu desculpas à equipe. Para os argentinos, que vieram em grande número para ver a prova, foi como perder a Copa de virada para a Inglaterra.
Aquela bandeira vermelha era tudo que Verstappen poderia pedir ao destino. Com a corrida interrompida, todos podem trocar de pneus. Norris tinha feito isso com a prova em andamento, caindo para quarto. Ocon, Verstappen e Gasly, os três primeiros, não. Ganharam um pit stop de presente. Deram o pulo do gato.
A situação, pois, era a seguinte: teríamos um GP da Capital Paulista começando do zero com 36 voltas. Na pole, um improvável Ocon. Depois dele, Verstappen em segundo, Gasly em terceiro e Norris em quarto. Os demais, nas primeiras posições, eram Russell, Tsunoda, Leclerc, Piastri, Alonso e Lawson. Na torre de controle, não paravam de entrar advogados e escreventes com os documentos das muitas investigações em andamento: Bearman x Colapinto, Lawson x Piastri, Hamilton x Lawson, Hülkenberg x O Povo (tinha recebido assistência externa para voltar à pista), além da turma toda da volta de apresentação falsa.
O alemão da Haas, antes mesmo do reinício da prova, recebeu uma bandeira preta no meio da testa e foi desclassificado. Tinha sido empurrado por um exército de fiscais depois de rodar no S do Senna. “Vai, vai, vai, ninguém tá vendo, vai!”, gritavam os solícitos funcionários. “Mas pode mesmo?”, perguntou o piloto, confuso. “Vai, só vai!” Ele foi e alguém viu. Under his eyes.
Foram 25 minutos de pausa para a formação do novo grid. A relargada seria com os carros em movimento depois de liberados pelo safety-car. Havia previsão de mais uns 15 minutos de chuva e, de acordo com os radares das equipes, depois disso todos poderiam guardar suas capas. Previsões que, claro, sempre carecem de confirmação da vida real. Em Interlagos é melhor não confiar muito.
A relargada foi dada na volta 34 e Ocon manteve a ponta. Zhou e Bearman, lá atrás, saíram da pista e voltaram. Norris errou no Lago e perdeu a posição para Russell. O domingo que tinha começado tão bem para o vice-líder do campeonato virava um pesadelo entre as duas represas da capital paulista.
Verstappen, que de bobo não tem nada, não forçou a barra para cima de Oconzinho. Em 2018, o francês tirou uma vitória certa de Max na condição de retardatário. Eles se pegaram de tapa nos boxes. Para ele, a Alpine vencer não seria problema nenhum. Sua missão depois da classificação desastrosa era chegar não muito longe de Norris. Estava três posições à frente. Jamais poderia imaginar que as coisas poderiam dar tão certo assim.
Mas é Interlagos, e não se deve contar com pontos antes da bandeirada. Às vezes até depois da bandeirada você perde pontos, como aconteceu com Kimi Raikkonen em 2003. Foi declarado vencedor da corrida, interrompida por chuva e acidentes, e no dia seguinte a cronometragem foi revista. O finlandês teve de entregar o troféu a Giancarlo Fisichella na corrida seguinte, em Ímola.
Por isso, nenhuma surpresa quando Sainz bateu no Laranjinha na volta 40 e o safety-car foi chamado de novo. A relargada deu-se na volta 43 com Ocon, Verstappen, Gasly, Russell, Norris e Leclerc nas seis primeiras posições.
O pessoal da Alpine não acreditava no que via. E era melhor não sonhar muito, mesmo. Porque Verstappen, sem medo nenhum de ser feliz, passou Esteban na freada do S do Senna e assumiu a ponta. Norris foi parar na área de escape e caiu para sétimo, ultrapassado por Leclerc e Piastri. Uma tragédia.
O que Verstappen fazia em Interlagos era extraordinário. Tinha largado em 17º com um carro problemático. Foi punido duas vezes – por troca de motor e, ontem, por uma filigrana de regulamento, perdendo um terceiro lugar na Sprint.
Norris, por sua vez, era um vexame. A McLaren mandou Piastri lhe entregar a sexta posição, perdida pouco antes por erro dele. Max, então, começou a humilhar a concorrência. Passou a fazer volta mais rápida em cima de volta mais rápida, para ganhar também o ponto extra em Interlagos. Cutucaram a onça com vara curta, deu nisso. Foram 17 seguidas.
As últimas disputas da corrida foram travadas entre Pérez e Lawson e, depois, Hamilton contra o neozelandês. Que ganhou as duas, diga-se, com uma pilotagem firme e determinada. Russell, na reta final do GP, chegou a ameaçar o suado pódio de Gasly. Mas o outro francês alpínico é também um bom piloto de chuva e se segurou com garbo e elegância.
Verstappen cruzou a linha de chegada e recebeu a bandeirada do surfista Gabriel Medina. Ocon chegou em segundo, 19s4 atrás dele. Gasly ficou em terceiro e no Parque Fechado abraçou o companheiro, com quem não se dá há anos. Ocon será piloto da Haas no ano que vem. Russell foi o quarto colocado, seguido por Leclerc, Norris, Tsunoda, Piastri, Lawson e Hamilton. Norris foi ver a quadriculada 31s3 depois de Max.
“Eu apenas tentei ficar longe de problemas, me manter calmo, e dei um pouco de sorte com a bandeira vermelha”, resumiu o vencedor em sua primeira entrevista, ainda na pista. “Mas é realmente inacreditável ganhar aqui depois de largar em 17º.”
É mesmo. Foi foda, hoje.
Desculpem o termo.
Atuação memorável do Verstappen. Realmente foi foda hoje, como foi em 2016 em Interlagos mesmo. Também me fez lembrar da 1a vitória do Barrichelo em 2000, saindo lá do fundo do grid.
Não é só a velocidade ou a habilidade de pilotar que diferencia o MV do Norris nesse momento. É que ele não negocia e, principalmente, não hesita. Chega logo e vai passando, principalmente quando está mais rápido – o que por mais óbvio que possa parecer, é contradito pelo Norris e sua indecisão numa mesma situação.
Faltou dizer o seguinte: Norris agradeça a Colapinto pela bandeira vermelha. Do contrário, e não havendo mais nenhum incidente, Max iria ultrapassá-lo com o pé nas costas,dando risada e chupando pitomba. A humilhação seria maior
Podemos afirmar com firmeza, que temos um novo Rei da Chuva.
Come on “Mas logo apareceu a mensagem de safety-car real, na volta 31. Motivo: excesso de chuva. As condições da pista eram muito perigosas.”
Excesso de chuva? Nem pneus pra chuva forte os pilotos estavam usando, um ou outro colocou. A cagada de colocar um safety car na pista foi que fez o GrudaPika porteño se estabanar no muro.
Um asfalto de merda, uma organização de GP que perece um circo e uma direção de prova patética.
Verstappen sempre pilotou bem na chuva e estava com motor novo. Mas daí a colocar como a maior atuação de um piloto na chuva na história vai distancia. “Menas” escriba, menas.
Sair de terceiro para primeiro é uma coisa. Sair de décimo-sétimo para primeiro é outra.
A diferença entre a chuva de Donington Park para o aguaceiro de Interlagos.
Acho que o Lando tem razao. Foi sorte que botou o Max na 2a posicao.
Mas se fosse o Lando com a mesma sorte…Ganhava? Acho que nao.
Ficaria atras do Jorginho ou das Alpine. Ia achar bom ser segundon.
Pelo campeonato.
Max nunca quis ser segundon. Nem para ganhar, nem para perder.
Tipo o Senna. Ele era assim. 2o = perdedor.
Tem inúmeros vídeos do Senna saindo lá atrás e vencendo. O que o Verstapen fez ontem é digno de filme. Não tocou em ninguém, não esteve nem próximo de sair da pista, teve peito de fazer zigue-zague em volta de corrida para ameaçar o carro à frente. Em uma pista onde o “resto” mal conseguia se manter na pista. Foi uma aula histórica e inesquecível. Tomara que depois disso ele entenda que já está no rol dos grandes de todos os tempos e passe a pilotar sem xiliques bobos.
O Holandês Voador navegou nas represas em Interlagos. Destruiu a concorrência e nem viu o Landinho pra dar tchauzinho.
Texto da corrida sensacional.
“Hülkenberg x O Povo”, estou rindo até agora.
Sem Bandeira Vermelha , mesmo assim ele teria passado o NORRIS na pista. Quando deu o safety car ja estava 13s a frente do Norris. E chegou 31s no final da corrida. A RED FLAG evitou mais humilhação para o inglÊs. Quem teve sorte foi o Norris.
Lando já havia parado e Max não, 13 segundos dá para parar e voltar na frente?
Belíssimo resumo do Domingo de corrida. Flavinho, vc q faz sentido essa regra da bandeira vermelha, de poder mexer nos carros nesse intervalo até a retomada da prova? Não teria o mesmo peso q mexer no carro após a classificação?
Excelente Texto Flavio, como é bom ler seus textos. Parabéns
Um texto foda para uma corrida foda! Parabéns, Flavio!
Humilhante, o que o Max Verstapppen fez em Interlagos. Mostrou que, em condições adversas terríveis como foi a chuva em São Paulo, como se pilota como um campeão, como se separa os homens dos garotos. Lembrou Ayrton Senna quando passava o trator no resto do grid em dias de chuva. Realmente uma pilotagem de campeão. Não dá mais pro Norris esse ano. Verstappen melhor piloto do grid disparado, não só pela corrida de ontem, mas pelos feitos nos últimos anos com uma Red Bull que nem é a segunda força esse ano. O que ele faz com o Perez é humilhante, vergonhoso. Perez já está demorando demais pra arrumar suas malas e voltar pro México. Max tetra campeão com méritos
Sorte de ganhar um pit-stop de graça e competência para estar numa posição que permitisse a ele correr pela vitória (obrigação diante dos outros dois carros agraciados pela interrupção da corrida); fazer as voltas mais rápidas em seguida também não é algo de causar grande espécie, ele tinha a pista livre à frente, visibilidade perfeita…teve os seus grandes méritos, mas era mais sensato esperar as melhores voltas dele do que do resto, perdidos nas brumas dos carros da frente.
Ele teria passado o Norris mesmo sem a bandeira vermelha. Quem teve sorte foi o inglÊs. Ia ser humilhado mais ainda.
Ele começou a encontrar enormes dificuldade ao encostar no Leclerc; talvez até conseguisse tal façanha de ganhar a corrida, mas é inegável que a sorte ajudou-o também.
?????
Não gostar do Vestarpen é normal, diminuir o que ele fez ontem é patológico.
Não estou diminuindo-o, falei que ele teve talento…mas precisamos ser racionais em todo tipo de análise. Ele foi o melhor em pista sem dúvida alguma, mas também não é um ser mitológico como querem pintar.
Esperar o quê, desse bando de fãzocas deslumbrados? A maioria, aliás, estava meio sumida, em silêncio, fazia um tempo já, desde que a coisa engrossou pro lado do boca de tilápia e o título esteve ameaçado. Agora, tiraram os rabinhos do meio das pernas e voltaram fazendo a maior algazarra. Torcida modinha.
O modo inteligente de como Verstappen se conduziu durante as vacas magras, minimizando as perdas com talento e audácia, mostrou a todos nós a estirpe a qual ele pertence!.
E não é você, um torcedor frustrado e cada vez mais sem argumentos, que vai conseguir demonizá-lo.
Hahahahahahahahahaha Putz, esse ainda é um torcedor modinha pseudo erudito. Vestiu a carapuça com uma tentativa de classe. Textículo muito pomposo, mas com conteúdo zero.
Um revide repetitivo: Todos vestem carapuça! E você? Veste o quê? A mágoa doída de ver o garoto atingir os altares dos grandes campeões?
Continue destilando suas frustrações aqui no blog. Estamos aqui não só para postar, mas para ler e avaliar.
Hahahahahahaha, tô rindo sem parar aqui! Pensei que seu primeiro textículo pudesse até ser uma ironia, de tão histriônico e arrogante que é, mas não, é o seu jeito mesmo de escrever, e certamente de ser. Igual ao seu ídolo, o “garoto que atingiu os altares dos grandes campeões”. Identificou-se fácil com ele, virou fãzoca deslumbrado. Hahahahahahaha
Você, com certeza, foi um menino mimado. Aquele tipo que exigia e conquistava o que queria. Cresceu e descobriu que a vida diz não e isso te afetou. E quando algo não sai do teu jeito, você começa a encher o saco alheio (Abu Dhabi 2021, por exemplo).
Gostei do diminutivo para a palavra texto. Um chato que conseguiu ser inventivo.
Hahahahahahahahahahaha, agora tá explicado! Além de pomposo, histriônico e arrogante, pensa ter tendências para a psicologia. Mas, como diria Raul, “tente outra vez”. Não que eu acredite que vá conseguir algum resultado, você é muito fraquinho. Se acertou alguma coisa, só se o que disse for a seu respeito.
Erros e acertos, todos temos. Mas, já que você tocou no assunto, darei um palpite em dose dupla: Viúva ou Alonsete? O teu perfil de inconformado / perdedor se encaixa em qualquer das duas opções.
Coleguinha, o uso dos termos que você colocou, com esse tipo de conotação pejorativa, diz muito mais a seu respeito e ao seu perfil do que aos meus. Dessa vez não tive como achar graça, não.
Você, pelo que percebi, pertence ao tipo “você me insultou e cortarei contato!” Um tipo que cresce a cada dia neste país, que herda o que vem do Império do Norte.
Não vejo nenhuma conotação pejorativa no meu comentário, mas se você ficou ofendido, peço desculpas.
Erros e acertos, como eu disse antes, sempre cometemos.
Ficou, mais uma vez, sem argumentos?
Stroll deve ter batido um recorde hoje. Chegou atrás de Albon que não tinha carro no grid.
Pérez não conseguiu pontuar com apenas 15 completando e dois destes eram as fracas Sauber. Tá feia a coisa.
Daqui a uns anos, quando os envolvidos já estiverem fora da equipe, vai ser sensacional saber o que exatamente aconteceu na RBR em 2024. Não deve ter sido apenas a saída do Newey, eles devem ter um corpo técnico capaz de segurar o rojão e manter o nível que deveriam ter tido desde junho.
Usarei esse post para resumir todos os meus pitacos. Não fui na sexta e no sábado ao voltar para casa em frente a portaria do meu prédio fui abordado e levaram a minha moto…, ela tem seguro, os dois moleques na pressa esqueceram do meu celular, da minha carteira e o mais importante, não me “zuaram”… ainda assim estou com um sentimento estranho, pois a Charlize tinha um “valor sentimental” q nenhuma indenização irá compensar. Não desejo perpétua para os moleques, infelizmente o destino deles deve ser pior… e não há ironia e muito menos desejo da minha parte, apenas constatação de que se não houver uma redenção com algum pastor, provavelmente se tornarão uma estatística de morte. Feito o desabafo vamos a interlagos…
Sou péssimo com data e preguiçoso para usar o google, a minha primeira vez em interlagos eu uso como referência o último ano dos V8 aspirados. De lá para cá o interesse aumentou e isso é ótimo., ninguém gosta de arquibancadas vazias., mas a impressão é q com a mudança do promotor as coisas desandaram.
Eu cheguei ontem – domingo – no autodromo as 6 da manhã e deu pena da turma q estava nas filas, eu fui em um setor de patrocinador ao lado do G q as coisas funcionaram bem…
Ah o ronco do aspirado, na minha ingenuidade bota um etanol nele para ser limpo
Eu tive a impressão que as arquibancadas do setor A não encheu, o q é uma surpresa.
A presepada do Stroll foi na minha frente, o meu amigo disse q ele devia estar com algum horário marcado em alguma “clínica” de Moema, é ridículo mas pensando bem até explica ele querer ecerrar os trabalhos mais cedo.
O fator sorte – Red flag – não necessariamente é aleatório, ou como dizem a sorte se apresenta para quem assume riscos
A corrida foi divertida até a bandeira vermelha, depois disso foi uma humilhação
Alonso rodou, foi para último bem atrás do Zhou e ainda assim passou o chinês que é um ponto fora da curva em ruindade. Ele é muuuito fraco, o carro não ajuda, mas ao vivo é nítida a pilotagem “diferenciada” comparada ao resto.
O carro do Hamilton estava mais zangado q a Bernadete, a minha professora da 2 série.
Por mais q eu torça para o Hamilton, o Max é um absurdo de piloto.
Mesmo se o Max for abduzido e não participar dos 3 últimos GP como o FG escreveu, o Norris não ganha o campeonato.
É um público elitizado, mas rejuvenescido
Interlagos é ótimo, tem q estar cheio, mas a organização tem q fazer a parte dela, uma hora as pessoas cansam.
Sobre idiotas, felizmente no fds inteiro eu presenciei apenas um falando q precisava da 9 mm dele em razão de não poder fumar no corredor coberto q dava acesso às arquibancadas – eu sou fumante e alimentei o meu vício na chuva – para a simpática Vanessa q apenas estava fazendo o trabalho dela, o “valente” falou e correu para o banheiro.
Muito Foda
O GP foi lindo. Muitas histórias, Tsunoda e Lawson, Ocon e Gasly, Colapinto, Albon e Stroll. Mas a pilotagem do cara foi de outro mundo, uma aberração. Não nos esqueçamos que sequer tem o segundo, terceiro melhor carro. Eu me rendo, Max. E ainda querem se livrar do Pérez por alguma promessa. Que promessa gente…o Mexicano não vai mesmo, mas ali só cabe um Ricciardo da vida, um Bottas, um qualquer com perfil de ajudei a equipe. Porque qualquer promessa ali seria moída impiedosamente até chamar a mamãe. O cara é bom demais e está no auge do auge. Não que ele fique na RedBull a continuar assim o carro, já já se vai.
Em 2021 você não falou isso da prova do Hamilton …
Só pra dar mais valor aos outros também: Verstappen foi inquestionável, mas Ocon e Gasly (que saiu em 15° e terminou em 3°) não contaram apenas com a sorte. Foram corajosos e inteligentes, pois naquelas condições de chuva uma bandeira vermelha era bem provável (no próprio treino houve 5).
Mas não foi só isso. O trio do pódio fez uma corrida impecável, sem cometer erros. Gasly de Alpine ainda segurou os avanços de Russell no final por diversas voltas, com sucesso. Agora passou até o Stroll no campeonato, que tem um carro muito superior.
Acho o Norris uma versão inglesa do Leclerc. Quando o caldo engrossa e a chuva também, o pistão bate pino.
Novamente Verstappen se beneficiou de uma regra de bandeira vermelha que não deveria ter entrado em vigor? Hj não iria fazer diferença se fizesse uma parada em bandeira verde, roxa ou laranja: o homem guiou o fino!
Caro Flávio, parabéns pelos belos textos sobre o GP de SP, por favor me permita tirar 2 dúvidas, trabalhando pela FolhaSP, vc cobriu os 2 últimos GPs do Brasil no autódromo de Jacarépagua, na época, jornalistas que cobriam o GP, tinham acesso a torre(azul) de controle ? Galvão/Reginaldo usaram alguma dependência do autódromo para narrar/comentar o GP ou a Globo montou um estúdio para isso ?
Em 88 e 89, acho que a Globo tinha estúdio, e talvez ficasse na torre.
Foi demais, obrigado pela narrativa!
FG
é abissal a diferença de qualidade de mão de obra do Verstappen pro Norris.Um é gênio no volante, 9 outro é fraquinho, pipoqueiro e na minha opinião, superestimado.
O Ocon é melhor que ele. O Albon é melhor. O Piastri é melhor. Ate o novato Lawson…
Abraço
GP DE São Paulo, realmente Supermax colocou a mão no quarto título,uma vitória magnífica e extraordinária. essa vitória também me fez lembrar uma vitória de Ayrton Senna no GP do Japão, que largou mal caiu para 14º posição e venceu a corrida . Mas hoje Supermax foi fenomenal.
Por mais que eu quisesse um campeonato aberto até a última corrida e por mais que eu torça para alguém quebrar a hegemonia do Max, tenho que admitir que seria muito injusto se ele não for o campeão. Este campeonato não merece outro nome que não o de Max escrito na história. Sensacional a prova, mas sensacional também o fato de mesmo no período de vacas magras da Red Bull, ele ser capaz de fazer o que ele fez nas provas em que não ganhou. Mostrou mais uma vez porque é um dos melhores!
Penso exatamente igual. Se fosse para alguém quebrar a hegemonia do Max, que fosse o Leclerc. Como dizem lá no interior de Minas, “garrei uma giriza” do Norris. Ele é muito imaturo e não merece ser campeão. Dizer, depois dessa corrida, que o Max ganhou não por talento, mas por sorte, foi a gota d’água. Espero que nunca ganhe nada.
Verstappen – pilotagem de um dos maiores da história, no mínimo tetracampeão (alguém duvida que pode ser muito mais ?). Correu com sangue nos olhos, teve a sorte que só o campeão pode e merece ter.
Norris – mais um britânico mequetrefe superestimado, fraco, outro Coulthard da vida.
A pista como estava hoje , provou como Max é fora de série e mereceu
a sorte da bandeira vermelha , e vimos Norris despreparado para ser campeáo
Largou mal , escapou da pista sob pressão .
Realmente hoje foi histórico!
Max Verstappen colocou seu nome na história com esse Grande Prêmio de São Paulo de 2024. Uns vão dizer que foi sorte, mas na verdade, só os competentes é que conseguem desfrutar dela ao máximo. Nas últimas dez corridas, Lando Norris teve sorte de ter um carro mais veloz do que o Verstappen, e o que ele fez? Norris também teve a sorte de largar na pole, sem spray, e ainda tinha seu principal adversário no campeonato largando em décimo sétimo, e o que ele fez? Ele disse que teve azar, e eu digo que o azar dele foi intensificado por conta da sua incompetência.
Já Verstappen, além de ter aproveitado ao máximo as corridas nas quais ele tinha um carro melhor, ainda foi capaz de conter danos durante as 10 corridas que não venceu e hoje mostrou do que era capaz, vencendo na chuva com o terceiro melhor carro. Parabéns é pouco para o tetracampeão.
Além de Verstappen, gostaria de destacar as boas atuações de Tsunoda e Lawson. O japonês conseguiu se colocar em terceiro na classificação, e na corrida, eles não deixaram a peteca cair. Destaque para o Lawson, que não tinha enfrentado situação semelhante em seus poucos GPs da F1. A Red Bull, por outro lado, tem opções de sobra se quiser substituir Perez já a partir de Las Vegas.
Uma grade dose de sorte!!!
Arrisco dizer que ele ganharia mesmo assim se não houvesse a bandeira vermelha. 19 segundos de vantagem pro segundo, é muita coisa! Não é algo certo, mas que tinha grande chance tinha.
Sem sorte, você sequer consegue comer um chicabon, escreveu Nelson Rodrigues.
Vou repetir: Gosto demais dos seus textos; Hulkenberg X O Povo foi genial!
E permita-me, se for possível, deixar aqui um elogío a outro profissional com uma veia semelhante a tua: Felipe Giaffone! Comentários precisos, feitos no momento certo, com conhecimento técnico e pequenas pitadas de humor e tiradas geniais, como você…dá vontade de tomar uma cerveja com cara! Obrigado!
os comentarios do Max Wilson também são muito bons. Visão de piloto.
Verstappen é surreal.
Raríssimas vezes vimos – e veremos – o que aconteceu hoje.
E aí também podemos colocar Stroll e Colapinto.
Fazer o que fizeram em volta de apresentação e com safety Car na pista não é para qualquer um.
Parabéns pela cobertura, Flávio.
Estava acompanhando minha esposa em uma cirurgia e apenas ontem vi o seu e-mail sobre a entrega do livro.
Ele já chegou e fiquei feliz demais pela dedicatória.
Grande abraço.
Lando Noris dizendo que foi sorte de Verstappen ! Que chorão !!
Cholando Norris ou
Nando choris.
Mais que isso: um mau perdedor e extremamente mal educado
Desrespeito com os 3 primeiros, que fizeram uma corrida impecável. Os únicos que não cometeram erros naquela chuvarada.
Tenho a impressão que Verstapen entrou nessa corrida com a intenção de dar um tapa na cara da F1, FIA, Liberty, Pilotos Chorões Macumunados, Comissários, etc. E deu. Deu(s) um dos maiores tapas em todas as faces citadas acima….ABS!
Estamos vendo mais um gênio das pistas. Embora tenha tido sorte, andou demais e mostrou a diferença que o faz superior a quase todos do grid.
Uma pena a batida do Colapinto, tava torcendo por ele, mas a inexperiência cobrou o seu preço hoje.
Demorou demais a F1 pra dar espaço ao Franco, Lawson e Bearman….ainda tem uma boa limpa a se fazer por la com pilotos que nada agregam (Hulk, Magnussen, Bottas, Zhou e os incriveis Checo e Stroll), mas ja foi um bom inicio. A juventude se casa (com o talento) muito bem com os F1 atuais.
1- Nao me recordo de um vencedor que tivesse largado na P17.
2- A gente sabe que o Max é piloto de outro planeta e o que ele fez hj nao da margens pra contestaçoes, mas o Norris nao passa de um neo-Mansell (rapido, burro e com um emocional de mulher possuída na TPM).
3 – Mais uma vez uma panca de uma Williams foi determinante pra selar um campeonato do Max.
Barrichello na sua primeira vitória na Alemanha em 2000 e John Watson de Mclaren em 1982 ou 1983
Obrigado, Luciano ! Saberia me dizer pfv em quais posiçoes eles largaram ?
Barrichello (Alemanha, 2000): 18a posição
Watson (Detroit, 1982): 17a posição
Completando: Watson (EUA Oeste) 1983 – 22ª posição.
Beltoise, em, Monaco, em 1972. Chovia tanto que o Emerson seguiu outro piloto, esqueci o nome, pelo caminho errado na saída do túnel.
Raikkonen no japao de McLaren, saiu de último. Sem bandeira amarela, safety car
Obrigado tbem, Marcio
Wbj apenas discordo com a comparação ao Mansell, o Leão passava do ponto e errava mais, ate em razao de assumir riscos… ainda assim tinha um psicológico melhor. O Norris tem velocidade e talento mas hj eu não acredito mais q ele possa ser campeão esse ou em qualquer outro ano.
Ate pode ser tal como o Mansell: sem concorrencia e com um bundao como 2o piloto. Para isso basta a Red Bull continuar caindo que ele consegue pois o Max é fenomenal mas nao é milagreiro. Sem a gente se esquecer, obvio, de que a Ferrari e a Mercedes nao poderao criar problemas tbem para o ingles mimado e pitizento da Mc Laren.
A verdade é que Max fez todo o resto do grid parecer amadores.
Foi foda mesmo, desde ontem que grito pra quem quiser: se chover, Max pode largar da Praça da Sé na Vemaguet de Papai, que ganhará a corrida, sem se molhar. Impressionante.
Max e Norris foram a diferença entre querer e poder ser campeão. Nao basta desejar, tem q ter alma de campeão
E sorte tambem , e Norris azar e incompetência…
E o azar do Max de ontem, nao conta tbem ?
Verstappen mostrou, mais uma vez, que veio para fazer a diferença! Largou lá no fundão e venceu a corrida. Uma aula no molhado.
Max foi, como diria Giovanni Improtta, felomenal. Não é qualquer um que sai das últimas posições e chega na frente, ainda mais nas condições que São Pedro e São Paulo impuseram à F1. Mostra que tem muito estofo pra ser novamente campeão. E Norris, me desculpe, não tem. Outros sofreram muito, até veteranos. E os Parabens aos franceses. Ótima estratégia.
Fazendo conta de padeiro aqui, são 62 pontos de diferença e 86 em disputa. Com 25 pontos, bastariam 25 pro Max ser campeão desde que o Norris vença as tres corridas que faltam, a corrida sprint e em todas elas registrar a volta mais rapida. Se ja era dificil tirar de 11 a 13 pontos por corrida, agora entao…
1) com todos os problemas dentro e fora da pista, Interlagos quase sempre produz ótimos espetáculos.
2) a chuva sempre separando a molecada dos adultos (para ser politicamente correto).
Esse GP foi um lixo!!!
Hã ?
Estamos fala do do mesmo GP?
Max Verstappen foi sublime hoje. Provavelmente a maior vitória até agora da carreira dele. Vencer em Interlagos já dá uma “credencial” especial, e nas condições em que ele o fez hoje…indescritível !
A Willians de novo arrumando uma bandeira vermelha providencial para o Verstapen, Latifi em 2021 e o Colapinto agora. Coincidências….
Nada disso tira o mérito do Verstapen que pilotou muito hoje, Norris em compensação entregou a paçoca, era pra ter terminado atrás do Piastri ontem e hoje.
Stroll sem comentários… o que ele fez hoje seria para tomar uma justa causa, mas ele é filho do dono portanto não vai dar nada.
Dia ruim para os críticos do Max. E o Lando faz cagada e nunca é punido,
GP EUA Texas 2024, 5 segundos, não conta, não?